MICOSES SUP Flashcards

1
Q

O que são micoses e quais os tipos existentes?

A

Micoses são infecções causadas por fungos, que podem afetar diversas áreas do corpo.
Existem dois tipos principais de micoses:

Superficiais: Afetam a pele, unhas e cabelos, sem invadir tecidos mais profundos.

Profundas: Também conhecidas como sistêmicas, afetam órgãos internos e podem ser mais graves, requerendo tratamentos específicos e, em alguns casos, cirurgia.

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2
Q

Quais as consequências das micoses do couro cabeludo e como são tratadas?

A

As micoses do couro cabeludo podem levar à perda de cabelo, que pode ser reversível ou irreversível, dependendo da gravidade da infecção e do dano causado aos folículos pilosos. O tratamento clássico envolve o uso de griseofulvina, um antifúngico que ajuda a eliminar o fungo causador da infecção.

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3
Q

Como a esporotricose está relacionada a gatos e qual é o agente causador?

A

A esporotricose é uma micose que pode ser transmitida para humanos por meio de arranhões ou mordidas de gatos contaminados. O agente causador é o fungo Sporothrix schenckii, que pode ser encontrado na pele de gatos infectados. Este tipo de micose requer tratamento específico para evitar complicações.

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4
Q

Por que algumas micoses profundas podem requerer tratamento cirúrgico?

A

Micoses profundas, devido à sua capacidade de afetar órgãos internos e tecidos mais profundos, podem causar lesões ou abscessos que não são efetivamente tratados apenas com medicação. Nesses casos, o tratamento cirúrgico pode ser necessário para remover tecidos infectados ou drenar abscessos, complementando o tratamento antifúngico para garantir a recuperação do paciente.

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5
Q

O que diferencia os fungos de outros seres vivos e qual é a sua classificação no reino biológico?

A

Fungos são seres eucariotas, caracterizados por possuir um núcleo e membrana nuclear, classificados no reino Fungi. Eles podem ser tanto unicelulares quanto multicelulares e se destacam por terem parede celular composta de quitina. A capacidade de se desenvolver em diferentes formas, adaptando-se ao ambiente ou ao hospedeiro, é uma característica notável dos fungos.

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6
Q

Como as micoses cutâneas são classificadas e quais são suas características principais?

A

Micoses cutâneas podem ser classificadas como superficiais ou profundas (subcutâneas). As superficiais afetam apenas a camada externa da pele, enquanto as profundas invadem camadas mais internas da pele, podendo se estender para tecidos subjacentes. Essa classificação está baseada na profundidade da infecção fúngica na pele.

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7
Q

Explique as formas de desenvolvimento dos fungos e como elas se relacionam com as micoses cutâneas.

A

Fungos podem se desenvolver de duas formas principais:

Leveduriforme: Esta forma unicelular se reproduz assexuadamente por brotamento. Pode formar pseudo-hifas em situações de agressão, como uma adaptação ao ambiente hostil. A candidíase é um exemplo de micose causada por fungos nesta forma.

Filamentosa: Caracterizada por hifas, que são estruturas multicelulares em forma de tubo. Podem ser septadas ou não e se reproduzem por meio de esporos. São responsáveis por micoses superficiais e representam os fungos presentes no meio ambiente, como bolor e cogumelos.

Dimórficos: Estes fungos apresentam a capacidade de mudar de forma, sendo filamentosos a 25°C (condição do meio ambiente) e leveduriformes a 37°C (condição do hospedeiro). São intrinsecamente patogênicos, causando doenças ao invadir tecidos do hospedeiro. Exemplos incluem Histoplasma capsulatum, Sporothrix sp e Paracoccidioides brasiliensis.

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8
Q

Qual a importância dos fungos dimórficos nas micoses cutâneas e por que são considerados patogênicos por natureza?

A

Fungos dimórficos são de especial interesse médico porque sua capacidade de mudar de forma lhes permite adaptar-se e sobreviver tanto no meio ambiente quanto dentro de um hospedeiro. Essa habilidade os torna patogênicos por natureza, pois podem infectar o hospedeiro ao assumir a forma leveduriforme a 37°C, facilitando a invasão e colonização dos tecidos, levando a infecções. Eles estão associados a algumas das micoses cutâneas mais desafiadoras para tratar, destacando a necessidade de compreender seus ciclos de vida para desenvolver terapias eficazes.

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9
Q

Como a morfologia dos fungos auxilia no diagnóstico de micoses cutâneas?

A

Conhecer a morfologia dos fungos é crucial para a análise dos exames complementares, como o exame micológico direto e o anatomopatológico. Os fungos podem ser visualizados como colônias de leveduras ou como estruturas filamentosas, constituídas principalmente por hifas. A identificação de hifas verdadeiras ou pseudo-hifas pode orientar o diagnóstico de certas infecções fúngicas, como a candidíase, que é caracterizada pela presença de pseudo-hifas.

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10
Q

O que é o exame micológico direto e qual sua limitação?

A

O exame micológico direto é uma técnica utilizada para o diagnóstico rápido de infecções fúngicas, onde material biológico (raspado de pele, pelos ou unhas) é coletado e clarificado com KOH (hidróxido de potássio) para ser analisado sob microscópio. A principal limitação desse exame é que, embora permita a visualização dos fungos, não possibilita a definição exata da espécie causadora da infecção.

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11
Q

Como funciona o processo de cultura para identificação de fungos e qual sua importância?

A

O processo de cultura inicia com o crescimento do fungo em meio de Agar Sabouraud, um ambiente rico que favorece a proliferação. Posteriormente, para estimular a esporulação e possibilitar a identificação precisa da espécie, o fungo é transferido para meios de cultivo mais pobres em nutrientes, como Agar batata ou Agar fubá, que contêm principalmente carboidratos. Este método é crucial para definir a espécie do fungo e orientar o tratamento específico.

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12
Q

Qual a finalidade do exame anatomopatológico nas infecções fúngicas e como ele é realizado?

A

O exame anatomopatológico é utilizado em casos de dúvidas diagnósticas significativas, onde uma biópsia da lesão é realizada para obter uma amostra de tecido. A coloração por PAS (ácido periódico de Schiff) ou prata é empregada para destacar a presença de fungos na amostra. Este exame é particularmente útil para identificar fungos em tecidos, contribuindo para um diagnóstico preciso e, consequentemente, um tratamento mais adequado.

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13
Q

O que são micoses superficiais e quais tecidos elas afetam?

A

Micoses superficiais são infecções fúngicas limitadas aos tecidos queratinizados, afetando a camada mais superficial da pele (camada córnea), cabelos e unhas. Caracterizam-se por invadir apenas as partes externas do corpo sem atingir tecidos mais profundos.

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14
Q

Como as micoses superficiais são classificadas e quais são suas características?

A

As micoses superficiais são classificadas em dois grupos principais, com base na presença e intensidade da resposta inflamatória:

Micoses superficiais propriamente ditas: Incluem infecções com mínima ou nenhuma resposta inflamatória. Exemplos incluem pitiríase versicolor, piedra branca, piedra preta, e tinea nigra.

Micoses superficiais cutâneas e cutaneomucosas: Apresentam uma resposta inflamatória mais evidente. As principais doenças neste grupo são as dermatofitoses e candidíase.

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15
Q

Quais são os exemplos de micoses superficiais propriamente ditas e suas principais características?

A

Exemplos de micoses superficiais propriamente ditas incluem:
Pitiríase versicolor: Causada pelo fungo Malassezia spp., caracteriza-se por manchas descoloridas na pele que podem ser mais claras ou escuras que o tom natural da pele.
Piedra branca e piedra preta: Infecções fúngicas dos cabelos que se manifestam pela presença de nódulos duros nos fios, sendo causadas por diferentes tipos de fungos.
Tinea nigra: Causada pelo fungo Hortaea werneckii, apresenta-se como manchas escuras, geralmente nas palmas das mãos ou solas dos pés.

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16
Q

Quais as características das micoses superficiais cutâneas e cutaneomucosas e quais são os exemplos?

A

Este grupo de micoses superficiais cursa com uma resposta inflamatória mais evidente e pode afetar tanto a pele quanto as mucosas. Exemplos incluem:

Dermatofitoses: Infecções causadas por fungos dermatófitos que afetam a pele, cabelos e unhas, como as tineas (pé de atleta, tinea capitis, entre outros).

Candidíase: Causada por fungos do gênero Candida, pode afetar a pele, mucosas, unhas e áreas úmidas do corpo, provocando vermelhidão, coceira e desconforto.

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17
Q

O que é Pitiríase Versicolor e quais fungos estão associados a esta condição?

A

A Pitiríase Versicolor é uma infecção fúngica comum da pele, caracterizada pela presença de máculas e manchas com variações de coloração, causada principalmente pelas espécies de fungos Malassezia furfur e Malassezia globosa. Estes fungos, que são parte da microbiota normal da pele e possuem caráter oportunista, também estão envolvidos na patogênese de outras condições como dermatite seborreica e foliculite pitirospórica.

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18
Q

outras condições como dermatite seborreica e foliculite pitirospórica.
Por que a Pitiríase Versicolor é mais comum em climas quentes e úmidos?

A

A Pitiríase Versicolor é mais comum em climas quentes e úmidos devido às condições que favorecem o crescimento dos fungos Malassezia, como a hiperidrose (excesso de suor) e pele oleosa. Estes fungos são lipofílicos, utilizando ácidos graxos para nutrição, e proliferam melhor em ambientes úmidos e com maior produção de sebo.

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19
Q

Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento da Pitiríase Versicolor?

A

Os principais fatores de risco incluem hiperidrose, pele oleosa, imunodepressão, desnutrição e gravidez. Estes fatores aumentam a susceptibilidade do indivíduo ao crescimento excessivo dos fungos Malassezia na pele, levando ao desenvolvimento da infecção.

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20
Q

Como a Malassezia furfur afeta a coloração da pele na Pitiríase Versicolor?

A

A Malassezia furfur libera ácido azelaico, que tem a capacidade de inibir a formação de melanina na pele. Essa inibição resulta em lesões de várias colorações, como eritematosas, acastanhadas ou hipocrômicas (mais comum), explicando o nome “versicolor” (de várias cores) atribuído à condição.

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21
Q

Quais são as características clínicas da Pitiríase Versicolor?

A

As características clínicas incluem máculas e manchas confluentes hipo ou hipercrômicas com descamação furfurácea, que se tornam mais evidentes ao estirar a pele afetada (Sinal de Zireli). A infecção predomina em áreas seborreicas como face, região cervical, região superior do tronco e ombros, e áreas flexurais, poupando mucosas e regiões palmoplantares. Surge tipicamente após a puberdade, com o aumento do desenvolvimento das glândulas sebáceas.

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22
Q

Quais são os métodos utilizados no diagnóstico da Pitiríase Versicolor e como cada um contribui para a confirmação da doença?

A

O diagnóstico da Pitiríase Versicolor é essencialmente clínico, com o teste da Lâmpada de Wood servindo como um método auxiliar que revela uma fluorescência amarelo-prateada característica. A confirmação definitiva vem do exame micológico direto, que permite visualizar esporos e pseudo-hifas. Em casos de dúvida diagnóstica, a cultura dos fungos pode ajudar na identificação específica da espécie, e a biópsia para exame anatomopatológico pode revelar a presença de esporos e pseudo-hifas na camada córnea, corroborando o diagnóstico.

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23
Q

Como o diagnóstico diferencial da Pitiríase Versicolor é realizado?

A

O diagnóstico diferencial da Pitiríase Versicolor inclui condições que apresentam alterações na pigmentação da pele, como vitiligo, hipomelanose macular progressiva, pitiríase alba, hipopigmentação pós-inflamatória, e a papilomatose confluente e reticulada de Gougerot e Carteaud, entre outras. Essas condições são diferenciadas com base nas características clínicas, padrões de distribuição das lesões, e, quando necessário, resultados de exames complementares.

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24
Q

Quais são as opções de tratamento para a Pitiríase Versicolor e quais precauções devem ser tomadas?

A

O tratamento da Pitiríase Versicolor inclui o uso de antifúngicos imidazólicos tópicos (como tioconazol, isoconazol, cetoconazol) por 4 semanas, além de shampoos contendo sulfeto de selênio ou cetoconazol. Nos casos mais extensos ou resistentes, recomenda-se terapia sistêmica com itraconazol, fluconazol ou cetoconazol por 2 a 3 semanas. Antes de iniciar o tratamento sistêmico com imidazólicos, é importante solicitar exames de função hepática devido ao metabolismo hepático desses medicamentos. Também é necessário estar atento às interações medicamentosas, como a redução da eficácia de anticoncepcionais orais.

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25
Q

Como é realizado o diagnóstico da Pitiríase Versicolor e quais técnicas são utilizadas?

A

O diagnóstico da Pitiríase Versicolor é essencialmente clínico, podendo ser auxiliado pelo teste com a Lâmpada de Wood, que evidencia uma fluorescência amarelo-prateada nas áreas afetadas. A confirmação diagnóstica é feita através do exame micológico direto, onde são observadas leveduras arredondadas e pseudo-hifas com aspecto de “espaguete com almôndegas”. Em casos de dúvida diagnóstica, pode-se realizar uma cultura para identificar a espécie do fungo ou uma biópsia para exame anatomopatológico, que revela a presença de esporos e pseudo-hifas na camada córnea.

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26
Q

Quais medidas podem ser tomadas para prevenir recidivas da Pitiríase Versicolor?

A

Em casos recorrentes de difícil tratamento, pode ser necessário o uso de profilaxia com itraconazol 200 mg/mês ou cetoconazol 400 mg/mês durante 6 meses. Em situações raras, o uso de isotretinoína também pode ser indicado como uma opção de tratamento.

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27
Q

Como a foliculite pitirospórica se relaciona com as espécies de Malassezia e qual seu tratamento?

A

A foliculite pitirospórica é outra condição clínica frequentemente causada por espécies de Malassezia, comum em pacientes imunossuprimidos. Ela ocorre devido ao acometimento do folículo pilossebáceo pelo fungo, manifestando-se com pápulas e pústulas foliculares pruriginosas no tronco, braços, e região cervical. O diagnóstico é realizado através do exame micológico direto e o tratamento é semelhante ao da Pitiríase Versicolor.

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28
Q

O que é Tinea Nigra e qual é o agente causador?

A

Tinea Nigra é uma infecção fúngica superficial da pele, caracterizada pela presença de uma mácula única, bem delimitada e acastanhada, mais comum na região palmar, mas que também pode afetar outros locais. É causada pelo fungo pigmentado Hortaea werneckii, ocorrendo principalmente em climas tropicais e afetando sobretudo jovens.

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29
Q

Como é realizado o diagnóstico da Tinea Nigra?

A

O diagnóstico da Tinea Nigra é essencialmente clínico, confirmado através do exame micológico direto, que revela a presença de hifas septadas pigmentadas. Esta análise permite visualizar as características morfológicas do fungo diretamente da amostra coletada da pele do paciente.

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30
Q

Quais são os diagnósticos diferenciais importantes para a Tinea Nigra?

A

Os principais diagnósticos diferenciais para a Tinea Nigra incluem melanoma, nevo melanocítico e hiperpigmentação pós-inflamatória. Estas condições também podem apresentar alterações de pigmentação na pele, sendo fundamental a realização de um diagnóstico preciso para o tratamento adequado.

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31
Q

Qual é o tratamento indicado para a Tinea Nigra?

A

O tratamento para a Tinea Nigra geralmente envolve o uso de antifúngicos tópicos e agentes queratolíticos, que ajudam a remover as camadas superficiais da pele infectada pelo fungo, tratando a infecção e aliviando os sintomas.

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32
Q

O que é Piedra Preta e qual é o agente causador?

A

Piedra Preta é uma infecção fúngica que afeta os pelos, caracterizada pela formação de nódulos pretos, endurecidos e superficialmente aderentes às hastes dos cabelos, principalmente no couro cabeludo e na barba. O agente causador dessa condição é o fungo Piedraia hortae, sendo mais comumente encontrada na região da Amazônia.

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33
Q

Quais são as consequências da Piedra Preta para os cabelos afetados?

A

A principal consequência da Piedra Preta para os cabelos afetados é a possibilidade de quebra dos fios. Isso ocorre devido à presença dos nódulos endurecidos que se formam ao redor das hastes capilares, comprometendo a integridade e saúde dos cabelos.

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34
Q

Como é realizado o diagnóstico da Piedra Preta?

A

O diagnóstico da Piedra Preta é realizado através do exame micológico direto da haste capilar. Este exame permite a visualização direta dos nódulos fúngicos aderidos aos cabelos, facilitando a identificação da infecção pelo fungo Piedraia hortae.

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35
Q

Qual é o tratamento indicado para a Piedra Preta?

A

O tratamento para a Piedra Preta envolve inicialmente o corte dos cabelos afetados para remover os nódulos e impedir a progressão da infecção. Além disso, são indicados antifúngicos tópicos para tratar a infecção fúngica diretamente no couro cabeludo ou na área afetada da barba.

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36
Q

O que é Piedra Branca e qual é o agente causador?

A

Piedra Branca é uma infecção fúngica dos pelos, causada pelo fungo Trichosporon beigelii. É caracterizada pela formação de nódulos brancos ou castanho-claros, de consistência cremosa, que se formam ao redor das hastes dos pelos e são facilmente removíveis.

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37
Q

Quais regiões do corpo são mais afetadas pela Piedra Branca?

A

A Piedra Branca afeta principalmente os pelos da face, axilas e região pubiana, embora ocasionalmente possa também acometer o couro cabeludo.

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38
Q

Como é realizado o diagnóstico da Piedra Branca?

A

O diagnóstico da Piedra Branca é feito com base no exame micológico direto, que permite a visualização dos nódulos fúngicos nos pelos afetados, facilitando a identificação da infecção pelo fungo Trichosporon beigelii.

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39
Q

Qual é o tratamento indicado para a Piedra Branca?

A

O tratamento para a Piedra Branca consiste inicialmente na aplicação de produtos antifúngicos tópicos. Se não houver resposta ao tratamento tópico, pode ser recomendado o corte dos pelos afetados para ajudar na eliminação da infecção.

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40
Q

Quais são os principais diagnósticos diferenciais para a Piedra Branca?

A

Os diagnósticos diferenciais para a Piedra Branca incluem outras causas de nódulos na haste capilar, como pediculose (infestação por piolhos) e possivelmente outros distúrbios capilares que possam formar nódulos semelhantes. É importante considerar essas alternativas ao diagnosticar e tratar nódulos nos pelos.

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41
Q

O que são dermatofitoses e quais são os gêneros de fungos responsáveis por essas infecções?

A

Dermatofitoses são infecções fúngicas que afetam estruturas queratinizadas do corpo, como pele, cabelos e unhas. São causadas por fungos filamentosos pertencentes a três gêneros: Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton. Cada gênero inclui várias espécies com características clínicas específicas.

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42
Q

Como as dermatofitoses são classificadas com base em seu modo de transmissão?

A

As dermatofitoses são classificadas de acordo com o modo de transmissão em:
Antropofílicas: Transmissão ocorre entre humanos.
Zoofílicas: Transmissão de animais para humanos.
Geofílicas: Transmissão do solo para humanos ou animais.
Esta classificação impacta no aspecto clínico da lesão, com diferenças notáveis na apresentação das infecções.

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43
Q

Quais são os métodos de contágio das dermatofitoses?

A

O contágio das dermatofitoses pode ocorrer tanto por contato direto, seja interpessoal ou através de animais e solo, quanto indireto, por meio de fômites como pentes, banhos públicos, e bonés.

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44
Q

Como é realizado o diagnóstico das dermatofitoses?

A

O diagnóstico das dermatofitoses é essencialmente clínico, podendo ser auxiliado pelo exame com a Lâmpada de Wood, que revela fluorescência esverdeada em caso de infecção por Microsporum. O diagnóstico definitivo é feito através do exame micológico direto e cultura, que permite a visualização de hifas hialinas septadas.

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45
Q

Como a transmissão das dermatofitoses influencia as características clínicas das infecções?

A

Os fungos antropofílicos, por estarem mais adaptados aos seres humanos, geralmente causam múltiplas lesões com poucos sinais inflamatórios. Já os fungos zoofílicos e geofílicos tendem a manifestar-se como lesões únicas, bastante inflamatórias quando infectam humanos. Essa distinção ajuda a suspeitar do agente provável, embora o diagnóstico preciso da espécie dependa da realização de cultura.

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46
Q

O que é Tinea Capitis e quem geralmente é afetado?

A

Tinea Capitis é uma dermatofitose do couro cabeludo mais comum em crianças entre 6 a 10 anos, podendo causar epidemias em escolas. É rara em adultos, mas estes podem atuar como vetores de transmissão, especialmente quando cuidadores portam alguma forma de dermatofitose. É causada principalmente pelos fungos dos gêneros Microsporum e Trichophyton.

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46
Q

Quais são os principais agentes causadores de Tinea Capitis no Brasil?

A

No Brasil, os agentes mais frequentemente associados à Tinea Capitis são Microsporum canis e Trichophyton tonsurans. Estes fungos afetam o couro cabeludo, levando a alopecia focal e descamativa devido à quebra do cabelo na base.

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47
Q

Por que a Tinea Capitis é mais comum em crianças?

A

A Tinea Capitis é mais prevalente em crianças devido à menor atividade das glândulas sebáceas que, após a puberdade, começam a secretar ácidos graxos com propriedades inibitórias contra os fungos causadores da condição.

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48
Q

Quais são as variantes de Tinea Capitis e suas características?

A

Existem duas variantes principais de Tinea Capitis:

Tonsurante: Apresenta-se como uma placa de alopecia não cicatricial, com pelos quebrados (tonsurados) e descamação. Quando causada por Microsporum, resulta em uma grande área única de alopecia; quando secundária a Trichophyton, em várias áreas pequenas de alopecia.

Inflamatória (Quérion de Celsi): Caracterizada por uma placa elevada, dolorosa, com eritema, pústulas, e microabscessos que podem drenar pus. Geralmente causada por fungos zoofílicos ou geofílicos. A forma inflamatória pode também apresentar-se como favosa, causada por T. schoenleinii, com lesões crostosas amareladas e odor característico, podendo levar a alopecia cicatricial definitiva.

49
Q

Qual é o impacto da Tinea Capitis no couro cabeludo e quais as possíveis consequências?

A

A Tinea Capitis causa alopecia focal e descamativa devido à quebra dos cabelos na base. Enquanto a variante tonsurante geralmente leva a uma alopecia reversível, as formas inflamatórias como o Quérion de Celsi e a favosa podem causar alopecia cicatricial definitiva devido ao envolvimento dos folículos pilosos, resultando em perda permanente do cabelo nas áreas afetadas.

50
Q

Quais são os tipos de parasitismo associados à Tinea Capitis e quais fungos são exemplos de cada tipo?

A

Na Tinea Capitis, os dermatófitos podem promover dois tipos de parasitismo:

Endotrix: Os fungos localizam-se dentro da haste do pelo. Exemplos incluem Trichophyton tonsurans e Trichophyton schoenleinii.

Ectotrix: Os fungos encontram-se na superfície externa da haste do pelo. Exemplos incluem Microsporum canis e Microsporum gypseum.

51
Q

Qual é o tratamento recomendado para a Tinea Capitis e como ele varia de acordo com o tipo de fungo?

A

O tratamento da Tinea Capitis deve ser realizado com medicação sistêmica. Para infecções causadas por fungos que promovem parasitismo do tipo microspórico, recomenda-se o uso de griseofulvina, na dosagem de 15 a 20 mg/kg/dia por 6 a 12 semanas. Já para as tineas causadas por fungos do tipo tricofítico, a terbinafina é preferida, com dosagem de 3 a 6 mg/kg/dia por 4 a 8 semanas. O fluconazol é outra opção de tratamento. Medicamentos tópicos podem ser usados adicionalmente, mas como adjuvantes.

52
Q

Por que é importante examinar os contatos próximos e desinfectar possíveis fômites no tratamento da Tinea Capitis?

A

Examinar contatos próximos e desinfectar possíveis fômites, como chapéus, pentes e escovas, é crucial no tratamento da Tinea Capitis para evitar a reinfecção e a propagação do fungo. Considerando que a transmissão pode ocorrer tanto diretamente quanto indiretamente, medidas de controle ambiental são importantes para interromper o ciclo de transmissão e garantir a eficácia do tratamento.

53
Q

O que é Tinea Corporis e quais são os principais agentes causadores?

A

Tinea Corporis, popularmente conhecida como “impingem”, é uma infecção fúngica da pele causada por diversos dermatófitos. Os agentes mais comumente associados são Trichophyton rubrum, Trichophyton mentagrophytes e Microsporum canis. A infecção caracteriza-se por lesões na pele que podem afetar tronco e extremidades.

54
Q

Quais são as formas clínicas da Tinea Corporis e suas características?

A

Tinea Corporis pode apresentar-se em várias formas clínicas, incluindo:

Vesiculosa: Caracterizada pela presença de vesículas que tendem a se expandir de maneira centrífuga.

Anular: Lesões eritemato-papulosas que curam no centro, deixando bordas ativas e anulares.

Em placa: Placas eritemato-escamosas sem tendência à resolução central

55
Q

Como é realizado o diagnóstico da Tinea Corporis?

A

O diagnóstico da Tinea Corporis é feito através do exame micológico direto, que permite a visualização dos fungos presentes nas lesões cutâneas, facilitando a identificação do agente causador.

56
Q

Qual é o tratamento indicado para Tinea Corporis?

A

O tratamento da Tinea Corporis pode ser feito com antifúngicos tópicos ou sistêmicos, dependendo da extensão da infecção. O tratamento geralmente tem duração de 4 semanas, visando eliminar o fungo e aliviar os sintomas da infecção.

57
Q

O que é tinea incógnita e como pode ser causada?

A

Tinea incógnita é uma situação onde os sinais inflamatórios de uma lesão de Tinea Corporis estão ausentes devido ao uso inadequado de corticoides tópicos pelo paciente. Isso ocorre frequentemente quando pacientes recorrem à automedicação com “creminhos de corticoide”, resultando numa aparência de melhora falsa, sem que a infecção fúngica subjacente seja tratada.

58
Q

O que é Tinea Cruris e quais são seus principais agentes causadores?

A

Tinea Cruris, conhecida também como infecção fúngica das áreas inguinocrurais e perineais, é causada principalmente pelo fungo Trichophyton rubrum. Outros dermatófitos também podem estar envolvidos na sua etiologia. Caracteriza-se por ser extremamente pruriginosa e afeta mais frequentemente homens adultos, especialmente aqueles obesos ou com diabetes mellitus.

59
Q

Quais são as características clínicas da Tinea Cruris?

A

As lesões da Tinea Cruris apresentam-se como placas eritemato-escamosas bem demarcadas, podendo ocasionalmente exibir vesículas nas bordas. As áreas mais afetadas incluem as regiões inguinocrurais e perineais, sendo raro o acometimento da bolsa escrotal e do pênis.

60
Q

Quais são os diagnósticos diferenciais importantes para Tinea Cruris?

A

Os diagnósticos diferenciais para Tinea Cruris incluem psoríase invertida, eritrasma, intertrigo simples e intertrigo por Candida. Estas condições podem apresentar sintomas e lesões cutâneas similares, exigindo uma avaliação cuidadosa para um diagnóstico correto.

61
Q

Como é confirmado o diagnóstico de Tinea Cruris?

A

O diagnóstico de Tinea Cruris é confirmado através do exame micológico direto, que permite a visualização dos fungos causadores da infecção diretamente das lesões cutâneas, facilitando a identificação precisa do agente etiológico.

62
Q

Qual é o tratamento recomendado para Tinea Cruris?

A

O tratamento da Tinea Cruris é realizado com antifúngicos tópicos ou sistêmicos, dependendo da extensão e gravidade da infecção. O tratamento geralmente tem duração de 4 semanas e visa eliminar o fungo, aliviando os sintomas da infecção.

63
Q

Por que é importante examinar o corpo inteiro do paciente, incluindo pés e unhas, ao diagnosticar Tinea Cruris?

A

É importante examinar o corpo inteiro, incluindo pés e unhas, ao diagnosticar Tinea Cruris, pois essa condição é frequentemente associada à Tinea Pedis (pé de atleta). O contato das roupas com áreas infectadas pode facilitar a transmissão e disseminação dos fungos para outras partes do corpo. Uma avaliação completa ajuda a identificar outras lesões fúngicas e permite um tratamento mais abrangente.

64
Q

O que é Tinea Pedis e quais são seus principais agentes causadores?

A

Tinea Pedis, conhecida como frieira ou pé de atleta, é uma infecção fúngica dos pés, principalmente causada pelo Trichophyton rubrum. É mais comum em homens jovens e diabéticos e serve como porta de entrada para infecções bacterianas secundárias, como erisipela de repetição. O uso de sapatos fechados e andar descalço em locais públicos aumentam o risco de infecção.

65
Q

Quais são as variantes da Tinea Pedis e suas características?

A

Existem várias formas de apresentação da Tinea Pedis, incluindo:

Mocassim: Lesões eritemato-escamosas com pápulas nas bordas, restritas à área dos pés coberta por um mocassim, principalmente causadas por T. rubrum e E. floccosum.

Interdigital: Caracterizada por lesões maceradas, descamativas e com fissuras na região interdigital dos pés. Associada a T. mentagrophytes var. interdigitalis, T. rubrum e E. floccosum.

Inflamatória: Apresenta lesões vesiculares e bolhosas na região plantar, com T. mentagrophytes var. mentagrophytes como principal agente. Pode acompanhar-se de reações de hipersensibilidade a distância.

Ulcerativa: Extensão da forma interdigital com úlceras e erosões, frequentemente complicada por infecção bacteriana secundária. Agentes comuns incluem T. rubrum, T. mentagrophytes e E. floccosum.

66
Q

Como é realizado o diagnóstico da Tinea Pedis?

A

O diagnóstico de Tinea Pedis é confirmado pelo exame micológico direto, que permite a visualização dos fungos presentes nas lesões cutâneas. A identificação específica da espécie é feita por meio de cultura.

67
Q

Qual é o tratamento indicado para Tinea Pedis?

A

O tratamento da Tinea Pedis envolve o uso de antifúngicos tópicos ou sistêmicos durante 4 semanas. A escolha entre tratamento tópico ou sistêmico depende da extensão e gravidade da infecção, bem como da presença de complicações, como infecção bacteriana secundária.

68
Q

O que é Onicomicose e como é classificada?

A

Onicomicose é o termo utilizado para designar infecções fúngicas das unhas, causadas tanto por fungos dermatófitos (chamada de Tinea Unguium em 90% dos casos) quanto por outros fungos. A condição é mais comum em idosos e rara em crianças. Os principais dermatófitos relacionados são Trichophyton rubrum, Trichophyton mentagrophytes e Epidermophyton floccosum.

69
Q

Quais são as características clínicas da Onicomicose?

A

grossas, opacas, com tonalidade amarelada, sulcos e irregularidades. Existem três formas clínicas principais: subungueal distal lateral, branca superficial e subungueal proximal.

70
Q

Como é realizado o diagnóstico de Onicomicose?

A

Embora o diagnóstico clínico possa ser sugestivo, recomenda-se a realização do exame micológico direto e a cultura para identificar o agente causador antes de iniciar o tratamento. Isso ajuda a distinguir a Onicomicose de outras condições como trauma, psoríase e líquen plano ungueal.

71
Q

Qual é o tratamento recomendado para Onicomicose?

A

O tratamento da Onicomicose é prolongado, variando de 4 a 12 meses, e geralmente envolve a combinação de antifúngicos tópicos (como esmaltes e soluções de amorolfina ou ciclopirox olamina) e sistêmicos. Os antifúngicos sistêmicos são recomendados quando mais de 30% da unha está acometida e/ou múltiplas unhas são afetadas, sendo a terbinafina e o itraconazol as medicações de escolha. O fluconazol é mais eficaz contra infecções por Candida do que para dermatófitos.

72
Q

Quais precauções são recomendadas para pacientes com Tinea Pedis e Onicomicose?

A

Para pacientes com Tinea Pedis e Onicomicose, é importante orientar o uso diário de talcos ou cremes antifúngicos, aplicação de gel antisséptico, corte frequente das unhas e descarte de sapatos muito velhos, que podem ser fonte de reinfecção. Essas medidas ajudam a prevenir a propagação da infecção e reinfecções.

73
Q

O que é Candidíase e qual é o agente causador mais comum?

A

Candidíase é uma infecção causada pelo gênero de leveduras Candida, sendo a Candida albicans a espécie mais comumente encontrada. Este microrganismo é capaz de causar tanto infecções cutâneas quanto sistêmicas. Embora a Candida faça parte da microbiota normal da pele e das mucosas humanas, certas condições podem torná-la patogênica.

74
Q

Quais condições específicas podem levar a Candida a se tornar patogênica?

A

Condições que favorecem a patogenicidade da Candida incluem imunossupressão, ambientes úmidos, uso prolongado de antibióticos e de anticoncepcionais orais. Esses fatores podem alterar o equilíbrio normal da microbiota, permitindo a proliferação excessiva de Candida, que passa a produzir esporos e pseudo-hifas, causando infecção.

75
Q

Em que situações a candidíase cutânea é mais frequente?

A

A candidíase cutânea é frequentemente associada à dermatite de fraldas em bebês, em pacientes cronicamente acamados (candidíase de decúbito), e em áreas de pele ocluída por curativos ou gesso. Áreas quentes e úmidas do corpo, como as dobras cutâneas, são particularmente propensas à proliferação fúngica.

76
Q

Por que áreas quentes e úmidas são propícias para a proliferação de Candida?

A

Áreas quentes e úmidas criam um ambiente ideal para a proliferação de fungos como a Candida, uma vez que essas condições favorecem seu crescimento e reprodução. A umidade elevada e a temperatura facilitam a quebra da barreira cutânea e diminuem as defesas locais da pele, permitindo que a Candida se multiplique e cause infecção.

77
Q

Quais são as formas de apresentação da candidíase?

A

Oral (sapinho): Forma comum, especialmente em imunossuprimidos, lactentes, e idosos com prótese dentária, caracterizada por placas esbranquiçadas removíveis.

Genital: Apresenta-se com leucorreia, pápulas, placas eritematosas e pruriginosas, e pústulas nas regiões genital e vulvar em mulheres e no prepúcio e glande em homens.

Intertriginosa: Afeta dobras axilares, inguinais, inframamárias e interglúteas, com presença de colarete córneo e lesões satélite.

Interdigital: Caracterizada por erosão, eritema, pústulas e maceração na região interdigital, podendo estar associada a paroníquia.

Sistêmica: Formas graves, como candidemia, geralmente em indivíduos imunossuprimidos.

78
Q

Como é realizado o diagnóstico da candidíase?

A

Apesar do diagnóstico clínico ser sugestivo, é recomendado realizar exame micológico direto e cultura para identificar o agente patogênico específico antes de iniciar o tratamento. Esses exames permitem uma identificação precisa da espécie de Candida envolvida.

79
Q

Qual é o tratamento indicado para candidíase?

A

O tratamento da candidíase varia conforme a localização e gravidade da infecção, incluindo antifúngicos tópicos, como nistatina em solução oral ou creme, para infecções menos graves, e antifúngicos sistêmicos, como fluconazol, para casos mais extensos ou sistêmicos.

80
Q

O que é esporotricose e qual é o agente causador?

A

Esporotricose é uma infecção fúngica subcutânea causada pelo fungo dimórfico Sporotrix schenckii. É conhecida como a micose subcutânea mais comum do mundo, tendo sido mais prevalente em áreas rurais, mas atualmente mais comum em zonas urbanas, especialmente devido ao aumento de casos relacionados a gatos.

80
Q

Como ocorre a transmissão da esporotricose?

A

A transmissão da esporotricose ocorre principalmente através da inoculação traumática do fungo na pele, mas também pode acontecer por aspiração ou ingestão. Após a inoculação, o fungo se dissemina por via linfática.

80
Q

Quais são as formas clínicas da esporotricose?

A

As formas clínicas da esporotricose incluem:

Cutâneo linfática (80%): Caracteriza-se pela formação de um nódulo no local de inoculação, seguindo o trajeto linfático e formando nódulos indolores, conhecidos como “linfangite em rosário”, podendo ocorrer ulceração central dos nódulos.

Cutâneo localizada: Apresenta-se como uma pápula ou nódulo apenas no ponto de inoculação, sem linfangite, podendo ulcerar ou assumir um aspecto verrucoso.
Cutâneo disseminada: Forma rara que afeta principalmente indivíduos imunossuprimidos, como os portadores do vírus HIV, caracterizada pela disseminação hematogênica e acometimento difuso da pele.

Extracutânea: Também rara, ocorre mais frequentemente em imunossuprimidos, através da ingestão ou inalação do fungo, levando à disseminação hematogênica e acometimento de órgãos internos, especialmente articulações.

81
Q

Qual é o tratamento para a esporotricose?

A

O tratamento da esporotricose varia de acordo com a forma clínica da doença e o estado imunológico do paciente. Geralmente, envolve o uso de antifúngicos, como o itraconazol, para as formas cutâneas e disseminadas. Em casos de acometimento extracutâneo ou em pacientes imunossuprimidos, pode ser necessário um tratamento mais agressivo e prolongado, incluindo outras opções de antifúngicos sistêmicos. A identificação precisa da forma clínica e a avaliação do estado imunológico do paciente são essenciais para definir a abordagem terapêutica mais adequada.

82
Q

Quando uma lesão verrucosa é observada, com quais outras doenças o diagnóstico diferencial da esporotricose deve ser feito?

A

O diagnóstico diferencial de uma lesão verrucosa na esporotricose deve incluir outras doenças da síndrome PLECT, que são Paracoccidioidomicose, Leishmaniose, Esporotricose, Cromomicose e Tuberculose. Estas condições podem apresentar manifestações clínicas semelhantes, necessitando de avaliação cuidadosa para um diagnóstico correto.

83
Q

Como é realizado o diagnóstico da esporotricose?

A

O diagnóstico da esporotricose é baseado no exame clínico, exame micológico direto (geralmente negativo), e cultura (considerada a mais importante). Na biópsia, observa-se uma dermatite granulomatosa na derme, com a presença ocasional de esporos em formato de charuto e corpúsculo asteroide (anticorpos ao redor dos fungos). A reação intradérmica à esporotriquina, que avalia a resposta imune do paciente, é sempre positiva nas formas localizadas da doença e na esporotricose como infecção sem desenvolvimento da doença.

84
Q

Qual é o tratamento indicado para a esporotricose?

A

O tratamento da esporotricose é feito com itraconazol via oral ou iodeto de potássio via oral. Nas formas graves da doença ou em gestantes, opta-se pelo uso de anfotericina B, devido ao seu potencial para tratar infecções fúngicas graves, apesar dos seus possíveis efeitos colaterais significativos.

85
Q

Por que é importante considerar a história de exposição ocupacional no diagnóstico da esporotricose?

A

A história de exposição ocupacional é importante no diagnóstico da esporotricose, pois trabalhadores rurais, jardineiros e floristas estão entre os grupos comumente afetados devido ao contato frequente com solo, plantas ou materiais que podem estar contaminados pelo Sporotrix schenckii. Adicionalmente, tem-se observado uma epidemia de esporotricose em algumas regiões, como o Rio de Janeiro, Brasil, onde a transmissão por animais, principalmente gatos, tem sido uma fonte significativa de infecção.

86
Q

O que é cromomicose e quais fungos são os principais agentes causadores?

A

Cromomicose é uma micose profunda crônica causada por fungos demáceos, que produzem pigmento melânico. É principalmente causada pelos fungos Fonsecaea pedrosoi e Cladosporium carrionii. O contágio ocorre por inoculação traumática direta, sendo mais prevalente em trabalhadores rurais. Não há transmissão de pessoa para pessoa.

87
Q

Como a cromomicose é clinicamente caracterizada?

A

Clinicamente, a cromomicose inicia-se como uma pápula verrucosa que pode progredir para uma placa verrucosa com “black dots” (áreas de eliminação de fungo), frequentemente assumindo uma configuração anular. As lesões geralmente ocorrem nas extremidades e são assintomáticas.

88
Q

Quais são as principais complicações associadas à cromomicose?

A

As complicações mais frequentes da cromomicose incluem infecção bacteriana secundária, transformação carcinomatosa para carcinoma espinocelular e deformidades no membro afetado.

89
Q

Como é realizado o diagnóstico da cromomicose?

A

O diagnóstico da cromomicose é feito através do exame micológico direto, que permite visualizar corpos arredondados e pigmentados, cultura de fungos e biópsia com exame anatomopatológico, onde se observa hiperplasia pseudoepiteliomatosa e a presença de corpos muriformes, também conhecidos como corpos fumagoides ou com formato de amora.

90
Q

Qual é o tratamento recomendado para a cromomicose?

A

Para formas localizadas da cromomicose, prefere-se a exérese da lesão ou destruição por crioterapia ou eletrocoagulação. Em casos mais extensos, o tratamento envolve o uso de antifúngicos sistêmicos como itraconazol via oral ou anfotericina B, isoladamente ou combinados com métodos cirúrgicos e tópicos, como imiquimode. O tratamento pode ser desafiador e de longa duração.

91
Q

O que é lobomicose e qual é o agente causador?

A

Lobomicose, também conhecida como Doença de Jorge Lobo, lacaziose ou blastomicose queiloideana, é uma infecção fúngica crônica causada pelo fungo Loboa loboi. O Brasil, especialmente a região da Amazônia, registra o maior número de casos no mundo. Esta doença afeta humanos e também pode acometer golfinhos.

92
Q

Como ocorre o contágio da lobomicose?

A

O contágio da lobomicose ocorre por inoculação traumática direta do fungo, frequentemente afetando o lobo auricular e os membros inferiores. A transmissão acontece quando há contato direto com o fungo em ambientes naturais ou possivelmente através de lesões na pele.

93
Q

Quais são as manifestações clínicas da lobomicose?

A

A lobomicose se manifesta clinicamente por nódulos semelhantes a queloides que tendem a coalescer. Estas lesões são geralmente unilaterais e assintomáticas. A aparência exuberante e a localização das lesões podem variar, mas elas não costumam causar dor ou desconforto significativo para o paciente.

94
Q

Como é realizado o diagnóstico da lobomicose?

A

O diagnóstico da lobomicose é feito clinicamente e confirmado por exame micológico direto, que revela estruturas arredondadas com parede dupla com melanina, refringentes e dispostas em cadeia, e por biópsia, que mostra dermatite granulomatosa com a presença do fungo. Importante destacar que o agente causador da lobomicose, Loboa loboi, não cresce em meio de cultura.

95
Q

Qual é o tratamento indicado para lobomicose?

A

O tratamento da lobomicose é predominantemente cirúrgico, pois nenhum antifúngico demonstrou boa resposta terapêutica. A remoção cirúrgica das lesões é a principal abordagem para controlar a doença, embora o tratamento possa ser desafiador, especialmente em casos com lesões extensas ou em locais de difícil acesso cirúrgico.

96
Q

O que são micetomas e como são categorizados?

A

Micetomas são infecções da derme e do tecido subcutâneo caracterizadas pela formação de fístulas e drenagem de grãos. São categorizados em três tipos:

Actinomicetomas: Causados principalmente por bactérias anaeróbias Gram positivas, como Actinomyces israelii (forma endógena), ou por actinomicetos aeróbios, como Nocardia brasiliensis (forma exógena).

Eumicetomas: Causados por várias espécies de fungos, incluindo Acremonium, Madurella e Exophiala.

Botriomicose: Caracterizada pela presença de bactérias como Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa formando tumorações fistulosas com drenagem de grãos.

97
Q

Quais são as vias de contágio para micetomas e quem geralmente é afetado?

A

O contágio dos micetomas ocorre principalmente por inoculação traumática direta, frequentemente nos pés. A condição é mais comum em homens jovens da zona rural, etilistas graves e desnutridos.

98
Q

Como se apresenta clinicamente um micetoma?

A

Clinicamente, os micetomas apresentam-se com aumento de volume (massa endurecida), fístulas e eliminação de grãos, que são colônias do agente etiológico. Surpreendentemente, a dor associada é desproporcionalmente menor do que o esperado pelo aspecto da lesão. A infecção pode estender-se até o osso.

99
Q

Como é realizado o diagnóstico de micetoma?

A

O diagnóstico de micetoma é feito pela identificação do agente causal, seja através da coloração dos grãos em exame direto, por meio de culturas, ou do exame anatomopatológico. Exames de imagem, como ressonância magnética, ultrassonografia ou cintilografia óssea, podem ser indicados para avaliar a extensão da infecção.

100
Q

Qual é o tratamento para micetoma e como ele varia de acordo com o agente causal?

A

O tratamento do micetoma varia de acordo com o agente causal:

Para bactérias: O tratamento inclui o uso de Bactrim (cotrimoxazol) por 6 meses. Em formas graves, pode ser adicionado Bactrim mais ciclos de amicacina.

Para fungos: Recomenda-se o uso de itraconazol por 6 meses. Em alguns casos, podem ser necessárias medidas cirúrgicas para remover a massa infectada ou drenar as fístulas.

101
Q

quais são os tipos de micoses que acometem técidos queratinizados somente

A
102
Q

quais são os tipos de micoses que acometem técidos queratinizados, cutâneas e mucocutâneas

A
103
Q

quais são os tipos de micoses que acometem técidos subcutâneos

A
104
Q

que tipo de micose é essa

A

micose superficial pitriase versicolor, onde teremos o sinal de zileri positivo

105
Q

que tipo de micose é essa

A

tinea nigra, com aspecto castanho bem delimitado

106
Q

que tipo de micose é essa

A

tineas, onde a micose vai atingir os técidos cut
âneos e ou mucocuntanêo

107
Q

que tipo de micose é essa

A

tineas captis

108
Q

que tipo de micose é essa

A

tinea cruris

109
Q

que tipo de micose é essa

A

tinea pedis

110
Q

que tipo de micose é essa

A

onicomicose superficial

111
Q

que tipo de micose é essa

A

onicomicose proximal

112
Q

que tipo de micose é essa

A

onicomicose distal

113
Q

que tipo de micose é essa

A

candidíase oral

114
Q

que tipo de micose é essa

A

candiase genito-inguinal

115
Q

que tipo de micose é essa

A

esporotricose, ulcera, com bordas elevadas, linfangite

116
Q

que tipo de micose é essa

A

cromomicose, fungos demasio que forma placas verrucosas

117
Q

que tipo de lesão é essa

A

lobomicose, onde teremos nódulos quelodianos

118
Q

que tipo de micose é essa

A

micetomas, tumor que elimina grãos