Princípios do direito penal Flashcards

1
Q

Princípio da legalidade

A

Veda o uso dos costumes e da analogia para criar tipos penais incriminadores ou agravar as infrações existentes, embora permita a interpretação analógica da norma penal.

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2
Q

A teoria preventiva geral positiva considera que a pena tem a função de?

A

Inibir comportamentos antissociais e moldar comportamentos socialmente aceitos

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3
Q

Princípio da ofensividade ou da lesividade

A

Não existe crime quando a conduta não tiver oferecido perigo de lesão ao bem jurídico

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4
Q

Quais os parâmetros criados pelo STF para aplicação do princípio da insignificância?

A

MARI

1) Mínima ofensividade da conduta do agente
2) Ausência de periculosidade social da ação
3) Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento
4) Inexpressividade da lesão jurídica causada

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5
Q

Princípio da humanidade

A

Veda a criação de tipos penais ou a cominação de penas que violam a integridade física ou moral de alguém, art. 10,III da CF

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6
Q

Princípio da fragmentariedade ou caráter fragmentário do Direito Penal

A

Só geram infrações penais, os que atentam contra valores fundamentais para a sociedade.

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7
Q

A interpretação teleológica, tem qual finalidade?

A

Alcançar aquilo que ela se destina a regular

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8
Q

A responsabilização de terceiros pela conduta de alguém viola o princípio penal, denominado:

A

Intranscedência

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9
Q

Princípios que devem ser observados pelas leis penais por expressa previsão constitucional?

A
LIPRI
Legalidade
Irretroatividade
Presunção de inocência
Responsabilidade pessoal
Individualização da pena
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10
Q

Mandados de criminalização

A

A CF estabelece mandados expressos (ou explícitos) - 5º, XLII (racismo);
XLIII (tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e crimes hediondos); XLIV (ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado democrático);
§ 3. º (os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais);
7º, X (retenção dolosa do salário dos trabalhadores);
227, § 4.º (abuso, violência e exploração sexual da criança ou adolescente);
225 (condutas lesivas ao meio ambiente).
e
tácitos (ou implícitos) de criminalização (ou penalização), ex: combate a corrupção eleitoral

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11
Q

Os tratados e as convenções internacionais podem criar crimes e cominar penas, ainda que já tenham sido internalizados pelo Brasil?

A

Em obediência ao princípio da reserva legal (art 5, XXXIX, CF), os tratados e as convenções internacionais não podem criar crimes nem cominar penas, ainda que já tenham sido internalizados pelo Brasil.

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12
Q

Princípio da exclusiva proteção ao bem jurídico

A

Veda ao Direito Penal a preocupação com as intenções e pensamentos, enquanto não exteriorizada a atividade delitiva, não se pune atos preparatórios

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13
Q

Princípio da adequação social

A

Não pode ser considerado criminoso o comportamento que, embora tipificado em lei, não afrontar o sentimento social de Justiça.
Apesar de uma conduta subsumir ao modelo legal, não será considerada típica se for historicamente aceita pela sociedade.

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14
Q

Princípio da alteridade

A

Ninguém pode ser punido por causar mal apenas a si próprio, uma das características do Direito Penal moderno é a necessidade de intersubjetividade nas relações penalmente relevantes, é impossível a autolesão.
Para haver crime, a conduta humana deve colocar em risco ou lesar bens de terceiros, e é proibida a incriminação de atitudes que não excedam o âmbito do próprio autor.

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15
Q

Princípio da anterioridade

A

A lei só será aplicável a fatos praticados depois de sua entrada em vigor;
Art 5, XL da CF - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu

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16
Q

Princípio da culpabilidade

A

Afasta a responsabilização objetiva em matéria penal, de modo que a punição penal exige a demonstração de conduta dolosa ou culposa.

17
Q

Princípio da imputação social

A

Não se admite a punição se o agente for inimputável, sem potencial consciência da ilicitude ou de quem não se possa exigir conduta diversa (sem culpabilidade)

18
Q

Princípio da individualização da pena, art 5, XLVI, CF

A

A aplicação da pena não deve ser valorada na norma penal em abstrato, mas, sim nos aspectos subjetivos e objetivos do crime.

19
Q

Princípio da insignificância ou bagatela

A

Controla a atuação penal do Estado quando a conduta não é capaz de lesar ou no mínimo de colocar em perigo o bem jurídico tutelado pela norma penal

Bagatela própria = princípio da insignificância = Excludente de tipicidade material

20
Q

Princípio da intervenção mínima

A

O DP é a ultima ratio na proteção dos direitos, só deve atuar quando a criminalização de uma conduta for indispensável p proteger bens e interesses

21
Q

Princípio da isonomia

A

Tratar igualmente aos iguais, e desigualmente aos desiguais, na medida de suas desigualdades

22
Q

Princípio do ne bis in idem

A

Proíbe a dupla punição pelo mesmo fato

23
Q

Princípio da subsidiariedade

A

O Direito Penal entra em cena somente quando outros meios estatais de proteção mais brandos, e, portanto, menos invasivos da liberdade individual não forem suficientes para a proteção do bem jurídico tutelado, o direito penal é a ultima ratio.

24
Q

Princípio da responsabilidade penal subjetiva

A

Art. 19 do cp: pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao menos culposamente

25
Q

Princípio da responsabilidade pelo fato

A

Não se admite um Direito Penal do autor, mas somente um Direito Penal do fato. Ninguém pode ser punido exclusivamente por questões pessoais; não é permitido estereotipar autores em razão de alguma condição específica.

26
Q

Princípio da reserva legal ou da legalidade

A

Art. 5º, XXXIX, CF - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal

27
Q

Princípio da proporcionalidade/razoabilidade ou convivência

A

Analisado em 2 etapas, 1: proibição ao excesso: é vedada a cominação e aplicação de penas em dose exagerada e desnecessária e 2: impede a proteção insuficiente de bens jurídicos, pois não tolera a punição abaixo da medida correta

28
Q

Princípio da personalidade ou da intranscendência

A

A pena não pode passar da pessoa do condenado (CF, art. 5.º, XLV).

29
Q

Qual a diferença entre os princípios implícitos e explícitos?

A

Explícitos - positivados no ordenamento jurídico, lei ou CF, EX: p. da legalidade
Implícitos - decorrem da interpretação sistemática da lei, doutrina ou jurisprudência EX: p. da insignificância

30
Q

O que é analogia n direito penal?

A

Uma forma de autointegração da norma penal para suprir as lacunas porventura existentes

31
Q

Nos crimes conexos se aplica a teoria da ubiquidade?

A

Não se aplica a teoria da ubiquidade, devendo cada crime ser julgado pela legislação penal do país em que for cometido.