REVISÃO PROVA - IAM COM SUPRA - CONDUTA Flashcards
FALE O TRATAMENTO DO IAM COM SUPRA - MONABCH E REPERFUSÃO.
M - Morfina: Utilizada para aliviar a dor intensa e a ansiedade, reduzindo também a demanda de oxigênio pelo coração.
O - Oxigênio: Administrado se o paciente apresentar saturação de oxigênio abaixo de 90%, com o objetivo de melhorar a oxigenação tecidual.
N - Nitrato (Nitroglicerina): Utilizado para dilatar os vasos coronarianos, melhorar o fluxo sanguíneo e aliviar a dor torácica, desde que não haja contraindicação (como hipotensão).
A - AAS (Ácido Acetilsalicílico): Antiplaquetário que inibe a agregação plaquetária, fundamental para reduzir a formação de trombos.
B - Betabloqueadores: Administrados para diminuir a frequência cardíaca e a pressão arterial, reduzindo a demanda de oxigênio pelo miocárdio.
C - Clopidogrel (ou outro inibidor do P2Y12): Outro antiplaquetário que atua sinergicamente com o AAS, inibindo a agregação plaquetária e reduzindo o risco de novos trombos.
H - Heparina (ou anticoagulante): Utilizada para prevenir a formação de novos trombos e promover anticoagulação.
REPERFUSÃO COM:
Angioplastia Primária (Intervenção Coronária Percutânea - ICP): Método preferido, quando disponível em até 90 minutos após o início dos sintomas. Consiste na inserção de um cateter com balão para desobstruir a artéria e, muitas vezes, implantar um stent para manter a artéria aberta.
Terapia Fibrinolítica (Trombólise): Usada quando a ICP não é disponível em tempo hábil. Administrada nas primeiras 12 horas após o início dos sintomas, utiliza medicamentos (como Alteplase ou Tenecteplase) para dissolver o trombo.
Quais medicamentos antiplaquetários são utilizados no protocolo “MONABCH”?
Resposta: Ácido Acetilsalicílico (AAS) e Clopidogrel (ou outro inibidor do P2Y12).
Quais são as principais contraindicações absolutas para o uso de betabloqueadores no IAM com supra?
Choque cardiogênico, insuficiência cardíaca grave, bradicardia severa, bloqueio atrioventricular (BAV) de 2º ou 3º grau.
Por que os betabloqueadores são contraindicados em pacientes com asma grave ou DPOC grave no IAM com supra?
Betabloqueadores podem desencadear broncoespasmo em pacientes com asma grave ou DPOC, especialmente os não seletivos.
- Qual é a estratégia de reperfusão preferida no IAM com supra e por que?
Angioplastia Primária (ICP) é a preferida, pois restabelece rapidamente o fluxo sanguíneo e minimiza o dano ao miocárdio quando realizada em até 90 minutos.
- Em que situação a trombólise é utilizada no IAM com supra? e como ela é feita?
A trombólise é utilizada quando a ICP não está disponível em tempo hábil
Uso Ateplase 15 mg D.Atk + 0.75 mg/k ( até 50 Mg maximo)
(idealmente nas primeiras 12 horas após o início dos sintomas se passado 12 hrs enviar direto pra ICP).
Quais são os critérios de supradesnível do segmento ST no eletrocardiograma para o diagnóstico de IAM com supradesnível de ST (IAMCST)?
* Regra geral.
* Exceção Homens <40 e >40 anos e mulheres
Supradesnível de ≥1 mm (0,1 mV) em pelo menos duas derivações contíguas.
Nas derivações V2 e V3, os critérios são:
≥ 2 mm em homens acima de 40 anos.
≥ 2,5 mm em homens abaixo de 40 anos.
≥ 1,5 mm em mulheres.
Além do supradesnível de ST, quais outros critérios no ECG podem sugerir IAM com supradesnível de ST (IAMCST)?
Alterações dinâmicas no ECG, como inversão profunda de onda T ou ondas Q patológicas após elevação do ST.
Quem são os agentes fibrinolíticos e quais são as Contraindicações absolutas: (são 8 )
Alteplase (tPA): Um ativador do plasminogênio tecidual.
Tenecteplase (TNK-tPA): Uma forma modificada da alteplase que tem um perfil de administração mais conveniente.
- Qualquer sangramento intracraniano prévio
- AVC isquêmico nos últimos 3 meses
- Dano ou neoplasia no sistema nervoso central
- Trauma significante na cabeça ou rosto nos últimos 3 meses
- Sangramento ativo ou diátese hemorrágica (exceto menstruação)
- Qualquer lesão vascular cerebral conhecida (malformação arteriovenosa)
- Dissecção agudade aorta
- Discrasia sanguínea (deficiência)
Pericardite pós-infarto agudo do miocárdio precoce Constitui a forma mais frequente e costuma se manifestar em torno de 24 horas após o início do evento agudo.
Clinicamente, a pericardite deve ser suspeitada quando for detectada:
Dor torácica ventilatório-dependente, agravada por inspiração profunda, tosse e deglutição, e aliviada quando o paciente flete o tórax anteriormente. Pode ser acompanhada de febrícula, sem alterações hematológicas compatíveis com
infecção.
O que é pericardite pós-infarto agudo do miocárdio?
Resposta: É um processo inflamatório que afeta o pericárdio após um infarto agudo do miocárdio, podendo ocorrer nas formas aguda ou subaguda.
Quais são os principais sinais e sintomas que levam à suspeita de pericardite? (4)
- Dor torácica ventilatório-dependente, agravada por tosse e deglutição.
- Alívio da dor ao fletir o tórax para frente.
- Febrícula.
- Ausculta de atrito pericárdico.
Que alterações no ECG podem indicar pericardite?
Elevação do segmento ST em derivações precordiais esquerdas, com concavidade superior preservada e taquicardia sinusal.
Qual é o tratamento de escolha para pericardite pós-IAM?
Resposta: Aspirina 500 mg a cada 4 horas.
Quais medicamentos devem ser evitados no tratamento da pericardite pós-IAM?
AINES: Podem reduzir o efeito antiplaquetário da aspirina e aumentar o risco de complicações.
Corticosteroides: Aumentam o risco de ruptura cardíaca e recorrência dos sintomas.