Plano de Contingencia Flashcards
A fase de emergência (Confirmação de Febre Aftosa),
na realidade,
tem início durante a fase de ALERTA (caso provável)
que, por sua vez,
depende da qualidade dos trabalhos realizados durante a fase de investigação (caso suspeito) e,
por fim, a fase de conclusão (restituição da condição sanitária) das atividades de emergência zoossanitaria
dependerá diretamente da qualidade e efetividade das operações desenvolvidas nas fases anteriores.
Certo
Intervenções em emergências zoossanitárias, como no caso da febre aftosa, envolvem uma abordagem operacional essencialmente geográfica, incluindo as inter-relações econômicas e sociais entre os diferentes atores que participam dos sistemas agroindustriais ou das cadeias produtivas.
Certo
Os objetivos iniciais visam conhecer a dimensão do problema, buscando sua contenção ao menos espaço territorial possível, com consequente redução dos impactos econômicos e sociais.
Para isso, devem ser imediatamente adotados quais procedimentos?
1- Identificação e intervenção nos focos visando conter e eliminar fontes de infecção e levantar informações para apoiar a identificação da origem do agente viral.
2- Análise da movimentação animal e investigação epidemiológica com inspeção em propriedades rurais, destacando-se aquelas com vínculo. Deve-se buscar a identificação da provável origem do agente viral e avaliar a existência de focos secundários, assim como determinar a extensão e contiguidade das áreas afetadas.
3- Delimitação de espaço geográfico inicial para interdição e intervenção, com proibição de movimentação de animais e produtos de risco.
4- Organização e mobilização do aparato técnico e estrutural a ser utilizado na gestão das atividades de contenção e saneamento da ocorrência zoossanitária.
A FAO recomenda 3 princípios fundamentais para controle de doenças transmissíveis.
Quais são?
1- Redução e restrição da produção do agente da doença.
2- Redução da taxa de contato na população.
3- Redução do número de animais suscetíveis.
A FAO recomenda como medida indispensável para adequada eficiência e definição das ações de vigilância, independente da fase envolvida: Prevenção, Detecção ou Contenção.
Certo
Em síntese, a atuação em emergências zoossanitárias exige preparação, especialmente nos âmbitos locais e estaduais, incluindo conhecimento atualizado sobre os sistemas e processos de produção e comercialização pecuária, com identificação dos principais fluxos e elos existentes.
Certo
A delimitação preliminar da área de emergência, em um primeiro momento, deve envolver uma área mais ampla que garanta alta probabilidade de incluir todos
os casos, até que se tenha melhor conhecimento sobre a extensão e intensidade do problema e informações mais específicas sejam obtidas.
Certo
Essa delimitação inicial deve ser realizada de forma imediata, sob responsabilidade do MAPA e com conhecimento e participação dos SVE envolvidos.
Essa delimitação inicial deve ser realizada de forma imediata, sob responsabilidade do MAPA e com conhecimento e participação dos SVE envolvidos. Nas ocorrências de febre aftosa registradas no Brasil têm-se adotado como critério inicial de interdição, a área total dos municípios atingidos pelo raio de 25 km medidos a partir do foco índice, associado à avaliação de questões como: existência de barreiras geográficas; malha viária; capacidade de rápida implantação e pré-existência de pontos de controle; sistema de produção pecuária predominante e avaliação inicial sobre as vulnerabilidades da região e sobre a inter-relação econômica e social com outras localidades do País.
Essa é uma abordagem prática para uma tomada de decisão inicial, mas que, entretanto, não se aplica a todas as situações e regiões. É importante reforçar que a área de interdição inicial deve ser factível, ou
seja, permitir adequada e comprovada separação e controle, por parte do Serviço Veterinário Oficial (SVO), em relação ao restante do País. Em complemento, deve-se ter claro que o raio de 25 km representa apenas uma linha imaginária, não sendo recomendado como limite de interdição, bem como para implantação de postos
de controle.
O estabelecimento de raios no entorno de focos de doenças transmissíveis, como a febre aftosa, faz parte das recomendações da OIE desde a primeira versão do Código Terrestre, de 1968, até sua 10ª edição, de 2001, que contemplavam a seguinte definição de zona infectada: “território claramente delimitado dentro de um país onde se tem diagnosticado uma das
doenças inscritas no Código e cuja extensão deve ser definida e estabelecida pela autoridade veterinária, considerando o meio ambiente, os distintos fatores ecológicos e geográficos, todos os fatores epidemiológicos e o sistema de exploração
pecuária.
Referido território deverá estender-se em um raio de, pelo menos, 10 km em torno dos focos de doenças em regiões de cria intensiva, e de, pelo menos, 50 km nas regiões de cria extensiva”.
Especificamente o raio de 25 km vem sendo adotado no Brasil desde a década de 80, durante as atividades de controle de focos de febre aftosa, em decorrência de acordos comerciais com a União Europeia. Naquela época, nas áreas habilitadas pelo referido bloco econômico, a carne bovina exportada somente poderia ser obtida de animais localizados em propriedades sem registro de febre aftosa há mais de 60 dias e em cujo raio de 25 km não tivesse sido registrada a doença nos 30 dias anteriores à exportação.
Seu estabelecimento está fundamentado nas características de dispersão da doença e de movimentação de animais. Mostrou-se eficiente na época de controle da doença, sendo mantido como
parâmetro inicial para apoiar a definição das áreas iniciais de interdição durante as atividades de contenção e erradicação de focos de febre aftosa.
OIE: Referido território deverá estender-se em um raio de, pelo menos, 10 km em torno dos focos de doenças em regiões de cria intensiva, e de, pelo menos, 50 km nas regiões de cria extensiva”.
(Doenças em geral)
Certo
Prazos para restituição de condição sanitária
ZLSV
ZLSV
1) 3 meses: com sacrifício e sem vacina de emergência + vigilância
2) 3 meses: com sacrifício e com vacina de emergência, mas com sacrifício dos animais vacinados + vigilância
3) 6 meses: com sacrifício e com vacina de emergência, mas SEM sacrifício dos animais vacinados, mas NÃO mantém a vacinação + vigilância por estudo sorológico para deteccção de AC contra PNE para demonstrar que não há indício de infecção
4) 6 meses: com sacrifício, com vacina de emergência, NÃO sacrifício dos animais vacinados e MANUTENÇÃO DA VACINA + vigilância -»» TORNA-SE ZLCV
5) 12 meses: SEM sacrifício e SEM vacina -> ZLSV
6) 24 meses: SEM sacrifício, COM vacina, Mantém a vacina -»»» TORNA-SE ZLCV
Prazos para restituição de condição sanitária
ZLCV
1) 6 meses: Com sacrifício e com vacina de emergência
2) 12 meses: SEM sacrifício e COM vacina
3) 24 meses: SEM sacrifício e SEM vacina
O sacrifício sanitário representa a estratégica principal para utilização no início da intervenção zoossanitária, complementada por posterior vigilância para avaliação de indícios de infecção ou transmissão viral.
Certo
OIE
“Sacrifício”: morte de um animal por sangria
Significa o abate de animais em matadouros, seguido de APROVEITAMENTO de POA. Não se recomenda o procedimento de morte por sangria em estabelecimentos rurais.
“Sacrifício Sanitário”: estratégia para eliminar um foco e realizada sob autoridade veterinária, sendo:
a) matança dos animais doentes ou suspeitos ou outros rebanhos expostos.
b) destinação dos animais mortes ou POA por transformação, incineração ou enterrio.
c) limpeza e desinfecção das explorações rurais.
Sacrifício Sanitário significa a eliminação dos animais, seja no estabelecimento rural ou até mesmo em matadouros, não considerando aproveitamento. O sacrifício sanitário pressupõe a indenização do produtor.
Seja o sacrifício ou sacrifício sanitário, nenhum desses tem validade se não realizados sob controle supervisão do SVO.
Quando tratar-se animais de comprovada relevância zootécnica ou genética, devem ser avaliados criteriosamente, buscando-se alternativas ao sacrifício, DESDE QUE eles não estejam infectados ou haja comprometimento das operações de saneamento da região, cabendo a decisão final ao MAPA.
Certo