Ornintorrinco P1 Flashcards

1
Q

O que compreende o ouvido externo?

A

Conduto auditivo até membrana do tímpano.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Qual a nomenclatura correta hoje para o ouvido?

A

ORELHA.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Qual o tamanho e formato do conduto auditivo externo?

A

26 mm de comprimento por 7 mm de diâmetro, com formato de tubo curvo.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Quais as principais funções da orelha externa?

A

Captação de som, localização do som, proteção e ganho auditivo de 5dB.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

O que reveste o conduto auditivo externo?

A

Glândulas ceruminosas no terço externo.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Como a ressonância acústica aumenta a pressão sonora?

A

Proporciona ganho auditivo de 10dB.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

O que a membrana timpânica faz ao bater a onda sonora?

A

Vibra como um tambor e movimenta a cadeia ossicular.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Quais os ossos da cadeia ossicular no ouvido médio?

A

Martelo (A), Bigorna (B) e Estribo (C).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Qual o efeito da cadeia tímpano-ossicular na onda sonora?

A

Amplificação da onda sonora, ganho auditivo de 30 dB.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Qual a função da tuba auditiva (de Eustáquio)?

A

Conecta o ouvido médio à rinofaringe e equilibra a pressão aérea.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

O que ocorre ao passar pelo pavilhão da orelha, conduto auditivo e cadeia tímpano ossicular?

A

Ganho auditivo de 45dB, a onda sonora vira estímulo elétrico na cóclea.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Quais os músculos que protegem o ouvido interno de movimentos excessivos?

A

Músculo Estapédio e Músculo Tensor do Tímpano.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Quais os nervos responsáveis pela inervação desses músculos?

A

Músculo Estapédio: Nervo facial (VII PAR); Músculo Tensor do Tímpano: Nervo trigêmeo (V PAR).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Onde está localizada a mastoide?

A

Atrás do ouvido médio.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

O que ocorre no ouvido interno?

A

Transforma a onda sonora mecânica em impulsos elétricos para o cérebro.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Quais os canais que compõem a cóclea?

A

Escala vestibular (perilinfa), escala timpânica (perilinfa) e escala média (endolinfa).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Qual o papel das células ciliadas na cóclea?

A

Movimentam e transformam a onda sonora em estímulo elétrico, responsáveis pela audição.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

O que causa dano nos sons agudos na cóclea?

A

Exposição intensa a barulhos intensos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Qual a função do sistema vestibular?

A

Responsável pelo equilíbrio.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Quais as estruturas do labirinto envolvidas no equilíbrio?

A

Canais semicirculares, sáculo e utrículo.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

O que o nervo coclear (VIII PAR) faz?

A

Conduz estímulos da cóclea para o córtex auditivo no lobo temporal.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Como ocorre a transmissão da onda sonora para a cóclea?

A

A onda sonora entra no conduto auditivo, bate na membrana timpânica e movimenta a cadeia tímpano-ossicular.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

O que é condução óssea?

A

Transmissão direta do som através da calota craniana (escuta menos 45dB).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

O que é condução aérea?

A

Amplificação do som em 45dB, objetivo do ouvido.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Q

O que é hipoacusia de condução?

A

Problemas na janela oval para fora, som não chega até a cóclea.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
26
Q

O que é hipoacusia sensorineural?

A

Problemas na janela oval para dentro, lesão na cóclea ou no nervo coclear.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
27
Q

Quais as principais causas de hipoacusia de condução?

A

Obstrução ou disfunção na transmissão do som do ouvido médio à cóclea.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
28
Q

Quais as principais causas de hipoacusia sensorineural?

A

Lesão na cóclea ou no nervo coclear.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
29
Q

Como é o termo “sensorineural” frequentemente usado?

A

Para indicar problemas de percepção auditiva, sem distinção entre lesão na cóclea ou no nervo coclear.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
30
Q

O que pode ocorrer se as cavidades aéreas não se comunicam com o ouvido médio?

A

Acúmulo de secreções e quadros de otites ou osteomastoidites.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
31
Q

Quais os órgãos e estruturas responsáveis pela audição na cóclea?

A

Órgão de Corti com células ciliadas, internas e externas.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
32
Q

O que são as escalas vestibular, timpânica e média na cóclea?

A

Diferentes compartimentos preenchidos por líquidos (perilinfa e endolinfa).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
33
Q

O que ocorre no órgão de Corti na cóclea durante a audição?

A

Células ciliadas movimentam e transformam onda sonora em estímulo elétrico.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
34
Q

O que é o teste de Rinne e qual o resultado normal?

A

Teste para comparar condução aérea (CA) e condução óssea (CO). Resultado normal: Rinne positivo (CA > CO).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
35
Q

Quais as possíveis causas para um teste de Rinne negativo?

A

Rinne negativo indica hipoacusia de condução. Possíveis causas: rolha de cera, perfuração timpânica, ouvido médio com secreção.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
36
Q

Como diferenciar hipoacusia unilateral condutiva de sensorineural usando o teste de Weber?

A

O som é lateralizado no lado afetado em hipoacusia condutiva e lateralizado no ouvido normal em hipoacusia sensorineural.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
37
Q

O que é o teste de Schwabach e o que ele avalia?

A

Teste que compara a condução óssea (CO) entre os dois ouvidos. Avalia a duração do tempo em que o som é ouvido em ambos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
38
Q

Quais os resultados possíveis no teste de audição simples?

A

Escuta voz cochichada: audição normal. Escuta voz normal: hipoacusia leve a moderada. Escuta voz alta: hipoacusia moderada a severa. Não escuta voz alta: hipoacusia profunda.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
39
Q

O que é avaliado na audiometria tonal?

A

A audiometria tonal avalia o limiar audiométrico, a audição no ouvido interno e a participação da cadeia aérea na amplificação do som.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
40
Q

O que indica uma hipoacusia condutiva na audiometria?

A

Hipoacusia condutiva é indicada quando a condução óssea (CO) é menor que a condução aérea (CA).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
41
Q

O que indica uma hipoacusia sensorineural na audiometria?

A

Hipoacusia sensorineural é indicada quando CA e CO apresentam perdas idênticas.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
42
Q

O que é hipoacusia mista na audiometria?

A

Hipoacusia mista é quando há perdas tanto na condução aérea quanto na condução óssea.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
43
Q

Quais as limitações da audiometria tonal?

A

Audiometria tonal é subjetiva, dependendo das respostas do paciente, e testa frequências entre 250 e 8000Hz.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
44
Q

O que é imitanciometria (tímpanometria) e o que mede?

A

É um teste objetivo que mede a mobilidade da cadeia tímpano-ossicular e o reflexo do músculo estapédio.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
45
Q

O que indica o resultado Jerger tipo A na imitanciometria?

A

Jerger tipo A indica normalidade, com pico em odPa e melhor mobilidade do tímpano sem pressão extra.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
46
Q

O que indica o resultado Jerger tipo B na imitanciometria?

A

Jerger tipo B indica ausência de pico, que pode ser causado por secreção no ouvido médio, perfuração ou artefato.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
47
Q

O que indica o resultado Jerger tipo C na imitanciometria?

A

Jerger tipo C indica pico em < odPa e melhor movimento timpânico com pressão negativa no CAE, indicando retração timpânica.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
48
Q

Como é possível realizar a imitanciometria em crianças?

A

A imitanciometria não depende da colaboração do paciente, tornando-a ótima para realizar em crianças.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
49
Q

Qual a conclusão sobre a confiabilidade dos testes audiológicos?

A

Nenhum dos testes é infalível, por isso devem ser analisados em conjunto para obter um diagnóstico mais preciso.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
50
Q

O que é otite externa?

A

Inflamação da pele que reveste o conduto auditivo, causando sintomas como otalgia, prurido, hipoacusia e otorreia (secreção no ouvido).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
51
Q

Como deve ser realizada a otoscopia para otite externa?

A

Iniciar pelo ouvido não afetado, tracionar o pavilhão da orelha para trás, para cima e para fora, e utilizar otoscópio com otocone na entrada do conduto auditivo para melhor exposição.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
52
Q

Quais são as causas da otite externa?

A

Trauma, uso de cotonetes, dedos, exposição à água (piscina, praia), eczema e conduto auditivo externo (CAE) estreito.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
53
Q

Quais os principais agentes patogênicos da otite externa bacteriana?

A

Pseudomonas e Staphylococcus aureus.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
54
Q

Quais os principais agentes patogênicos da otite externa fúngica?

A

Aspergillus niger (90%) e Candida albicans.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
55
Q

Quais são os sintomas da otite externa aguda leve a moderada?

A

Otalgia e prurido.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
56
Q

Quais são os sintomas da otite externa aguda severa?

A

Piora com movimentos da orelha e pode apresentar obliteração do lúmen (meato auditivo), otorreia purulenta e comprometimento de tecidos adjacentes.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
57
Q

Qual o tratamento medicamentoso para otite externa bacteriana leve a moderada?

A
  • Gotas antibióticas: ciprofloxacino (3 gotas, a cada 12 horas, por 7 a 10 dias).<br></br>- Analgesia: paracetamol 750mg, a cada 4 horas, enquanto houver dor.<br></br>- Antibiótico oral: azitromicina 500mg, por 5 dias (associado ou não com as gotas).
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
58
Q

Qual o tratamento medicamentoso para otite externa bacteriana severa?

A
  • Antibiótico oral: amoxicilina 875mg + clavulanato 125mg, a cada 12 horas, por 10 dias (associado com ciprofloxacino em gotas).<br></br>- ATB IV se extensão para tecidos adjacentes (diabetes, imunodeprimidos).
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
59
Q

Qual o tratamento para otite externa fúngica aguda?

A

Limpeza e gotas antifúngicas tópicas: oxiconazol (3 gotas, a cada 8 horas, por 14 dias).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
60
Q

O que é otite externa crônica?

A

Processo inflamatório crônico com sintomas persistentes por mais de 2 meses, podendo ser causada por bactérias, fungos ou eczema.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
61
Q

Quais são os sintomas da otite externa crônica leve a moderada?

A

Prurido, dolorimento e descamação.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
62
Q

Quais são os sintomas da otite externa crônica severa?

A

Edema no canal auditivo, podendo deixá-lo entumecido.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
63
Q

Qual o tratamento medicamentoso para otite externa crônica?

A

Antibiótico associado com esteroides tópicos:<br></br>1. Betametasona – 4 gotas, a cada 6 horas.<br></br>2. Fludroxicortida – a cada 12 horas, por 7 a 10 dias.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
64
Q

O que é furunculose no contexto da otite externa?

A

Infecção aguda localizada na lateral do 1/3 do conduto auditivo, causada por obstrução de uma unidade pilosebácea, comum na região.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
65
Q

Quais são os sintomas da furunculose?

A

Otalgia localizada e prurido.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
66
Q

Como tratar a furunculose?

A
  • Calor local.<br></br>- Analgésicos (paracetamol).<br></br>- Antibiótico oral: amoxicilina 875mg + clavulanato 125mg, a cada 12 horas, por 10 dias.<br></br>- Incisão e drenagem para abscessos.<br></br>- ATB IV se extensão para tecidos adjacentes (diabetes, imunodeprimidos).
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
67
Q

O que é otite externa maligna?

A

Infecção agressiva do conduto auditivo externo, observada em indivíduos imunodeprimidos e diabéticos de difícil controle, podendo levar à paralisia de nervos cranianos e extensão para a base do crânio.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
68
Q

Quais são os patógenos comuns da otite externa maligna?

A

Pseudomonas aeruginosa.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
69
Q

Quais são os sinais e sintomas da otite externa maligna?

A

Otalgia profunda, otorreia purulenta, inflamação e granulação, obstrução do canal auditivo, paralisia de nervos cranianos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
70
Q

Qual o tratamento para a otite externa maligna?

A
  • Antibiótico intravenoso (ATB IV) por 4 semanas.<br></br>- Debridamento local.<br></br>- Analgesia.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
71
Q

O que é pericondrite no contexto da otite externa?

A

Infecção do pericôndrio auricular (cartilagem da orelha) causada por trauma ou espontaneamente em diabéticos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
72
Q

Quais são os sintomas da pericondrite?

A

Dor na orelha e prurido, podendo apresentar intumescimento auricular e edema.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
73
Q

Como é o tratamento para a pericondrite?

A

Tratamento com corticoterapia oral.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
74
Q

O que é otomicose no contexto da otite externa?

A

Infecção fúngica da orelha externa, caracterizada por otalgia e prurido, com eritema no canal, edema leve, descamações e presença de fungos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
75
Q

Quais são os agentes comuns causadores de otomicose?

A

Aspergillus niger (90%) e Candida albicans.

76
Q

Qual o tratamento para a otomicose?

A

Limpeza, gotas antifúngicas tópicas: oxiconazol (3 gotas, a cada 8 horas, por 14 dias) e analgésicos (paracetamol 750mg).

77
Q

O que é erisipela no contexto da otite externa?

A

Infecção superficial aguda causada pelo Streptococcus betahemolítico grupo A, que resulta em eritema na orelha, inchaço e dor.

78
Q

Qual o tratamento para a erisipela na orelha?

A

Antibióticos orais ou intravenosos, se necessário.

79
Q

O que é o Herpes Zoster Oticus?

A

Infecção viral causada pelo herpes simplex varicela vírus (HSV), que apresenta sintomas iniciais como queimação, otalgia, cefaleia, astenia e febre, seguidos pelo desenvolvimento de vesículas e, em alguns casos, paralisia facial.

80
Q

Qual o tratamento para o Herpes Zoster Oticus?

A
  • Proteger o olho para evitar ceratite de exposição.<br></br>- Corticoides (prednisona 1mg/kg até 80mg por 2 semanas) para reduzir o edema inflamatório.<br></br>- Antivirais como aciclovir 800mg, a cada 6 horas, por 5 dias, tomado nas primeiras 72 horas para prevenir a replicação viral.
81
Q

O que é otite média?

A

Inflamação da orelha média entre o tímpano e a cóclea, com a cavidade aérea que conecta a tuba auditiva ao rinofaringeo.

82
Q

Qual é a causa mais frequente de consultas em crianças?

A

Otite Média.

83
Q

Quais cirurgias são comuns para otite média?

A

Timpanocentese + Tuba de Ventilação (TV) e Adenoamigdalectomia.

84
Q

Quais fatores contribuem para a otite média?

A

Disfunção da tuba auditiva, infecção viral ou bacteriana do ouvido médio e inflamação nasal (IVARS, rinite alérgica, exposição a poluição).

85
Q

Em qual estação do ano a otite média é mais frequente?

A

Meses frios.

86
Q

Qual é a faixa etária com maior incidência de otite média?

A

Crianças menores de 2 anos, especialmente antes dos 2 anos (6-12 meses).

87
Q

Quais são os fatores de risco para otite média?

A

IVARS, rinite alérgica, anormalidades craniofaciais (palato fendido), Síndrome de Down, fumo passivo, frio/inverno e baixo nível socioeconômico.

88
Q

Quais são as classificações da otite média?

A

OMA (Otite Média Aguda), OMS (Otite Média Secretora/Serosa), OMC (Otite Média Crônica) e Otite Média Colesteatomatosa.

89
Q

O que acontece na otite média AGUDA?

A

Tímpano completamente VERMELHO, ABAULADO, SEM O TRIÂNGULO LUMINOSO.

90
Q

Quais são as bactérias mais prevalentes na otite média aguda?

A

Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis (algumas produtoras de betalactamase, inativando a penicilina).

91
Q

Qual o tratamento medicamentoso para otite média aguda?

A
  • Amoxicilina: 875mg, 2 vezes ao dia, por 10 a 14 dias (ou Amoxicilina + Clavulanato ou Ciprofloxacino em casos específicos).<br></br>- Nimesulida: 100mg, 2 vezes ao dia, por 10 dias.<br></br>- Paracetamol: 750mg, a cada 6 horas, em caso de dor.
92
Q

Quais são as possíveis complicações da otite média aguda?

A

Mastoidite, paralisia do nervo facial, labirintite supurativa, hipoacusia sensorineural e meningite.

93
Q

O que é a otite média secretora ou serosa?

A

Secreção dentro do ouvido médio, causando hipoacusia, mas sem dor ou febre.

94
Q

Qual o tratamento medicamentoso para otite média secretora?

A
  • Amoxicilina: 875mg, a cada 12 horas, por 10 dias.<br></br>- Prednisona: 20 mg, 1 vez ao dia, por 10 a 14 dias (redução gradual).<br></br>- Corticoide spray nasal (Budesonide): a cada 12 horas, por 3 semanas.
95
Q

Qual o tratamento cirúrgico para otite média secretora?

A

Timpanotomia e tubos de ventilação (considerar adenoidectomia, se necessário).

96
Q

Quais as possíveis complicações dos tubos de ventilação?

A

Timpanosclerose (mancha esbranquiçada como cicatriz do procedimento, sem perda auditiva), otorreia, atrofia ou retração timpânica e perfuração timpânica persistente (mais grave, pode requerer novo tratamento cirúrgico), granuloma.

97
Q

O que é otite média crônica?

A

Perfuração da membrana timpânica após inflamações de repetição, podendo ser ativa (com otorreia) ou inativa (sequela de episódios anteriores).

98
Q

Qual o tratamento medicamentoso para otite média crônica?

A
  • Ciprofloxacino: 500mg, a cada 12 horas, por 14 dias.<br></br>- Ciprofloxacino otológico: 4 gotas, a cada 8 ou 12 horas, de 14 a 20 dias.<br></br>- Em casos mais severos: Ceftriaxona: 1g, IM, por 3 dias.
99
Q

Quais exames são indicados para otite média crônica?

A

Otoscopia, audiometria e TC de ouvidos para avaliar o resultado do tratamento.

100
Q

O que é otite média colesteatomatosa?

A

É uma forma mais grave, em que o epitélio escamoso queratinizado do conduto auditivo cresce para dentro do ouvido médio, podendo destruir os ossículos auditivos e causar complicações.

101
Q

Qual o tratamento conservador para colesteatoma pequeno?

A

Micro sucção e limpezas.

102
Q

Qual o tratamento medicamentoso para colesteatoma grave?

A
  • Ceftriaxona: em casos graves.<br></br>- Amoxicilina + Clavulanato e Ciprofloxacino otológico: na fase aguda.
103
Q

Qual o tratamento cirúrgico para colesteatoma grave?

A

Timpanomastoidectomia é o procedimento padrão ouro.

104
Q

Quais as possíveis complicações da otite média colesteatomatosa?

A

Destruição dos ossículos auditivos, exposição do nervo facial, erosão do canal semicircular lateral, meningite e outras complicações semelhantes às da otite média aguda e mastoidite.

105
Q

O que é otosclerose?

A

É uma enfermidade do ouvido médio caracterizada pela fixação do estribo, causando hipoacusia condutiva.

106
Q

A otosclerose tem alguma relação com esclerose cerebral ou arteriosclerose?

A

Não, a otosclerose não está relacionada com essas condições.

107
Q

Qual a importância clínica da otosclerose?

A

Torna-se clinicamente relevante quando prende a platina do estribo na janela oval e interfere na condução do som e amplificação pela cadeia tímpano-ossicular.

108
Q

Quais são as duas fases clínicas da otosclerose?

A
  1. Ativa (otospongiose): reabsorção óssea, osso da cápsula ótica é corroído e vascularizado, prendendo o estribo.<br></br>2. Inativa (otosclerótica): neoformação óssea, tecidos vascularizados substituídos por ossos densos que prendem a platina do estribo.
109
Q

O que é otoesclerose coclear?

A

É uma forma de otosclerose que pode causar hipoacusia neurossensorial quando a lesão atinge a escala média da cóclea, danificando o órgão de Corti.

110
Q

Como é a epidemiologia da otosclerose?

A

É hereditária em cerca de 70% dos casos, sendo transmitida de forma autossômica dominante com penetração incompleta (avós podem ter, filhos não, netos sim). Afecta cerca de 1% da população caucasiana com sintomas, porém autópsias mostram uma taxa maior de casos assintomáticos.

111
Q

Quais são as manifestações clínicas da otosclerose?

A
  • Hipoacusia de condução lentamente progressiva, uni ou bilateral.<br></br>- Início dos 15 aos 45 anos (paciente nessa faixa etária que apresenta hipoacusia condutiva, mas sem histórico de otite média de repetição, pode ser otosclerose).<br></br>- Tinitus (chiado no ouvido).<br></br>- Vertigens (sensação de movimento rotatório).
112
Q

Como é realizado o exame físico para otosclerose?

A
  • Otoscopia ou otomicroscopia: geralmente normal, mas pode apresentar o sinal de Schwartze (parte hiperemiada com foco vascularizado na mucosa do ouvido médio, típico da otospongiose).<br></br>- Testes com diapasão (256Hz ou 512Hz): Rinne e Weber, úteis para diferenciar hipoacusia condutiva (otosclerose) de neurossensorial.
113
Q

Quais são os testes audiológicos para otosclerose?

A
  • Audiometria tonal: exame subjetivo para verificar a audição do paciente.<br></br>- Imitanciometria (impedanciometria ou timpanometria): mede a mobilidade da cadeia tímpano-ossicular e o reflexo do músculo do estribo (músculo estapédio).
114
Q

Como é o diagnóstico diferencial de otosclerose?

A

Deve-se diferenciar da presença de fluido no ouvido médio (OM), fixação incudo-maleolar, e desarticulação ossicular por traumatismo. A otosclerose também pode ser diferenciada de doenças sistêmicas como osteogenesis imperfeita e doença de Paget.

115
Q

Quais são as opções de tratamento para otosclerose?

A
  • Próteses auditivas são muito eficazes.<br></br>- Tratamento medicamentoso com fluoreto de sódio (40mg/dia por 1 a 2 anos) para favorecer a maturação da otospongiose em otosclerose ativa.<br></br>- Acompanhamento com audiometrias periódicas.<br></br>- Cirurgia para substituição do estribo por uma prótese (estapedectomia ou estapedotomia) quando necessário.
116
Q

Quais são as complicações da cirurgia para otosclerose?

A

Risco de perda de audição em 3% dos casos e paralisia facial transitória (raro). Pode haver também fístula perilinfática, causando tontura e agravamento da hipoacusia sensorineural.

117
Q

O que é o exame de Jerger na otosclerose?

A

O exame de Jerger é um tipo de imitanciometria que mostra um pico em 0dPa, mas com amplitude muito baixa, característico da otosclerose.

118
Q

A otosclerose pode afetar apenas um dos ouvidos?

A

Sim, a otosclerose pode ser uni ou bilateral, podendo afetar apenas um dos ouvidos.

119
Q

Quais as duas fases clínicas da otosclerose?

A

Ativa (otospongiose) e inativa (otosclerótica).

120
Q

Quais os fatores desencadeantes da otosclerose?

A

Os fatores desencadeantes da otosclerose são desconhecidos, mas podem incluir hereditariedade, autoimunidade, fatores hormonais, vasculares, infecções, endócrinos e metabólicos.

121
Q

Qual o exame mais útil para diferenciar hipoacusia condutiva de neurossensorial na otosclerose?

A

Testes com diapasão, como o teste de Rinne e Weber, são úteis para diferenciar a hipoacusia condutiva (otosclerose) da hipoacusia neurossensorial.

122
Q

O que é o sinal de Schwartze?

A

O sinal de Schwartze é uma parte hiperemiada com foco vascularizado na mucosa do ouvido médio, típico da otospongiose (fase ativa da otosclerose).

123
Q

Quais as opções de tratamento medicamentoso para otosclerose?

A

O tratamento medicamentoso pode incluir fluoreto de sódio (40mg/dia por 1 a 2 anos), vitamina D, carbonato de cálcio e alendronato de sódio (10mg/dia por 6 a 12 meses).

124
Q

Quais os benefícios do tratamento medicamentoso para otosclerose?

A

O tratamento medicamentoso pode favorecer a maturação da otospongiose em otosclerose ativa, reduzir tinnitus, reverter o sinal de Schwartze, e evitar hipoacusia sensorial progressiva.

125
Q

Qual é o tratamento cirúrgico da otosclerose?

A

O tratamento cirúrgico da otosclerose envolve a realização de uma estapedectomia ou estapedotomia.

126
Q

O que é estapedectomia?

A

A estapedectomia é um procedimento cirúrgico em que todo o estribo e toda a platina são removidos e substituídos por uma prótese, reestabelecendo o mecanismo de condução do som.

127
Q

O que é estapedotomia?

A

A estapedotomia é um procedimento cirúrgico em que é feita uma pequena abertura no centro da platina do paciente, sendo colocada uma prótese no local para reestabelecer a condução do som.

128
Q

Como são os resultados auditivos da cirurgia?

A

A cirurgia tem resultados auditivos excelentes, proporcionando melhora na hipoacusia condutiva.

129
Q

Quais são as complicações da cirurgia?

A

As complicações podem incluir perda de audição em aproximadamente 3% dos casos e paralisia facial transitória (rara). Também pode haver o risco de fístula perilinfática, causando tontura e agravamento da hipoacusia sensorineural.

130
Q

Quais as indicações para o tratamento cirúrgico?

A

O tratamento cirúrgico é indicado quando não há possibilidade de tratamento com próteses auditivas ou quando a otosclerose causa significativa perda auditiva condutiva, comprometendo a qualidade de vida do paciente.

131
Q

Quais os cuidados após a cirurgia?

A

Após a cirurgia, é importante seguir as orientações médicas, evitar esforços físicos intensos, manter repouso e realizar os retornos de acompanhamento para avaliação da evolução da audição e possíveis complicações.

132
Q

Como é realizada a estapedectomia?

A

Na estapedectomia, é feita a remoção total do estribo e toda a platina. Posteriormente, é inserida uma prótese que irá substituir a estrutura removida, permitindo a condução adequada do som através do ouvido médio.

133
Q

Quais os resultados esperados após a cirurgia?

A

Espera-se uma significativa melhora na hipoacusia condutiva, restaurando a capacidade auditiva do paciente. No entanto, os resultados podem variar de pessoa para pessoa.

134
Q

Quando a estapedectomia é indicada?

A

A estapedectomia é indicada quando há necessidade de remover todo o estribo e toda a platina e substituí-los por uma prótese, sendo uma opção válida para tratar a otosclerose em casos específicos.

135
Q

O que é a fístula perilinfática após a cirurgia?

A

A fístula perilinfática é uma complicação pós-cirúrgica que pode ocorrer quando há uma comunicação anormal entre a perilinfa (líquido do ouvido interno) e o ouvido médio, causando tontura e agravamento da hipoacusia sensorineural.

136
Q

Quais os cuidados pré-operatórios da cirurgia?

A

Antes da cirurgia, o paciente deve realizar exames pré-operatórios, seguir orientações médicas sobre o jejum, suspender o uso de medicamentos que possam interferir na cirurgia e informar sobre qualquer condição de saúde relevante.

137
Q

Quais os benefícios da estapedotomia?

A

A estapedotomia é menos invasiva que a estapedectomia e tem resultados igualmente eficazes, proporcionando melhora na hipoacusia condutiva e restaurando a audição do paciente.

138
Q

Em que consiste a estapedotomia?

A

Na estapedotomia, é realizada uma pequena abertura no centro da platina do paciente, e uma prótese é colocada no local para restabelecer a condução adequada do som.

139
Q

Como é a recuperação após a cirurgia?

A

A recuperação após a cirurgia pode levar algumas semanas, durante as quais o paciente deve evitar esforços físicos intensos e seguir as orientações médicas para garantir uma recuperação adequada.

140
Q

Quais as chances de perda de audição após a cirurgia?

A

A chance de perda de audição após a cirurgia é de aproximadamente 3%, sendo um risco presente em um pequeno número de casos.

141
Q

A paralisia facial após a cirurgia é permanente?

A

A paralisia facial após a cirurgia geralmente é transitória e rara, pois as fibras nervosas costumam se recuperar com o tempo.

142
Q

A cirurgia é a única opção de tratamento para otosclerose?

A

Não, além da cirurgia, existem outras opções de tratamento, como o uso de próteses auditivas e tratamento medicamentoso com fluoreto de sódio, vitamina D, carbonato de cálcio e alendronato de sódio, que podem ser indicados dependendo do caso.

143
Q

Quando é recomendado o uso de próteses auditivas?

A

O uso de próteses auditivas é recomendado quando a cirurgia não é viável ou quando não é indicada para o paciente. As próteses auditivas são uma opção eficaz para melhorar a audição em casos de otosclerose.

144
Q

Quais os dois tipos de lesão da paralisia facial?

A

Os dois tipos de lesão da paralisia facial são periférica, relacionada ao 2º neurônio motor, e central, relacionada ao 1º neurônio motor.

145
Q

O que caracteriza a paralisia facial periférica?

A

Na paralisia facial periférica, ocorre uma paralisia na hemiface ipsilateral, no mesmo lado do nervo facial acometido, e pode afetar toda a hemiface ou apenas o quadrante inferior.

146
Q

O que caracteriza a paralisia facial central?

A

Na paralisia facial central, ocorre uma paralisia no quadrante maxilar inferior contralateral ao córtex cerebral acometido, ou seja, no lado oposto ao córtex cerebral afetado.

147
Q

Quais as principais funções do nervo facial?

A

O nervo facial é responsável por fornecer inervação motora para a hemiface, controlando movimentos como franzir a testa, fechar os olhos, abrir a boca e rir. Também possui fibras parassimpáticas para a produção de lágrima e saliva, além de fibras gustativas e sensoriais.

148
Q

Onde as fibras do nervo facial transitam?

A

As fibras do nervo facial transitam dentro do osso temporal, através do Aqueduto de Falópio, uma estrutura óssea densa com trajeto de aproximadamente 3,5 cm e 0,5 cm de diâmetro, começando no conduto auditivo interno e saindo no forame mastoideo.

149
Q

Quais os segmentos do nervo facial?

A

O nervo facial é composto por segmentos intracranianos (meatal, labiríntico, timpânico e mastoideo) e segmento extracraniano.

150
Q

Como é feita a avaliação do paciente com paralisia facial?

A

A avaliação inclui anamnese para determinar a duração do quadro, exame físico para verificar os movimentos da hemiface, reflexos cócleo-palpebral e córneo-palpebral, além de testes como a avaliação da lacrimejamento, reflexo estapédico e sensibilidade gustativa da língua.

151
Q

O que o teste de Schirmer avalia na paralisia facial?

A

O teste de Schirmer avalia o lacrimejamento do paciente, e sua assimetria pode indicar o nível de lesão dentro do aqueduto de Falópio nas paralisias faciais periféricas.

152
Q

Como é avaliado o reflexo estapédico?

A

O reflexo estapédico é avaliado por meio da impendanciometria, e seu resultado pode indicar o nível de lesão do nervo facial dentro do aqueduto de Falópio em paralisias faciais periféricas.

153
Q

O que pode ser avaliado para determinar o nível de lesão em paralisias faciais periféricas?

A

No topodiagnóstico, é possível avaliar o lacrimejamento, o reflexo estapédico e a sensibilidade gustativa para determinar o nível de lesão do nervo facial dentro do aqueduto de Falópio em paralisias faciais periféricas.

154
Q

Quais são as causas da paralisia facial periférica?

A

As causas da paralisia facial periférica podem ser idiopáticas (Paralisia de Bell), infecciosas (como otite média ou síndrome de Ramsey-Hunt), traumáticas (fraturas ou parto com uso de fórceps), tumores (glomus jugular, colesteatoma, neurinomas) e outras como a síndrome de Melkersson-Rosenthal.

155
Q

O que caracteriza a paralisia de Bell?

A

A paralisia de Bell é uma forma idiopática de paralisia facial periférica, geralmente de início súbito, que afeta a hemiface ipsilateral, apresentando o Sinal de Bell, onde ao tentar fechar a pálpebra, o olho desvia para cima e para fora.

156
Q

Qual o tratamento geral para a paralisia facial?

A

O tratamento geral para a paralisia facial inclui corticoesteroides para reduzir o edema inflamatório, cuidados locais para proteger o olho do paciente e, em casos mais graves ou sem melhora em algumas semanas, pode ser indicada a cirurgia de descompressão.

157
Q

Quais os testes eletrofisiológicos usados para estimar o prognóstico da paralisia de Bell?

A

Hilger, ENoG e EMG são testes eletrofisiológicos usados para estimar o prognóstico da paralisia de Bell, avaliando o grau de dano neural distal à lesão do nervo facial e a degeneração Walleriana das fibras.

158
Q

Quais os achados eletrofisiológicos avaliados nos testes para paralisia de Bell?

A

Os testes eletrofisiológicos avaliam a latência de condução, o limiar de excitabilidade e as amplitudes das respostas musculares para determinar a extensão do dano neural distal à lesão do nervo facial e a gravidade da degeneração Walleriana das fibras.

159
Q

O que é neuropraxia na paralisia facial?

A

Neuropraxia é uma lesão nervosa em que os axônios permanecem íntegros, ocorrendo apenas um bloqueio fisiológico temporário, com o retorno da função nervosa normalmente em 2 a 4 semanas.

160
Q

O que é axoniotmesis na paralisia facial?

A

Axoniotmesis é uma lesão nervosa que envolve degeneração Walleriana distal à lesão, com perda parcial dos axônios, mas com neurilema preservado, podendo resultar em sincinesias.

161
Q

O que é neurotmesis na paralisia facial?

A

Neurotmesis é uma lesão nervosa que envolve interrupção completa dos axônios e do neurilema, levando a sequelas funcionais graves e raramente é observada na paralisia de Bell.

162
Q

Qual o tratamento medicamentoso para a paralisia de Bell?

A

O tratamento medicamentoso para a paralisia de Bell inclui corticosteroides, como prednisona 1mg/kg, até 80mg por dia, por 20 dias, com redução gradual, para reduzir o edema inflamatório e melhorar a recuperação.

163
Q

Qual o tratamento cirúrgico para a paralisia facial?

A

Em casos mais graves ou sem melhora após algumas semanas, pode ser indicada a cirurgia de descompressão do nervo facial para aliviar a pressão e favorecer a recuperação.

164
Q

Quais são os tipos de acusia?

A

Condutiva (HC) e Sensorineural (HSN)

165
Q

O que caracteriza a perda auditiva condutiva (HC)?

A

Bloqueia a condução da onda sonora da janela oval para fora do ouvido. Causas: cerume, otite média e sequelas, otoesclerose.

166
Q

O que caracteriza a perda auditiva sensorineural (HSN)?

A

Lesão da janela oval para dentro do ouvido. Pode ser de origem coclear (sensorial) ou do nervo auditivo (neural). Cerca de 10% da população tem algum grau de perda sensorineural, sendo quase 90% em pessoas acima de 70 anos.

167
Q

Quais são as causas congênitas da hipoacusia sensorineural (HSN)?

A

Genéticas (não sindrômicas e sindrômicas, como displasia de Mondini e Sind. De Down), Rubeola materna, Hipóxia perinatal e Citomegalovírus.

168
Q

Quais são as causas tardias da hipoacusia sensorineural (HSN)?

A

Genéticas (hipoacusia sensorineural progressiva na adolescência) e adquiridas (presbiacusia, surdez súbita, trauma acústico, otites médias, otoesclerose coclear, doença de Ménière, ototoxicidade, neurinoma do acústico).

169
Q

O que é presbiacusia?

A

É a perda auditiva relacionada ao envelhecimento, que ocorre de forma progressiva nas altas frequências (agudos) após os 40 anos. Pode causar dificuldade de discriminação do som em ambientes ruidosos.

170
Q

O que é PAIR (Perda Auditiva Induzida por Ruídos)?

A

É a perda auditiva causada pela exposição a sons intensos, como tiro, motores, foguetes e música alta. Pode resultar em tinnitus (zumbido contínuo) e hipoacusia sensorineural em altas frequências (agudos).

171
Q

O que é surdez súbita?

A

É a hipoacusia sensorineural súbita com perda auditiva maior que 30dB. Geralmente, é idiopática, mas pode estar relacionada a fatores circulatórios, autoimunes, virais, traumáticos, metabólicos e neoplásicos.

172
Q

Quais são os sintomas da surdez súbita?

A

Hipoacusia unilateral, tinnitus (zumbido), vertigem e cefaleia.

173
Q

Como é realizado o diagnóstico de distúrbios do equilíbrio?

A

O diagnóstico é realizado por meio de anamnese (descrição dos sintomas), exame clínico (coordenação cerebelar, reflexos tendinosos profundos, avaliação dos pares cranianos e mais), além de exames complementares como eletronistagmografia, videonistagmoscopia e posturografia dinâmica.

174
Q

O que é o reflexo vestibulo-ocular?

A

É o reflexo que faz com que os olhos se movam para o lado oposto à direção da cabeça, permitindo que o indivíduo mantenha a fixação visual em uma imagem enquanto move a cabeça.

175
Q

O que são provas de provocação em distúrbios do equilíbrio?

A

São testes utilizados para desencadear os sintomas de vertigem em pacientes com distúrbios vestibulares, como a prova calórica (estimulação do canal semicircular com água ou ar em diferentes temperaturas) e o teste de Dix-Hallpike (manobra para avaliar a Vertigem Posicional Paroxística Benigna).

176
Q

O que são os exames de eletronistagmografia (ENG) e videonistagmoscopia (VNC)?

A

São exames eletrofisiológicos que avaliam os reflexos vestibulo-oculares para detectar alterações de função no sistema vestibular.

177
Q

O que é posturografia dinâmica?

A

É um teste que avalia os reflexos vestibuloespinhais para auxiliar no diagnóstico de distúrbios do equilíbrio.

178
Q

O que é a Labirintite?

A

Labirintite não é um termo adequado, pois existem mais de 50 tipos de labirintopatias, sendo a labirintite aguda apenas uma delas.

179
Q

Quais são os tipos comuns de Labirintopatias?

A

Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB), Doença de Ménière, Neuronite Vestibular, cinetose, Síndromes cervicais, Síndrome multissensorial do idoso e enxaqueca vestibular são alguns exemplos.

180
Q

O que é a Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB)?

A

É uma vertigem fugaz (minutos) que ocorre em resposta a movimentos da cabeça, podendo apresentar náuseas, vômitos e nistagmo, mas sem sintomas auditivos associados. É causada pelo deslocamento de otólitos utriculares para o canal semicircular posterior.

181
Q

Como é feito o diagnóstico da VPPB?

A

O diagnóstico é realizado com a anamnese, questionando qual lado é pior quando o paciente vira a cabeça, normalmente relacionado ao lado com cupulolitiase. A Manobra de Dix-Hallpike também é utilizada para confirmar o diagnóstico.

182
Q

Qual o tratamento para a VPPB?

A

O quadro é autolimitado, com duração de algumas semanas. O tratamento pode incluir o uso de depressores vestibulares, como a cinarizina (25 mg) ou flunarizina (10 mg), por até 2 meses e meio. A Manobra de Epley pode ser realizada com 90% de sucesso na resolução dos sintomas.

183
Q

O que é a Neurite Vestibular?

A

A Neurite Vestibular, também conhecida como Labirintite Aguda, é caracterizada por vertigem súbita e intensa (horas), geralmente acompanhada de nistagmo. Não apresenta sintomas audiológicos e é causada por uma inflamação do nervo ou núcleo vestibular, muitas vezes relacionada a uma infecção viral prévia.

184
Q

Quais são os princípios gerais de tratamento das Labirintopatias?

A

Não há medicação para restaurar a função normal do labirinto, mas é possível buscar a simetria de resposta dos dois lados. O tratamento envolve equilibrar os estímulos de ambos os labirintos e utilizar depressores vestibulares, como a cinarizina (25 mg) ou flunarizina (10 mg), por até 2 meses e meio na fase aguda. Exercícios de recuperação labiríntica podem acelerar a compensação cerebelar central.

185
Q

O que é a Doença de Ménière?

A

A Doença de Ménière é uma labirintopatia caracterizada pela tríade sintomática: hipoacusia flutuante, vertigem recorrente (horas ou dias) e zumbido (tinnitus). Pode haver também a sensação de pressão no ouvido. Afeta predominantemente indivíduos brancos, com uma prevalência de 1 em 1000 na população.

186
Q

Quais são as etiologias da Doença de Ménière?

A

A Doença de Ménière pode ser causada por fatores anatômicos (redução de pneumatização do mastoide e hipoplasia do aqueduto vestibular), fatores genéticos (7.7% hereditário), fatores imunológicos (deposição de imunocomplexos no saco endolinfático), fatores virais e fatores metabólicos.

187
Q

Como é feito o diagnóstico da Doença de Ménière?

A

O diagnóstico é baseado na anamnese, audiometria, eletrococleografia, eletronistagmografia e TC de ouvido. O quadro clínico inclui hipoacusia, vertigem e zumbido.