PSORÍASE E LIQUEN PLANO Flashcards

1
Q

Qual é o quadro clínico dos paciente com psoríase do tipo 1

A

Tipo 1, que representa cerca de 75% dos casos de psoríase, tem início antes dos 40 anos, frequentemente durante a adolescência ou no início da idade adulta. Este tipo está mais fortemente associado a uma predisposição genética

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2
Q

Qual é o quadro clínico dos paciente com psoríase do tipo 2

A

Idade de Início: Inicia-se após os 40 anos, geralmente sem um pico de incidência claro.
Fatores Genéticos: A associação genética é menos evidente, e os alelos HLA específicos são menos frequentemente associados a este tipo.
Histórico Familiar: Menos provável de ter um histórico familiar significativo da doença.
Quadro Clínico: A severidade e extensão da doença podem variar, mas frequentemente apresenta-se de forma mais localizada e pode ser menos grave do que a psoríase tipo 1. As áreas afetadas e as características das lesões são semelhantes às do tipo 1, mas a prevalência de artrite psoriásica é geralmente menor.

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3
Q

Quais são as cormobidades clássicas associadas a psoríase

A

Artrite psoriásica (AP): Cerca de 30% dos pacientes com psoríase desenvolvem artrite psoriásica, uma condição inflamatória que afeta as articulações, causando dor, inchaço e rigidez. A AP pode afetar qualquer articulação, mas é mais comum nas mãos, pés, joelhos, e coluna vertebral.

Doença cardiovascular: Pacientes com psoríase têm um risco aumentado de desenvolver doenças cardiovasculares, como doença arterial coronariana, hipertensão arterial, e acidente vascular cerebral (AVC). A inflamação crônica associada à psoríase pode contribuir para o desenvolvimento e progressão dessas condições.

Diabetes mellitus tipo 2: Estudos mostraram uma associação entre psoríase e diabetes mellitus tipo 2. A resistência à insulina e a inflamação crônica podem desempenhar um papel nessa relação.

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4
Q

Quais são as cormobidades emergentes associadas a psoríase

A

Doença renal crônica (DRC): Estudos recentes têm mostrado uma associação entre psoríase e doença renal crônica. A inflamação sistêmica, disfunção endotelial e fatores de risco cardiovascular compartilhados podem contribuir para essa associação.

Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC): A psoríase tem sido associada a um risco aumentado de desenvolvimento de DPOC. A inflamação crônica e os fatores de risco comuns, como tabagismo, podem desempenhar um papel nessa associação.

Apneia obstrutiva do sono (AOS): Alguns estudos sugeriram uma associação entre psoríase e apneia obstrutiva do sono. A inflamação sistêmica e a obesidade, frequentemente associada à psoríase, podem contribuir para o desenvolvimento da AOS.

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5
Q

Quais são as cormobidades relacionada ao estilo de vida associadas a psoríase

A

Tabagismo: O tabagismo tem sido consistentemente associado à psoríase, tanto no desenvolvimento quanto na gravidade da doença. Fumar pode aumentar a inflamação e piorar os sintomas da psoríase, além de interferir na eficácia do tratamento.

Obesidade: A obesidade está intimamente ligada à psoríase, e há uma relação bidirecional entre essas duas condições. A obesidade pode aumentar o risco de desenvolvimento da psoríase e também está associada a uma maior gravidade da doença e menor resposta ao tratamento.

Sedentarismo: A falta de atividade física regular tem sido associada à psoríase. O exercício físico regular pode ajudar a reduzir a inflamação sistêmica, melhorar a saúde cardiovascular e contribuir para o controle da psoríase.

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6
Q

Quais são as cormobidades relacionadas ao tratamento associadas a psoríase

A

Infecções: Alguns tratamentos para psoríase, como terapias imunossupressoras, podem aumentar o risco de infecções, incluindo infecções bacterianas, virais e fúngicas. Isso ocorre porque esses tratamentos suprimem o sistema imunológico, tornando o corpo mais suscetível a infecções.

Neoplasias: Alguns tratamentos sistêmicos para psoríase, como a fototerapia com PUVA (psoraleno mais radiação ultravioleta A) e terapias biológicas que afetam o sistema imunológico, foram associados a um pequeno aumento no risco de desenvolvimento de câncer de pele não melanoma, como carcinomas basocelulares e carcinomas de células escamosas.

Doenças cardiovasculares: Alguns tratamentos para psoríase, como corticosteroides sistêmicos e ciclosporina, podem estar associados a um maior risco de doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial e doença arterial coronariana. Isso ocorre porque esses tratamentos podem causar retenção de líquidos, aumento da pressão arterial e alterações nos níveis de lipídios no sangue.

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7
Q

Qual é a principal célula da epiderme e qual sua função básica?

A

A principal célula da epiderme é o queratinócito. Sua função básica é a formação da camada córnea da pele, composta por células denominadas corneócitos, que são células “mortas” compostas por queratina. Estas células descamam de forma progressiva e natural, sendo fundamentais para a barreira protetora da pele.

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8
Q

Qual é a duração do ciclo de renovação celular normal da epiderme e como ocorre esse processo?

A

O ciclo de renovação celular normal da epiderme tem duração de cerca de 28 dias. Durante esse período, as células da camada basal se diferenciam progressivamente e dão origem às células da camada córnea, denominadas corneócitos, que posteriormente descamam de forma progressiva e natural.

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9
Q

Como a psoríase afeta o ciclo de renovação celular da epiderme?

A

: Na psoríase, o ciclo de renovação celular da epiderme é acelerado, com a duração reduzida para cerca de 7 dias. Esse encurtamento do ciclo está associado ao aumento da proliferação de queratinócitos, resultando na produção excessiva de escamas devido à presença de células epidérmicas imaturas.

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10
Q

Quais são os principais fatores desencadeantes da psoríase?
8

A

A psoríase pode ser desencadeada ou exacerbada por estresse emocional, trauma cutâneo (Fenômeno de Koebner), infecções (por exemplo, S. pyogenes, HIV), medicamentos, tabagismo, hipocalcemia, variações climáticas, alterações hormonais e está também associada à síndrome metabólica.

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11
Q

Quais medicamentos são comumente associados ao desencadeamento ou exacerbação da psoríase?

A

Os medicamentos causadores mais comuns de psoríase estão agrupados no mnemônico BALACO, que inclui Betabloqueadores, Antimaláricos, Lítio, AINEs, Captopril (IECA) e Outros.

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12
Q

O que é paraqueratose e como ela se relaciona com a psoríase?

A

: Paraqueratose é a persistência do núcleo nos corneócitos, refletindo a imaturidade celular. Na psoríase, essa característica é um dos aspectos observados na histopatologia, indicativo da proliferação excessiva dos queratinócitos estimulada por um processo imunológico.

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13
Q

Por que a psoríase é considerada uma doença sistêmica?

A

: A psoríase é considerada uma doença sistêmica devido à sua forte associação com síndrome metabólica e seu estado pró-inflamatório de base, que também representa um fator de risco para eventos cardiovasculares. Isso sublinha a importância de uma abordagem ampla do paciente, incluindo a gestão de comorbidades associadas.

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14
Q

Quais são os medicamentos mais comuns que podem desencadear psoríase, conforme o mnemônico BALACO?

A

Os medicamentos causadores mais comuns de psoríase, agrupados no mnemônico BALACO, incluem Betabloqueadores, Antimaláricos, Lítio, AINEs, Captopril (IECA) e Outros.

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15
Q

: Qual característica histopatológica é marcante na psoríase e reflete a imaturidade das células epidérmicas?

A

A característica histopatológica marcante na psoríase é a “paraqueratose”, que é a persistência de núcleo nos corneócitos, refletindo a imaturidade das células epidérmicas.

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16
Q

Quais citocinas estão envolvidas na patogênese da psoríase e qual é o seu papel?
6

A

As citocinas envolvidas na patogênese da psoríase incluem IL-12, IL-23, TNF-α, IFN-γ, IL-17, e IL-22, que promovem a proliferação dos queratinócitos e a consequente inflamação da doença.

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17
Q

Por que deve-se evitar ao máximo a administração de corticoides sistêmicos em pacientes com psoríase?

A

Deve-se evitar ao máximo a administração de corticoides sistêmicos em pacientes com psoríase pois sua interrupção abrupta pode agravar o quadro ou levar ao desencadeamento de formas graves da doença, como psoríase pustulosa generalizada e psoríase eritrodérmica.

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18
Q

Em quais especialidades médicas você entrará em contato com a psoríase durante o internato?

A

Durante o internato, você entrará em contato com a psoríase nas especialidades de Dermatologia e Reumatologia, devido ao seu caráter imunomediado e inflamatório.

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19
Q

Quais são as características iniciais das lesões na psoríase e o que se observa na histopatologia dessas lesões?

A

As lesões iniciais na psoríase são eritematosas devido ao processo inflamatório, com vasodilatação e infiltrado perivascular na derme observados na histopatologia. Posteriormente, tornam-se escamosas devido à ocorrência de paraqueratose.

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20
Q

Qual é a lesão típica da psoríase e quais são suas características?
4

A

A lesão típica da psoríase são placas eritemato-escamosas, bem delimitadas, com escamas secas, branco-prateadas.

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21
Q

O que é o Fenômeno de Koebner e o Fenômeno de Renbok na psoríase?

A

O Fenômeno de Koebner é o surgimento de uma lesão típica da psoríase em área de trauma cutâneo em pacientes portadores da doença. O Fenômeno de Renbok (ou Fenômeno de Koebner reverso) é o desaparecimento da lesão de psoríase após trauma local.

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22
Q

O que é o Halo de Woronoff na psoríase?

A

O Halo de Woronoff é uma zona clara perilesional de uma lesão em regressão na psoríase, sendo bastante característico da patologia, embora raramente observado.

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23
Q

Qual é a variante mais comum da psoríase e quais são suas características?
8

A

A variante mais comum da psoríase é a vulgar ou “em placas”, afetando 90% dos casos. Caracteriza-se por placas eritemato-escamosas, bem delimitadas, localizadas de forma simétrica nas faces extensoras de membros, região lombossacra e couro cabeludo. Eventualmente pode ocorrer prurido ou queimação nas lesões.

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24
Q

Como a psoríase invertida se apresenta clinicamente?
6

A

A psoríase invertida atinge dobras flexurais como axilas, região inguinal, prega interglútea, inframamária e retroauricular, com pouca ou nenhuma descamação, frequentemente mascarada pela sudorese local.

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25
Q

Descreva a psoríase gutata e sua etiologia comum.

A

: A psoríase gutata tem início abrupto com pequenas lesões arredondadas eritemato-descamativas no tórax e extremidades proximais, resolvendo espontaneamente em até 3 meses. Geralmente acomete crianças após infecção estreptocócica do trato respiratório superior.

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26
Q

Como se apresenta a psoríase palmoplantar?
7

A

A psoríase palmoplantar apresenta placas eritemato-escamosas palmares e/ou plantares, associadas a hiperqueratose, bem demarcadas e simétricas, podendo ser confundida com dermatite de contato, atópica e micoses.

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27
Q

Descreva a psoríase pustulosa generalizada.

A

: A psoríase pustulosa generalizada, também conhecida como “Psoríase de Von Zumbusch”, é uma forma hiperaguda e grave da doença, apresentando eritema e pústulas disseminadas, com sintomas sistêmicos como febre, mal-estar e fraqueza, geralmente ocorrendo após suspensão abrupta de corticoide.

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28
Q

O que é a psoríase pustulosa palmoplantar?

A

: A psoríase pustulosa palmoplantar caracteriza-se por pústulas estéreis em região palmo e/ou plantar, associadas a máculas amarelo-acastanhadas, ocorrendo mais em mulheres e associada ao tabagismo.

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29
Q

Como se manifesta a acrodermatite contínua supurativa de Hallopeau?

A

A acrodermatite contínua supurativa de Hallopeau é uma manifestação rara da psoríase, apresentando-se por pústulas na porção distal de dedos, seguidas de descamação e formação de crostas, muitas vezes com destruição do aparato ungueal.

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30
Q

Descreva a psoríase eritrodérmica.
6

A

A psoríase eritrodérmica é caracterizada por eritema difuso que prevalece sobre a descamação, sendo uma forma grave da doença com risco de hipotermia, distúrbios hidroeletrolíticos, bacteremia e septicemia, geralmente ocorrendo após suspensão abrupta de corticoide.

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31
Q

Quais características histopatológicas são observadas na psoríase?
7

A

Na histopatologia da psoríase, observa-se paraqueratose, Microabscessos de Munro, agranulose, acantose regular, alongamento das cristas epiteliais, afinamento suprapapilar, vasos dilatados e, particularmente nos casos de psoríase pustulosa, pústulas espongiformes de Kogoj.

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32
Q

Qual é a base do diagnóstico da psoríase?

A

O diagnóstico da psoríase é clínico, baseado no tipo e distribuição das lesões. A biópsia é necessária apenas nas formas menos típicas.

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33
Q

Como a presença de Microabscessos de Munro e pústulas espongiformes de Kogoj contribui para o diagnóstico de psoríase?

A

A presença de Microabscessos de Munro e pústulas espongiformes de Kogoj no quadro histopatológico da psoríase permite o diagnóstico, mesmo que este possa não ser específico.

34
Q

O que é a curetagem metódica de Brocq e quais sinais ela pode revelar no diagnóstico da psoríase?

A

A curetagem metódica de Brocq é uma ferramenta da semiologia que pode auxiliar no diagnóstico da psoríase. Nessa curetagem, observa-se inicialmente a saída de finas escamas prateadas, constituindo o “sinal da vela”. Ao continuar com a curetagem, pode-se observar o surgimento do “Sinal de Auspitz”, que ocorre pelo fato da cureta atingir os vasos dilatados presentes na papila dérmica, gerando pequenos focos de sangramento que simulam morfologia de orvalho.

35
Q

Quais são os índices de gravidade usados no acompanhamento clínico e avaliação da eficácia do tratamento da psoríase?
4

A

Os índices de gravidade usados no acompanhamento clínico e avaliação da eficácia do tratamento da psoríase incluem o PASI (Índice de Área e Severidade da Psoríase), BSA (área corporal acometida), DLQI (índice de qualidade de vida) e NAPSI (para as unhas).

36
Q

Qual é a “Regra dos 10” na avaliação da gravidade da psoríase?

A

A “Regra dos 10” na avaliação da gravidade da psoríase indica que um valor acima de 10 no PASI, BSA ou DLQI sugere doença com controle insatisfatório, necessitando de uma nova abordagem terapêutica.

37
Q

Quais são as opções de tratamento para a psoríase?
4,5

A

As opções de tratamento para a psoríase incluem medicações tópicas (como corticoides, calcipotriol, associações e imunomoduladores), fototerapia (PUVA e UVB de banda estreita), e tratamentos sistêmicos para casos moderados a graves (como metotrexato, acitretina, ciclosporina, e biológicos)

38
Q

Quais são os principais medicamentos sistêmicos usados no tratamento da psoríase e suas indicações?
4

A

Os principais medicamentos sistêmicos usados no tratamento da psoríase incluem metotrexato (eficaz em todas as variantes clínicas, incluindo artrite psoriásica), acitretina (indicada principalmente na psoríase pustulosa generalizada, eritrodérmica e na palmoplantar refratária), ciclosporina (usada apenas para resgate de crises nas formas eritrodérmica e pustulosa generalizada) e biológicos (para casos moderados a graves não elegíveis aos tratamentos convencionais).

39
Q

Como são utilizados os biológicos no tratamento da psoríase quais são os passos a serem feitos antes de solicitar o mesmo ?

A

Os biológicos, incluindo agentes anti-TNF alfa, anti-IL-12 e 23, anti-IL-23, e anti-IL-17, são indicados para casos de psoríase moderada à grave que não respondem ou são inelegíveis para tratamentos convencionais. Antes de iniciar o uso de biológicos, é necessário realizar exames para descartar infecções, checar o estado de vacinação e avaliar contraindicações específicas.

40
Q

Quais precauções devem ser tomadas antes de iniciar o tratamento com biológicos para psoríase?
12

A

Antes de iniciar o tratamento com biológicos para psoríase, deve-se solicitar PPD e raio-X de tórax para tuberculose, realizar exames laboratoriais gerais, teste de gravidez, sorologias (hepatite B e C, HIV), pesquisar neoplasias, checar o cartão vacinal, descartar infecções ativas, e avaliar contraindicações específicas como insuficiência cardíaca (NYHA III/IV), lúpus, doença desmielinizante, e doença inflamatória intestinal.

41
Q

Quais são os efeitos colaterais da fototerapia no tratamento da psoríase e suas contraindicações?
3,8

A

Os efeitos colaterais imediatos da fototerapia incluem queimaduras. O uso a longo prazo de PUVA pode aumentar o risco de catarata, fotoenvelhecimento e câncer de pele. As contraindicações incluem antecedentes pessoais ou familiares de câncer de pele, fotossensibilidade, idade (crianças menores de 8 anos para UVB e menores de 12 anos para PUVA), uso de imunossupressores, gestantes, lactantes, e pacientes com insuficiência hepática ou renal.

42
Q

Como a acitretina é utilizada no tratamento da psoríase e quais são suas considerações especiais?
5

A

A acitretina, um derivado da vitamina A, é indicada principalmente na psoríase pustulosa generalizada, eritrodérmica e na palmoplantar refratária ao tratamento tópico. Sua eficácia terapêutica máxima ocorre em 3 meses. Mulheres devem esperar 2 anos para engravidar após o término do uso devido ao risco teratogênico, enquanto homens não precisam esperar, pois não altera a espermatogênese.

43
Q

Qual é o papel da ciclosporina no tratamento da psoríase e quais são seus, indicações efeitos colaterais, período maximo de uso e as gestantes?
3,4,1,1

A

A ciclosporina, um imunossupressor que bloqueia IL-2, é utilizada para resgate de crises nas formas eritrodérmica e pustulosa generalizada da psoríase. Seus efeitos colaterais incluem hipertensão, nefrotoxicidade, hirsutismo e gengivite. O acompanhamento deve incluir aferição regular da pressão arterial e realização de exames complementares. Seu uso não deve ultrapassar o período de 2 anos e pode ser usado em gestantes.

44
Q

O que caracteriza a fisiopatologia das dermatites psoriasiformes?

A

As dermatites psoriasiformes são caracterizadas por hiperplasia psoriasiforme, incluindo alongamento das cristas epidérmicas, acantose (aumento da espessura da epiderme), hipogranulose e paraceratose (presença de núcleos na camada córnea, onde não deveriam existir). Também ocorre prolongamento das papilas dérmicas, permitindo que os vasos da derme se projetem para cima e possam até alcançar a camada córnea.

45
Q

Qual é a principal manifestação clínica da psoríase e como é caracterizada?

A

: A principal manifestação clínica da psoríase é caracterizada por placas eritematosas cobertas por escamas prateadas ou esbranquiçadas, encontradas principalmente nas superfícies extensoras, couro cabeludo e região lombossacra. Uma placa é caracterizada por ter uma extensão acima de 1 cm e ser uma lesão elevada, enquanto escamas são descamações da camada córnea, compostas por queratinócitos mortos.

46
Q

Qual é a diferença entre psoríase vulgar e psoríase invertida em termos de localização das lesões?

A

A psoríase vulgar é mais comum e caracteriza-se por placas eritematosas nas superfícies extensoras, couro cabeludo e região lombossacra. A psoríase invertida, menos comum, caracteriza-se por lesões nas superfícies flexoras.

47
Q

Por que indivíduos com psoríase têm uma predisposição maior para síndrome metabólica e aumento do risco cardiovascular?

A

Indivíduos com psoríase têm uma predisposição maior para síndrome metabólica devido à inflamação crônica sistêmica associada à doença, particularmente relacionada ao TNF alfa. Esse estado inflamatório crônico está associado ao aumento do risco cardiovascular, ressaltando a importância de incentivar um estilo de vida saudável nesses pacientes.

48
Q

Como a imunidade inata está alterada na psoríase

A

Na psoríase, a imunidade inata está alterada, com os antimicrobianos inatos como beta defensivas e lisozima ativando células dendríticas, especialmente a célula de Langerhans. Além disso, os próprios queratinócitos secretam substâncias importantes na defesa, como interferon alfa, fator de necrose tumoral alfa e IL-23, contribuindo para a resposta imune alterada na psoríase.

49
Q

Quais fatores externos podem propiciar a fisiopatogenia da psoríase?
7

A

Fatores externos que podem propiciar a fisiopatogenia da psoríase incluem o uso de certos medicamentos (como cloroquina, lítio, betabloqueadores, esteróides, AINES), além de variações sazonais (verão, inverno), infecções, estresse psicológico, álcool, tabagismo, obesidade e hipocalcemia.

50
Q

Como a terapia biológica na psoríase pode influenciar o manejo de infecções como a tuberculose?

A

Na terapia biológica para psoríase, que inclui anticorpos que bloqueiam substâncias inflamatórias como TNF alfa e IL-17, há uma consideração importante em relação ao manejo de infecções como a tuberculose. Isso se deve ao fato de que bloquear substâncias importantes para a formação de granulomas pode afetar a capacidade do corpo de controlar infecções como a tuberculose, necessitando de avaliação cuidadosa para o desenvolvimento dessa condição.

51
Q

Quais são os principais distúrbios envolvidos na fisiopatologia da psoríase?

A

A fisiopatologia da psoríase envolve distúrbios dos queratinócitos, caracterizados por aumento das células em processo de proliferação e encurtamento no tempo de renovação celular, resultando em placas e escamas prateadas ou esbranquiçadas. Além disso, ocorrem alterações imunológicas, com destaque para as alterações do TH1 e vias do IL-17 e IL-23, onde células T ativadas infiltram a pele e estimulam a proliferação dos queratinócitos, levando à hiperplasia epidérmica e paraqueratose.

52
Q

Como a alteração imunológica contribui para a formação das características placas da psoríase?

A

Na psoríase, a alteração imunológica contribui para a formação das características placas através da ativação de células T, que infiltram a pele e estimulam a proliferação excessiva dos queratinócitos. Essa desregulação na renovação dos queratinócitos leva à formação de placas espessas. Além disso, tanto as células T quanto os próprios queratinócitos produzem interleucinas, como IL-17 e IL-23, exacerbando o processo inflamatório e a proliferação celular.

53
Q

Quais são os aspectos imunológicos característicos da psoríase?

A

Do ponto de vista imunológico, a psoríase é caracterizada por ser uma doença hiperproliferativa que envolve tanto a imunidade inata quanto a imunidade celular, com ênfase na via do TH1. A principal substância envolvida é o fator de necrose tumoral alfa (TNF alfa), que desempenha um papel central na inflamação e na proliferação celular anormal observada na psoríase.

54
Q

Qual é o papel dos medicamentos anti-IL 17 e anti-IL 23 no tratamento da psoríase?

A

Os medicamentos anti-IL 17 e anti-IL 23 desempenham um papel significativo no tratamento da psoríase, especialmente nas formas extensas e sistêmicas da doença. Eles atuam bloqueando as vias inflamatórias mediadas por IL-17 e IL-23, respectivamente, reduzindo a ativação imunológica e a proliferação desregulada dos queratinócitos, o que contribui para a redução da formação de placas e melhoria dos sintomas da psoríase.

55
Q

: Quais são os dois tipos de psoríase baseados na idade de início e história familiar?
1>3
2>3

A

Psoríase tipo 1 apresenta-se antes dos 40 anos, tem histórico familiar e associação com o HLA-Cw6, sendo geralmente mais grave e duradoura. Psoríase tipo 2 não tem histórico familiar, apresenta-se após os 40 anos e não tem associação com o HLA-Cw6.

56
Q

O que é o Fenômeno de Koebner na psoríase?

A

: O Fenômeno de Koebner na psoríase é quando ocorre um trauma na pele e uma extensão da lesão no local do trauma, indicando atividade da doença. Este fenômeno não é exclusivo da psoríase, podendo ocorrer também em condições como verruga vulgar.

57
Q

O que indica o Sinal de Auspitz na psoríase?

A

O Sinal de Auspitz na psoríase, também conhecido como sinal do orvalho sangrante, é positivo quando a remoção das escamas psoriáticas revela pontos hemorrágicos, indicativo da presença de psoríase.

58
Q

Quais são as alterações ungueais comuns na psoríase e o que elas indicam?
3

A

As alterações ungueais na psoríase incluem pitting ungueal (furinhos na unha), manchas de óleo e onicólise (desprendimento da unha do leito ungueal). Indivíduos com alterações ungueais têm mais chance de desenvolver psoríase artropática, uma alteração articular decorrente da psoríase.

59
Q

Quais são as possíveis alterações oculares associadas à psoríase?
5

A

Na psoríase, podem ocorrer alterações oculares afetando a pálpebra, conjuntiva e córnea, levando a problemas como triquíase, ectrópio, conjuntivite, ressecamento da córnea, e principalmente blefarite, que é caracterizada pela inflamação das bordas palpebrais.

60
Q

Qual é o achado mais comum da psoríase oral?

A

O achado mais comum da psoríase oral é a língua fissurada, acometendo até 20% das pessoas com psoríase cutânea.

61
Q

: Descreva a psoríase em placas (psoríase vulgar).

A

: A psoríase em placas, ou psoríase vulgar, é a forma mais comum de psoríase, observada em cerca de 90% dos pacientes. Caracteriza-se pelo acometimento simétrico, afetando principalmente a face de extensão dos membros (joelhos e cotovelos), couro cabeludo e região dorsal, com placas eritematosas cobertas por escamas espessas e prateadas. O comprometimento das unhas é frequente.

62
Q

Quais são as principais comorbidades associadas à psoríase?

A

: As principais comorbidades associadas à psoríase incluem artrite psoriásica, síndrome metabólica, obesidade e tabagismo. Comorbidades podem também estar relacionadas ao próprio tratamento da psoríase, como dislipidemias causadas por acitretina, hipertensão e nefrotoxicidade induzidas por ciclosporina, e hepatotoxicidade associada ao metotrexato.

63
Q

Como é feito o diagnóstico da psoríase?

A

O diagnóstico da psoríase é feito pela morfologia e localização das lesões. A histopatologia é raramente necessária, mas quando realizada, pode revelar características como paraqueratose, alongamento das cristas epidérmicas, adelgaçamento da epiderme suprapapilar, acantose e infiltrado inflamatório. Na psoríase pustulosa, são encontrados neutrófilos na camada córnea, formando as pústulas de Kogoj.

64
Q

: O que é o Índice de Gravidade da Área de Psoríase (PASI) e como ele é utilizado?

A

: O Índice de Gravidade da Área de Psoríase (PASI) é uma ferramenta que avalia a gravidade da doença e a eficiência do tratamento. O PASI mede eritema, descamação e espessura da placa. Um PASI menor que 8 indica psoríase leve, enquanto um PASI acima de 12 indica psoríase grave. Se a psoríase acomete mais de 10% da superfície corpórea, é considerada extensa e pode indicar a necessidade de tratamento sistêmico.

65
Q

Como são utilizadas as medicações tópicas no tratamento da psoríase e quais são os principais efeitos colaterais dos mesmos ?
1>3
3
4

A

As medicações tópicas são usadas principalmente na psoríase leve a moderada, incluindo corticosteroides tópicos (como clobetasol, halobetasol e betametasona), hidratantes e emolientes para melhorar a barreira da pele e reter hidratação, e antralina, evitando áreas intertriginosas e próximas aos olhos ou mucosas. O uso contínuo de corticosteroides deve ser intercalado com intervalos para evitar taquifilaxia, telangiectasia, atrofia e hipopigmentação cutânea.

66
Q

Quais cuidados devem ser tomados ao prescrever corticosteroides tópicos para tratamento da psoríase?
4

A

Ao prescrever corticosteroides tópicos para tratamento da psoríase, é importante determinar um tempo de uso específico e, após esse período, dar um intervalo de 7 dias para evitar taquifilaxia (redução dos efeitos da substância com uso contínuo ou repetido). Além disso, é essencial informar ao paciente sobre a necessidade de suspender o medicamento após o tempo determinado para prevenir efeitos adversos como telangiectasia, atrofia e hipopigmentação cutânea.

67
Q

Quais são alguns dos tratamentos tópicos além de corticosteroides para psoríase?
1>2, 1>1, 1>1,1

A

Além de corticosteroides, outros tratamentos tópicos para psoríase incluem análogos da vitamina D como o Calcipotriol (que, quando associado a corticoides tópicos, proporciona melhores resultados terapêuticos), LCD shampoo, imunomoduladores como Tacrolimus e Pimecrolimus, e retinóides como o Tazaroteno, derivado da vitamina A, que age sobre o crescimento e a diferenciação celular epidérmica.

68
Q

Como é a abordagem para pacientes refratários aos tratamentos tópicos ou com lesões sistêmicas de psoríase?

A

Para pacientes refratários aos tratamentos tópicos ou com lesões sistêmicas de psoríase, a abordagem inclui terapia sistêmica como fototerapia (PUVA e NBUVB, com restrição de uso a longo prazo devido ao risco de câncer de pele), Metotrexato (o tratamento sistêmico mais tradicional para casos moderados a graves de psoríase, eficaz também na artrite psoriásica), e Acitretina, um derivado da vitamina A que, associado à fototerapia, proporciona maior eficácia terapêutica.

69
Q

Quais são os diagnósticos diferenciais da psoríase?
2

A

Os diagnósticos diferenciais da psoríase incluem Líquen Simples Crônico, caracterizado por uma placa eritemato-descamativa resultante de coçar ou irritação crônica, sendo mais unilateral e localizada; e Pitiríase Rubra Pilar, diferenciada da psoríase pela presença de espaços “normais” entre as placas descamativas, com áreas de eritema intercaladas por áreas sem eritema.

70
Q

Como o Líquen Simples Crônico pode ser diferenciado da psoríase?

A

O Líquen Simples Crônico pode ser diferenciado da psoríase por ser uma condição mais unilateral e localizada, afetando áreas específicas onde ocorre coçar ou irritação crônica prolongada. É comum em pessoas ansiosas e representa uma pele com liquenificação (espessamento da pele) devido ao ato de coçar.

71
Q

Qual é a característica distintiva da Pitiríase Rubra Pilar em relação à psoríase?

A

: A característica distintiva da Pitiríase Rubra Pilar em relação à psoríase é a presença de espaços “normais” entre as placas descamativas, ou seja, áreas com eritema alternando com áreas sem eritema, o que ajuda na diferenciação entre estas duas condições.

72
Q

O que diferencia a Pitiríase Rósea da psoríase?

A

A Pitiríase Rósea diferencia-se da psoríase pela ausência de escamas prateadas características da psoríase, raro acometimento da região palmo-plantar e face, início mais súbito, e etiologia majoritariamente viral, com os vírus herpes 5 e 7 sendo frequentemente associados. Além disso, medicamentos como o captopril também podem causar Pitiríase Rósea.

73
Q

Qual é o quadro clínico característico da Pitiríase Rósea?
8

A

R: O quadro clínico da Pitiríase Rósea geralmente inicia com uma placa ovalada ou arredondada, eritematoescamosa, chamada de medalhão, com bordas ligeiramente elevadas e centro amarelado descamativo, evoluindo depois para várias placas pelo corpo, formando um padrão semelhante ao de uma “árvore de Natal” no tronco. O curso da doença é autolimitado, com duração de 4 a 8 semanas até a regressão total.

74
Q

Quanto tempo dura a evolução da Pitiríase Rósea e qual é o prognóstico?

A

A evolução da Pitiríase Rósea dura de 4 a 8 semanas, com regressão total das lesões, apresentando um bom prognóstico, sendo uma condição autolimitada que não costuma deixar sequelas.

75
Q

Qual é a patogênese da dermatite seborreica?

A

: A patogênese da dermatite seborreica envolve uma alteração na atividade e qualidade do sebo, um componente imunológico e predisposição à presença de Malassezia spp. na microbiota, um tipo de fungo levedura. Isso leva à hiperplasia epidérmica e presença de Malassezia nas áreas afetadas.

76
Q

Quais são os fatores de risco associados à dermatite seborreica?
10

A

Os fatores de risco para dermatite seborreica incluem idade com distribuição bimodal, sexo masculino, imunodeficiências (como linfoma, transplante renal, PVHIV), doenças neurológicas e psiquiátricas (Parkinson, AVC, Alzheimer, depressão), exposição a tratamentos medicamentosos (imunossupressores, lítio, neurolépticos), tensão emocional, e condições como alcoolismo, diabetes e obesidade que podem agravar a erupção.

77
Q

Como a dermatite seborreica é diferenciada em crianças e adultos?

A

: A dermatite seborreica possui duas variantes: a infantil, que acomete antes dos 3 meses de idade, e a adulta, com um curso crônico e recorrente. Essas variantes são independentes e não estão interligadas, com a dermatite atópica geralmente se apresentando após os 3 meses em crianças, diferenciando-se da variante infantil da dermatite seborreica.

78
Q

Quais são as manifestações clínicas da dermatite seborreica do lactente?

A

Na dermatite seborreica do lactente, as lesões surgem precocemente, antes dos 3 meses de vida, apresentando-se como escamas gordurosas e aderentes sobre base eritematosa no couro cabeludo, conhecidas como “crosta láctea”, sem afetar os cabelos. Também podem ocorrer manchas eritemato-escamosas na face, tronco, dobras e áreas intertriginosas, incluindo pescoço, nuca, axilas, além das regiões inguinal e genitoanal.

79
Q

Como se apresenta a dermatite seborreica no adulto?

A

A dermatite seborreica no adulto manifesta-se por lesões eritemato-escamosas que atingem o couro cabeludo, a face (sulco nasogeniano e glabela), área retroauricular, região pubiana e axilar. Manifestações adicionais incluem blefarite e eczema do conduto auditivo externo.

80
Q

Como diferenciar dermatite seborreica de outras dermatites psoriasiformes?

A

Para diferenciar dermatite seborreica de outras dermatites psoriasiformes, é importante observar a localização e características das lesões. A dermatite seborreica frequentemente afeta áreas seborreicas, como couro cabeludo, face, área retroauricular, enquanto a psoríase tende a formar placas mais espessas e bem definidas em áreas como cotovelos, joelhos, couro cabeludo e região lombossacral. Além disso, a dermatite seborreica apresenta escamas mais gordurosas e aderentes, especialmente em lactentes como a “crosta láctea”, e agravamento por fatores emocionais e estilo de vida no adulto, diferenciando-se pela etiologia, padrão de lesões e distribuição.