Mielina ou Margarina, senhora? P2 Flashcards

1
Q

O que são cefaleias?

A

São sintomas de dor de cabeça.

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2
Q

Qual é a prevalência das cefaleias ao longo da vida para homens e mulheres?

A

94% para homens e 99% para mulheres.

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3
Q

Qual é a prevalência das cefaleias no último ano?

A

70%.

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4
Q

Nas unidades de emergência, qual é o motivo mais frequente de atendimento relacionado às cefaleias?

A

É o 4º motivo mais frequente de atendimento.

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5
Q

Como são classificadas as cefaleias primárias?

A

São caracterizadas por episódios recorrentes de dor de cabeça, como a migrânea.

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6
Q

Quais são exemplos de cefaleias secundárias?

A

Meningite, tumor cerebral e sinusite são exemplos.

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7
Q

O que é a Classificação Internacional das Cefaleias 3ª Edição?

A

É uma classificação que categoriza diferentes tipos de cefaleias.

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8
Q

Qual é a prevalência da migrânea na população em geral?

A

Cerca de 15% da população em geral sofre de migrânea.

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9
Q

Quais são algumas características clínicas da migrânea?

A

Alodinia cutânea, vertigem/tontura e osmofobia são sintomas associados à dor da migrânea.

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10
Q

O que é uma aura na migrânea?

A

É uma manifestação neurológica focal que pode ser visual, sensitiva ou envolver linguagem, motor ou tronco cerebral.

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11
Q

O que são pródromos e pós-dromos na migrânea?

A

Pródromos são sintomas que ocorrem antes da dor de cabeça, enquanto pós-dromos ocorrem após a resolução da dor.

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12
Q

Qual é a duração típica de uma aura de migrânea?

A

Geralmente dura de 5 a 60 minutos.

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13
Q

Quais são alguns dos possíveis gatilhos para a migrânea?

A

Predisposição genética, flutuações hormonais, estresse, sono irregular, jejum prolongado e certos alimentos podem desencadear a migrânea.

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14
Q

O que é CGRP e qual é o seu papel na migrânea?

A

CGRP é o peptídeo relacionado com o gene da calcitonina, que está envolvido na vasodilatação e hiperexcitabilidade das fibras aferentes durante uma crise de migrânea.

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15
Q

Quais são algumas das possíveis complicações ou evoluções da migrânea?

A

As complicações podem incluir sensibilização em fase prodrômica devido a estímulos como odores e estímulos luminosos.

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16
Q

Quais são os princípios do tratamento agudo para enxaqueca?

A

Iniciar precoce, escolher o medicamento conforme a intensidade da dor, perfil de efeitos colaterais e resposta prévia, usar dose terapêutica e não usar opioides.

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17
Q

Quais são algumas opções de tratamento para dor leve a moderada na enxaqueca?

A

AINES como ibuprofeno, naproxeno, diclofenaco, analgésicos simples como paracetamol e dipirona, e analgésicos combinados como paracetamol+cafeína.

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18
Q

Quando se deve associar um antiemético no tratamento da enxaqueca?

A

Deve-se associar um antiemético se necessário, como a metoclopramida.

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19
Q

Quais são os medicamentos mencionados para o tratamento agudo da enxaqueca?

A

Paracetamol, dipirona, AINES (ibuprofeno, naproxeno, diclofenaco), ergóticos (ergotamina e diidroergotamina), triptanos (sumatriptano, zolmitriptano, naratriptano, rizatriptano), gepants (erenumabe, ubrogepant, atogepant), ditans (lamisditan).

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20
Q

Qual é a dose máxima diária recomendada de paracetamol para tratar a enxaqueca?

A

A dose máxima diária recomendada de paracetamol é de 4.000 mg.

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21
Q

Quais são as categorias de intensidade da crise usadas para classificar os medicamentos de tratamento agudo da enxaqueca?

A

L (dor leve), M (dor mais intensa) e F (dor forte).

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22
Q

Quais são alguns exemplos de antidepressivos utilizados no tratamento profilático da enxaqueca?

A

Amitriptilina, venlafaxina, nortriptilina e mirtazapina.

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23
Q

Qual é o tratamento agudo recomendado para a cefaleia em salvas?

A

Oxigênio a 100% em máscara sem recirculação ou sumatriptano 6mg SC.

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24
Q

Quais são algumas das cefaleias trigêmino-autonômicas mencionadas no texto?

A

Cefaleia em salvas, hemicrania paroxística, hemicrania contínua e SUNCT/SUNA.

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25
Q

Qual é a prevalência da cefaleia em salvas na população?

A

A cefaleia em salvas tem uma prevalência de 1 a cada 1000 indivíduos.

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26
Q

Quais são os sintomas associados à cefaleia em salvas?

A

Dor recorrente com surtos, que pode durar de 6 a 12 semanas seguido de períodos de remissão.

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27
Q

Qual é o tratamento profilático recomendado para a cefaleia em salvas?

A

Verapamil, glucocorticoides, galcanezumabe e, em alguns casos, corticoide para surtos de curta duração.

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28
Q

Quais são algumas das cefaleias secundárias mencionadas no texto?

A

Hemorragia subaracnoide, AVC hemorrágico, meningite, processo expansivo, hipertensão intracraniana idiopática, arterite temporal e dissecção arterial.

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29
Q

Quais são os sinais de alerta que indicam a necessidade de investigação de cefaleias secundárias?

A

S (sintomas sistêmicos), N (déficits neurológicos focais), O (início após 50 anos), O (início súbito ou recente), P (mudança de padrão da cefaleia prévia) e outros “P” (puerpério ou gestação, pós-trauma, precipitada por tosse ou exercício, posicional).

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30
Q

Quais são os medicamentos mencionados para o tratamento profilático da enxaqueca?

A

Betabloqueadores (propranolol, metoprolol, atenolol, timolol), antidepressivos (amitriptilina, venlafaxina, nortriptilina), antiepilépticos (topiramato, valproato/divalproato), bloqueadores dos canais de cálcio (flunarizina, verapamil), inibidores da ECA/BRA (lisinopril, candersartan) e toxina botulínica tipo A (somente para migrânea crônica).

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31
Q

Qual é a dose inicial recomendada de propranolol para o tratamento profilático da enxaqueca?

A

A dose inicial recomendada de propranolol é de 40 mg, dividida duas a três vezes ao dia.

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32
Q

Quais são as categorias de medicamentos usados no tratamento da enxaqueca mencionadas no texto?

A

Tratamento agudo, tratamento profilático, tratamento não farmacológico e tratamento específico para casos especiais.

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33
Q

Qual é a duração típica de uma crise de cefaleia em salvas?

A

A duração típica de uma crise de cefaleia em salvas varia de 15 a 180 minutos.

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34
Q

O que é uma cefaleia vestibular, de acordo com o texto?

A

É uma cefaleia que inclui episódios de vertigem ou outros sintomas vestibulares em pacientes com migrânea, associados ou não à cefaleia.

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35
Q

Quais são alguns dos tratamentos não farmacológicos mencionados para o tratamento profilático da enxaqueca?

A

Técnicas de relaxamento, terapia cognitivo-comportamental, regular sono, atividade física, acupuntura e osteopatia.

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36
Q

Quais são os grupos de medicamentos usados no tratamento profilático da cefaleia em salvas?

A

Verapamil, glucocorticoides, galcanezumabe, lítio, topiramato e gabapentina.

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37
Q

Quais são as características clínicas da cefaleia tensional mencionadas no texto?

A

Pode ser incapacitante, mas é menos em relação à migrânea, mais frequente em homens, com até 2% da população tendo a forma crônica, e frequentemente precipitada por fatores estressantes.

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38
Q

Quais são alguns dos medicamentos usados no tratamento agudo da cefaleia tensional?

A

Analgésicos simples ou AINES, associados ou não a cafeína.

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39
Q

Quais são os medicamentos mencionados como abortivos no tratamento da cefaleia em salvas?

A

Triptans (intravenosos/nasais) e oxigênio a 100%.

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40
Q

Qual é o tratamento agudo recomendado para a cefaleia do tipo enxaqueca em sala de emergência ou estado migranoso?

A

Analgésico parenteral (dipirona 1g EV), AINE parenteral (ex: cetoprofeno 100mg EV ou IM), antiemético parenteral (ex: dimenidrato 30mg EV ou 50mg IM, metoclopramida 10mg EV), sumatriptano 6mg SC, corticoide (dexametasona 10mg EV), bloqueador dopaminérgico (clorpromazina 0,1 a 0,25mg/kg IM ou metoclopramida 10 mg EV), hidratação e não usar opioides.

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41
Q

O que é considerado cefaleia aguda emergente?

A

Cefaleia aguda emergente inclui casos com febre e casos sem febre.

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42
Q

Quais são algumas das causas de cefaleia aguda emergente com febre mencionadas no texto?

A

Cefaleia com febre pode ser secundária a infecção sistêmica, como gripe, sinusite, ou infecção do sistema nervoso central (SNC), como meningite ou encefalite.

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43
Q

Quais são os sinais de alerta que indicam a necessidade de investigação em casos de cefaleia aguda emergente com febre?

A

Sinais de alerta incluem rigidez de nuca, alteração do estado mental e sinais focais.

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44
Q

Quais são as possíveis causas de cefaleia aguda emergente sem febre mencionadas no texto?

A

As possíveis causas incluem hemorragia subaracnoide, hemorragia intraparenquimatosa e trombose venosa cerebral.

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45
Q

O que deve ser sempre realizado em casos de cefaleia aguda emergente sem febre?

A

Sempre deve ser realizado um CT (tomografia computadorizada).

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46
Q

O que é enfatizado nas considerações finais em relação à cefaleia?

A

Nas considerações finais, é enfatizado que a cefaleia é uma manifestação muito frequente, e é importante reconhecer e tratar as principais cefaleias primárias, além de garantir um tratamento agudo e profilático adequado, melhorar a incapacidade e evitar o abuso de analgésicos.

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47
Q

Qual é a recomendação em relação à anamnese e exame físico na avaliação da cefaleia?

A

Sempre detalhar a anamnese e realizar um exame físico completo na avaliação da cefaleia.

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48
Q

O que é mencionado como parte do manejo adequado da cefaleia?

A

O manejo adequado da cefaleia envolve a investigação correta das causas e o tratamento apropriado.

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49
Q

Quais são os tipos de cefaleia crônica mencionados no texto?

A

Os tipos de cefaleia crônica incluem cefaleias primárias, como migrânea crônica e tensional crônica, e cefaleias secundárias, como aquelas causadas por processo expansivo, hematoma subdural crônico, hipertensão intracraniana idiopática e meningite crônica.

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50
Q

Qual é o ano de referência do protocolo nacional mencionado no texto?

A

O protocolo nacional mencionado no texto é datado de 2018.

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51
Q

O que é o coma em termos de conceito clínico?

A

Coma é uma síndrome clínica caracterizada por redução do despertar e do conteúdo da consciência, onde o paciente não pode ser despertado por estímulos comuns e não tem ciência de si ou do meio que o cerca.

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52
Q

Por que o tema do coma é relevante na prática médica?

A

O tema do coma é relevante porque representa uma emergência médica, é uma causa frequente de atendimento em serviços de urgência, atendimento pré-hospitalar e UTI, é uma manifestação de doença neurológica grave, potencialmente fatal e com risco de sequelas permanentes. Além disso, é potencialmente reversível se tratada adequadamente e tem diferentes etiologias, exigindo uma abordagem detalhada e atendimento ágil.

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53
Q

Como a consciência é definida?

A

Consciência é definida como um estado de vigilância, com percepção em relação a si e ao ambiente ao seu redor.

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54
Q

Quais são as estruturas responsáveis pela manutenção da consciência mencionadas no texto?

A

As estruturas responsáveis pela manutenção da consciência incluem o Sistema Reticular Ativador Ascendente (SARA), localizado na porção superior da ponte e no mesencéfalo, que recebe impulsos aferentes das vias sensitivas e faz projeções para o tálamo e todo o córtex cerebral. Essas projeções envolvem sinapses colinérgicas, adrenérgicas, dopaminérgicas, serotoninérgicas e histaminérgicas.

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55
Q

Quais são os estágios da consciência mencionados no texto?

A

Os estágios da consciência mencionados no texto incluem: - Consciente - Redução da atenção - Confusão (alerta com respostas inadequadas) - Sonolência (acordado quando estimulado) - Torpor (acordado através de estímulo vigoroso, com respostas lentas e inadequadas) - Coma leve (não acorda, com resposta motora desorganizada) - Coma profundo (ausência de resposta aos estímulos dolorosos)

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56
Q

Quais são as categorias de causas de coma mencionadas no texto?

A

As causas de coma são divididas em estruturais e não estruturais (ou metabólicas). As causas estruturais incluem alterações que distorcem a anatomia do encéfalo, como processos expansivos e lesões traumáticas. As causas não estruturais ou metabólicas incluem alterações que interferem no funcionamento neuronal, como alterações eletrolíticas, hipóxia, drogas, toxinas, infecções e outras etiologias.

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57
Q

Quais são algumas das causas estruturais de coma mencionadas no texto?

A

Algumas das causas estruturais de coma mencionadas incluem TCE (Traumatismo Cranioencefálico), AVE (Acidente Vascular Encefálico) isquêmico ou hemorrágico, tumores e abscessos cerebrais.

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58
Q

O que é a “SARA” e qual é a sua função?

A

A “SARA” refere-se ao Sistema Reticular Ativador Ascendente, que é uma estrutura localizada na porção superior da ponte e no mesencéfalo. Sua função inclui receber impulsos aferentes das vias sensitivas e fazer projeções para o tálamo e todo o córtex cerebral.

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59
Q

Quais são alguns dos sintomas associados ao aumento da pressão intracraniana (PIC)?

A

Os sintomas associados ao aumento da pressão intracraniana incluem cefaleia, náuseas e vômitos, bem como edema de papila.

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60
Q

Quais são as principais estruturas cerebrais relacionadas à manutenção da vigília?

A

As principais estruturas cerebrais relacionadas à manutenção da vigília incluem o Sistema Reticular Ativador Ascendente (SARA), que está localizado na porção superior da ponte e no mesencéfalo, e faz projeções para o tálamo e todo o córtex cerebral, utilizando sinapses colinérgicas, adrenérgicas, dopaminérgicas, serotoninérgicas e histaminérgicas. Além disso, o córtex cerebral desempenha um papel crucial na cognição, que é um aspecto qualitativo da consciência.

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61
Q

Quais são algumas das causas não estruturais ou metabólicas de coma mencionadas no texto?

A

Algumas das causas não estruturais ou metabólicas de coma incluem hipóxia, alterações eletrolíticas como hiponatremia, hipernatremia, hipercalcemia e hipermagnesemia, hipoglicemia, cetoacidose diabética, coma hiperglicêmico não cetótico, hipertermia, hipotermia, encefalopatia hepática, uremia, coma mixedematoso, crise Addisoniana e encefalopatia de Wernicke.

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62
Q

O que é recomendado fazer na avaliação inicial de um paciente com coma?

A

Na avaliação inicial de um paciente com coma, é necessário estabilizar o paciente e tratar causas reversíveis. Isso envolve procedimentos como ABC (via aérea, respiração e circulação), intubação em casos de ECG <8, estabilização da coluna cervical, acesso venoso, suporte cardiovascular e a administração de glicose e tiamina em casos específicos.

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63
Q

Quais são os componentes da avaliação inicial de um paciente com coma?

A

A avaliação inicial de um paciente com coma envolve a determinação da etiologia do coma, como é tratado (tratamento clínico ou cirúrgico) e qual é o prognóstico. Isso é feito por meio de anamnese, exame físico geral, exame neurológico e exames complementares.

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64
Q

O que é importante investigar durante a anamnese de um paciente com coma?

A

Durante a anamnese de um paciente com coma, é importante investigar informações como história de trauma, crise epiléptica, doença crônica (como DM e HAS), uso de substâncias psicoativas, tentativa de suicídio, presença de febre e sintomas de infecção, bem como a instalação do coma (se foi abrupta ou gradual).

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65
Q

O que deve ser avaliado no exame físico geral de um paciente com coma?

A

No exame físico geral de um paciente com coma, é importante observar a coloração da pele, verificar a presença de icterícia, palidez ou cianose, examinar lesões cutâneas, verificar a presença de desidratação e observar o hálito do paciente, que pode ser etílico ou cetônico. Também é importante observar movimentos involuntários.

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66
Q

Quais são alguns dos parâmetros vitais que devem ser avaliados durante o exame físico geral de um paciente com coma?

A

Durante o exame físico geral de um paciente com coma, é importante avaliar a pressão arterial, a frequência cardíaca e a temperatura corporal, pois alterações nesses parâmetros podem fornecer pistas sobre a etiologia do coma.

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67
Q

O que é o padrão respiratório, e por que é importante observá-lo em pacientes com coma?

A

O padrão respiratório refere-se à forma como uma pessoa está respirando, incluindo a frequência, profundidade e ritmo da respiração. É importante observar o padrão respiratório em pacientes com coma, pois certos padrões podem sugerir lesões específicas no sistema nervoso central.

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68
Q

Quais são algumas das estruturas cerebrais relacionadas ao controle do padrão respiratório?

A

As estruturas cerebrais relacionadas ao controle do padrão respiratório incluem os centros respiratórios bulbares, localizados no bulbo e no mesencéfalo inferior ou superior da ponte. Essas áreas são responsáveis pelo controle da respiração.

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69
Q

O que é avaliado durante o exame neurológico de um paciente com coma?

A

Durante o exame neurológico de um paciente com coma, é importante avaliar a resposta motora, os nervos cranianos, os reflexos de tronco cerebral, os reflexos tendinosos e superficiais, e sinais meníngeos, se presentes.

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70
Q

O que é a resposta motora e como ela é avaliada em pacientes com coma?

A

A resposta motora refere-se à capacidade do paciente de responder a estímulos motores. Ela é avaliada observando a resposta do paciente à dor, incluindo se ele responde de maneira simétrica, localiza o estímulo doloroso ou exibe posturas anormais.

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71
Q

O que é decorticação e descerebração, e quando esses padrões são observados em pacientes com coma?

A

Decorticação e descerebração são padrões anormais de resposta motora que podem ser observados em pacientes com coma. A decorticação envolve flexão dos membros superiores e extensão dos membros inferiores, enquanto a descerebração envolve extensão dos membros superiores e inferiores. Esses padrões podem ser indicativos de lesões cerebrais específicas.

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72
Q

Quais são os nervos cranianos e os reflexos de tronco cerebral avaliados durante o exame neurológico em pacientes com coma?

A

Durante o exame neurológico em pacientes com coma, são avaliados os nervos cranianos e os reflexos de tronco cerebral, incluindo a fundoscopia para verificar sinais como edema de papila, hemorragias e retinopatia hipertensiva, bem como a avaliação das pupilas e dos reflexos oculocefálico e córneo-palpebral.

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73
Q

Quais são os reflexos tendinosos e superficiais avaliados durante o exame neurológico em pacientes com coma?

A

Durante o exame neurológico em pacientes com coma, são avaliados os reflexos tendinosos, que envolvem a resposta a estímulos nos tendões, e o reflexo cutâneo-plantar.

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74
Q

O que são sinais meníngeos e quando estão presentes em pacientes com coma?

A

Sinais meníngeos são sinais clínicos que indicam inflamação das meninges, como rigidez da nuca e sinal de Brudzinski. Eles estão presentes em condições como meningite, meningoencefalite e hemorragia subaracnoide.

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75
Q

Qual é a importância da Escala de Coma de Glasgow (ECG-P) na avaliação de pacientes com coma?

A

A Escala de Coma de Glasgow (ECG-P) é importante na avaliação de pacientes com coma, pois fornece uma pontuação que reflete o estado de consciência do paciente e pode ser usada para monitorar a resposta ao tratamento. Ela avalia a abertura ocular, a melhor resposta motora e a melhor resposta verbal, e uma pontuação mais baixa está associada a um estado de coma mais profundo.

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76
Q

Quais exames complementares são recomendados na avaliação de um paciente com coma?

A

Na avaliação de um paciente com coma, exames complementares recomendados incluem hemograma completo, glicemia, eletrólitos, ureia e creatinina, TGO, TGP, bilirrubinas, coagulograma, gasometria arterial, TC de crânio, punção lombar (após CT, se necessário), EEG e outros exames conforme a suspeita diagnóstica.

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77
Q

Que tratamentos iniciais são considerados na emergência para pacientes com coma?

A

Na emergência, considera-se tratamento empírico, que pode incluir antibióticos como ceftriaxone e vancomicina para infecções, naloxona para intoxicação por opioides, flumazenil para intoxicação por benzodiazepínicos e manitol para redução da pressão intracraniana, entre outros tratamentos específicos com base nos achados dos exames complementares.

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78
Q

Quando deve ser considerada a consultoria neurocirúrgica no caso de pacientes com coma?

A

A consultoria neurocirúrgica deve ser considerada em pacientes com coma quando há suspeita de lesões estruturais no encéfalo que podem requerer intervenção cirúrgica.

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79
Q

O que é o estado vegetativo persistente?

A

O estado vegetativo persistente é uma condição em que as funções cognitivas estão ausentes, mas as funções do tronco cerebral estão mantidas, incluindo o ciclo sono-vigília.

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80
Q

O que pode causar o estado vegetativo persistente?

A

O estado vegetativo persistente geralmente é causado por uma grave lesão no córtex cerebral.

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81
Q

O que é o “locked-in”?

A

O “locked-in” é uma condição em que o paciente está alerta, ciente do meio ao seu redor, mas é tetraplégico e apresenta paralisia dos nervos cranianos inferiores, mantendo o movimento apenas dos olhos.

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82
Q

O que geralmente causa o “locked-in”?

A

O “locked-in” é geralmente causado por uma lesão isquêmica na ponte do cérebro.

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83
Q

O que é a abulia?

A

A abulia é uma condição caracterizada por apatia severa, ausência de movimentos espontâneos e falta de comunicação.

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84
Q

O que pode causar a abulia?

A

A abulia é geralmente causada por uma lesão frontal bilateral no cérebro.

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85
Q

O que é a catatonia?

A

A catatonia é uma condição em que o paciente apresenta mutismo e uma redução significativa na atividade motora espontânea.

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86
Q

O que geralmente causa a catatonia?

A

A catatonia geralmente é causada por distúrbios psiquiátricos.

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87
Q

Por que é importante diferenciar causas estruturais de causas não estruturais em pacientes com condições semelhantes ao coma?

A

É importante diferenciar causas estruturais de causas não estruturais em pacientes com condições semelhantes ao coma porque o tratamento e a abordagem clínica podem ser diferentes para cada uma delas.

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88
Q

O que são algumas das considerações finais mencionadas no texto em relação a pacientes com condições semelhantes ao coma?

A

Algumas das considerações finais incluem reconhecer que essas condições são uma emergência médica, podem ser manifestações de doenças graves e potencialmente fatais, a importância de diferenciar causas estruturais e não estruturais, a necessidade de uma abordagem dirigida para definir a etiologia, o uso racional de exames complementares e o início precoce do tratamento empírico.

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89
Q

O que são demências degenerativas?

A

Demências degenerativas são condições em que ocorre um declínio progressivo das funções cognitivas em relação ao nível anterior de desempenho, afetando significativamente as atividades da vida diária.

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90
Q

Quais são as funções cognitivas afetadas nas demências?

A

As funções cognitivas afetadas nas demências incluem memória, linguagem, atenção, funções executivas, funções visuoespaciais, praxias e cognição social/comportamento.

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91
Q

Como é a memória imediata?

A

A memória imediata é transitória e usada para realizar atividades específicas, como lembrar um número de telefone. Envolve principalmente o lobo frontal/pré-frontal.

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92
Q

O que é memória de curto prazo?

A

A memória de curto prazo diz respeito a fatos e informações aprendidas nos últimos minutos ou dias e envolve principalmente o lobo temporal/hipocampo e o giro para-hipocampal.

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93
Q

O que é memória de longo prazo?

A

A memória de longo prazo refere-se a fatos e informações aprendidas ao longo de semanas, meses ou anos e envolve principalmente o lobo temporal e outras regiões corticais.

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94
Q

Quais são outras formas de memória além da imediata, de curto prazo e de longo prazo?

A

Outras formas de memória incluem memória semântica (conceitos e conhecimento geral) e memória implícita (habilidades motoras), que envolvem múltiplas regiões corticais.

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95
Q

O que envolve a função cognitiva da linguagem?

A

A função cognitiva da linguagem abrange comunicação, incluindo expressão (fala, leitura, escrita) e compreensão da linguagem.

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96
Q

Por que a atenção/concentração são importantes?

A

A atenção/concentração são essenciais para realizar atividades complexas e podem impactar outras funções cognitivas. São relacionadas ao lobo frontal e regiões posteriores do hemisfério não dominante.

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97
Q

Quais são algumas funções das funções executivas?

A

As funções executivas são responsáveis por processos de “supervisão” necessários para pensamentos e atividades complexas, incluindo motivação, planejamento, controle inibitório, julgamento, flexibilidade mental e solução de problemas.

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98
Q

Onde ocorre o processamento das funções visuoespaciais?

A

O processamento das funções visuoespaciais envolve regiões posteriores do cérebro, incluindo o lobo occipital e suas conexões.

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99
Q

O que são praxias?

A

Praxias são a capacidade de executar atos motores, como caminhar e vestir-se.

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100
Q

O que envolve a função cognitiva do comportamento/cognição social?

A

A função cognitiva do comportamento/cognição social se refere ao comportamento “aceitável” no contexto social, incluindo moderação na vestimenta, linguagem e atitudes, controle de impulsos e reconhecimento de emoções e empatia.

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101
Q

O que são demências e qual é a sua alta prevalência?

A

Demências são condições que envolvem um declínio significativo nas funções cognitivas e afetam especialmente os idosos. Elas têm uma alta prevalência e sua incidência aumenta com o envelhecimento.

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102
Q

Quais são algumas das demências neurodegenerativas mencionadas?

A

Algumas das demências neurodegenerativas incluem a doença de Alzheimer, demência por corpos de Lewy, demência fronto-temporal e outras associadas a condições como a doença de Parkinson e a paralisia supranuclear progressiva.

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103
Q

O que é a doença de Alzheimer?

A

A doença de Alzheimer é a demência neurodegenerativa mais comum, afetando até 80% dos casos. Geralmente tem início após os 65 anos e envolve um declínio progressivo da memória, entre outras funções cognitivas.

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104
Q

Quais são alguns dos sintomas clínicos da doença de Alzheimer?

A

Os sintomas clínicos da doença de Alzheimer incluem um declínio progressivo da memória, dificuldade em gravar informações novas, comprometimento de outras funções cognitivas, dificuldade de orientação espacial e temporal, distúrbios de linguagem, alterações de comportamento e mais.

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105
Q

O que caracteriza a demência por corpos de Lewy?

A

A demência por corpos de Lewy é a segunda causa mais comum de demência neurodegenerativa e envolve depósitos de alfa-sinucleína, semelhantes à doença de Parkinson, além de depósitos amiloides e emaranhados neurofibrilares.

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106
Q

Quais são os principais sintomas clínicos da demência por corpos de Lewy?

A

Os principais sintomas clínicos da demência por corpos de Lewy incluem comprometimento das habilidades visuoespaciais, flutuação da atenção, alucinações visuais, sintomas motores semelhantes ao parkinsonismo e sensibilidade aos neurolépticos.

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107
Q

Como diferenciar a demência por corpos de Lewy da doença de Parkinson?

A

Uma diferença importante é que a demência por corpos de Lewy frequentemente apresenta demência como uma manifestação precoce, enquanto a doença de Parkinson geralmente começa com sintomas motores.

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108
Q

O que é demência vascular e qual é a sua causa comum?

A

A demência vascular é a segunda causa mais comum de demência e é frequentemente causada por AVCs (acidentes vasculares cerebrais) ou múltiplos AVCs, sejam clinicamente evidentes ou “silenciosos”.

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109
Q

Quais são algumas das outras possíveis causas de demência potencialmente reversíveis?

A

Algumas das causas potencialmente reversíveis de demência incluem depressão, processos expansivos/alterações estruturais, hematoma subdural crônico, tumor cerebral, hidrocefalia de pressão normal, deficiência de vitaminas, etilismo, hipotireoidismo e infecções como HIV e neurossífilis.

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110
Q

Como a investigação das demências pode ser realizada?

A

A investigação das demências envolve uma anamnese detalhada, exame físico, aplicação de escalas para avaliar funções cognitivas e exames complementares, como exames laboratoriais, imagem de encéfalo, SPECT, PET-CT, LCR e testes genéticos, quando apropriado.

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111
Q

Quais são alguns dos exames complementares que podem ser utilizados na investigação de demências?

A

Exames complementares incluem RM de crânio para detectar atrofia, TC de crânio, PET-CT com FDG e PET-CT com amiloide para identificar biomarcadores, além de testes de líquor (LCR) e exames genéticos quando necessários.

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112
Q

Quais são alguns dos critérios de diagnóstico para transtorno cognitivo maior?

A

Os critérios de diagnóstico incluem evidências de declínio cognitivo significativo em um ou mais domínios cognitivos, interferência nas atividades da vida diária, exclusão de delirium e exclusão de outros transtornos mentais.

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113
Q

O que é a hidrocefalia de pressão normal?

A

A hidrocefalia de pressão normal é uma doença rara que envolve distúrbios da circulação e absorção do líquor cerebroespinhal, resultando em uma tríade de sintomas que inclui alteração cognitiva, distúrbio de marcha e incontinência urinária.

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114
Q

Quais são algumas das causas potencialmente reversíveis de demência tratáveis com medicamentos?

A

Algumas causas potencialmente reversíveis de demência podem ser tratadas com medicamentos, incluindo depressão, deficiência de vitaminas, etilismo, hipotireoidismo e algumas infecções, entre outras.

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115
Q

Quais são os principais tipos de tratamento para demências?

A

Os principais tipos de tratamento para demências incluem tratamento sintomático, tratamento da cognição/funcionamento global, tratamento de distúrbios neuropsiquiátricos associados e tratamento de alterações motoras.

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116
Q

Quais são alguns exemplos de inibidores da acetilcolinesterase usados no tratamento de demências?

A

Alguns exemplos de inibidores da acetilcolinesterase usados no tratamento de demências são Donepezila, Rivastigmina (oral ou patch) e Galantamina.

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117
Q

Qual é a ação principal dos inibidores da acetilcolinesterase no tratamento das demências?

A

Os inibidores da acetilcolinesterase aumentam a concentração da acetilcolina no cérebro, o que tem um efeito discreto sobre cognição e comportamento, podendo estabilizar a função, mas não têm efeito neuroprotetor.

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118
Q

Quais são as principais indicações para o uso de inibidores da acetilcolinesterase no tratamento de demências?

A

Os inibidores da acetilcolinesterase são indicados para o tratamento da Doença de Alzheimer, Demência por Corpos de Lewy e podem ser usados na Demência Associada a Doença de Parkinson e na Demência Vascular.

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119
Q

Quais são algumas das contraindicações/precauções associadas ao uso de inibidores da acetilcolinesterase?

A

Contraindicações/precauções incluem bradicardia e distúrbios de condução cardíacos.

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120
Q

Quais são alguns dos efeitos colaterais dos inibidores da acetilcolinesterase?

A

Os efeitos colaterais dos inibidores da acetilcolinesterase podem incluir problemas gastrointestinais, hipotensão e bradicardia, além de distúrbios do sono.

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121
Q

Qual é a ação principal da memantina no tratamento das demências?

A

A memantina atua como antagonista do receptor de glutamato no tratamento das demências.

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122
Q

Qual é a principal indicação para o uso de memantina no tratamento de demências?

A

A memantina é indicada para o tratamento da Doença de Alzheimer em sua fase moderada a grave, mas também pode ser usada em outras demências, como a Demência por Corpos de Lewy, Demência Associada a Doença de Parkinson e Demência Vascular.

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123
Q

Como a memantina pode ser usada no tratamento das demências?

A

A memantina pode ser usada como monoterapia ou em associação com inibidores da acetilcolinesterase.

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124
Q

Quais são algumas das medidas não farmacológicas recomendadas para o tratamento de sintomas neuropsiquiátricos em demências?

A

Medidas não farmacológicas incluem técnicas de distração, adaptações no ambiente, estabelecimento de rotinas e promoção do bem-estar e relaxamento.

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125
Q

Quando o uso de medicamentos é recomendado no tratamento de agitação e agressividade em pacientes com demência?

A

O uso de medicamentos no tratamento de agitação e agressividade em pacientes com demência deve ser considerado somente após medidas não farmacológicas e quando há um impacto significativo na qualidade de vida e segurança do paciente e de terceiros.

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126
Q

Quais são algumas das classes de medicamentos que podem ser utilizadas no tratamento da agitação e agressividade em demências?

A

Classes de medicamentos que podem ser consideradas incluem antipsicóticos atípicos, antidepressivos e anticonvulsivantes (estabilizadores de humor).

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127
Q

Quais são algumas das medidas não farmacológicas recomendadas para o tratamento de distúrbios do sono em demências?

A

Medidas não farmacológicas para distúrbios do sono incluem higiene do sono, estabelecimento de rotinas, exposição à luz e atividade física durante o dia, além da reavaliação de medicamentos.

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128
Q

O que é o distúrbio comportamental do sono REM e como pode ser tratado?

A

O distúrbio comportamental do sono REM pode ser tratado com melatonina ou clonazepam em dose baixa.

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129
Q

O que deve ser evitado no tratamento da insônia em pacientes com demência?

A

O uso de benzodiazepínicos e hipnóticos deve ser evitado no tratamento da insônia em pacientes com demência.

130
Q

Quais são algumas das classes de medicamentos recomendadas para o tratamento da depressão e ansiedade em pacientes com demência?

A

Para o tratamento da depressão e ansiedade em pacientes com demência, podem ser recomendados antidepressivos, como os Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (ISRS).

131
Q

Quais são algumas das medidas recomendadas para o tratamento da hipersexualidade em pacientes com demência?

A

O tratamento da hipersexualidade em pacientes com demência pode incluir o uso de antidepressivos, como os ISRS.

132
Q

Como a apatia em pacientes com demência pode ser tratada?

A

A apatia em pacientes com demência pode ser tratada com antidepressivos ou metilfenidato.

133
Q

Além de medicamentos, o que pode ser recomendado no tratamento do parkinsonismo em pacientes com demência?

A

Além de medicamentos, atividade física e fisioterapia podem ser recomendadas no tratamento do parkinsonismo em pacientes com demência.

134
Q

Qual é a perspectiva futura de tratamento para demências mencionada no texto?

A

O texto menciona Aducanumabe e Lecanemab como perspectivas futuras de tratamento para demências. Esses são anticorpos monoclonais contra amiloide, sendo Aducanumabe aprovado pelo FDA para a fase inicial da Doença de Alzheimer, mas com efeito discreto.

135
Q

Qual é a importância de cuidar do cuidador no contexto das demências?

A

Cuidar do cuidador é de extrema importância no contexto das demências, pois os cuidadores enfrentam desafios significativos e estresse ao cuidar de pacientes com demência.

136
Q

Quais são algumas das medidas de prevenção das demências mencionadas no texto?

A

Medidas de prevenção das demências incluem a redução de risco cardiovascular, atividade física, adoção de uma dieta mediterrânea, interação social e envolvimento em atividades intelectuais, como um nível educacional mais elevado.

137
Q

Que considerações finais são destacadas no texto em relação às doenças neurodegenerativas?

A

As considerações finais destacam que as doenças neurodegenerativas são frequentes, especialmente em idosos, altamente incapacitantes e que é importante sempre afastar causas tratáveis, realizar o diagnóstico diferencial entre as neurodegenerativas e avaliar as funções cognitivas, sintomas associados e comprometimento motor através de exame neurológico.

138
Q

Que pistas podem ajudar a diferenciar diferentes tipos de demências?

A

Diferentes pistas incluem déficit inicial de memória recente e progressão lenta para a Doença de Alzheimer, início súbito com estabilização ou progressão em degraus e sinais focais associados para Demência Vascular, alteração predominante de comportamento e início mais precoce para Demência Frontotemporal Variante Comportamental, distúrbio de linguagem precoce para Afasia Primária Progressiva (variante da DFT), flutuação da cognição, parkinsonismo, alucinações visuais e distúrbio comportamental do sono REM para Demência por Corpos de Lewy e parkinsonismo assimétrico com boa resposta a levodopa para Doença de Parkinson.

139
Q

O que são distúrbios do movimento?

A

Distúrbios do movimento são alterações na função motora que não estão relacionadas à fraqueza muscular ou espasticidade, e podem impedir a função motora devido a movimentos anormais, involuntários ou indesejados, ou por limitar o movimento livre normal.

140
Q

Quais são os principais sistemas que precisam ser integrados para a função motora?

A

A função motora requer a integração de vários sistemas, envolvendo mecanismos complexos, mesmo para movimentos simples.

141
Q

Quais são as categorias de distúrbios do movimento chamadas de “Síndromes Extrapiramidais”?

A

As categorias de distúrbios do movimento chamadas de “Síndromes Extrapiramidais” incluem a Síndrome de NMS (Piramidal), a Síndrome Cerebelar e a Síndrome de NMI (periférico).

142
Q

O que caracteriza a Síndrome de NMS (Piramidal)?

A

A Síndrome de NMS (Piramidal) é caracterizada por fraqueza muscular, reflexos aumentados e espasticidade.

143
Q

Quais são as características da Síndrome Cerebelar?

A

A Síndrome Cerebelar é caracterizada por ataxia (dificuldade de equilíbrio).

144
Q

O que é a Síndrome de NMI (periférico) e quais são suas características?

A

A Síndrome de NMI (periférico) envolve fraqueza muscular, reflexos diminuídos, hipotonia e atrofia.

145
Q

Quais são as categorias de distúrbios do movimento baseadas na estrutura afetada?

A

As categorias de distúrbios do movimento podem variar com base na estrutura afetada, tipo celular, neurotransmissor e etiologia, resultando em manifestações clínicas distintas.

146
Q

Como os distúrbios do movimento podem ser classificados em termos de movimento?

A

Os distúrbios do movimento podem ser classificados como Hipercinéticos (envolvendo “excesso de movimento”) ou Hipocinéticos (impedindo o movimento normal).

147
Q

Quais são alguns exemplos de distúrbios hipercinéticos?

A

Alguns exemplos de distúrbios hipercinéticos incluem distonia, coreia, tremor, balismo e tiques.

148
Q

O que é a distonia?

A

A distonia é caracterizada por contrações musculares sustentadas que provocam posturas anormais.

149
Q

O que é a coreia?

A

A coreia envolve movimentos breves, irregulares, imprevisíveis, que fluem de uma parte do corpo para outra, muitas vezes descrito como “dança”.

150
Q

O que é o tremor no contexto dos distúrbios do movimento?

A

O tremor é uma oscilação rítmica de uma parte do corpo, geralmente com uma frequência fixa.

151
Q

O que é o balismo?

A

O balismo envolve movimentos rápidos de grande amplitude e violentos.

152
Q

O que são tiques em relação aos distúrbios do movimento?

A

Tiques são movimentos estereotipados e repetidos a intervalos irregulares.

153
Q

O que caracteriza os distúrbios hipocinéticos?

A

Distúrbios hipocinéticos impedem o movimento normal, sendo o Parkinsonismo um exemplo. Quais são os principais sintomas do Parkinsonismo? Os principais sintomas do Parkinsonismo incluem bradicinesia (lentificação do movimento), rigidez muscular e tremor predominante em repouso.

154
Q

O que é a “Doença de Parkinson”?

A

A Doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa descrita por James Parkinson em 1817. Ela é progressiva e incapacitante, com um curso longo.

155
Q

Qual é a etiologia da Doença de Parkinson?

A

A etiologia da Doença de Parkinson é desconhecida, mas acredita-se que envolva uma provável interação de fatores ambientais e genéticos.

156
Q

O que são as principais alterações na fisiopatologia da Doença de Parkinson?

A

As principais alterações na fisiopatologia da Doença de Parkinson incluem a degeneração de neurônios dopaminérgicos na substância negra no mesencéfalo, bem como a presença de corpos de Lewy, que são agregados de alfa-sinucleína e outras proteínas.

157
Q

Como a redução da dopamina afeta os circuitos motores na Doença de Parkinson?

A

A redução da dopamina afeta os circuitos motores, reduzindo o efeito excitatório do tálamo sobre o córtex, resultando em sintomas motores.

158
Q

Quais são as principais manifestações clínicas da Doença de Parkinson?

A

As principais manifestações clínicas da Doença de Parkinson incluem sintomas motores, como bradicinesia, rigidez muscular, tremor em repouso e instabilidade postural, bem como sintomas não motores, como hiposmia, sintomas depressivos, distúrbios do sono e sintomas gastrointestinais.

159
Q

Quais são os tratamentos sintomáticos para a Doença de Parkinson?

A

Os tratamentos sintomáticos para a Doença de Parkinson incluem levodopa, agonistas dopaminérgicos, inibidores da MAO B, amantadina e outros medicamentos.

160
Q

Quais são as limitações e complicações do tratamento dopaminérgico na Doença de Parkinson?

A

As limitações e complicações do tratamento dopaminérgico incluem flutuações motoras, alterações comportamentais e podem agravar com o uso de agonistas dopaminérgicos.

161
Q

Que opções de tratamento cirúrgico são consideradas para a Doença de Parkinson?

A

Para pacientes selecionados, o tratamento cirúrgico pode ser uma opção, incluindo procedimentos cobertos pelo SUS, conforme o PCDT.

162
Q

Quais são algumas das opções de tratamento para sintomas não motores na Doença de Parkinson?

A

Para sintomas não motores na Doença de Parkinson, podem ser usados inibidores da acetilcolinesterase para demência, agonistas dopaminérgicos, antidepressivos para depressão, entre outros medicamentos e medidas não farmacológicas.

163
Q

O que é levodopa e qual é o seu papel no tratamento da Doença de Parkinson?

A

Levodopa é um medicamento usado no tratamento da Doença de Parkinson. Ele é convertido em dopamina no cérebro e ajuda a aliviar os sintomas motores da doença.

164
Q

Quais são os principais inibidores da dopa descarboxilase periférica usados com levodopa?

A

Benserazida e carbidopa são inibidores da dopa descarboxilase periférica frequentemente usados com levodopa para aumentar sua eficácia e reduzir efeitos colaterais.

165
Q

Quais são os principais agonistas dopaminérgicos usados no tratamento da Doença de Parkinson?

A

Pramipexol e rotigotina são exemplos de agonistas dopaminérgicos usados no tratamento da Doença de Parkinson.

166
Q

Quais são alguns exemplos de inibidores da MAO B usados no tratamento da Doença de Parkinson?

A

Selegilina, rasagilina e safinamida são exemplos de inibidores da MAO B usados para tratar a Doença de Parkinson.

167
Q

Qual é o papel da amantadina no tratamento da Doença de Parkinson?

A

A amantadina é um medicamento que pode ser usado no tratamento da Doença de Parkinson para aliviar os sintomas motores.

168
Q

Quais são os inibidores da COMT frequentemente usados com levodopa?

A

Entacapone e tolcapone são inibidores da COMT frequentemente usados em combinação com levodopa para melhorar sua eficácia.

169
Q

Por que os anticolinérgicos são geralmente evitados no tratamento da Doença de Parkinson?

A

Os anticolinérgicos são evitados no tratamento da Doença de Parkinson devido aos seus efeitos colaterais, que podem incluir comprometimento cognitivo e outros sintomas indesejados.

170
Q

Quais são as complicações mais comuns do tratamento dopaminérgico na Doença de Parkinson?

A

Flutuações motoras, discinesias em pico de dose e wearing-off são complicações comuns do tratamento dopaminérgico na Doença de Parkinson.

171
Q

Quais são algumas alterações comportamentais associadas ao tratamento dopaminérgico na Doença de Parkinson?

A

Alterações comportamentais, como ansiedade, psicose em pico de dose e transtorno de controle de impulso, podem ocorrer como efeitos colaterais do tratamento dopaminérgico.

172
Q

O que é considerado no tratamento cirúrgico da Doença de Parkinson e quem são os pacientes candidatos a esse procedimento?

A

O tratamento cirúrgico é considerado para pacientes selecionados que apresentam resposta à levodopa, flutuações ou complicações do tratamento e não têm alterações cognitivas significativas. Isso pode envolver procedimentos cobertos pelo SUS, de acordo com o PCDT.

173
Q

Qual é o prognóstico típico da Doença de Parkinson em relação à sua progressão e impacto na sobrevida?

A

Lenta progressão, pouco impacto na sobrevida.

174
Q

Quais são os principais tipos de incapacidade associados à Doença de Parkinson?

A

Incapacidade por limitações motoras e cognitivas.

175
Q

Quanto tempo, em média, os pacientes com Doença de Parkinson têm uma boa resposta ao tratamento sem incapacidade significativa?

A

Aproximadamente 3 a 7 anos.

176
Q

O que é o Parkinsonismo induzido por medicamentos e quais são alguns exemplos de medicamentos que podem induzi-lo?

A

Parkinsonismo induzido por medicamentos é uma condição semelhante à Doença de Parkinson causada por medicamentos como antipsicóticos, bloqueadores de canais de cálcio, antieméticos, reserpina, tetrabenazina e outros.

177
Q

Quais são os sintomas típicos do Tremor Essencial e qual é a sua frequência?

A

O Tremor Essencial é caracterizado por tremor postural e de ação, geralmente bilateral e simétrico. É uma doença frequente, afetando até 5% da população.

178
Q

Quais são algumas das opções de tratamento para o Tremor Essencial?

A

Opções de tratamento para o Tremor Essencial incluem o uso de beta-bloqueadores como propranolol e atenolol, primidona e, em casos graves, tratamento cirúrgico.

179
Q

Além da Doença de Parkinson e do Tremor Essencial, quais são algumas outras condições mencionadas como diagnóstico diferencial?

A

Outras condições mencionadas incluem Tremor fisiológico aumentado, disfunção cerebelar, Demência por corpos de Lewy, Atrofia de múltiplos sistemas, Degeneração corticobasal e Paralisia supranuclear progressiva.

180
Q

O que é “Parkinsonismo vascular” e como ele pode ser diferenciado da Doença de Parkinson?

A

Parkinsonismo vascular é quando os sintomas parkinsonianos são causados por problemas vasculares no cérebro. Ele pode ser diferenciado pela presença de sintomas que normalmente não ocorrem na Doença de Parkinson, como fraqueza, sinais de disfunção piramidal e ataxia, ou pelo início precoce de sintomas que geralmente ocorrem tardiamente na Doença de Parkinson, como disfunção autonômica, demência e instabilidade postural.

181
Q

Como é feito o diagnóstico da Doença de Parkinson de acordo com o texto?

A

O diagnóstico é clínico, baseado na observação de uma síndrome parkinsoniana típica e critérios específicos.

182
Q

Quais são os critérios usados para diagnosticar a Doença de Parkinson de acordo com o texto?

A

Os critérios incluem a presença de síndrome parkinsoniana, critérios de suporte, boa resposta à terapia dopaminérgica, presença de discinesia induzida por levodopa, tremor em repouso, alteração de olfato e ausência de critérios de exclusão.

183
Q

O que são “red flags” no contexto do diagnóstico da Doença de Parkinson?

A

Red flags são sinais de alerta que podem indicar uma possível condição diferente da Doença de Parkinson, como progressão rápida de sintomas ou disfunção autonômica severa.

184
Q

Quais são alguns dos critérios de exclusão mencionados para o diagnóstico da Doença de Parkinson?

A

Critérios de exclusão incluem cerebelar anormalidades, disfunção bulbar precoce, diagnóstico de demência frontal ou afasia progressiva primária nos primeiros cinco anos de doença, entre outros.

185
Q

Quais são algumas das características que podem indicar a presença de Parkinsonismo vascular?

A

Presença de sintomas que geralmente não estão presentes na Doença de Parkinson, como fraqueza, sinais de disfunção piramidal e ataxia, ou início precoce de sintomas que normalmente ocorrem tardiamente na Doença de Parkinson, como disfunção autonômica, demência e instabilidade postural.

186
Q

Quais exames complementares são mencionados no texto para auxiliar no diagnóstico?

A

Exames complementares incluem a ressonância magnética (RM) de crânio, que pode mostrar achados inespecíficos, mas é útil para excluir outras causas, e a cintilografia com Trodat, que não é específica, mas pode ajudar a diferenciar da Doença de Parkinson.

187
Q

Qual é a ênfase final do texto em relação ao diagnóstico e tratamento da Doença de Parkinson?

A

O texto destaca a importância de reconhecer os distúrbios do movimento, a natureza incapacitante e prevalente da Doença de Parkinson, enfatiza que ela é tratável com boa qualidade de vida nos primeiros anos e que o diagnóstico é principalmente clínico, com exames complementares usados em situações especiais. Também enfatiza a importância de realizar o diagnóstico diferencial, especialmente com o tremor essencial e o parkinsonismo secundário.

188
Q

O que inerva um grupo de fibras musculares dentro do mesmo músculo?

A

Neurônio motor inferior (corno anterior da medula e núcleos motores dos nervos cranianos)

189
Q

O que é responsável por liberar vesículas de acetilcolina (Ach)?

A

Potencial de ação neuromuscular

190
Q

O que acontece quando a Ach se liga ao receptor da Ach na fibra muscular?

A

Ativa canais iônicos e gera potencial de ação na fibra muscular

191
Q

Qual enzima degrada a acetilcolina?

A

Acetilcolinesterase

192
Q

O que envolve a liberação de cálcio no músculo?

A

Contração muscular, envolvendo canais iônicos, proteínas de estrutura do músculo e enzimas para liberação de energia

193
Q

Quais são as categorias de miopatias mencionadas?

A

Genéticas e adquiridas

194
Q

Quais são algumas doenças da junção neuromuscular mencionadas?

A

Miastenia Gravis e Botulismo

195
Q

Quais são algumas doenças do neurônio motor mencionadas?

A

ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica) e Poliomielite

196
Q

O que é um dos sintomas da miopatia?

A

Dificuldade para levantar da cadeira, subir escadas e pentear os cabelos

197
Q

Quais são os sintomas “negativos” associados às miopatias?

A

Intolerância ao exercício, fadiga, atrofia

198
Q

Quais são os sintomas “positivos” associados às miopatias?

A

Câimbra, mialgia, mioglobinúria, dificuldade de relaxamento do músculo

199
Q

Quais reflexos geralmente são preservados nas miopatias?

A

Reflexos, exceto em casos de fraqueza acentuada

200
Q

Quais são algumas causas das doenças musculares genéticas?

A

Distrofias musculares, miopatias congênitas, miopatias metabólicas, canalopatias

201
Q

Quais são alguns exemplos de miopatias adquiridas?

A

Miopatias tóxicas, inflamatórias, relacionadas a doenças sistêmicas e infecciosas

202
Q

Quais são algumas das substâncias tóxicas que podem causar miopatias adquiridas?

A

Estatinas, fibratos, corticoides, Isotretinoína, Cloroquina, Colchicina, Álcool, Cocaína, Heroína, Tolueno

203
Q

Quais são algumas doenças virais associadas a miopatias adquiridas?

A

Influenza, citomegalovírus, hepatite B e C, Epstein–Barr, dengue, echovirus

204
Q

Quais são algumas causas de hipotireoidismo que podem levar a miopatias adquiridas?

A

Hipotireoidismo, hipertireoidismo, Cushing, insuficiência adrenal, miopatia do paciente crítico, alteração de eletrólitos (potássio, cálcio, fósforo)

205
Q

O que é a poliomielite?

A

Uma doença causada pelo poliovírus

206
Q

Qual é o risco associado à vacina oral contra a poliomielite?

A

Pode se tornar neurovirulenta e causar quadro clínico idêntico à poliomielite, com maior risco na 1ª dose

207
Q

Quais são os principais sintomas da poliomielite?

A

Febre, fadiga, cefaleia, vômitos, mialgia, seguidos de fraqueza muscular regional e assimétrica

208
Q

O que é a ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica)?

A

Uma doença neurodegenerativa que afeta os neurônios motores inferior e superior

209
Q

Qual é a prevalência da ELA?

A

4 a 8 casos por 100.000 por ano

210
Q

Quais são os sintomas típicos da ELA?

A

Fraqueza muscular, fasciculações, atrofia, espasticidade, hiperreflexia, comprometimento bulbar e respiratório

211
Q

Qual é o tratamento para a ELA?

A

Riluzol, reabilitação multidisciplinar

212
Q

Quais são algumas das causas das doenças da junção neuromuscular?

A

Miastenia gravis, botulismo, intoxicação por organofosforados

213
Q

O que é o Bloqueio Ach sistema autônomo?

A

É caracterizado por boca seca, hipotensão postural, retenção urinária e anormalidades pupilares.

214
Q

Qual é a alta mortalidade associada a esse problema?

A

Ele evolui rapidamente para insuficiência ventilatória.

215
Q

Quais são os métodos de investigação mencionados no texto?

A

ENMG e pesquisa de toxina e clostridium.

216
Q

O que é inervado pelo neurônio motor inferior?

A

Ele inerva um grupo de fibras musculares dentro do mesmo músculo.

217
Q

Qual é a função da acetilcolina na junção neuromuscular?

A

O potencial de ação libera vesículas de acetilcolina (Ach) que se liga ao receptor da Ach na fibra muscular, ativando canais iônicos e causando o potencial de ação da fibra muscular.

218
Q

O que é necessário para a contração muscular?

A

A contração muscular requer a liberação de cálcio, a interação entre actina e miosina, e um alto consumo de energia, incluindo a função das mitocôndrias.

219
Q

Quais são os principais tipos de doenças musculares?

A

Eles incluem miopatias genéticas, miopatias adquiridas, doenças da junção neuromuscular e doenças do neurônio motor.

220
Q

Qual é a característica comum das miopatias genéticas?

A

Geralmente, apresentam fraqueza muscular de predomínio proximal e simétrico.

221
Q

Quais são os sintomas típicos da distrofia muscular de Duchenne?

A

Início por volta dos 2-3 anos, fraqueza proximal, dificuldade para correr e subir degraus, e a incapacidade de deambular por volta dos 12-13 anos.

222
Q

O que são miopatias metabólicas?

A

São doenças musculares adquiridas que resultam de defeitos na produção de energia e causam sintomas dinâmicos como intolerância ao exercício, câimbras e mialgias.

223
Q

Quais são algumas causas de miopatias adquiridas tóxicas?

A

Estatinas, fibratos, corticoides, isotretinoína, cloroquina, colchicina, álcool, cocaína, heroína e tolueno.

224
Q

Quais são algumas causas de miopatias adquiridas inflamatórias?

A

Polimiosite e dermatomiosite.

225
Q

Quais são algumas causas de miopatias adquiridas relacionadas a doenças sistêmicas?

A

Hipotireoidismo, hipertireoidismo, Cushing, insuficiência adrenal, miopatia do paciente crítico e alterações de eletrólitos como potássio, cálcio e fósforo.

226
Q

Quais são algumas causas de miopatias adquiridas infecciosas?

A

Infecções virais como influenza, citomegalovírus, hepatite B e C, Epstein–Barr, dengue, echovirus, parasitas e fungos.

227
Q

Quais são os principais tipos de doenças do neurônio motor mencionadas no texto?

A

ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica) e poliomielite.

228
Q

Quais são os principais sintomas da poliomielite?

A

Febre, fadiga, cefaleia, vômitos, mialgia, fraqueza muscular, fasciculações, atrofia, arreflexia e lenta recuperação com sequelas frequentes.

229
Q

Como a poliomielite é diagnosticada?

A

Por meio de ressonância magnética (RM), análise do líquido cefalorraquidiano (LCR), eletroneuromiografia (ENMG) e detecção do poliovírus nas fezes.

230
Q

O que é a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)?

A

É uma doença neurodegenerativa que afeta neurônios motores inferiores e superiores e tem uma etiologia desconhecida, embora 10% dos casos sejam de origem genética.

231
Q

Quais são os sintomas típicos da ELA?

A

Fraqueza muscular que geralmente começa em um membro, progredindo para outros membros, fasciculações, atrofia, hiperreflexia e sintomas bulbares e respiratórios.

232
Q

Qual é o tratamento principal da ELA?

A

O tratamento principal é com o medicamento Riluzol, que bloqueia o glutamato e pode aumentar a sobrevida em cerca de 6 meses.

233
Q

Quais são as principais características das doenças da junção neuromuscular?

A

Elas apresentam fraqueza generalizada simétrica, predomínio proximal, comprometimento da musculatura ocular, bulbar e respiratória, com sensibilidade preservada e reflexos normais ou diminuídos.

234
Q

O que é a Miastenia Gravis?

A

A Miastenia Gravis é uma doença autoimune caracterizada por fraqueza muscular, ptose palpebral, oftalmoparesia, diplopia e flutuação dos sintomas.

235
Q

Como a Miastenia Gravis é diagnosticada?

A

O diagnóstico envolve a realização de ENMG para detectar decremento no teste de estimulação repetitiva e dosagem de anticorpos, como anticorpos anti-receptor da acetilcolina.

236
Q

O que é o Botulismo?

A

O Botulismo é uma condição causada pela toxina produzida pelo Clostridium botulinum, que bloqueia a liberação de acetilcolina, levando à fraqueza muscular.

237
Q

Quais são as formas clínicas do Botulismo?

A

Existem formas alimentares (ingestão da toxina), infantis (colonização do intestino com esporos) e outras associadas a ferimentos ou iatrogênicas.

238
Q

Como o Botulismo é tratado?

A

O tratamento inclui a administração de soro antibotulínico.

239
Q

O que é importante considerar em relação à ventilação em casos de fraqueza muscular?

A

Em casos de fraqueza muscular, é essencial considerar o risco de insuficiência respiratória, hipoventilação alveolar, hipercapnia e acidose respiratória, e ventilar adequadamente.

240
Q

O que é mencionado como importante na introdução sobre infecções do sistema nervoso central (SNC)?

A

Diagnóstico precoce é importante devido à alta mortalidade e risco de sequelas permanentes.

241
Q

Quais são as duas principais condições discutidas na introdução das infecções do SNC?

A

Meningite e encefalite.

242
Q

Quais são as possíveis etiologias das infecções do SNC mencionadas no texto?

A

Bactérias, vírus, parasitas e fungos.

243
Q

Qual é a diferença entre meningite e encefalite mencionada no texto?

A

Meningite envolve inflamação das meninges, enquanto encefalite envolve inflamação do parênquima cerebral.

244
Q

Quais são os diferentes cursos de apresentação das infecções do SNC?

A

Elas podem se apresentar de forma aguda, subaguda ou crônica.

245
Q

Como a apresentação das infecções do SNC pode variar dependendo do paciente?

A

A apresentação pode variar entre pacientes imunocompetentes e imunossuprimidos.

246
Q

Como as infecções do SNC podem ser disseminadas?

A

Elas podem se disseminar hematologicamente, por continuidade (como a partir de uma mastoidite) ou devido a traumas com fistula liquorica.

247
Q

Quais são as manifestações clínicas mais comuns da meningite aguda?

A

Febre, cefaleia intensa e holocraniana, alteração do estado mental (sonolência a coma) e rigidez de nuca.

248
Q

O que é a “Tríade Clássica” da meningite aguda?

A

A tríade clássica inclui febre, rigidez de nuca e alteração do estado mental, embora apenas 41-44% dos pacientes apresentem os três sintomas no início.

249
Q

Quais são algumas outras manifestações possíveis da meningite aguda?

A

Náuseas, vômitos, fotofobia, crise epiléptica, déficit neurológico focal/paralisia de nervo craniano, perda auditiva e rash cutâneo (em casos como o meningococo).

250
Q

O que são “sinais meníngeos” mencionados no texto?

A

São sinais que indicam irritação das meninges e incluem rigidez de nuca e os testes de Kernig e Brudzinski.

251
Q

Quais são algumas das possíveis etiologias bacterianas da meningite mencionadas no texto?

A

Streptococcus pneumoniae, Neisseria meningitidis, Listeria monocytogenes, Haemophilus influenzae, Staphylococcus (em casos nosocomiais) e outros bacilos aeróbios gram-negativos.

252
Q

Qual é o prognóstico geral das meningites bacterianas?

A

A mortalidade geral é de aproximadamente 15-20%, com variações dependendo da bactéria causadora.

253
Q

Quais são algumas complicações neurológicas possíveis das meningites bacterianas?

A

Epilepsia, sinais focais, alterações vasculares, surdez neurossensorial e disfunção cognitiva.

254
Q

Como é o prognóstico das meningites virais?

A

Geralmente, o prognóstico das meningites virais é bom.

255
Q

Quais são algumas das medidas de controle/profilaxia mencionadas para as meningites?

A

Quimioprofilaxia para contatos íntimos de casos de meningite meningocócica e Haemophilus influenzae (como moradores do mesmo domicílio) usando rifampicina.

256
Q

O que é encefalite e como ela difere da meningite?

A

Encefalite é uma inflamação do parênquima cerebral, enquanto a meningite envolve a inflamação das meninges.

257
Q

Quais são os principais sintomas e riscos associados à encefalite?

A

Os sintomas incluem alteração do estado mental, déficits motores ou sensitivos, distúrbio de comportamento, distúrbios do movimento e até crises epilépticas. O risco de sequelas permanentes é maior.

258
Q

Quais são algumas etiologias possíveis para a encefalite mencionadas no texto?

A

A etiologia da encefalite pode variar, com muitos casos sem diagnóstico específico. Alguns agentes incluem herpes simplex, varicela-zoster, vírus do Nilo Ocidental, Epstein-Barr, HIV e outros.

259
Q

Como é o prognóstico da encefalite viral?

A

O prognóstico varia conforme a etiologia. Por exemplo, o herpes simplex tipo 1 (HSV-1) pode ter uma alta mortalidade se não tratado. Alguns estudos mostram taxas de mortalidade e sequelas neuropsiquiátricas.

260
Q

O que são “arbovírus” mencionados no texto?

A

São vírus transmitidos por artrópodes, como mosquitos, e podem causar encefalite.

261
Q

Quais são algumas das etiologias não virais da encefalite mencionadas no texto?

A

Etiologias não virais incluem tuberculose, meningite bacteriana parcialmente tratada, listeriose, infecções por espiroquetas (sífilis, doença de Lyme, leptospirose), febre maculosa das montanhas rochosas, infecções fúngicas, entre outras.

262
Q

Como é o tratamento empírico das infecções do SNC adquiridas na comunidade?

A

Geralmente, é iniciado com antibióticos como ceftriaxona, cefotaxime e vancomicina, com ajustes dependendo da suspeita de etiologia bacteriana.

263
Q

Quais são as terapias adjuvantes usadas no tratamento das infecções do SNC?

A

Corticoides, como a dexametasona, podem ser usados para reduzir o processo inflamatório, concentração de citocinas no líquor e edema cerebral.

264
Q

Como o texto sugere que pacientes com suspeita de infecções do SNC devem ser isolados?

A

Os pacientes devem ser isolados pelo período mínimo de 24 horas após o início da antibioticoterapia.

265
Q

O que é mencionado sobre a notificação de casos de meningite no texto?

A

Há uma ficha de investigação específica para notificação de casos suspeitos de meningite, incluindo critérios como febre, cefaleia, rigidez de nuca, entre outros. A notificação é importante para fins de vigilância epidemiológica.

266
Q

Qual é o caso clínico apresentado no texto?

A

Caso Clínico 2: Paciente masculino, 39 anos, com sintomas como cefaleia, febre alta, alteração de comportamento, crises focais, entre outros.

267
Q

Qual é a hipótese diagnóstica para o Caso Clínico 2?

A

Encefalite aguda.

268
Q

Quais são os exames de imagem recomendados para investigar o Caso Clínico 2?

A

Ressonância magnética de crânio, com atenção para o lobo temporal (sugestivo de HSV), tálamo e gânglios da base (arbovírus), e hidrocefalia (etiologia não viral).

269
Q

Quais são as características do líquor no Caso Clínico 2?

A

Pleocitose com predomínio de linfócitos, proteínas aumentadas e glicose normal, com a presença de hemácias sugerindo HSV 1.

270
Q

Quais testes são recomendados para confirmar o diagnóstico no Caso Clínico 2?

A

PCR para HSV-1/2 e VZV no líquor, e considerar também HSV CSF IgG e IgM.

271
Q

Quais são os tratamentos sugeridos para o Caso Clínico 2?

A

Iniciar tratamento empírico com aciclovir 10mg/Kg 8/8h, especialmente se houver suspeita de HSV ou VZV, ou se a encefalite não tiver causa aparente. O tratamento deve ser mantido por 14 a 21 dias para encefalite por HSV1.

272
Q

Qual é a suspeita diagnóstica para o Caso Clínico 3?

A

Meningite Crônica.

273
Q

Quais exames de imagem são recomendados para investigar o Caso Clínico 3?

A

CT/RM de crânio para procurar por aracnoidite na base do crânio, hidrocefalia, e alterações vasculares.

274
Q

Quais são as características do líquor no Caso Clínico 3?

A

Pleocitose com predomínio de linfócitos, proteínas aumentadas e glicose baixa.

275
Q

Quais são os tratamentos sugeridos para o Caso Clínico 3?

A

O tratamento para a Meningite Tuberculosa inclui um tratamento inicial de 2 meses com isoniazida, rifampicina, pirazinamida e etambutol, seguido de um tratamento de manutenção de 8 a 10 meses com isoniazida e rifampicina. Tuberculoma requer 18 meses de tratamento. Também pode ser necessário corticoide ou cirurgia para hidrocefalia.

276
Q

O que o texto destaca como conclusões gerais sobre os casos apresentados?

A

O texto destaca que infecções do sistema nervoso central podem ter alta mortalidade e risco de sequelas permanentes, enfatizando a importância do reconhecimento dos quadros clínicos, especialmente das infecções agudas, e a necessidade de tratamento precoce e manejo adequado.

277
Q

Quais são algumas das possíveis etiologias para encefalite aguda mencionadas no texto?

A

Herpes simplex (HSV), varicela-zoster (VZV), Epstein-Barr (EB), vírus do Nilo Ocidental, e outros.

278
Q

O que é ADEM, mencionado no texto?

A

ADEM refere-se à encefalomielite disseminada aguda, que envolve lesões multifocais na substância branca e é uma possível etiologia de encefalite aguda.

279
Q

O que é mencionado sobre os líquidos cerebrospinais (LCR) das infecções no texto?

A

Os LCRs podem mostrar pleocitose com predomínio de linfócitos, proteínas aumentadas e glicose normal ou baixa, dependendo da etiologia.

280
Q

Quais são alguns dos vírus mencionados como possíveis causadores de encefalite no texto?

A

Cytomegalovirus, Epstein-Barr, herpes B, herpes simplex, vírus do herpes humano 6, vírus da imunodeficiência humana (HIV), influenza, vírus JC, sarampo, vírus Nipah, vírus de St. Louis, varicela-zoster e vírus do Nilo Ocidental.

281
Q

O que é mencionado sobre o tratamento da Meningite Crônica?

A

O tratamento inicial envolve isoniazida, rifampicina, pirazinamida e etambutol por 2 meses, seguido de tratamento de manutenção com isoniazida e rifampicina por 8 a 10 meses. Tuberculoma requer 18 meses de tratamento. Corticoides e cirurgia podem ser necessários em alguns casos, especialmente para lidar com hidrocefalia.

282
Q

O que é destacado sobre o diagnóstico das infecções crônicas no texto?

A

O diagnóstico inclui a realização de exames de imagem, como CT/RM de crânio para identificar aracnoidite na base do crânio, hidrocefalia e alterações vasculares. O líquor pode mostrar pleocitose com predomínio de linfócitos, proteínas aumentadas e glicose baixa, sendo importante pesquisar o bacilo da tuberculose no LCR e considerar a presença de outro possível foco de tuberculose, como a pulmonar.

283
Q

Quais são algumas das manifestações clínicas da Meningite Crônica mencionadas no texto?

A

As manifestações clínicas incluem cefaleia, rigidez de nuca, febre, vômitos, disfunção de nervos cranianos, sintomas sistêmicos e disfunção do parênquima cerebral associada.

284
Q

O que o texto menciona sobre a alta mortalidade e risco de sequelas nas infecções do sistema nervoso central?

A

O texto destaca que as infecções do sistema nervoso central podem ter uma alta mortalidade e risco de sequelas permanentes, enfatizando a importância do reconhecimento precoce dos quadros clínicos e do tratamento adequado.

285
Q

Quais são os possíveis focos de tuberculose mencionados no texto?

A

O texto menciona a possibilidade de focos de tuberculose na base do crânio (aracnoidite), vasculite (aneurisma, trombose, infarto) e hidrocefalia.

286
Q

Quais são os sintomas prodrômicos da Meningite Tuberculosa mencionados no texto?

A

Os sintomas prodrômicos incluem mal-estar, febre baixa e cefaleia.

287
Q

Quais são os possíveis tratamentos sugeridos para o vírus do herpes B mencionado no texto?

A

Valganciclovir.

288
Q

Quais são os tratamentos sugeridos para o vírus JC mencionado no texto?

A

Reversão da imunossupressão, se possível.

289
Q

Quais são os possíveis tratamentos sugeridos para o vírus Nipah mencionado no texto?

A

Ribavirina.

290
Q

Quais são os possíveis tratamentos sugeridos para o vírus da encefalite de St. Louis mencionado no texto?

A

Interferon-2 alfa.

291
Q

Quais são os possíveis tratamentos sugeridos para o vírus do Nilo Ocidental mencionado no texto?

A

Não há tratamento específico.

292
Q

Quais são os possíveis tratamentos sugeridos para o vírus da varicela-zoster mencionado no texto?

A

Aciclovir.

293
Q

Quais são os possíveis tratamentos sugeridos para o vírus do Epstein-Barr mencionado no texto?

A

Não há tratamento específico.

294
Q

Quais são os possíveis tratamentos sugeridos para o vírus do herpes humano 6 mencionado no texto?

A

Ganciclovir ou foscarnet.

295
Q

Quais são os possíveis tratamentos sugeridos para o vírus da imunodeficiência humana (HIV) mencionado no texto?

A

Terapia antirretroviral.

296
Q

Quais são os possíveis tratamentos sugeridos para o vírus da influenza mencionado no texto?

A

Oseltamivir.

297
Q

Quais são os possíveis tratamentos sugeridos para o vírus do sarampo mencionado no texto?

A

Ribavirina.

298
Q

O que são neuropatias periféricas?

A

São danos nos nervos periféricos que podem resultar de várias causas.

299
Q

Quais são algumas das causas de neuropatias periféricas?

A

Trauma, compressão, inflamação, infecção, carencial, tóxica, vascular, entre outras.

300
Q

O que são nervos periféricos suscetíveis a?

A

Danos devido às suas características anatômicas e fisiológicas.

301
Q

Quais são os tipos de fibras nos nervos periféricos?

A

Fibras motoras, sensitivas e autonômicas.

302
Q

O que são fibras motoras responsáveis por?

A

Movimento.

303
Q

O que são fibras sensitivas responsáveis por?

A

Vibração, propriocepção, dor, temperatura e tato.

304
Q

O que são fibras autonômicas responsáveis por?

A

Controle de órgãos e glândulas.

305
Q

Quais são os tipos de lesões no sistema nervoso periférico?

A

Lesão desmielinizante, lesão axonal focal e lesão axonal difusa.

306
Q

O que é uma lesão desmielinizante no SNP?

A

É uma lesão que afeta a mielina dos nervos periféricos, como a compressão ou inflamação.

307
Q

O que é uma lesão axonal focal no SNP?

A

É uma lesão que afeta diretamente o axônio do nervo, como traumas, compressão ou isquemia.

308
Q

O que é uma lesão axonal difusa no SNP?

A

É uma lesão que começa no segmento mais distal do nervo e se espalha para os segmentos proximais.

309
Q

O que é a regeneração das lesões desmielinizantes?

A

É um processo rápido que geralmente resulta em recuperação funcional completa, dependendo da extensão da lesão.

310
Q

Como ocorre a regeneração das lesões axonais?

A

É um processo mais lento, muitas vezes incompleto e depende da integridade da estrutura do nervo e da distância da lesão ao músculo e pele.

311
Q

O que é uma mononeuropatia?

A

É uma lesão que afeta apenas um único nervo.

312
Q

O que é uma polineuropatia?

A

É uma lesão que afeta vários nervos, geralmente de forma homogênea.

313
Q

Qual a incidência de polineuropatias na população?

A

2 a 7% da população e até 30% acima dos 80 anos.

314
Q

Quais são algumas das possíveis causas de polineuropatias?

A

Doenças sistêmicas, infecções, toxinas, deficiências nutricionais, doenças autoimunes, hereditárias, entre outras.

315
Q

O que são fibras finas no contexto de polineuropatias?

A

São fibras sensitivas responsáveis pela sensibilidade térmica e dolorosa.

316
Q

O que são fibras grossas no contexto de polineuropatias?

A

São fibras sensitivas responsáveis pela sensibilidade vibratória e propriocepção.

317
Q

O que é a síndrome de Guillain-Barré?

A

É um grupo de neuropatias imunomediadas de instalação aguda, com a forma mais frequente sendo a Polirradiculoneuropatia Inflamatória Aguda Desmielinizante (AIDP).

318
Q

Qual é a fisiopatologia da síndrome de Guillain-Barré?

A

É uma resposta imune contra estruturas do nervo periférico, frequentemente desencadeada por infecções.

319
Q

Quais são os sintomas característicos da síndrome de Guillain-Barré?

A

Fraqueza muscular ascendente, hipotonia, arreflexia, dor lombar, parestesias, e manifestações autonômicas.

320
Q

Como é feito o diagnóstico da síndrome de Guillain-Barré?

A

Pode ser feito por meio de líquor, eletroneuromiografia e exames laboratoriais.

321
Q

Quais são as opções de tratamento para a síndrome de Guillain-Barré?

A

Imunoglobulina endovenosa ou plasmaférese.

322
Q

Qual é o prognóstico da síndrome de Guillain-Barré?

A

A mortalidade varia de 3 a 7%, mas mais de 50% dos casos se recuperam completamente.