PPRI (atualizado) Flashcards

1
Q

Descreve o estudo de Notcutt & Silva (1951) sobre o percipiente como JP?

A

a. Neste estudo, 64 casais tinham de realizar uma autoavaliação e prever a avaliação que o seu parceiro tinha feito.
b. Resultados:
i. A maioria das previsões são bem-sucedidas.
ii. Ausência de diferenças de precisão dos homens em relação às mulheres e
vice-versa.
iii. Quanto maior a diferença entre as auto-avaliações do casal num dado item,
maior a quantidade de erros de predição.
iv. Relação entre precisão do julgamento e semelhança entre juiz e avaliado - as
pessoas julgam melhor aqueles que são parecidos consigo (Allport, 1937;
Murray, 1938).

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2
Q

Descreve o estudo de Rule & Ambady (2011) sobre a perceção de pessoas?

A

Rule & Ambady (2011) pediram às pessoas para avaliarem fotos de yearbook em várias dimensões (e.g., poderoso/a).
§ Fotos standardizadas (dimensão, apenas rosto, preto e branco, etc.)
§ Fotos de estudantes de direito do sexo masculino que se tornaram
managing partners de quase 3/4 das 100 maiores law firms dos EUA.
§ Os resultados mostraram que os julgamentos de quão poderosa a pessoa
parece ser encontravam-se estatisticamente relacionados com o lucro da empresa, 20 a 50 anos depois.

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3
Q

Descreve o estudo de Carrère & Gottman (1999) sobre o estudo da perceção de pessoas?

A

§ Carrère & Gottman (1999) convidaram 124 recém casados ao seu laboratório e filmaram-nos enquanto eles discutiam um desacordo no seu relacionamento.
§ Os vídeos foram avaliados por observadores independentes quanto à
quantidade de emoções positivas e negativas nos primeiros 3 minutos da
interação entre o casal.
§ Os julgamentos sociais desta breve interação marital previram de forma
significativa que casais estavam divorciados 6 anos mais tarde.

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4
Q

Descreve a meta-análise de Ambady & Rosenthal (1992) sobre o estudo da perceção de pessoas?

A

Ambady & Rosenthal (1992) mostram numa meta-análise de 38 estudos de diferentes
investigadores que julgamentos de personalidade ou se a pessoa está a mentir ou a dizer a verdade eram tão precisos, se não mais, quando os julgamentos eram feitos em thin slices do seu comportamento (menos de 5 minutos).

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5
Q

Descreve o estudo de Ambady & Rosenthal (1993) sobre o estudo da perceção de pessoas?

A

Ambady & Rosenthal (1993), mostram que as avaliações de um video de 2 a 10 segundos de uma professora universitária a dar uma aula (sem estudantes e sem som)
§ Prevêm de forma precisa as avaliações que os estudantes fazem da
professora no final do semestre.

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6
Q

Descreve o estudo de Todorov et al (2005) sobre a perceção de pessoas?

A

Todorov et al (2005), mostram pares de fotos de candidatos ao US Senate
(o candidato que ganhou e o que perdeu).
* O indivíduo avaliado como mais competente ganhou a eleição mais de 2/3
das vezes.

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7
Q

Descreve o estudo de Notcutt & Silva (1951) sobre o percipiente como JP?

A

Paradigma: 64 casais (autoavaliação e previsão da avaliação do parceiro).
Resultados: A maioria das previsões são bem sucedidas;
§ Ausência de diferenças de precisão dos H em relação às M e vice-versa –
“A intuição não é apenas feminina (p.35)”
§ Quanto > a diferença entre as auto-avaliações do casal num dado item, maior
a quantidade de erros de predição: Julgamos os outros pela nossa bitola
§ Relação entre precisão do julgamento e semelhança entre J e A - as pessoas
julgam melhor aqueles que são parecidos consigo (Allport, 1937; Murray, 1938).

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8
Q

Descreve o estudo de Oh, D., Walker, M., & Freeman, J. B. (2021) sobre o percipiente como juiz de personalidade.

A

Para entender melhor como nossas próprias perceções - e enviesamentos -
podem influenciar como reconhecemos faces, os investigadores conduziram
uma série de experimentos centrados na percepção de indivíduos conhecidos -
Bieber, Putin, John Travolta, George W. Bush e Ryan Gosling, entre outros
(Nota: forem selecionados homens brancos para estabelecer uma linha de
base racial e de género nas faces testadas).
Quando um participante acreditava que dois indivíduos eram mais semelhantes em
personalidade, as suas faces eram percebidas como mais semelhantes.
Para fornecer evidências causais, averiguou-se se o efeito era válido para indivíduos que os participantes nunca haviam encontrado antes. Se
os participantes aprendessem que as
personalidades desses indivíduos eram
semelhantes (em oposição a diferentes), as suas faces também eram percebidas como visualmente mais semelhantes.

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9
Q

Qual é o paradigma que Asch (1946) adotou nos procedimentos das experiências de aprendizagem verbal?

A
  1. Pp recebem uma lista de traços, imaginam que esse traços descrevem a
    personalidade um alvo, formam uma impressão;
  2. escrevem uma breve descrição da sua impressão acerca do alvo;
  3. ordenam uma lista de traços fornecidos de acordo com a importância que têm
    para a impressão desenvolvida;
  4. escolhem de uma lista de pares de atributos opostos, aqueles que de acordo
    com a sua impressão melhor descrevem o alvo.
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10
Q

Como se caracteriza a primeira experiência de Asch ?

A

Racional: Os traços centrais (vs.. periféricos) terão uma influência maior pois servem
como foco orientador em torno do qual a I se organiza numa Gestalt coerente.
Paradigma: 1. Impressão acerca de um alvo hipotético descrito por:
G1: inteligente, hábil, trabalhador, caloroso, determinado, prático, cauteloso
G2: inteligente, hábil, trabalhador, frio, determinado, prático, cauteloso
2. Escrever uma breve descrição da sua impressão acerca do alvo
3. Selecionar traços de que o descrevem.
Resultados: ‘Facilidade’ das tarefas; combinação dos traços num todo coerente; inferências
sobre outros atributos e escrita do parágrafo acerca do alvo
§ A manipulação (caloroso/frio) produziu uma grande diferença na impressão geral
formada (+ positiva em caloroso).
O impacto dos traços centrais ilustra a natureza holística das impressões → 1
natureza elementar não prevê os resultados com base na mudança de 1 traço.
§ A substituição por educado-rude não mostra ≠ significativas (Experimento 3)
§ Apoia a distinção entre traços centrais e periféricos e o papel dos primeiros no
desenvolvimento das impressões.

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11
Q

Como se caracteriza a sexta experiência de Asch ?

A

Racional: A impressão organiza-se pela interação dos traços; o significado de 1 traço específico é influenciado pelo significado da informação previamente
conhecida acerca do alvo.
Paradigma: Impressão acerca de um alvo hipotético descrito por:
G1: inteligente, trabalhador, impulsivo, crítico, teimoso, invejoso
G2: invejoso, teimoso, crítico, impulsivo, trabalhador, inteligente
Se as impressões se baseiam apenas na informação disponível as 2
impressões serão equivalentes, se se baseiam na interação entre traços
haverá diferenças.
Resultados:
§ A 1ª informação apresentada tem maior efeito na impressão final do que a
informação apresentada subsequentemente – efeito de primazia.
- se os 1os atributos são positivos a impressão é mais favorável.

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12
Q

Como se caracteriza a quinta experiência de Asch ?

A

Racional: Os estudos anteriores mostram que ≠ itens de informação acerca de um alvo não contribuem com significado único e independente para a impressão geral.
Paradigma: Impressão acerca de um alvo hipotético descrito por:
G1: amável, sábio, honesto, calmo, forte
G2: cruel, astuto, sem escrúpulos, calmo, forte
Tarefa: descrever o alvo usando sinónimos.
Resultados: O significado de um dado traço é determinado por outros atributos conhecidos acerca da pessoa.

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13
Q

Como se caracteriza a oitava experiência de Asch ?

A

Paradigma:
1. Apresentação de duas listas de adjetivos como se fossem duas pessoas diferentes:
o Lista A: Inteligente, trabalhador e impulsivo.
o Lista B: Crítico, teimoso e invejoso.
2. Ao G1, era pedido que formassem impressões baseadas nas listas e, depois, descrever
os “indivíduos” A e B.
o Depois informavam os participantes que, afinal, as duas listas de adjetivos pertenciam
ao mesmo indivíduo.
3. Ao G2, era dito que as duas listas de adjetivos pertenciam ao mesmo indivíduo e tinham
de formar impressões acerca do mesmo e descrevê-lo.
→ Resultados:
Dificuldade em integrar dois elementos isolados numa impressão unificada, o que
reforça a natureza holística da personalidade.
Os participantes tinham dificuldade em integrar as duas listas de adjetivos, depois de já terem formado impressões separadas.

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14
Q

Qual é a relevância do trabalho de Asch?

A

Assume relevância histórica por constituir a 1ª tentativa de compreender
o processo de FI e não a validade ou o utilidade prevista dos seus
produtos (Jones, 1990).
§ Enfoque nos aspetos cognitivos da FI independentemente da precisão.
§ Inovação metodológica: extensão do paradigma de aprendizagem verbal
a estímulos mais complexos;
§ Mostrou que os processos subjacentes à cognição podem ser estudados
experimentalmente no laboratório (Garcia-Marques & Garcia-Marques, 2004)

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15
Q

Descreve o estudo de Passini & Norman (1966) sobre as TIP.

A

Paradigma:
84 participantes (15 min na mesma sala) avaliam-se mutuamente em
escalas de personalidade idênticas às de estudos anteriores.
§ Informação disponível: “o que veem”
Resultados: Não só conseguem preencher as escalas (atributos não observáveis como
responsabilidade, cooperação);
§ Como o grau de acordo entre-avaliadores em cada escala (e a estrutura
de fatores entre escalas) foi semelhante à de estudos anteriores com
grupos de pessoas íntimas
§ Informação disponível: “o que veem” + “o que sabem”
§ Quando as pessoas se conhecem, existe maior correspondência entre
auto e hetero-avaliação.

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16
Q

Descreve o estudo de Rosenberg, Nelson, & Vivekananthan (1968) sobre as TIP.

A

Racional: A presença de determinados traços na descrição de alguém poderá fazer
com que outros traços sejam mencionados ou inferidos.
Os traços tendem a co-ocorrer num mesmo indivíduo, e essa co-ocorrência
depende das propriedades psicológicas dos traços.
Uma particularmente relevante é a dimensão avaliativa, porém esta não é
suficiente (e.g., TRABALHADOR/PREGUIÇOSO), o que sugere que as
impressões de personalidade são multidimensionais.
Paradigma: Escalonamento multidimensional: técnica estatística que permite a
representação espacial das relações subjacentes a uma série de variáveis
interrelacionadas (Coombs, 1950; Kruskal, 1964; Shepard, 1962).
ü Tarefa: organizar 64 traços (estímulos e VD´s de Asch) em grupos que
hipoteticamente co-ocorrem na mesma pessoa.
Resultados: A proporção de traços colocada no mesmo grupo é uma medida de
proximidade: Traços percebidos como semelhantes (diferentes) localizamse próximo (longe) uns dos outros: pessoa que tem um traço terá também o
outro(rara co-ocorrência).
Sabendo onde o traço se localiza permite conjeturar outras
características relacionadas…
§ Isto explica porque é que quando temos uma impressão geral de
alguém assumimos a existência de determinados traços.
§ O escalonamento multidimensional mostrou que os traços de
personalidade se organizam em duas dimensões avaliativas principais: sociais e intelectuais.

17
Q

Descreve o estudo de Ferreira, Garcia-Marques, Toscano, Carvalho e Hagá (2011) sobre as TIP.

A

§ Revisitaram em dois estudos, a proposta de Rosenberg et al. (1968), acerca
da estrutura bidimensional das teorias implícitas da personalidade.
§ Estudo 1: replicam o trabalho de Rosenberg et al. tentando obter as duas
dimensões avaliativas originais (social e intelectual); utilizando os 64 traços
do estudo original, e o mesmo procedimento
§ conseguiram obter com sucesso as duas dimensões na população
portuguesa depois de mais de quatro décadas.
§ Estudo 2: adotaram um procedimento semelhante, mas desta vez com
traços gerados numa tarefa de descrição livre com 25 participantes
portugueses. Obtidos 90 traços, realizaram a tarefa de agrupamento de
traços com outros 27 participantes.
§ conseguiram obter as duas dimensões avaliativas, o que mais uma
vez contribui para a afirmação de que existem duas dimensões
principais subjacentes aos processos interpessoais.