Resposta Imune Adaptativa Flashcards
Características gerais da imunidade adaptativa:
• É ativada depois da imunidade natural
• É composta por linfócitos B e T
• Tem especificidade
• Possui memória
• Pode ser do tipo humoral ou celular
Considerando a geração dos linfócitos B e T nos órgãos linfoides primários, como essas células se desenvolvem?
As células pró-linfócito T e B são originadas na medula óssea. Lá, o linfócito B é criado e depois maturado, ou seja, tem seus receptores formados (BCR). Ao caírem na circulação, ficam circulando pelos órgãos linfóides secundários na busca de um antígeno compatível com seus receptores.
Já os pró-linfócitos T são formados na medula óssea, mas só são maturados no timo, onde tornam-se linfócitos T naive (imaturos) também com seus receptores já formados (TCR).
O que determina a especificidade e a diversidade características da imunidade adaptativa?
Especificidade: presença dos receptores dos linfócitos - BCR e TCR -, que são formados junto com os leucócitos quando elas deixam seus órgãos geradores.
Diversidade: os genes para a formação dos receptores linfocitários são formados por recombinação somática de segmentos gênicos nos linfócitos. Portanto, é possível formar uma gama de receptores diferentes, permitindo que diversos antígenos sejam detectados pelo sistema imune.
Quais os componentes da imunidade adaptativa no quesito barreiras celulares/químicas, proteínas sanguíneas e células.
Barreiras celulares e químicas: linfócitos nos epitélios e anticorpos secretados nas superfícies epiteliais.
Proteínas sanguíneas: anticorpos.
Células: linfócitos.
Como ocorre o mecanismo de geração de memória na resposta imune?
1 - Reconhecimento do patógeno: os linfócitos T são apresentados aos antígenos por células dendríticas (principais APCs) ou por macrófagos e são ativados. Os linfócitos B, como são APCs, ativam-se quando eles mesmos ligam-se aos antígenos.
2 - Expansão clonal: proliferação dos linfócitos que conseguiram ligar seus receptores aos antígenos. Quanto mais linfócitos, mais eficiente é o combate ao patógeno.
3 - Diferenciação: para cumprirem suas funcões efetoras, os linfócitos B se diferenciam em plasmócitos (células produtoras de anticorpos) e os linfócitos T tornam-se linfócitos T efetores.
A produção de anticorpos ocorre cerca de 7 a 14 dias após a infecção.
4 - Eliminação do antígeno
5 - Contração (homeostasia): apoptose das células em excesso no sangue.
6 - Memória: após a fase de contração, os linfócitos restantes tornam-se células de memória.
Células de memória
Podem ser formadas de duas maneiras:
1 - Uma célula naive é exposta a um antígeno e pode tornar-se uma célula efetora OU uma célula de memória.
2 - Uma célula naive é exposta a um antígeno, torna-se efetora E então torna-se célula de memória.
Seja qual for a maneira, as células de memória dão respostas mais eficientes aos seus patógenos específicos quando o reencontram.
A imunidade adaptativa pode ser dividida em humoral e celular.
Defina a imunidade celular.
Relacionada à ativação dos LT.
LT-CD4
Uma APC interage seu MHC classe II (que tem um peptídeo do antígeno coletado) com os TCRs dos LT. Ele deixa de ser naive, sofre expansão clonal e é convertido em LTC-D4 efetor ou de memória.
O LT-CD4 também é chamado de LT helper ou auxiliador, pois ele orquestra/comanda a resposta imune por meio da liberação de citocinas. Ele auxilia o linfócito B em sua produção de anticorpos.
Obs: os LT-CD4 naive podem ser convertidas em quatro tipo diferentes de linfócitos de acordo com o estímulo de citocinas liberadas na imunidade inata. Essas citocinas são liberadas de acordo com o patógeno a ser combatido (vírus, bactéria intracelular, bactéria extracelular, etc).
LT-CD8
Uma APC interage seu MHC classe I (que tem um peptídeo do antígeno coletado) com os TCRs dos LT. Ele deixa de ser naive, sofre expansão clonal e é convertido em LTC-D8 efetor ou de memória.
Os LT-CD8 são citotóxicos, ou seja, eles promovem a apoptose de células infectadas por vírus ou bactérias intracelulares.
Os LT-CD4 naive podem ser convertidas em quatro tipo diferentes de linfócitos de acordo com o estímulo de citocinas liberadas na imunidade inata. Essas citocinas são liberadas de acordo com o patógeno a ser combatido (vírus, bactéria intracelular, bactéria extracelular, etc).
Defina cada tipo de LT-CD4 e suas funções.
CD4T1: ativa macrófagos infectados e auxilia linfócitos B a produzirem anticorpos.
Patógenos-alvo: microbactérias que persistem nas vesículas macrofágicas (ex: microbactérias, Listeria, Leishmania donovani e Pneumocystis carinii) e bactérias extracelulares.
CD4T2: auxilia os linfócitos B na produção de anticorpos, principalmente mudando para IgE.
Patógenos-alvo: parasitas helmintos.
CD4T17: intensifica a resposta de neutrófilos.
Patógenos-alvo: bactérias extracelulares (ex: Salmonella enterica)
CD4T reg: existem vários tipos. Impedem respostas exacerbadaa de linfócitos T.
A imunidade adaptativa pode ser dividida em humoral e celular.
Defina a imunidade humoral.
Corresponde à ação do linfócitos B de produzir anticorpos, que ocorre em questão de semanas.
Resposta primária: primeiro contato do LB com o antígeno, fazendo-o deixar de ser naive para se tornar efetor. Sua forma efetora consiste em uma célula produtora de anticorpos ou plasmócito. Os BCRs correspondem aos anticorpos.
Após o fim da resposta primária, restam células B de memória.
Obs: a produção de anticorpos reduz quando a infecção é combatida, mas não chega a zero, pois ainda restam células poduzindo anticorpos continuamente, mas isso depende do patógeno. É assim que conseguimos resultados positivos em testes de sorologia.
Resposta secundária: segundo contato do LB com o antígeno. Como já existem células de memória, a resposta é muito mais rápida, pois já existem anticorpos no sangue para aquele antígeno e os LB já sabem como combatê-lo. Assim, o pico de produção de anticorpos é muito maior em relação à resposta imune primária.
No fim, são produzidas ainda mais células de memória.
Como ocorre a ativação dos linfócitos B?
Para que o LB torne-se efetor, ele precisa de dois sinais de antígenos para ser ativado. Como ele é uma APC, o primeiro sinal sempre é feito por ele mesmo através dos BCRs ligados ao Ag. Já o segundo sinal pode ser feito por outro BCR ou por um LT helper (TCR + MHC classe II), o que caracterizará a resposta humoral como timo independente (sem LT) ou timo dependente (com LT).
Obs: A interação timo depedente não tem nada a ver com o timo. Ela só se chama assim porque há um LT envolvido, mas a interação ocorre em um órgão linfóide periférico.
Entre a resposta humoral timo dependente e timo independente, qual gera resultados mais eficientes?
A resposta timo dependente é mais eficaz, mas ela só consegue ocorrer quando a natureza do antígeno é proteica, pois é o que é aceito na fenda do MHC II. Qualquer outra composição gerará uma resposta timo independente.
Por que a resposta timo dependente é mais eficiente?
• Ocorre troca de isotipo (um anticorpo IgM pode se tornar um outro tipo). Ocorre pouca ou nenhuma troca de isotipo na resposta timo independente.
• Ocorre maturação da afinidade, ou seja, o anticorpo consegue fazer ligações mais fortes com o antígeno (maior afinidade). Ocorre pouca ou nenhuma maturação de afinidade na resposta timo independente.
• Sempre são geradas células B de memória (há resposta secundária). Isso só consegue ocorrer na resposta timo independente com alguns antígenos.
Diferencie imunidade ativa e passiva.
Imunidade ativa
• Ocorre por contato com um antígeno através de infecção ou vacina.
• Ocorre resposta imune inata e adaptativa com posterior geração de imunidade.
• Há especificidade e há memória.
Imunidade passiva
• Ocorre por admnistração de soro (anticorpos) de indivíduos imunes em indivíduos infectados.
• Há especificidade, mas não há memória, pois, como não há tranferênciande células, não há geração de imunidade.
