Pré-eclâmpsia e Síndrome de HEELP Flashcards

1
Q

Na gravidez normal, a migração trofoblástica ocorre em duas ondas: qual a diferença entre elas e quando ocorrem?

A

1ª onda: primeiro trimestre / destruição da camada musculoelástica do segmento decidual das aa. espiraladas.

2ª onda: segundo trimestre / invasão do segmento miometrial - transformação em artérias de baixa resistência

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2
Q

Qual a diferença entre a placentação normal e a que ocorre, hipoteticamente, na pré-eclâmpsia? E qual a consequência disso?

A

A 2ª onda de invasão trofoblástica não ocorre.

Resistência arterial não cai adequadamente, levando a isquemia placentária e consequente lesão endotelial.

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3
Q

Qual a sequência de desdobramentos negativos decorrentes da placentação ANORMAL que levam à pré-eclâmpsia?

A
  1. Resistência arterial não cai
  2. Isquemia placentária que aumenta no decorrer da gestação
  3. Lesão do endotélio vascular → inflemação / alterações sistemicas
  • Vasoespasmo sistêmico (↑PA)
  • ↑ permeabilidade vascular (edema e proteinúria)
  • coagulopatias
  • disfunção hepática
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4
Q

Quais as 4 conseq. finais da placentação anormal que leva ao quadro de pré-eclampsia?

A
  1. Vasoespasmo sistêmico (↑PA)
  2. ↑ permeabilidade vascular (edema e proteinúria)
  3. coagulopatias
  4. disfunção hepáticas
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5
Q

Quais são as etapas básicas do Sistema Renina Angiotensina Aldosterona?

A
  1. Fígado produz Angiotensina I (inativa)
  2. ECA (Enzima Conversora de Angiotensina), ligada ao endotélio vascular dos pulmões, converte AT-I em angiotensina II (ativa)
  3. AT-II induz vasoconstrição e produção de aldosterona
  4. Aldosterona estimula retenção renal de sódio
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6
Q

Quais os 4 tipos de hipertensão que podem ser diferenciados durante a gravidez?

A
  1. Hipertensao arterial crônica: < 20 semanas ou anterior há gravidez
  2. Hipertensão gestacional: previamente normotensa, sem proteinúria ou outros sinais de PE. Volta ao normal em até 12 semanas após o parto
  3. Pré-eclâmpsia sobreposta à hipertensão: após as 20 semanas aparece ou piora o quadro clínico (proteinúria, hipertensão)
  4. Pré-eclâmpsia/Eclâmpsia
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7
Q

Qual o conceito de pré-eclâmpsia?

A

Presença, após a 20ª semana de HA em gestante sem histórico de hipertensão arterial, acompanhada de proteinúria e/ou outros sintomas como:

  • cefaléia
  • borramento da visão
  • dor abdominal
  • testes laboratoriais alterados: ↓ plaquetas / ↑ enzimas hepáticas (HEELP)
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8
Q

Cite 7 fatores de risco para PE

A
  1. Primigesta
  2. História prévia de PE
  3. Multíparas com parceiro novo
  4. Intervalo de >10 anos entre gestações
  5. Natimorto anteriro
  6. Extremos de idade (adolescente ou > 40 anos)
  7. História familiar de primeiro grau
  8. Gestação multipla
  9. Obesidade
  10. Associação de comorbidades: HA Crônica; Diença renal, DM, doencas autoimunes, trombofilias e etc.
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9
Q

Qual a principal alteração na circulação uteroplacentária na pré-eclampsia?

A

Redução da circulação uteroplacentária (40-60%)

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10
Q

Acima de qual valor definimos a hipertenção? Quantas medidas devem ser feitas e espaçadas por quantas horas?

A

> ou = 140 x 90 mmHg

Duas medidas espaçadas: 4 - 6 horas.

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11
Q

A partir de qual semana, normalmente, surge a pré-eclampsia?

A

20 semanas

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12
Q

Complete

A
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13
Q

Durante a gestação ocorre uma __________ periférica. Porém, em gestantes com pré-eclâmpsia, ocorre uma reversão patológica desse quadro, ou seja, ocorre __________.

A

Durante a gestação ocorre uma vasodilatação periférica. Porém, em gestantes com pré-eclâmpsia, ocorre uma reversão patológica desse quadro, ou seja, ocorre vasoespasmos.

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14
Q

Qual a alteração hematológica / coagulativa mais comum da pré-eclampsia?

A

Trombocitopenia

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15
Q

Como se identifica a perda de função renal na pré-eclampsia, por meio de testes laboratoriais?

A

↑ creatinina

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16
Q

Qual a lesão renal característica da pré-eclampsia?

A

Gromeruloendoteliose

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17
Q

O que é a Gromeruloendoteliose? E quais suas consequências?

A

É uma lesão difusa dos gromérulos renais (edema das células endoteliais, reduzindo a luz dos capilares)

Proteinúria e hipocalciúria

18
Q

Como se detecta complicações hepáticas na pré-eclâmpsia por meio de exames laboratoriais ou físicos?

A

↑ transaminases

epigastralgia (distenção da cápsula hepática)

19
Q

A hipertensão arterial é a responsável pelas alterações neurológicas da pré-eclampsia?

A

Não (edemas e hemorragias)

20
Q

Quais complicações neurológicas podem ocorrer em pré-eclampsia?

A
  1. cefaléia
  2. escotomas (ponto preto na visão)
  3. estado mental alterado
  4. convulsões (edema e hemorragias)
21
Q

A proteínuria é, normalmente, um achado ________, pois ______________________.

A

A proteínuria é, normalmente, um achado tardio, pois depende de lesão histológica gromerular progressiva.

22
Q

Quais os 3 exames laboratoriais mais usados para o diagnóstico de proteinúria e quais os resultados que caracterizam uma proteinúria?

A

Proteinúria de 24 horas: ≥ 300mg/dia

Proteína em fita: 1+ ou 2+

Relacão proteínúiria/cratininúria > 0,3

23
Q

Como é possível verificar a disfunção uteroplacentária por meio de exames?

A

Crescimento intrauterino restrito e assimétrico

Doppler umbilical alterado

24
Q

Qual a diferença entre a PE leve e a grave?

A

PE leve: hipertensão de início tardio (> 34 semanas)

PE grave: PA > 160/110 mmHg; proteinúria significativa, ganho ponderal rápido, oligúria, hemoconcentração, trombocitopenia e sintomas nervosos

25
Q

Como é feito o rastreamento de PE?

A

Fatores de risco (rastreamento clínico)

Doopler com 23 semanas de gestação

26
Q

Até hoje, poucos métodos de prevenção da PE foram descobertos. Cite 2 medicamentos que são normalmente usados em situações de risco.

A

AAS e cálcio

27
Q

Quais os sinais, cuja presença isolada ou conjunta, indicam gravidade na PE? (6)

A
  1. PA ≥ 160 x 110
  2. Proteinúria ≥ 2g/24h ou +3
  3. Creatinina ≥ 1,2 mg/dL
  4. Oligúria < 400 ml/dia
  5. Sindrome de HELLP (aumento enzimas hepáticas, trombocitopenia e anemia hemolítica angiopática)
  6. Sintomas de eclâmpsia iminente ou eclâmpsia
  • (Distúrbios cerebrais: cefaleia, torpor, obnubilação; Disturbios visuais: diplopia, turvação da vista; Dor epigástrica ou no hipocôndrio direito; Reflexos tendinosos profundos exaltados)
28
Q

Quais os 4 sinais que podem indicar Iminência de Eclâmpsia?

A
  1. Distúrbios cerebrais: cefaleia, torpor, obnubilação
  2. Disturbios visuais: diplopia, turvação da vista
  3. Dor epigástrica ou no hipocôndrio direito
  4. Reflexos tendinosos profundos exaltados
29
Q

O que é a eclampsia?

A

Convulsões sem causas subjacentes ou coma em pacientes com pré-eclampsia. Pode ocorrer depois do parto

30
Q

Quais são os fatores que causam à convulsão na eclâmpsia?

A

Fenômenos isquêmicos do SNC, ocasionados por vasoespasmo e obliteração do lúmen dos vasos por trombos de plaquetas e fibrina.

31
Q

Qual a tríade diagnóstica da Síndrome de HELLP?

A
  • Hemólise (anemia hemolítica microangiopática) = ↑ bilirrubina
  • Enzimas hepáticas elevadas (↑TGO, TGP)
  • Trombocitopenia < 100.000/mm3
32
Q

Quais os sintomas comuns da Síndrome de HELLP?

A
  • sintomatologia pobre e inespecífica
    • mau-estar geral, dor epigástrica, náudeas e cefaléia
  • Diagnóstico laboratorial em pacientes com fator de risco (hipertensão, PE, eclâmpsia…)
33
Q

Quais as complicações comuns da Síndrome de HELLP?

A
  • hemorrágicas
    • SNC (AVC)
    • fígado (distenção capsular)
    • ferida operatória
    • descolamento prematuro de placenta
    • IRA, EAP, morte
34
Q

A Síndrome de HELLP tem 1/3 dos casos descobertos no período __________.

A

Pós-parto

35
Q

Qual o tratamento em casos de Pré-eclampsia leve ou hipertensão gestacional?

A
  • Concervador (NÃO PRESCREVER ANTI-HIPERTENSIVOS)
  • Retorno para pré-natal em 7 dias
  • Aferição PA diária
  • Interromper gestação com 36 semanas (vide particularidades)
36
Q

No tratamento da PE, medicamentos são usados somente no tratamento de crises hipertensivas agudas (PA ≥ 160/110). Qual a conduta nesses casos?

A
  1. Hospitalização
  2. Monitorar rigorosamente: PA materna a cada 5 min e feto
  3. Hipotensor oral: Nifedipina (10 mg a cada 30 min)
  4. Hipotensor intravenoso: Hidralasina (5-10 mg a cada 20 min)
37
Q

Qual o tratamento em casos de Pré-eclampsia grave/eclâmpsia?

A
  • HOSPITALIZAÇÃO
  • Interrupção da gravidez (vide particularidades)
  • Sulfato de magnésio (prevenir/controlar convulsões) 24 h antes e depois do parto - estabilizar
  • Crise hipertensiva aguda: nifedipina ou Hidralazina (menor dose possível)
  • Crônico (possível manter gestação+ muito prematuro): Metildopa
38
Q

Qual o tratamento em casos de Sindrome HELLP?

A
  • > 34 semanas = estabilizar (sulfato de mg e anti-hipertensivo) e interromper
  • < 34 semanas = manter com corticoides ou interromper
39
Q

Quais cuidados devem ser tomados para a admnistração de sulfato de magnésio em estantes com pré-eclâmpsia grave ou eclâmpsia? Por que?

A
  • índice terapêutico baixo (fácil intoxicar)
  • usar 24h antes e após o parto somente para estabilizar a paciente e permitir o parto

Monitorar:

  • FR: 12
  • reflexo patelar: presente
  • Diurese: 25ml/h
40
Q

Complete com a conduta relacionada à interrupção da gravidez em casos de PE:

  • > 36 semanas =
  • 33 - 36 semanas =
  • < 33 semanas =
  • < 24 semanas =
A
  • > 36 semanas = estabilização e interrupção da gestação
  • 33 - 36 semanas = corticoide (dexametazona: 12 mg / 24 h)
  • < 33 semanas = estabilização e observação rigorosa (pode ter que interromper) + corticoide
  • < 24 semanas = normalmente, interrompe