Psicologia clínica e da saúde Flashcards
Quais são as diferenças de profissionais de saúde mental?
Psiquiatras e neurologistas: médicos com especialização, podem prescrever medicamentos e tratamentos médicos. Psicólogos devem remeter pacientes para esses profissionais quando necessário.
Psicoterapeutas: pós-graduação em psicoterapias, podendo ser realizada por psicólogos, enfermeiros, médicos, etc..
Coach: título não regulamentado, treino tipicamente de curta duração.
Psicólogo clínico: licenciatura (180 ECTS) 3 anos + mestrado (120 ECTS) 2 anos com estágio académico e tese + estágio profissional OPP (ano júnior - estágio pago com supervisor inscrito na ordem há mais de 5 anos) - com isto somos só psicólogos (sem especialização).
Quando surgiu a psicologia clínica?
A psicologia clínica surgiu oficialmente em 1896 com a fundação da primeira clínica psicológica por Lightner Witmer na Universidade da Pensilvânia. Witmer cunhou o termo “psicologia clínica” e iniciou práticas de avaliação e intervenção psicológica, inicialmente focadas em crianças com dificuldades de aprendizagem.
Quem impulsionou o campo da psicologia clínica?
Freud e Bruner.
Por que é que entre a primeira guerra mundial e a segunda guerra mundial eram chamados tantos psicólogos clínicos?
Entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, psicólogos clínicos eram chamados para ajudar na seleção e preparação de soldados, assim como para fornecer tratamento para aqueles que retornavam com traumas de guerra.
Por que é que após a segunda guerra mundial eram chamados tantos psicólogos clínicos?
houve uma explosão na demanda por psicólogos clínicos, impulsionada pelo grande número de veteranos de guerra que precisavam de tratamento para PSPT e outras perturbações psicológicas; mudanças sociais;
Relativamente à investigação sobre a eficácia da psicoterapia, no que consistiu a primeira fase?
Consistiu na legitimização. Eyesenck realizou um estudo que concluiu que os pacientes que recebiam mais psicoterapia apresentavam piores resultados (tipicamente quem recebe mais psicoterapia apresenta quadros clínicos mais graves, dai os piores resultados). Depois, Para validar a eficácia da psicoterapia e assegurar sua legitimidade, foram realizados ensaios clínicos com distribuição aleatória das pessoas por condições (melhor metodologia) que demonstraram que as intervenções psicoterapêuticas são mais eficazes do que a ausência de intervenção.
Relativamente à investigação sobre a eficácia da psicoterapia, no que consistiu a segunda fase?
Comparação entre terapias na generalidade. Nos anos 70, Luborsky, Singer & Luborsky publicaram a metaanálise: Veredicto do Pássaro Dodo: “Todos ganham todos merecem prémios”, concluindo que concluem que não existem diferenças significativas em termos de eficácia global dos diversos modelos terapêuticos.
Relativamente à investigação sobre a eficácia da psicoterapia, no que consistiu a terceira fase?
Comparação entre terapias para problemas específicos (Que intervenções eficazes para este paciente com que problema específico, e em que conjunto de circunstâncias?). Duas perspetivas antagónicas surgem (grande debate em psicoterapia): fatores comuns e fatores específicos.
Relativamente à investigação sobre a eficácia da psicoterapia, no que consistiu a quarta fase?
Processos e mecanismos de mudanças (Como é eficaz?). Castonguay e Beutler (2005) identificaram princípios de mudança empiricamente validados [e.g. aliança terapêutica, restruturação cognitiva, exposição]. Adicionalmente, o integracionismo e o ecleticismo ganharam popularidade, reconhecendo que não existe uma única abordagem terapêutica que seja eficaz para todos os clientes ou todos os problemas
Em que consiste o modelo genérico da psicoterapia?
O modelo genérico de psicoterapia integra variáveis de entrada (input), processo e saída (output) para descrever como a psicoterapia funciona em diferentes níveis.
Quais são as variáveis de input, variáveis de processo e variáveis de output?
(1) Variáveis de input - terapeuta, paciente e societais.
(2) Variáveis do processo: modelo de tratamento, operações terapêuticas e vínculo/aliança terapêutica.
(3) Variáveis de output: resultados pós-sessão; resultados societais.
Quais são os cinco fatores comuns às abordagens terapêuticas?
Características associadas ao cliente, características associadas ao psicoterapeuta, especificidades da relação terapêutica, processos terapêuticos e características do contexto psicoterapêuticos.
O processo de mudança na psicoterapia é dividido em quatro fases. Que fases são essas?
Relação, exploração, insight e ação.
O que é a escuta ativa?
A escuta ativa é uma técnica utilizada pro todos os modelos de psicoterapia no sentido de estabelecimento da relação, mas também ao longo de todo o processo.
Quais são as três etapas da escuta ativa?
Receber mensagem; processar a mensagem e enviar a mensagem.
Porque é que é tão importante ouvir como psicólogo?
↬ O testemunho da partilha do/a cliente é um especial privilégio da profissão!
↬ É esperado que um/a psicólogo/a oiça o/a cliente, i.e., faz parte das expectativas de quem nos procura (talvez a mais comum das expectativas).
↬ Alguns autores defendem que o sentimento de perda quando não somos verdadeiramente ouvidos pelo outro é maior e mais grave quando esta falha na escuta ativa acontece numa relação com a qual contávamos para sermos ouvidos, como é o caso da relação terapêutica
Quais são as 4 técnicas de escuta ativa?
Clarificação: é uma questão aberta destinada a esclarecer uma ambiguidade na mensagem do cliente;
Paráfrase – refraseamento das palavras e pensamentos principais da cliente e sobre a cliente [uma reflexão de conteúdo;
Reflexão de sentimentos - refraseamento da componente afetiva da mensagem do cliente, isto é, a ênfase é na identificação do tom emocional (repetindo ou inferindo).
Resumo – sumariar a mensagem do cliente, juntando aspetos emocionais e de conteúdo que sugerem um padrão ou consistência (tema).
Quais são as 4 abordagens teóricas da psicoterapia?
Psicanalíticos e Psicodinâmicos- Modelos inicialmente desenvolvidos por Sigmund Freud (1856-1939), procuram compreender como motivações, conflitos e defesas inconscientes contribuem para a construção da personalidade.
(2) Cognitivo-comportamentais- O modelo comportamental baseia-se na ideia de que os comportamentos são adquiridos através de condicionamento que ocorre na interação com o meio ambiente.
(3) Humanistas- Os modelos humanistas enfatizam a abordagem centrada no indivíduo, focando-se no crescimento pessoal e autorrealização.
(4) Sistémicos + Terapias integrativas e ecléticas- A abordagem sistémica foca-se nos sistemas de relações, como famílias, casais ou grupos (e não apenas no indivíduo). A abordagens ecléticas procuram utilizar técnicas de diferentes tradições da psicoterapia [sem modelo teórico subjacente], enquanto as abordagens integrativas procuram desenvolver modelos teóricos que integrem conceitos e técnicas das várias tradições [coesão teórica].
Qual o objetivo dos mecanismos de defesa do modelo psicodinâmico e que mecanismos existem?
Objetivo: mecanismo automáticos e inconscientes cujo objetivo é proteger de emoções disruptivas causadas por conflito interno.
Repressão, negação, projeção, deslocamento, racionalização, formação reativa, regressão, sublimação, identificação, supressão, isolamento afetivo e humor.
Quais são os pressupostos centrais dos modelos psicodinâmicos?
Motivações e impulsos inconscientes; estádios de desenvolvimento; importância da vinculação e das figuras de vinculação; relações objetais; importância no desenvolvimento precoce.
Quais são os objetivos terapêuticos do modelo psicodinâmico?
Tornar o inconsciente consciente; resolução de conflitos internos; restruturação da personalidade;
Que técnicas são utilizadas no processo psicoterapêutico? Que tipo de aplicações são possíveis?
Interpretação da transferência; interpretação da resistência; análise dos sonhos; associação livre.
Técnicas: Psicanálise - processo a longo prazo de autoexploração; Psicanálise didática– parte da formação para se tornar psicanalista ; Terapias dinâmicas breves - autoexploração e promoção de insight.
Limitações: Inequação em situações de risco imediato; Algumas abordagens psicodinâmicas tradicionais mantêm uma visão binária e rígida do género e da sexualidade.
O que podemos dizer sobre a aplicação de técnicas psicoterapêuticas em perturbações dissociativas?
Aplicação em perturbações dissociativas: As perturbações dissociativas representam uma falha na integração de vários aspetos da identidade, consciência e memória. A maioria das teorias sobre a etiologia das perturbações dissociativas relaciona-se com traumas precoces Os tratamentos para as perturbações dissociativas estão relativamente pouco desenvolvidos e os mais populares são as terapias psicodinâmicas e a hipnoterapia Fatores riscos: abuso infantil (físico e sexual) e situações traumáticas ou de estremo stress. Causa = repressão: a repressão é um mecanismo de defesa do ego que ajuda a suprimir as memórias dolorosas e a evitar que os pensamentos stressantes entrem na consciência. Existem algumas provas que sugerem que os indivíduos com perturbações dissociativas experimentam menos conflitos e ansiedade do que os que sofrem de outras perturbações.
Quais são os pressupostos dos modelos humanisticos?
Pressupostos: A pessoa é um todo indissociável, onde o biológico, o psicológico, o relacional, o social e o espiritual/existencial estão em constante interação; A pessoa possui um potencial intrínseco para se atualizar a desenvolver de forma harmoniosa em relação com os outros e com o meio: O ser humano é entendido como uma “estrutura em processo”, um ser em constante evolução e em constante interação com o meio.
Quais são os objetivos terapêuticos dos modelos humanísticos?
Pressupostos?
Quais são as principais técnicas?
Limitações?
Objetivos: (a) criar ambiente seguro - espaço terapêutico, acolhedor, empático e não julgador que permita ao cliente explorar livremente seus pensamentos e emoções; (b) facilitação do desenvolvimento pessoal e realização do cliente; (c) tomada de consciência da liberdade pessoal - ajudar o cliente a reconhecer a sua capacidade de escolha e a assumir responsabilidade pela suas decisões e ações.
Pressupostos: A pessoa é um todo indissociável, onde o biológico, o psicológico, o relacional, o social e o espiritual/existencial estão em constante interação; A pessoa possui um potencial intrínseco para se atualizar a desenvolver de forma harmoniosa em relação com os outros e com o meio; O ser humano é entendido como uma “estrutura em processo”, um ser em constante evolução e em constante interação com o meio.
Técnicas: Promoção da relação/empatia; técnicas de expressão emocional e ênfase no aqui e no agora.
Limitações: capacidade de reflexão limitada; situações de risco e crimes.
Qual é o papel do psicólogo?
O papel do psicólogo da saúde é fundamental em ajudar as pessoas a lidar com o stress e os acontecimentos stressantes em diferentes níveis: individual, interpessoal, intergrupal, comunitário.
Os processos sociocognitivos também influenciam os comportamentos de saúde, identificação de sintomas, processos de coping e processos de adaptação à doença e o stress. Quais são as principais associações, mecanismos explicativos e perceções de controlo?
Otimismo;
Mecanismos: (a) atribuições causais e comportamentos de saúde; (b) avaliações primárias e secundárias; (c) estratégias de coping e modelo transacional de stress.
Perceções de controlo: (a) crenças estratégia; (b) crenças de controlo; (c) crenças de capacidade.
✦ Auto-eficácia (teoria sociocognitiva de Bandura) - crença de que o próprio é capaz de realizar as ações necessárias para atingir determinados objetivos.
Quais são as condições crónicas?
Quais são as etapas da doença?
Ciclos de remissão/recaída; comorbilidade; impossibilidade de cura; mau prognóstico; temporalidade.
Etapas: experiências de sintomas; assunção do papel de doente; contacto com cuidados médicos; atendimento clínico dependente e recuperação.
Embora a maioria das pessoas tenha sinais ou sintomas de doença em alguma fase da sua vida, nem todas recorrem ao sistema de saúde devido a três fatores. Quais fatores são esses?
(1) perceção de sintomas; (2) interpretação dos sintomas como doença; (3) planeamento e ação.
Quais são os fatores a que a perceção de sintomas está sujeita?
Em que consiste a teoria da auto-regulação da doença?
Fatores: Características dos sintomas; fatores atencionais; influências sociais; diferenças individuais.
Teoria da auto-regulação da doença:
Pressupostos: a identificação de uma doença põe em causa o equilíbrio físico e psicológico de um indivíduo, sendo iniciando um processo que visa restabelecer esse equilíbrio através de mecanismos de coping – auto-regulação.
As representações das doenças (e.g., diferença entre HIV e gripe) são aprendidas através de experiências pessoais e vicariantes e permitem a interpretação dos sintomas, sendo os sintomas mais prototípicos mais rapidamente diagnosticados. As dimensões das representações da doença são causas, consequências, controlo/cura, duração e identidade.
Quais são as principais funções da comunicação centrada no paciente?
Elicitação da perspetiva do paciente; Facilitação da estrutura e aspetos técnicos das consulta; Transmissão de informação técnica e comportamental de forma simples e clara; Participação na comunicação e tomada de decisão; Recetividade às emoções e necessidades do paciente.
Quais são os princípios dos modelos cognitivo-comportamentais? E quais são as limitações?
Princípios:
✾ Os fenómenos psíquicos são melhor estudados e descritos ao nível do comportamento observável.
✾ O comportamento humano é determinado por um processo de condicionamento a vários níveis
✾ A ideia de que todo o comportamento –normal ou patológico – é moldado segundo os mesmos princípios, não havendo distinção fundamental entre a pessoa doente a pessoa sã no seu estatuto global.
✾ O comportamento patológico pode ser tratado através de intervenções que se baseiam nos princípios da aprendizagem humana e o indivíduo pode ser levado à mudança por modificação de experiências ou treino das suas competências adaptativas
Limitações:
Inadequação na explicação de psicopatologias complexas; Base experimental vs. aplicação na vida real; Dificuldade em verificar históricos de aprendizagem; Negligência dos fatores cognitivos.
Como se descreve a teoria cognitiva-comportamental?
A Terapia Cognitiva-Comportamental (TCC) é uma abordagem desenvolvida por Aaron Beck e Albert Ellis que combina princípios das terapias comportamentais e cognitivas para tratar uma variedade de problemas psicológicos. É baseada na ideia de que pensamentos, sentimentos e comportamentos estão interligados e que mudanças em um desses componentes podem influenciar os outros.
Quais são os objetivos terapêuticos da TCC?
Objetivos Terapêuticos: (a) diminuir comportamentos não-adaptativos; (b) aprender padrões de comportamento adaptativos; (c) regulação emocional, cognitiva e interpessoal; (d) mudança do auto-diálogo -modificar pensamentos automáticos negativos para promover uma auto-conversa mais positiva e realista; (e) diminuição de sintomas; (f) aprendizagem de competências
Quais são as técnicas da TCC?
Reforço positivo e reforço negativo: usados para promover comportamentos desejados (reforço positivo) ou reduzir comportamentos indesejados (reforço negativo).
➥ Modelagem - novos comportamentos por meio da observação e imitação de modelos. ~
➥ Treino comportamental - ajuda os indivíduos a aprenderem novas habilidades comportamentais (e.g. role play, “sou a sua mãe” treinar como vai abordar certo problema com ela).
➥ Relaxamento - várias técnicas de relaxamento são aplicadas para reduzir a ansiedade e o stresse (e.g. relaxamento muscular progressivo).
➥ Dessensibilização sistemática - utilizada no tratamento de fobias e ansiedade, expondo gradualmente o cliente ao objeto ou situação temida enquanto ele aprende a relaxar.
➥ Exposição - pode ser ao vivo ou em imagética (imaginar a situação temida); ➥ Trabalhos de casa - atividades atribuídas entre as sessões terapêuticas para reforçar os conceitos discutidos e promover a prática de habilidades aprendidas.
➥ Registos de auto-monitorização - auxiliam os clientes a monitorar seus próprios comportamentos ou pensamentos, fornecendo dados úteis para entender padrões e identificar áreas de melhoria.
➥ Controle de estímulos - estratégia para modificar o ambiente de modo a influenciar o comportamento.
➥ Reestruturação cognitiva - utilizada para identificar e modificar padrões de pensamento negativos ou distorcidos.
➥ Diálogo Socrático - técnica de questionamento utilizada para explorar e desafiar crenças irracionais ou limitantes. ➥ Estratégias de resolução de problemas - Ajuda os clientes a identificar e resolver problemas de forma eficaz.
➥ Inibição recíproca - Um princípio da terapia comportamental em que uma resposta emocional é eliminada não apenas pela extinção da relação entre a pista indutora de emoção e a consequência ameaçadora, mas também pela associação de uma resposta à pista indutora de emoção que é incompatível com a ansiedade (e.g. relaxamento).
➥ Terapia de aversão - condicionar uma aversão a um estímulo ou acontecimento pelo qual o indivíduo se sente inadequadamente atraído
➥ Economia de ficha
Que tipos de terapia cognitiva existem?
-Beck’s Cognitive Therapy – teoria que defende que a depressão é mantida por um “esquema negativo” que leva os indivíduos deprimidos a terem opiniões negativas sobre o próprio, o seu futuro e o mundo (a “tríade negativa”)
❤ Rational Emotive Therapy (RET; Albert Ellis) – forma de terapia que se centra em como as pessoas se interpretam a si mesmas, as suas vidas e o mundo ao seu redor. Baseia-se no pressuposto de que crenças irracionais e disfuncionais mantidas pelos indivíduos podem levar ao sofrimento emocional e a problemas psicológicos (e.g. tenho que ser perfeita em tudo o que faço).
❤ Cognitive Behaviour Therapy (CBT) - coloca ênfase na identificação e no desafio de pensamentos irracionais ou disfuncionais por parte do cliente. Recebem trabalhos de casa sob a forma de experiências comportamentais para testarem os seus pensamentos. Além disso, recebem treino em novas formas de pensar e reagir às situações, visando desenvolver habilidades de coping e promover mudanças positivas.
Como é que a TCC pode tratar a Perturbação de Pânico?
Tratamento de perturbação de pânico:
➥ Antidepressivos tricíclicos e benzodiazepínicos - reduzir os sintomas de ansiedade e prevenir ataques de pânico.
➥ Terapia cognitivo comportamental:
↬ Tratamento baseado em exposição - envolve expor gradualmente o paciente a situações ou estímulos que desencadeiam ataques de pânico.
↬ Reestruturação cognitiva de crenças disfuncionais sobre sensações corporais - Ajuda os pacientes a identificar e desafiar pensamentos negativos e distorcidos sobre as suas sensações corporais, que podem contribuir para ataques de pânico.
↬ Treino respiratório - técnicas de respiração para controlar a hiperventilação, um sintoma comum durante os ataques de pânico.
↬ Terapia de reestruturação cognitiva - Ajuda os pacientes a identificar e desafiar perceções distorcidas de ameaça, substituindo-as por pensamentos mais adaptativos e realistas.
↬ Exposição interoceptiva - consiste em expor o paciente a sensações corporais que normalmente causam medo, mas que são inofensivas, para ajudar a reduzir o medo associado a essas sensações.
↬ Prevenção de comportamentos de segurança - ajuda os pacientes a identificar e evitar comportamentos que possam manter os ataques de pânico, permitindo que eles testem e desconfirmem as suas crenças distorcidas
Como se descreve a abordagem sistémica (objetivos terapêuticos, técnicas terapêuticos e limitações)?
A abordagem sistémica foca-se nos sistemas de relações, como famílias, casais ou grupos (e não apenas no indivíduo).
Objetivos terapêuticos: (a) desbloquear padrões de interação disfuncionais, interrompendo e modificando os padrões que mantêm a disfunção no sistema familiar, (b) maximizar a diferenciação entre os indivíduos; (c) identificar as “regras implícitas” da família, tornando explícitas as regras e expectativas não ditas que governam o comportamento família; (d) desenvolver melhores fronteiras e formas de comunicação.
Principais técnicas terapêuticas:
❤ Mapa de família (Genograma) - representação gráfica das relações familiares e da história de várias gerações: ajuda a identificar padrões e dinâmicas transgeracionais.
❤ Treino de competências e psicoeducação - ensino de competências e a provisão de informações para ajudar os membros da família a lidar melhor com seus problemas (e.g. competências parentais, resolução de conflito).
❤ Intervenções paradoxais - técnicas que desafiam diretamente os padrões disfuncionais através de prescrições do sintoma ou paradoxos que levam a família a questionar e alterar seus comportamentos habituais (e.g. instruções para manter deliberadamente um comportamento disfuncional).
Ciclo de vida da família – Abordagem desenvolvimentista: Ao longo do ciclo vital, as mudanças que ocorrem na família (e nos seus membros) podem ser organizadas num conjunto de etapas sequenciais e qualitativamente distintas com tarefas desenvolvimentais características que permitem a expansão, contração e realinhamento do sistema para apoiar a entrada, saída e o desenvolvimento dos membros da família de uma forma saudável.
Limitações:
✦ Complexidade e tempo (logística): pode ser mais complexa e demorada que outras abordagens terapêuticas devido à necessidade de trabalhar com múltiplos membros da família e abordar várias dinâmicas inter-relacionais.
✦ Resistência à participação: alguns membros da família podem resistir à participação na terapia, o que pode limitar a eficácia do tratamento.
Quais são as duas perspetivas antagónicas que surgem na 3ª fase da investigação em psicoterapia?
Fatores comuns – os que acreditam que psicoterapia é eficaz devido a fatores que são comuns a todas as abordagens.
Fatores específicos- os que não negando a importância dos fatores comuns, acreditam que existem técnicas especificas que são mais eficazes para determinadas psicopatologias ou questões (movimento de tratamentos com evidência empírica).
Como podemos descrever a psicologia clínica?
A psicologia clínica constitui um domínio da psicologia que se especializa na investigação, avaliação, diagnóstico, prevenção e tratamento de perturbações psicológicas e problemas do foro emocional, intelectual, comportamental ou social. Também envolve o ensino e supervisão clínica para a aplicação de princípios, métodos e procedimentos de compreensão, previsão e intervenção.