MICOSES SUP Flashcards
O que são micoses e quais os tipos existentes?
Micoses são infecções causadas por fungos, que podem afetar diversas áreas do corpo.
Existem dois tipos principais de micoses:
Superficiais: Afetam a pele, unhas e cabelos, sem invadir tecidos mais profundos.
Profundas: Também conhecidas como sistêmicas, afetam órgãos internos e podem ser mais graves, requerendo tratamentos específicos e, em alguns casos, cirurgia.
Quais as consequências das micoses do couro cabeludo e como são tratadas?
As micoses do couro cabeludo podem levar à perda de cabelo, que pode ser reversível ou irreversível, dependendo da gravidade da infecção e do dano causado aos folículos pilosos. O tratamento clássico envolve o uso de griseofulvina, um antifúngico que ajuda a eliminar o fungo causador da infecção.
Como a esporotricose está relacionada a gatos e qual é o agente causador?
A esporotricose é uma micose que pode ser transmitida para humanos por meio de arranhões ou mordidas de gatos contaminados. O agente causador é o fungo Sporothrix schenckii, que pode ser encontrado na pele de gatos infectados. Este tipo de micose requer tratamento específico para evitar complicações.
Por que algumas micoses profundas podem requerer tratamento cirúrgico?
Micoses profundas, devido à sua capacidade de afetar órgãos internos e tecidos mais profundos, podem causar lesões ou abscessos que não são efetivamente tratados apenas com medicação. Nesses casos, o tratamento cirúrgico pode ser necessário para remover tecidos infectados ou drenar abscessos, complementando o tratamento antifúngico para garantir a recuperação do paciente.
O que diferencia os fungos de outros seres vivos e qual é a sua classificação no reino biológico?
Fungos são seres eucariotas, caracterizados por possuir um núcleo e membrana nuclear, classificados no reino Fungi. Eles podem ser tanto unicelulares quanto multicelulares e se destacam por terem parede celular composta de quitina. A capacidade de se desenvolver em diferentes formas, adaptando-se ao ambiente ou ao hospedeiro, é uma característica notável dos fungos.
Como as micoses cutâneas são classificadas e quais são suas características principais?
Micoses cutâneas podem ser classificadas como superficiais ou profundas (subcutâneas). As superficiais afetam apenas a camada externa da pele, enquanto as profundas invadem camadas mais internas da pele, podendo se estender para tecidos subjacentes. Essa classificação está baseada na profundidade da infecção fúngica na pele.
Explique as formas de desenvolvimento dos fungos e como elas se relacionam com as micoses cutâneas.
Fungos podem se desenvolver de duas formas principais:
Leveduriforme: Esta forma unicelular se reproduz assexuadamente por brotamento. Pode formar pseudo-hifas em situações de agressão, como uma adaptação ao ambiente hostil. A candidíase é um exemplo de micose causada por fungos nesta forma.
Filamentosa: Caracterizada por hifas, que são estruturas multicelulares em forma de tubo. Podem ser septadas ou não e se reproduzem por meio de esporos. São responsáveis por micoses superficiais e representam os fungos presentes no meio ambiente, como bolor e cogumelos.
Dimórficos: Estes fungos apresentam a capacidade de mudar de forma, sendo filamentosos a 25°C (condição do meio ambiente) e leveduriformes a 37°C (condição do hospedeiro). São intrinsecamente patogênicos, causando doenças ao invadir tecidos do hospedeiro. Exemplos incluem Histoplasma capsulatum, Sporothrix sp e Paracoccidioides brasiliensis.
Qual a importância dos fungos dimórficos nas micoses cutâneas e por que são considerados patogênicos por natureza?
Fungos dimórficos são de especial interesse médico porque sua capacidade de mudar de forma lhes permite adaptar-se e sobreviver tanto no meio ambiente quanto dentro de um hospedeiro. Essa habilidade os torna patogênicos por natureza, pois podem infectar o hospedeiro ao assumir a forma leveduriforme a 37°C, facilitando a invasão e colonização dos tecidos, levando a infecções. Eles estão associados a algumas das micoses cutâneas mais desafiadoras para tratar, destacando a necessidade de compreender seus ciclos de vida para desenvolver terapias eficazes.
Como a morfologia dos fungos auxilia no diagnóstico de micoses cutâneas?
Conhecer a morfologia dos fungos é crucial para a análise dos exames complementares, como o exame micológico direto e o anatomopatológico. Os fungos podem ser visualizados como colônias de leveduras ou como estruturas filamentosas, constituídas principalmente por hifas. A identificação de hifas verdadeiras ou pseudo-hifas pode orientar o diagnóstico de certas infecções fúngicas, como a candidíase, que é caracterizada pela presença de pseudo-hifas.
O que é o exame micológico direto e qual sua limitação?
O exame micológico direto é uma técnica utilizada para o diagnóstico rápido de infecções fúngicas, onde material biológico (raspado de pele, pelos ou unhas) é coletado e clarificado com KOH (hidróxido de potássio) para ser analisado sob microscópio. A principal limitação desse exame é que, embora permita a visualização dos fungos, não possibilita a definição exata da espécie causadora da infecção.
Como funciona o processo de cultura para identificação de fungos e qual sua importância?
O processo de cultura inicia com o crescimento do fungo em meio de Agar Sabouraud, um ambiente rico que favorece a proliferação. Posteriormente, para estimular a esporulação e possibilitar a identificação precisa da espécie, o fungo é transferido para meios de cultivo mais pobres em nutrientes, como Agar batata ou Agar fubá, que contêm principalmente carboidratos. Este método é crucial para definir a espécie do fungo e orientar o tratamento específico.
Qual a finalidade do exame anatomopatológico nas infecções fúngicas e como ele é realizado?
O exame anatomopatológico é utilizado em casos de dúvidas diagnósticas significativas, onde uma biópsia da lesão é realizada para obter uma amostra de tecido. A coloração por PAS (ácido periódico de Schiff) ou prata é empregada para destacar a presença de fungos na amostra. Este exame é particularmente útil para identificar fungos em tecidos, contribuindo para um diagnóstico preciso e, consequentemente, um tratamento mais adequado.
O que são micoses superficiais e quais tecidos elas afetam?
Micoses superficiais são infecções fúngicas limitadas aos tecidos queratinizados, afetando a camada mais superficial da pele (camada córnea), cabelos e unhas. Caracterizam-se por invadir apenas as partes externas do corpo sem atingir tecidos mais profundos.
Como as micoses superficiais são classificadas e quais são suas características?
As micoses superficiais são classificadas em dois grupos principais, com base na presença e intensidade da resposta inflamatória:
Micoses superficiais propriamente ditas: Incluem infecções com mínima ou nenhuma resposta inflamatória. Exemplos incluem pitiríase versicolor, piedra branca, piedra preta, e tinea nigra.
Micoses superficiais cutâneas e cutaneomucosas: Apresentam uma resposta inflamatória mais evidente. As principais doenças neste grupo são as dermatofitoses e candidíase.
Quais são os exemplos de micoses superficiais propriamente ditas e suas principais características?
Exemplos de micoses superficiais propriamente ditas incluem:
Pitiríase versicolor: Causada pelo fungo Malassezia spp., caracteriza-se por manchas descoloridas na pele que podem ser mais claras ou escuras que o tom natural da pele.
Piedra branca e piedra preta: Infecções fúngicas dos cabelos que se manifestam pela presença de nódulos duros nos fios, sendo causadas por diferentes tipos de fungos.
Tinea nigra: Causada pelo fungo Hortaea werneckii, apresenta-se como manchas escuras, geralmente nas palmas das mãos ou solas dos pés.
Quais as características das micoses superficiais cutâneas e cutaneomucosas e quais são os exemplos?
Este grupo de micoses superficiais cursa com uma resposta inflamatória mais evidente e pode afetar tanto a pele quanto as mucosas. Exemplos incluem:
Dermatofitoses: Infecções causadas por fungos dermatófitos que afetam a pele, cabelos e unhas, como as tineas (pé de atleta, tinea capitis, entre outros).
Candidíase: Causada por fungos do gênero Candida, pode afetar a pele, mucosas, unhas e áreas úmidas do corpo, provocando vermelhidão, coceira e desconforto.
O que é Pitiríase Versicolor e quais fungos estão associados a esta condição?
A Pitiríase Versicolor é uma infecção fúngica comum da pele, caracterizada pela presença de máculas e manchas com variações de coloração, causada principalmente pelas espécies de fungos Malassezia furfur e Malassezia globosa. Estes fungos, que são parte da microbiota normal da pele e possuem caráter oportunista, também estão envolvidos na patogênese de outras condições como dermatite seborreica e foliculite pitirospórica.
outras condições como dermatite seborreica e foliculite pitirospórica.
Por que a Pitiríase Versicolor é mais comum em climas quentes e úmidos?
A Pitiríase Versicolor é mais comum em climas quentes e úmidos devido às condições que favorecem o crescimento dos fungos Malassezia, como a hiperidrose (excesso de suor) e pele oleosa. Estes fungos são lipofílicos, utilizando ácidos graxos para nutrição, e proliferam melhor em ambientes úmidos e com maior produção de sebo.
Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento da Pitiríase Versicolor?
Os principais fatores de risco incluem hiperidrose, pele oleosa, imunodepressão, desnutrição e gravidez. Estes fatores aumentam a susceptibilidade do indivíduo ao crescimento excessivo dos fungos Malassezia na pele, levando ao desenvolvimento da infecção.
Como a Malassezia furfur afeta a coloração da pele na Pitiríase Versicolor?
A Malassezia furfur libera ácido azelaico, que tem a capacidade de inibir a formação de melanina na pele. Essa inibição resulta em lesões de várias colorações, como eritematosas, acastanhadas ou hipocrômicas (mais comum), explicando o nome “versicolor” (de várias cores) atribuído à condição.
Quais são as características clínicas da Pitiríase Versicolor?
As características clínicas incluem máculas e manchas confluentes hipo ou hipercrômicas com descamação furfurácea, que se tornam mais evidentes ao estirar a pele afetada (Sinal de Zireli). A infecção predomina em áreas seborreicas como face, região cervical, região superior do tronco e ombros, e áreas flexurais, poupando mucosas e regiões palmoplantares. Surge tipicamente após a puberdade, com o aumento do desenvolvimento das glândulas sebáceas.
Quais são os métodos utilizados no diagnóstico da Pitiríase Versicolor e como cada um contribui para a confirmação da doença?
O diagnóstico da Pitiríase Versicolor é essencialmente clínico, com o teste da Lâmpada de Wood servindo como um método auxiliar que revela uma fluorescência amarelo-prateada característica. A confirmação definitiva vem do exame micológico direto, que permite visualizar esporos e pseudo-hifas. Em casos de dúvida diagnóstica, a cultura dos fungos pode ajudar na identificação específica da espécie, e a biópsia para exame anatomopatológico pode revelar a presença de esporos e pseudo-hifas na camada córnea, corroborando o diagnóstico.
Como o diagnóstico diferencial da Pitiríase Versicolor é realizado?
O diagnóstico diferencial da Pitiríase Versicolor inclui condições que apresentam alterações na pigmentação da pele, como vitiligo, hipomelanose macular progressiva, pitiríase alba, hipopigmentação pós-inflamatória, e a papilomatose confluente e reticulada de Gougerot e Carteaud, entre outras. Essas condições são diferenciadas com base nas características clínicas, padrões de distribuição das lesões, e, quando necessário, resultados de exames complementares.
Quais são as opções de tratamento para a Pitiríase Versicolor e quais precauções devem ser tomadas?
O tratamento da Pitiríase Versicolor inclui o uso de antifúngicos imidazólicos tópicos (como tioconazol, isoconazol, cetoconazol) por 4 semanas, além de shampoos contendo sulfeto de selênio ou cetoconazol. Nos casos mais extensos ou resistentes, recomenda-se terapia sistêmica com itraconazol, fluconazol ou cetoconazol por 2 a 3 semanas. Antes de iniciar o tratamento sistêmico com imidazólicos, é importante solicitar exames de função hepática devido ao metabolismo hepático desses medicamentos. Também é necessário estar atento às interações medicamentosas, como a redução da eficácia de anticoncepcionais orais.
Como é realizado o diagnóstico da Pitiríase Versicolor e quais técnicas são utilizadas?
O diagnóstico da Pitiríase Versicolor é essencialmente clínico, podendo ser auxiliado pelo teste com a Lâmpada de Wood, que evidencia uma fluorescência amarelo-prateada nas áreas afetadas. A confirmação diagnóstica é feita através do exame micológico direto, onde são observadas leveduras arredondadas e pseudo-hifas com aspecto de “espaguete com almôndegas”. Em casos de dúvida diagnóstica, pode-se realizar uma cultura para identificar a espécie do fungo ou uma biópsia para exame anatomopatológico, que revela a presença de esporos e pseudo-hifas na camada córnea.
Quais medidas podem ser tomadas para prevenir recidivas da Pitiríase Versicolor?
Em casos recorrentes de difícil tratamento, pode ser necessário o uso de profilaxia com itraconazol 200 mg/mês ou cetoconazol 400 mg/mês durante 6 meses. Em situações raras, o uso de isotretinoína também pode ser indicado como uma opção de tratamento.
Como a foliculite pitirospórica se relaciona com as espécies de Malassezia e qual seu tratamento?
A foliculite pitirospórica é outra condição clínica frequentemente causada por espécies de Malassezia, comum em pacientes imunossuprimidos. Ela ocorre devido ao acometimento do folículo pilossebáceo pelo fungo, manifestando-se com pápulas e pústulas foliculares pruriginosas no tronco, braços, e região cervical. O diagnóstico é realizado através do exame micológico direto e o tratamento é semelhante ao da Pitiríase Versicolor.
O que é Tinea Nigra e qual é o agente causador?
Tinea Nigra é uma infecção fúngica superficial da pele, caracterizada pela presença de uma mácula única, bem delimitada e acastanhada, mais comum na região palmar, mas que também pode afetar outros locais. É causada pelo fungo pigmentado Hortaea werneckii, ocorrendo principalmente em climas tropicais e afetando sobretudo jovens.
Como é realizado o diagnóstico da Tinea Nigra?
O diagnóstico da Tinea Nigra é essencialmente clínico, confirmado através do exame micológico direto, que revela a presença de hifas septadas pigmentadas. Esta análise permite visualizar as características morfológicas do fungo diretamente da amostra coletada da pele do paciente.
Quais são os diagnósticos diferenciais importantes para a Tinea Nigra?
Os principais diagnósticos diferenciais para a Tinea Nigra incluem melanoma, nevo melanocítico e hiperpigmentação pós-inflamatória. Estas condições também podem apresentar alterações de pigmentação na pele, sendo fundamental a realização de um diagnóstico preciso para o tratamento adequado.
Qual é o tratamento indicado para a Tinea Nigra?
O tratamento para a Tinea Nigra geralmente envolve o uso de antifúngicos tópicos e agentes queratolíticos, que ajudam a remover as camadas superficiais da pele infectada pelo fungo, tratando a infecção e aliviando os sintomas.
O que é Piedra Preta e qual é o agente causador?
Piedra Preta é uma infecção fúngica que afeta os pelos, caracterizada pela formação de nódulos pretos, endurecidos e superficialmente aderentes às hastes dos cabelos, principalmente no couro cabeludo e na barba. O agente causador dessa condição é o fungo Piedraia hortae, sendo mais comumente encontrada na região da Amazônia.
Quais são as consequências da Piedra Preta para os cabelos afetados?
A principal consequência da Piedra Preta para os cabelos afetados é a possibilidade de quebra dos fios. Isso ocorre devido à presença dos nódulos endurecidos que se formam ao redor das hastes capilares, comprometendo a integridade e saúde dos cabelos.
Como é realizado o diagnóstico da Piedra Preta?
O diagnóstico da Piedra Preta é realizado através do exame micológico direto da haste capilar. Este exame permite a visualização direta dos nódulos fúngicos aderidos aos cabelos, facilitando a identificação da infecção pelo fungo Piedraia hortae.
Qual é o tratamento indicado para a Piedra Preta?
O tratamento para a Piedra Preta envolve inicialmente o corte dos cabelos afetados para remover os nódulos e impedir a progressão da infecção. Além disso, são indicados antifúngicos tópicos para tratar a infecção fúngica diretamente no couro cabeludo ou na área afetada da barba.
O que é Piedra Branca e qual é o agente causador?
Piedra Branca é uma infecção fúngica dos pelos, causada pelo fungo Trichosporon beigelii. É caracterizada pela formação de nódulos brancos ou castanho-claros, de consistência cremosa, que se formam ao redor das hastes dos pelos e são facilmente removíveis.
Quais regiões do corpo são mais afetadas pela Piedra Branca?
A Piedra Branca afeta principalmente os pelos da face, axilas e região pubiana, embora ocasionalmente possa também acometer o couro cabeludo.
Como é realizado o diagnóstico da Piedra Branca?
O diagnóstico da Piedra Branca é feito com base no exame micológico direto, que permite a visualização dos nódulos fúngicos nos pelos afetados, facilitando a identificação da infecção pelo fungo Trichosporon beigelii.
Qual é o tratamento indicado para a Piedra Branca?
O tratamento para a Piedra Branca consiste inicialmente na aplicação de produtos antifúngicos tópicos. Se não houver resposta ao tratamento tópico, pode ser recomendado o corte dos pelos afetados para ajudar na eliminação da infecção.
Quais são os principais diagnósticos diferenciais para a Piedra Branca?
Os diagnósticos diferenciais para a Piedra Branca incluem outras causas de nódulos na haste capilar, como pediculose (infestação por piolhos) e possivelmente outros distúrbios capilares que possam formar nódulos semelhantes. É importante considerar essas alternativas ao diagnosticar e tratar nódulos nos pelos.
O que são dermatofitoses e quais são os gêneros de fungos responsáveis por essas infecções?
Dermatofitoses são infecções fúngicas que afetam estruturas queratinizadas do corpo, como pele, cabelos e unhas. São causadas por fungos filamentosos pertencentes a três gêneros: Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton. Cada gênero inclui várias espécies com características clínicas específicas.
Como as dermatofitoses são classificadas com base em seu modo de transmissão?
As dermatofitoses são classificadas de acordo com o modo de transmissão em:
Antropofílicas: Transmissão ocorre entre humanos.
Zoofílicas: Transmissão de animais para humanos.
Geofílicas: Transmissão do solo para humanos ou animais.
Esta classificação impacta no aspecto clínico da lesão, com diferenças notáveis na apresentação das infecções.
Quais são os métodos de contágio das dermatofitoses?
O contágio das dermatofitoses pode ocorrer tanto por contato direto, seja interpessoal ou através de animais e solo, quanto indireto, por meio de fômites como pentes, banhos públicos, e bonés.
Como é realizado o diagnóstico das dermatofitoses?
O diagnóstico das dermatofitoses é essencialmente clínico, podendo ser auxiliado pelo exame com a Lâmpada de Wood, que revela fluorescência esverdeada em caso de infecção por Microsporum. O diagnóstico definitivo é feito através do exame micológico direto e cultura, que permite a visualização de hifas hialinas septadas.
Como a transmissão das dermatofitoses influencia as características clínicas das infecções?
Os fungos antropofílicos, por estarem mais adaptados aos seres humanos, geralmente causam múltiplas lesões com poucos sinais inflamatórios. Já os fungos zoofílicos e geofílicos tendem a manifestar-se como lesões únicas, bastante inflamatórias quando infectam humanos. Essa distinção ajuda a suspeitar do agente provável, embora o diagnóstico preciso da espécie dependa da realização de cultura.
O que é Tinea Capitis e quem geralmente é afetado?
Tinea Capitis é uma dermatofitose do couro cabeludo mais comum em crianças entre 6 a 10 anos, podendo causar epidemias em escolas. É rara em adultos, mas estes podem atuar como vetores de transmissão, especialmente quando cuidadores portam alguma forma de dermatofitose. É causada principalmente pelos fungos dos gêneros Microsporum e Trichophyton.
Quais são os principais agentes causadores de Tinea Capitis no Brasil?
No Brasil, os agentes mais frequentemente associados à Tinea Capitis são Microsporum canis e Trichophyton tonsurans. Estes fungos afetam o couro cabeludo, levando a alopecia focal e descamativa devido à quebra do cabelo na base.
Por que a Tinea Capitis é mais comum em crianças?
A Tinea Capitis é mais prevalente em crianças devido à menor atividade das glândulas sebáceas que, após a puberdade, começam a secretar ácidos graxos com propriedades inibitórias contra os fungos causadores da condição.