Que negócio CHATO P1 Flashcards
O que é normalidade em Saúde Mental?
A normalidade em saúde mental não corresponde à ausência de doença ou sintomas. Pode existir doença sem a expressão de sintomas.
Quais são os sintomas normais para qualquer pessoa, mas que podem ser patológicos em certas situações?
A tristeza e a ansiedade são sintomas normais e formas naturais de expressão de sentimentos. Porém, podem ser patológicos quando ocorrem na vigência de outros sintomas.
Quais são os critérios para avaliar a normalidade/doença em Medicina?
Os critérios para avaliar a normalidade/doença em Medicina incluem critérios objetivos (estatísticos) e critérios subjetivos (sensação de bem-estar). A avaliação deve levar em conta o ambiente e as características psicológicas do indivíduo.
Quais são as capacidades psicológicas que indicam a saúde mental?
As capacidades psicológicas que indicam saúde mental incluem: capacidade de avaliar a realidade com razoável exatidão (princípio de realidade), capacidade de autoconhecimento ou consciência eficaz, capacidade de adaptação à realidade, capacidade de satisfação às necessidades básicas, capacidade de tolerar frustrações e não ser impulsivo, capacidade de amar e capacidade de assumir um posicionamento independente.
O que é atenção?
A atenção é a capacidade de concentração diante de um estímulo, seja ele interno ou externo, e também a capacidade de examinar o mundo interno e externo.
Quais são os caracteres da atenção?
Os caracteres da atenção incluem amplitude (campo que abrange a atenção), intensidade (agudez da concentração da atenção) e duração (tempo de uso da atenção).
Quais são as perturbações da atenção na psicopatologia?
As perturbações da atenção na psicopatologia incluem aprosexia (ausência de atenção), hipoprosexia (diminuição global da atenção), disprosexia (lentidão e debilidade da atenção), hiperprosexia (capacidade de atender a muitos estímulos, se fixando muito ou pouco sobre eles) e paraprosexia (concentração intensa da atenção em um estímulo, não percebendo outros - distração).
O que é sensopercepção?
Sensopercepção é o processo pelo qual os estímulos sensoriais são convertidos em fenômenos psíquicos, incluindo a sensação (recepção sensorial do estímulo) e a percepção (transformação do estímulo em fenômeno psíquico).
Quais são as perturbações quantitativas da sensopercepção?
As perturbações quantitativas da sensopercepção incluem a hiperpercepção (aumento do número ou intensidade das percepções) e a hipopercepção (diminuição do número ou intensidade das percepções).
Quais são as perturbações qualitativas da sensopercepção?
As perturbações qualitativas da sensopercepção incluem as ilusões (percepções deformadas do objeto) e as alucinações (percepções sem objeto aceitas como verdadeiras). As alucinações podem ser classificadas de acordo com o conteúdo e o órgão ou sistema afetado. Podem também ser classificadas como elementares ou complexas.
O que é pensamento na psiquiatria?
O pensamento na psiquiatria é a capacidade de formular ideias e elaborá-las por meio de associação de ideias.
Quais são as leis da associação de ideias?
As quatro leis da associação de ideias são: contiguidade espacial (ideias recebidas no mesmo espaço), contiguidade temporal (ideias recebidas no mesmo tempo), semelhança externa (ideias que se parecem externamente) e semelhança interna (ideias com mesmo significado afetivo).
Quais são os distúrbios do curso do pensamento?
Os distúrbios do curso do pensamento incluem interceptação ou bloqueio, desagregação, fuga de ideias, inibição e prolixidade.
Quais são os distúrbios do conteúdo do pensamento?
Os distúrbios do conteúdo do pensamento incluem inclinação, ideia supervalorizada, ideia delirante, delírios, obsessões, fobias e ideias suicidas.
O que são as ideias delirantes ou delírios?
Ideias delirantes ou delírios são ideias ou conjuntos de ideias sem base real aceitas como reais pelo juízo crítico. Exemplos incluem delírios de grandeza, perseguição, referência, influência, auto-acusação ou culpa, desvalia, hipocondria, ciúmes e controle ou roubo de pensamento.
O que é inteligência na psiquiatria?
A inteligência na psiquiatria é a capacidade de aprender pela experiência para uma melhor adaptação e enfrentamento de novas situações.
Quais são as oligofrenias?
As oligofrenias são déficits de inteligência causados por atraso ou parada na evolução intelectual e incluem idiotia, imbecilidade e debilidade mental.
O que é afeto na psiquiatria?
O afeto na psiquiatria engloba impulsos indistintos, afetos, emoções e os diversos sentimentos de prazer e desprazer.
Quais são os tipos de afetos prazeirosos?
Os tipos de afetos prazeirosos incluem euforia, júbilo, exaltação e êxtase, sendo típicos de quadros maníacos.
Quais são os tipos de afetos desprazeirosos?
Os tipos de afetos desprazeirosos incluem a depressão, que varia de grau leve até o estupor paralisante frente ao mundo.
O que é linguagem na psiquiatria?
A linguagem na psiquiatria é o modo de expressar-se, sendo composta pela linguagem oral, mímica e escrita.
Quais são as alterações na linguagem oral?
As alterações na linguagem oral incluem dislogias, disfemias, dislalias, disfasias, disfonias e disartrias.
O que são os automatismos na conduta?
Os automatismos são ações ou condutas independentes da vontade, como estereotipias, obediência automática, ecopraxia, catalepsia, negativismo, agitação psicomotora, entre outros.
O que é memória na psiquiatria?
Memória na psiquiatria é a capacidade de fixar, preservar, evocar e reconhecer um estímulo.
Quais são as perturbações quantitativas da memória?
As perturbações quantitativas da memória incluem hipermnésia, dismnésia, hipomnésia e amnésia.
Quais são os tipos de amnésia?
Os tipos de amnésia são: de fixação ou anterógrada, de evocação ou retrógrada e total ou retroanterógrada.
Quais são as perturbações qualitativas da memória?
As perturbações qualitativas da memória incluem déjà vu, jamais vu, ilusão de memória ou falsificação retrospectiva e alucinação de memória ou confabulação.
O que é consciência na psiquiatria?
Consciência na psiquiatria é o estado de clareza mental que possibilita o conhecimento e/ou reconhecimento do eu próprio e do ambiente.
Quais são as perturbações da consciência?
As perturbações da consciência incluem estreitamento, obscurecimento (obnubilação, confusão, estupor, coma) e orientação (autopsíquica e alopsíquica).
O que é a síndrome ansiosa na psiquiatria?
A síndrome ansiosa na psiquiatria é caracterizada por intensa angústia acompanhada de manifestações neurovegetativas, como tremores, taquicardia e sudorese, e estreitamento de consciência.
O que é a síndrome convulsiva na psiquiatria?
A síndrome convulsiva na psiquiatria pode ser do tipo epiléptico ou histérico (conversivo), sendo a dilatação pupilar um diferencial importante entre os dois tipos.
O que é a síndrome catatônica na psiquiatria?
A síndrome catatônica na psiquiatria é caracterizada por alterações psicomotoras, como automatismos e negativismo, que podem ocorrer em duas fases: agitação e estupor.
O que é a síndrome depressiva na psiquiatria?
A síndrome depressiva na psiquiatria é caracterizada por inibição ou lentidão no curso do pensamento, afeto modulado para a depressão e inibição ou hipoatividade motora.
O que é a síndrome maníaca na psiquiatria?
A síndrome maníaca na psiquiatria é caracterizada por fuga de ideias no curso do pensamento, afeto modulado para a euforia e aceleração ou hiperatividade motora.
O que é a síndrome alucinose na psiquiatria?
A síndrome alucinose na psiquiatria é caracterizada por alucinações auditivas acompanhadas de intensa angústia e conteúdo acusatório e sexual, além de ideias delirantes de referência e ciúmes.
O que é a síndrome paranoide na psiquiatria?
A síndrome paranoide na psiquiatria é caracterizada por ideias delirantes de perseguição, referência, prejuízo, ciúme e infidelidade, com condutas e outras alterações de acordo com as ideias delirantes.
O que é a síndrome demencial na psiquiatria?
A síndrome demencial na psiquiatria é caracterizada por uma debilitação global, crônica e progressiva da capacidade intelectual normalmente adquirida, com perda da memória de fixação, falsificação retrospectiva e confabulação da memória, além de desorientação temporal e espacial e instabilidade emocional.
O que é a síndrome hipocondríaca na psiquiatria?
A síndrome hipocondríaca na psiquiatria é caracterizada por uma convicção inabalável de ter uma doença grave sem que isso tenha base real, envolvendo ideias delirantes hipocondríacas e nihilistas, além de alucinações cenestésicas.
O que é a síndrome de despersonalização/desrealização na psiquiatria?
A síndrome de despersonalização/desrealização na psiquiatria é caracterizada por um sentimento de irrealidade em relação ao meio externo ou a si mesmo, podendo ser despersonalização (sentimento de mudança de personalidade) ou desrealização (sentimento de mudança do meio ambiente).
O que é a esquizofrenia?
A esquizofrenia é uma doença grave, crônica e incapacitante, de curso progressivo e incurável, que afeta aproximadamente 1% da população mundial, sem distinção entre os sexos e atingindo todas as classes sociais. Inicia-se geralmente aos 25 anos de idade.
Quais são os sintomas positivos da esquizofrenia?
Os sintomas positivos da esquizofrenia são aqueles que chamam atenção e fazem o paciente ser visto como “louco”. Eles incluem alucinações, delírios, discurso desorganizado, comportamento desorganizado e emoções inapropriadas.
Quais são os sintomas negativos da esquizofrenia?
Os sintomas negativos da esquizofrenia incluem alogia (comunicação pobre), embotamento afetivo (afeto modulado para o autismo), anedonia (falta de prazer para fazer algo) e avolição (falta de impulso para fazer as coisas) e limitações de atenção.
Quais são os diferentes subtipos de esquizofrenia?
Os subtipos de esquizofrenia são: esquizofrenia paranoide (delírios paranoides e alucinações auditivas), esquizofrenia hebefrênica (mudanças afetivas proeminentes e desorganização), esquizofrenia catatônica (perturbações psicomotoras proeminentes), esquizofrenia indiferenciada (não satisfaz nenhum outro subtipo de classificação), depressão pós-esquizofrênica (episódio depressivo após um surto) e esquizofrenia residual (forma tardia da doença com predominância de sintomas negativos).
Quais são as fases clínicas da esquizofrenia?
As fases clínicas da esquizofrenia incluem pródromos (sintomas iniciais), fase aguda (surto), estabilização e manutenção.
Como o profissional deve manejar pacientes agressivos?
O profissional deve avaliar o risco de agressividade do paciente, identificar sinais de hostilidade e agressividade, utilizar manejo verbal com cautela, negociar brevemente e de forma clara, evitar ameaças e desafios, demonstrar compreensão da situação e estar preparado para contenção mecânica e química, se necessário.
Quais são os tratamentos para a esquizofrenia?
Os tratamentos para a esquizofrenia incluem internação hospitalar, ECT (eletroconvulsoterapia), psicoterapia de apoio/grupos, terapias ocupacionais, associações de pacientes e familiares, além do uso de medicamentos antipsicóticos e benzodiazepínicos para controle dos sintomas.
Quais são os riscos relacionados ao suicídio em pacientes psicóticos?
O suicídio é um perigo sempre presente em pacientes psicóticos, sendo importante avaliar e valorizar a ideação suicida, especialmente quando o paciente apresenta vozes de comando.
Como devemos lidar com os pacientes psicóticos?
Devemos tratar os pacientes psicóticos com respeito, compreensão e ajuda, buscando entender o que eles estão vivenciando, como eles entendem isso e o que isso significa para eles. O uso de manejo verbal adequado, negociação breve e clara, e ações que demonstrem proteção e cuidado são fundamentais no tratamento desses pacientes.
O que é o Transtorno Depressivo Maior?
O Transtorno Depressivo Maior é caracterizado por episódios depressivos que duram pelo menos 2 semanas e apresentam pelo menos 4 sintomas principais, como mudanças no peso e apetite, mudanças no sono e atividade, falta de energia, sentimento de culpa, problemas de concentração e pensamentos recorrentes de morte.
Quais são os sintomas da depressão?
Os sintomas da depressão incluem humor deprimido, perda de interesse e prazer, energia reduzida, concentração e atenção reduzidas, autoestima e autoconfiança reduzidas, ideias de culpa e inutilidade.
Qual a prevalência da depressão na população?
A prevalência da depressão é de aproximadamente 15% na população. Acomete mais mulheres do que homens e pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum na faixa dos 20 anos.
Quais são as teorias sobre a etiologia da depressão?
A etiologia da depressão é multifatorial. Envolve fatores genéticos, fatores ambientais (fatores pré-natais, perdas, privações, estresse, etc.) e anormalidades na atividade de neurotransmissores, como serotonina, noradrenalina e dopamina.
O que são transtornos persistentes do humor?
Transtornos persistentes do humor são flutuações cíclicas e prolongadas no humor, como ciclotimia e distimia. A ciclotimia é caracterizada por episódios leves de depressão e elação, enquanto a distimia é uma forma de depressão crônica, mas menos grave do que o transtorno depressivo maior.
O que é o Transtorno Afetivo Bipolar?
O Transtorno Afetivo Bipolar é um transtorno caracterizado por episódios repetidos de mania, hipomania e depressão. A forma mais típica é a alternância de episódios maníacos e depressivos, separados por períodos de humor normal.
Quais são as características de um episódio maníaco?
Um episódio maníaco é caracterizado por humor anormalmente elevado, expansivo ou irritado, duração de pelo menos 1 semana, prejuízo significativo e sintomas como aumento da autoestima, redução da necessidade de sono, distratibilidade, atividade física e mental aumentada, loquacidade e impulsividade.
Qual a epidemiologia do Transtorno Afetivo Bipolar?
O Transtorno Afetivo Bipolar tipo I corresponde a 1% da população e é igualmente prevalente entre homens e mulheres. Episódios mistos e ciclagem rápida são mais comuns em mulheres. Pode iniciar em qualquer idade, mas acomete níveis socioeconômicos mais elevados.
Como é feito o diagnóstico diferencial do Transtorno Afetivo Bipolar?
O diagnóstico diferencial do Transtorno Afetivo Bipolar deve ser feito em relação a outros transtornos, como a esquizofrenia, depressão unipolar e transtorno de personalidade emocionalmente instável (borderline).
Quais são as comorbidades associadas ao Transtorno Afetivo Bipolar?
O Transtorno Afetivo Bipolar pode estar associado a hipertensão, cardiopatias, transtornos de ansiedade e abstinência/dependência de álcool e substâncias psicoativas.
Qual o tratamento para o Transtorno Afetivo Bipolar?
O tratamento para o Transtorno Afetivo Bipolar envolve abordagens farmacológicas (estabilizadores de humor, antidepressivos, antipsicóticos), psicoterapia, psicoeducação e ECT (eletroconvulsoterapia). O tratamento é dividido em fase aguda e fase de manutenção.
O que é suicídio?
Suicídio é a morte auto-infligida causada de forma intencional. Representa uma atitude complexa e pode ser resultado de um continuum suicida, que vai desde a ideação suicida até a tentativa de suicídio e, eventualmente, o suicídio propriamente dito.
Qual a história do suicídio ao longo da humanidade?
O suicídio sempre esteve presente nos registros da história da humanidade. Sua repercussão variou ao longo do tempo, sendo visto com condenação em algumas culturas e períodos, enquanto em outros, houve mais tolerância ou compreensão em relação a esse comportamento.
Quais são os diferentes estágios do comportamento suicida?
O comportamento suicida pode ser dividido em quatro estágios: ideação suicida (pensamentos sobre suicídio), plano suicida (formulação de planos para cometer suicídio), tentativa de suicídio (ato não fatal de tentar se matar) e suicídio (morte auto-infligida). Além disso, também existem “gestos” suicidas, que geralmente não têm a intenção de levar à morte.
Quais são os fatores de risco para o suicídio?
Os fatores de risco para o suicídio podem ser sociodemográficos (sexo masculino, idosos, adolescentes, etc.), psicológicos (perdas, problemas interpessoais, transtornos de humor, etc.), psiquiátricos (dependência química, esquizofrenia, etc.) e clínicos (doenças físicas incapacitantes). A disponibilidade de um meio letal também é um fator de risco importante.
Quais são os fatores de proteção para o suicídio?
Os fatores de proteção para o suicídio incluem filhos em casa, senso de responsabilidade para com a família, gravidez, religiosidade, satisfação de vida, apoio social positivo e relacionamento terapêutico positivo. Esses fatores podem ajudar a diminuir o risco de uma pessoa com comportamento suicida.
Como é feita a avaliação do risco de suicídio?
A avaliação do risco de suicídio envolve ouvir atentamente o paciente, fazer perguntas diretas sobre pensamentos suicidas e conhecer os fatores de risco e proteção. O profissional deve estar atento a sinais como desespero, desamparo, desesperança, depressão, dependência e delírio, pois sua presença pode indicar um risco elevado de suicídio.
Quais são os indicadores de intencionalidade suicida?
Indicadores de intencionalidade suicida incluem comunicação prévia sobre o suicídio, mensagem ou carta de despedida, providências finais como acertar dívidas, planejamento detalhado da tentativa e precauções para não ser descoberto. A ausência de pessoas para socorrer também pode indicar uma maior intenção de levar a cabo o ato.
Quais são as características de funcionamento do ego relacionadas ao suicídio?
O funcionamento do ego pode influenciar o risco de suicídio. Características como incapacidade de abandonar desejos infantis de cuidado, ambivalência em relação à morte, expectativas excessivamente altas sobre si mesmo e controle excessivo do afeto, principalmente da agressão, podem estar presentes em pessoas com risco de suicídio.
Qual é o manejo do paciente com risco de suicídio?
O manejo do paciente com risco de suicídio envolve ouvir atentamente, acolher e não julgar o paciente. É importante desenvolver um vínculo terapêutico, fazer perguntas necessárias, estabelecer objetivos escalonados de curto, médio e longo prazo, ampliar a rede de apoio e, se necessário, considerar a internação involuntária para garantir a segurança do paciente.
Quais são as abordagens de tratamento para o suicídio?
O tratamento do paciente com risco de suicídio pode envolver medidas ativas, uso de psicofármacos como antidepressivos, tricíclicos e ISRS, além de ECT para casos graves. Diferentes abordagens psicoterapêuticas, como a psicodinâmica, psicanalítica e cognitivo-comportamental, podem ser empregadas. Intervenções psicossociais também são importantes no tratamento.
Quais são as medidas de prevenção para o suicídio?
As medidas de prevenção do suicídio incluem a redução dos fatores de risco, o desenvolvimento dos fatores de proteção e a conscientização da sociedade sobre o tema. É fundamental oferecer apoio emocional e social às pessoas em situação de vulnerabilidade, além de facilitar o acesso a serviços de saúde mental e programas de prevenção.
O que são substâncias psicoativas?
Substâncias psicoativas são aquelas que possuem potencial de abuso e podem levar o indivíduo a administrá-las repetidamente, resultando em tolerância, abstinência e comportamento compulsivo de consumo. Essas substâncias têm ação no sistema nervoso central (SNC) e podem causar euforia ou alívio de dor, sendo de rápida ação. A dependência química é uma doença crônica e recidivante resultante do uso continuado dessas substâncias, que promovem mudanças na estrutura e no funcionamento do cérebro.
Quais são os objetivos da avaliação inicial em casos de uso e abuso de substâncias?
Os objetivos da avaliação inicial são: tratar qualquer emergência ou problema agudo relacionado ao consumo, diagnosticar precocemente o consumo de drogas, identificar complicações clínicas, sociais ou psíquicas, investigar comorbidades psiquiátricas, motivar o indivíduo para a mudança e o tratamento, estabelecer um vínculo empático com o paciente e determinar o nível de atenção especializada necessário.
Quais são as questões essenciais para a investigação do consumo de substâncias?
Para investigar o consumo de substâncias, são essenciais as seguintes questões: o último episódio de consumo (tempo de abstinência), a quantidade de substância consumida, a via de administração, o ambiente de consumo, a frequência do consumo nos últimos meses e a especificação de todas as drogas em uso. Pacientes que fazem uso de substâncias em locais ou situações específicas tendem a responder melhor ao tratamento do que aqueles que usam indiscriminadamente.
O que é intoxicação aguda por substâncias?
Intoxicação aguda é uma condição transitória que ocorre após a administração de substâncias psicoativas. Está diretamente relacionada aos níveis de doses utilizadas e seus efeitos desaparecem na ausência de uso posterior da substância. Esse diagnóstico deve ser considerado apenas em casos em que a intoxicação ocorre sem que problemas mais persistentes relacionados ao uso de substâncias estejam presentes. É comumente associado a episódios de “bebedeira do fim de semana”.
O que é uso nocivo de substâncias?
O uso nocivo de substâncias é um padrão de consumo que causa danos à saúde física ou mental do indivíduo e está frequentemente associado a diversas consequências sociais. A intoxicação aguda ou a “ressaca” não são evidências suficientes para codificar o uso nocivo. Esse diagnóstico é excluído quando há a presença de síndrome de abstinência ou transtornos mentais relacionados ao consumo, como a dependência química.
O que é dependência química de substâncias?
A dependência química é uma relação disfuncional entre o indivíduo e uma determinada substância psicoativa, resultando em compulsão para o consumo, aumento da tolerância, síndrome de abstinência, alívio ou evitação da abstinência pelo aumento do consumo, estreitamento ou empobrecimento do repertório de comportamentos e reinstalação da síndrome de dependência. A avaliação inicial inclui a identificação dos sinais e sintomas característicos dessa condição, que são fundamentais para o diagnóstico e planejamento terapêutico.
Quais são os critérios CID-10 para dependência de substâncias?
Para o diagnóstico de dependência de substâncias conforme a CID-10, é necessário que três ou mais dos seguintes critérios estejam presentes em algum momento do ano anterior: (a) forte desejo ou compulsão pela substância; (b) dificuldades em controlar o consumo da substância; (c) estado de abstinência fisiológico ao cessar ou reduzir o uso da substância (síndrome de abstinência ou evitação desta pela manutenção do consumo); (d) evidência de tolerância; (e) abandono progressivo de prazeres e interesses alternativos em favor do uso da substância, aumento da quantidade de tempo necessária para se recuperar de seus efeitos; (f) persistência no uso da substância, apesar de evidências de consequências manifestamente nocivas.
Quais são os níveis de gravidade da dependência química?
Após identificar a presença dos critérios para dependência química em um indivíduo, o próximo passo é determinar sua gravidade. A análise é fundamental para individualizar o diagnóstico e coletar informações para o planejamento terapêutico. Deve-se investigar complicações clínicas, comorbidades psiquiátricas e suporte social.
O que é síndrome de dependência de álcool?
A síndrome de dependência de álcool é uma doença crônica que causa recaídas e prejuízos clínicos, sociais, laborais, familiares e econômicos. O álcool é a droga que mais está associada à violência familiar e urbana, sendo considerado um dos 10 problemas de saúde mais importantes na atenção primária. Há uma forte associação entre depressão e abuso de álcool, e mais de 20% das tentativas de suicídio estão relacionadas ao uso dessa substância.
Como é medida a quantidade de álcool consumida?
A quantidade de álcool consumida é medida em unidades de álcool. Cada unidade da substância equivale a cerca de 10g de álcool puro. Para calcular o número de unidades, multiplica-se a quantidade consumida (em mL) pela concentração alcoólica da bebida e, em seguida, divide-se o resultado por 10. As concentrações alcoólicas podem variar nas diferentes bebidas, como cerveja, vinho, uísque, vodka, etc. O beber em binge é um padrão em que há consumo de cinco doses para homens e quatro para mulheres, em uma só ocasião, com alta concentração alcoólica em um curto período de tempo.
Quais são os princípios do tratamento efetivo de acordo com o NIDA (National Institute on Drug Abuse)?
- O tratamento necessita ser facilmente disponível. 2. Nenhum tratamento é efetivo para todos os pacientes. 3. Deve atender às várias necessidades e não somente ao uso de drogas. 4. O tratamento necessita ser constantemente avaliado e modificado de acordo com as necessidades do paciente. 5. Permanecer em tratamento por período adequado é fundamental. 6. Aconselhamento e outras técnicas comportamentais são fundamentais. 7. Medicamentos são importantes, principalmente se combinados com terapia. 8. A comorbidade deve ser tratada de forma integrada – não se deve fazer nenhum diagnóstico psiquiátrico antes de 30 dias de abstinência do uso de SPA. 9. Desintoxicação é só o começo do tratamento. 10. O tratamento não necessita ser voluntário para ser efetivo. 11. A possibilidade de uso de drogas deve ser monitorada. 12. Avaliação sobre HIV, hepatites B e C, aconselhamento para evitar esses riscos. 13. Recuperação é um processo longo e muitas vezes necessita de vários episódios de tratamento.
O que é intoxicação alcoólica aguda?
A intoxicação alcoólica aguda é uma condição clínica transitória causada pela ingestão aguda de bebidas alcoólicas acima de um nível tolerado pelo indivíduo, resultando em alterações psíquicas e físicas que interferem em seu funcionamento habitual. Os sinais e sintomas variam com a alcoolemia, incluindo embriaguez leve a anestesia, coma, depressão respiratória e, em casos raros, morte.
Quais são os riscos e alterações observados na intoxicação alcoólica aguda?
Os riscos e alterações observados na intoxicação alcoólica aguda incluem exposição moral, sexo desprotegido, impulsividade, agressividade, violência, labilidade do humor, prejuízo no raciocínio e julgamento crítico, diminuição do desempenho motor e ataxia, fala pastosa ou arrastada, prejuízo social e ocupacional, além de maior risco de acidentes de trânsito e suicídio.
Qual é o manejo da intoxicação alcoólica aguda?
O manejo da intoxicação alcoólica aguda inclui interromper a ingestão de álcool, posicionar o paciente em decúbito lateral para prevenir aspiração em caso de vômito, proporcionar um ambiente seguro e livre de estímulos, realizar exame físico para avaliar complicações agudas ou crônicas, e fazer exames laboratoriais, como hemograma, função renal, eletrólitos e função hepática. Se houver agitação psicomotora intensa, a imobilização do paciente pode ser necessária. Medicamentos depressores do SNC devem ser evitados. Tiamina 300 mg (via intramuscular) é indicada para todos os pacientes para profilaxia de Wernicke-Korsakoff. A reposição de soro fisiológico (via intravenosa) é necessária apenas se o paciente estiver desidratado, e a reposição de glicose (via intravenosa) é indicada se houver hipoglicemia.
O que é intoxicação patológica e como é o seu manejo?
Intoxicação patológica é uma reação de extrema agressividade, violência e fúria que ocorre após a ingestão de pequenas quantidades de álcool. O manejo da intoxicação patológica é semelhante ao da intoxicação alcoólica aguda, com abordagem autolimitada. O paciente deve ser orientado a abster-se completamente do álcool até concluir a investigação clínica e neurológica para diferenciar de outras condições como intoxicação alcoólica grave, epilepsia, delirium tremens, TCE e transtorno conversivo.
O que é uso nocivo de álcool e como é seu manejo?
Uso nocivo de álcool é um padrão de consumo disfuncional ou mal-adaptativo que interfere na vida do indivíduo, resultando em problemas interpessoais, legais, psicológicos e clínicos, persistindo por um período igual ou superior a um ano, mas sem atender aos critérios para dependência. O manejo do uso nocivo de álcool envolve uma abordagem psicossocial e pode incluir fármacos que ajudem a reduzir o consumo. É importante identificar e tratar possíveis comorbidades psiquiátricas ou fatores desencadeantes para o uso problemático do álcool.
O que é síndrome de abstinência alcoólica (SAA) e quais são os sintomas?
A síndrome de abstinência alcoólica (SAA) é um conjunto de sinais e sintomas que surgem após a diminuição ou interrupção do uso do álcool, geralmente dentro das primeiras 6 horas. Os sintomas incluem tremores de extremidades e da língua, ansiedade, alteração do humor, sudorese, taquicardia, aumento da pressão arterial, cefaleia, insônia, aumento da sensibilidade ao som, náuseas e vômitos. A SAA tem um curso flutuante e autolimitado, podendo durar de 5 a 7 dias, com pico de duração de 24 a 48 horas após o início dos sintomas.
Quais são os sintomas da SAA leve/moderada e seu manejo?
Os sintomas da SAA leve/moderada incluem leve agitação psicomotora, tremores e sudorese discretos, cefaleia, náuseas sem vômitos e orientação e juízo crítico preservados. O manejo da SAA leve/moderada pode ser realizado ambulatorialmente e inclui ambiente calmo e confortável com pouca estimulação, dieta livre com atenção à hidratação, reposição vitamínica com tiamina (300 mg intramuscular por 5-7 dias e, em seguida, 300 mg via oral), e benzodiazepínicos conforme os sintomas, preferindo diazepam 20 mg via oral com retirada gradual em uma semana, ou lorazepam 4 mg via oral se o paciente tiver hepatopatia.
Quais são os sintomas da SAA grave e como é seu manejo?
Os sintomas da SAA grave incluem intensa agitação psicomotora, tremores generalizados, sudorese profusa, náuseas e vômitos, sensibilidade visual intensa e quadros similares a crises convulsivas. O manejo da SAA grave é indicado em ambiente hospitalar, com monitoramento frequente e locomoção restrita. O tratamento inclui ambiente calmo com poucos estímulos, dieta leve com hidratação endovenosa se houver confusão mental, reposição vitamínica com tiamina intramuscular por 5-7 dias e, em seguida, 300 mg via oral, benzodiazepínicos conforme os sintomas, preferindo diazepam 10-20 mg via oral a cada hora (máximo de 60 mg/dia) ou lorazepam (até 12 mg/dia) em pacientes com hepatopatia. A contenção física só é indicada em casos de agitação extrema.
O que é delirium tremens e como é seu manejo?
Delirium tremens é uma forma grave e complicada da síndrome de abstinência alcoólica (SAA), potencialmente fatal, que ocorre geralmente de 1 a 4 dias após a interrupção do álcool. Os sintomas incluem confusão mental aguda, rebaixamento do nível de consciência, desorientação, agitação psicomotora, comportamento desorganizado, alucinações táteis e visuais vívidas (microzoopsias), entre outros. O manejo do delirium tremens deve ser realizado em hospital geral, com monitoramento de sinais vitais e laboratório, utilizando medicamentos como diazepam (10-20 mg/hora) ou lorazepam (2-4 mg/hora) para redução gradual conforme melhora clínica. Também pode ser utilizado haloperidol (5 mg/dia) e reposição vitamínica.
O que é alucinose alcoólica e como é seu manejo?
Alucinose alcoólica é um quadro alucinatório visual e/ou auditivo, vívido, que pode surgir até 48 horas após a diminuição ou suspensão do consumo excessivo de álcool. Os pacientes podem expressar ansiedade e agitação psicomotora em resposta às experiências alucinatórias. O manejo da alucinose alcoólica geralmente envolve o uso de benzodiazepínicos conforme o quadro da síndrome de abstinência alcoólica. Além disso, pode ser utilizada a medicação haloperidol (5 mg via oral ao dia) e reposição vitamínica. É importante não fazer o diagnóstico de esquizofrenia, pois os sintomas da alucinose são transitórios.
O que é síndrome de dependência do álcool (SDA) e quais são seus elementos para diagnóstico?
A síndrome de dependência do álcool (SDA) é caracterizada por sinais e sintomas comportamentais, fisiológicos e cognitivos em que o uso do álcool se torna uma grande prioridade na vida do indivíduo. Os elementos para o diagnóstico da SDA incluem estreitamento do repertório, relevância do consumo, tolerância, abstinência, alívio ou evitação da abstinência pelo uso, compulsão para consumir álcool e reinstalação da síndrome após a abstinência.
Como é o manejo da SDA e quais fármacos podem ser utilizados?
O manejo da SDA requer atendimento em equipe multiprofissional, envolvendo a família no tratamento e identificação e tratamento de comorbidades. O tratamento farmacológico pode ser associado às intervenções psicossociais para otimizar os resultados. Alguns fármacos utilizados no tratamento da SDA são: Dissulfiram (500 mg/dia por 1 a 2 semanas, seguido por 250 mg/dia), Naltrexona (25 mg/dia aumentando para 50 mg/dia após 7 dias), Topiramato (200 a 400 mg/dia), e Baclofeno (30 mg/dia). O tratamento com TCC (terapia cognitivo-comportamental) associada à medicação é uma das melhores abordagens.
O que é terapia de reposição de nicotina (TRN) e como é utilizada no tratamento da dependência de nicotina?
A terapia de reposição de nicotina (TRN) é utilizada para reduzir os sintomas de abstinência e a fissura pelo cigarro durante o processo de cessação tabágica. Consiste em substituir a nicotina presente no cigarro por outras formas de administração, como adesivos, goma ou pastilha de nicotina. A TRN deve ser iniciada assim que o paciente parar de fumar e pode ser utilizada por 8 a 12 semanas, até um ano. Existem diferentes formas de TRN, como adesivos de nicotina (7, 14, 21 mg), goma de nicotina (2 e 4 mg) e pastilha de nicotina (2 e 4 mg). É importante considerar as contraindicações, como lesões dermatológicas/orais, gastrite, IAM recente, gestação e amamentação.
Quais são os tratamentos não nicotínicos para a dependência de nicotina?
Além da terapia de reposição de nicotina, existem tratamentos não nicotínicos para a dependência de nicotina. Alguns exemplos incluem: Bupropiona (início do tratamento 1 semana antes de parar de fumar, com 1 comprimido ao dia por 3 dias, seguido por 1 comprimido 2 vezes ao dia), Nortriptilina (início do tratamento com 25 mg/dia de 2 a 4 semanas antes de parar de fumar, com aumento progressivo até 75 mg/dia) e Vareniclina (início do tratamento quando o paciente parar de fumar, com doses específicas de 0,5 mg e 1 mg em diferentes semanas). Cada um desses medicamentos possui contraindicações e pode ser mais indicado para determinados pacientes, portanto é importante avaliar cada caso individualmente.
Quais são as considerações finais sobre o tratamento de transtornos por uso de álcool e nicotina?
O tratamento de transtornos por uso de álcool e nicotina requer uma abordagem aberta e clara, com identificação e tratamento de comorbidades e motivação para a mudança. A intervenção precoce é importante para melhores resultados. A avaliação do padrão de uso de álcool deve ser realizada em todos os pacientes. O tratamento farmacológico pode ser associado a intervenções psicossociais para otimizar os resultados. Além disso, a terapia de reposição de nicotina pode ser uma opção no tratamento da dependência de nicotina. A referência para o serviço adequado a cada caso é essencial para um tratamento eficaz.
Quais são as considerações finais sobre o uso de álcool?
A média de tempo entre o início dos problemas pelo uso de álcool e a primeira intervenção profissional é de cerca de 5 anos. Apenas 20-30% dos pacientes se mantêm abstinentes em 2-3 anos de seguimento. O impacto do uso de álcool em adolescentes é maior devido ao cérebro estar em formação. O diagnóstico e tratamento precoces são importantes para melhores resultados.
Qual é a relação entre maconha e dependência?
O índice de uso de maconha no Brasil é de 3%. A idade de experimentação é importante, pois 62% dos brasileiros experimentaram maconha antes dos 18 anos de idade. Quanto mais precoce o início do uso, maior o risco de desenvolver dependência.
Quais são os efeitos da maconha?
Os efeitos da maconha incluem descoordenação motora, prejuízos na memória e concentração, confusão, euforia, relaxamento, alterações na percepção do espaço e tempo, aumento do apetite, boca seca e taquicardia.
Quais são os efeitos adversos e complicações do uso da maconha?
A maconha pode causar ansiedade, pânico, sintomas psicóticos, síndrome amotivacional, alterações cognitivas e psicomotoras. Também pode levar à bronquite crônica, dispneia e baixo peso ao nascer em gestantes usuárias.
Quais são os sintomas de abstinência do uso de maconha?
Os sintomas de abstinência da maconha incluem insônia, irritabilidade, tremores, náusea e depressão. Um terço dos adultos usuários já tentou parar sem sucesso, e 27% apresentou sintomas de abstinência ao tentar parar.
Qual a relação entre maconha e psicose?
Doses elevadas de THC podem produzir sintomas psicóticos transitórios em voluntários normais. Usuários pesados de Cannabis têm três vezes mais risco de desenvolver esquizofrenia, e o início precoce do uso aumenta esse risco.
Como é o tratamento da dependência de maconha?
Não há tratamento específico para a dependência de maconha. Pode-se avaliar e tratar sintomas agudos, utilizar técnicas psicoterápicas como a terapia cognitivo-comportamental e manejo de contingências, além de identificar e tratar comorbidades.
Qual a relação entre cocaína e crack?
45% dos usuários experimentaram cocaína antes dos 18 anos de idade. O crack é uma forma fumada da cocaína, que produz euforia intensa e compulsão pelo uso. O uso combinado com álcool aumenta os riscos de overdose e complicações cardíacas.
Quais são os efeitos agudos da cocaína?
Os efeitos agudos da cocaína incluem aumento de energia, euforia, aumento do estado de alerta, redução do apetite, sensação intensa de felicidade, impulsividade e sintomas de paranoia.
Quais são os sintomas físicos do uso de cocaína?
Os sintomas físicos incluem taquicardia, hiperventilação, hipertermia, sudorese, tremores, midríase, cefaleia, espasmos musculares e hiperatividade motora.
Quais são as complicações clínicas da intoxicação aguda por cocaína e crack?
As complicações incluem taquicardia, arritmia, insuficiência cardíaca, AVC, crises convulsivas, dispneia, hipertermia e insuficiência renal.
O que é a síndrome de abstinência da cocaína?
A síndrome de abstinência é trifásica: CRASH (1-4 dias) com piora do humor, SÍNDROME DISFÓRICA TARDIA (2 semanas a 3-4 meses) com volta do desejo da droga, e EXTINÇÃO (meses ou anos) com melhora da fissura.
O que é fissura/craving relacionado ao uso de cocaína?
Fissura ou craving é a força propulsora e urgente direcionada ao uso da droga. Pode ser desencadeada por situações específicas, estresse ou eventos relacionados ao consumo, representando uma ameaça à manutenção da abstinência.
Quais são os tratamentos farmacológicos para dependência de cocaína?
Não há fármaco específico, mas entre os que têm efeito destacam-se o topiramato, dissulfiram e modafinil. A vacina anticocaína, apesar de pouca eficácia, também é uma abordagem em desenvolvimento.
O que é ansiedade?
A ansiedade consiste de um sistema de alarme do cérebro para lidar com o perigo, preparação do corpo para luta ou fuga ou congelamento.
Quais são os sintomas somáticos da ansiedade?
Autonômicos: taquicardia, vasoconstrição, sudorese, náusea, midríase, piloereção. Musculares: dores, contraturas, tremores.
Quais são os sintomas psíquicos da ansiedade?
Tensão/nervosismo, apreensão, mal-estar indefinido, insegurança, dificuldade de concentração, medo de perder o controle, sensações diversas.
O que determina a diferença entre ansiedade normal e patológica?
A intensidade, duração, frequência e a interferência com o desempenho funcional/ocupacional.
Quais são as causas médicas e de substâncias para a ansiedade?
Diversas doenças médicas e uso/abstinência de substâncias podem causar sintomas de ansiedade.
Quais são os neurotransmissores envolvidos na ansiedade?
A ansiedade envolve principalmente serotonina (↓), noradrenalina, GABA (↓) e glutamato (↑).
Explique a teoria psicodinâmica de Freud sobre ansiedade.
Segundo Freud, a ansiedade é resultado da falha nos mecanismos de defesa do ego frente a pulsões proibidas.
Quais são as teorias cognitivas da ansiedade?
As teorias cognitivas destacam crenças e atitudes que predispõem ao estado de ansiedade, interpretações catastróficas, superestimação do risco, etc.
Explique a teoria comportamental da ansiedade.
A teoria comportamental aborda a formação de alarme aprendido, evitação e suas influências na ansiedade.
Quais são os transtornos de ansiedade mais comuns?
Os transtornos de ansiedade mais comuns são o transtorno de pânico, transtorno de ansiedade social, transtorno de ansiedade generalizada, etc.
O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é um transtorno de ansiedade?
Não, o TOC é um transtorno de ansiedade com características distintas.
Quais são os sintomas do transtorno do pânico (TP)?
Ataques de pânico inesperados e recorrentes, acompanhados de preocupação com novos ataques.
Como é o curso e prognóstico do transtorno do pânico?
Períodos de exacerbações e remissões, com 1/3 dos pacientes recuperando-se completamente.
Quais são os sintomas do transtorno de ansiedade generalizada (TAG)?
Ansiedade e preocupação excessivas por pelo menos 6 meses, com sintomas como inquietação, irritabilidade, insônia, etc.
Quais são os sintomas do transtorno de ansiedade social (TAS)?
Medo ou ansiedade acentuada e persistente em situações sociais ou de desempenho, temor de agir de forma humilhante ou vergonhosa.
Como é o curso e prognóstico do transtorno de ansiedade social?
Início precoce e curso muito crônico, com 1/2 dos pacientes recuperados após 25 anos de doença.
O que é fobia específica?
Medo acentuado e persistente de objetos ou situações específicas, como animais, ambientes naturais, sangue, injeção, ferimentos, etc.
Qual é o tratamento para fobias específicas?
O tratamento inclui dessensibilização progressiva, com a apresentação gradual do objeto fóbico.
O que é transtorno de estresse pós-traumático (TEPT)?
TEPT é um transtorno que ocorre após experiência ou testemunho de evento traumático, com sintomas de revivência, esquiva e excitabilidade.
Como é o curso e prognóstico do transtorno de estresse pós-traumático?
O curso é crônico em muitos casos, com 1/2 dos pacientes apresentando duração de dois anos.
Quais são os principais tratamentos farmacológicos para transtornos de ansiedade?
Antidepressivos (ISRS, IRSN, ADT, I-MAO), ansiolíticos (buspirona, benzodiazepínicos), anticonvulsivantes, bloqueadores adrenérgicos.
Qual é o tratamento psicoterápico de eleição para transtornos de ansiedade?
A terapia cognitivo-comportamental é o tratamento psicoterápico de eleição.
Cite outras modalidades de tratamento para transtornos de ansiedade.
Estimulação cerebral profunda, realidade virtual, psicocirurgia, entre outros.
O tratamento combinado é recomendado para transtornos de ansiedade?
Sim, o tratamento combinado (medicamentoso e psicoterápico) é frequentemente o mais eficaz.