Pediatria-afecçoes Esofagicas,estomago e Intestino Flashcards
Quais principais afecções do esôfago
Atresia esofágica e Fístulas traqueoesofágicas Fenda laríngea e laringotraqueoesofágica DRG Lesões esofágica por corpo estranho e substâncias químicas. Estenoses esofágicas Estenose congênita do esôfago Perfuração do esôfago Duplicação do esôfago Acalasia
Quais anomalias associadas a AE
VACTREL : vertebral,anorretal,cardíaca,traqueoesofagica,renal e extremidades ou membros.
Qual classificação é mais comum na AE
Classificação de gross tipo C
Como é feito o diagnóstico da AE
Pre natal:
- USG(polidramnio, bolha gástrica pequeno,estômago pequeno e esôfago cervical dilatado), RNM(não visualiza o esôfago)
- pós natal: sonda via oral para testar latência , usar bário como contraste no raio x se houver dúvida diagnóstica, acúmulo de saliva na boca
Quais exames complementares fazer na AE
Broncoscopia— identificar fístula distal (carina)
Eco - saber se tem malformações cardíacas
USG renal
Rx de coluna
Fazer esses exames para descartar qualquer malformações associadas
Tratamento da AE pré operatória e tratamento cirúrgico
- Sonda grossa no esôfago proximal com aspiração contínua
- Decúbito lateral pois a criança tem uma salivação continua que pode gerar um pneumonia aspirativa
- Acesso,monitorização,iot e vm se tiver desconforto resp
- Ligadura da fístula- crianças muito descompensadas pois pode ir ar para o TGI e dificulta sua respiração
- Gastrostomia duplas para a descompensação gástrica e uma sonda para cima e para baixo pra respiração e alimentação
Correção cirúrgica:
Feita quando o paciente fez todos os exames e se a criança estiver bem para operar.
Toracotomia ou toracoscopia
Anastomose primária
Tratamento para AE sem fístula
- Gastrostomia dupla para descompressão e alimentação • Estômago pequeno
- Reconstrução esofágica
o Algumas semanas a 3 meses
o Manter com aspiração contínua do coto proximal - Evitar esofagostomia cervical
- Técnicas de alongamento esofágico
- Substituição esofágica
Quais complicações pós operatórias da AE
Fístula anastomótica Deiscência da anastomose recidiva da fístula traqueoesofagica Traqueomalacia Distúrbio peristáltico RGE Ca esofágico Morbidade resp ou relacionado a toracotomia (associada a problemas de coluna)
Características da fenda laringe e LTE
- Comunicação na linha média da laringe, traquéia, brônquios, faringe e esôfago superior
- Malformações associadas
- Sintomas variam de acordo com a extensão da fenda( insuficiência resp e cianose,rouquidão,pneumonia aspirativa recorrente)
Qual diagnóstico e tratamento dessas fendas LTE
DIAGNÓSTICO
- RX contrastado
- Traqueobroncoscopia
TRATAMENTO: de acordo com o tipo e anomalias associadas
- Dieta por SNG
- Medicação antirrefluxo
- GTM + VAR
Características patológicas da DRGE
• Desnutrição significativa
• Crescimento inadequado (consumo calórico ineficiente)
• Complicações respiratórias
• Risco à vida
o Precisa de intervenção clínica e/ou cirúrgica
Principais sintomas da DRGE
- Ânsia de vômito – Aumento espasticidade – Aumento pressão abdominal
- Deglutição deficiente – Esgasgos/Sufocação – Aumento intermitente da pressão abdominal
- Desenvolvimento de hérnia de hiato – Predispõe mais à DRGE
Esofagite por inflamação crônica — pode formar úlcera que cicatriza e gera uma estenose.
Quais anomalias congênitas predispõe a DRGE
- Atresia esofágica com ou sem fístula
• Peristaltismo anormal / EEI incompetente - Atresias duodenais e do intestino delgado proximal
- Hérnia diafragmática congênita
• Anormalidades anatômicas do hiato e do esôfago - Gastrosquise / Onfalocele
Quais são as consequências da DRGE
- Esofagite erosiva
- Estenose
- Esôfago de Barrett (pré-maligna)
• Epitélio escamoso substituído por colunar com metaplasia - Complicações pulmonares
• Doença reativa das vias aéreas
• Pneumonia - Desnutrição (incapacidade de manter ingesta calórica adequada)
- Episódios de apnéia (crises com risco à vida)
Qual apresentação clínica da DRGE
- Regurgitação persistente (mais comum)
- Irritabilidade / Choro apesar de consolo (causada pela dor – refluxato ácido)
- Dor retrosternal / Pirose (mais velhos)
- Disfagia (estenose e distúrbio de motilidade esofágica por inflamação)
- Sintomas obstrutivos e dor (estenose)
- Sintomas respiratórios(tosse crônica,sibilância,sufocação,apneia,bronquite/pneumonia)
- Hemorragia - incomum
Como é feito o diagnóstico e o tratamento da DRGE?
DIAGNÓSTICO
- História clínica (determinar necessidade de terapia)
- EED- esôfago estômago duodenopatia
- Phmetria 24hs (GS) – não indicado para casos não complicados
- Manometria esofágica (raro uso pediátrico)
- EDA (ocasionalmente necessária)
Tratamento
Individualizado
- Considera: Idade,Informações anatômicas, Intensidade da doença e ambiente social
- Tratamento não operatório é a terapia inicial na maioria
- Tratamento clínico
- Tratamento cirúrgico
Qual tratamento clínico da DRG?
Medidas posturais e alimentação
• Redução do volume (sem privação calórica)
• Dieta pobre em gordura
Terapia farmacológica
• Se persistir sintomas apesar de medida postural e dietética
o Procinéticos: cisaprida e metoclopramida não são seguros
o Redução da acidez: antagonistas dos receptores histamina-2 (ranitidina) ou IBPs (omeprazol na esofagite intensa e casos refratários)
Quando realizar tratamento cirúrgico da DRGE? E quais técnicas?
- Após falha do tratamento clínico
• Crescimento insatisfatório (atraso do crescimento ou falta de ganho de peso apropriado) - Esôfago de Barrett e estenose
- Hérnia de hiato
- Fundoplicatura Nissen
- Gastrostomia
Complicações da lesão esofágica por corpo o estranho
- Fístula aorto-esofágica
- Perfuração
- Estenose esofágica
- Fístula traqueoesofágica
- Dificuldade respiratória
Qual a clínica da lesão esofágica por corpo estranho, seu diagnóstico e tratamento
CLÍNICA - Mais Assintomáticas que os adultos - Mais sintomas respiratórios - Suspeitar quando: • Salivação excessiva • Recusa de alimentos • Tosse inexplicável • Engasgos
DIAGNÓSTICO: RX de tórax AP+P
TRATAMENTO: Remoção endoscópica
Causas da lesão esofágica por substâncias químicas
- Ingestões acidentais
- Produtos de limpeza doméstica
- Extensão da lesão depende da composição da substância
- Ácido: mais lesão gástrica
- Álcali: mais lesão esofágica
Quais fases da lesão álcali
- Necrose liquefativa
- Fase de reparação (5 dias a 2 semanas)—Parede esofágica mais fina, risco de perfuração
- Retração cicatricial (após 2 semanas)—Possível formação de estenose esofágica
Clínica da lesão esofágica por substâncias químicas
Assintomático,Náuseas,Vômitos,Disfagia,Odinofagia,Salivação,Dor abdominal,Dor torácica
,Estridor.
Ausência de sintomas ou lesões na orofaringe não exclui lesão esofágica
• História da ingesta
Presença de 3 ou mais sintomas é preditor de lesão esofágica grave
• Lesões na face e orofaríngeas
Qual tratamento da lesão esofágica por substâncias químicas
Inicial: Manejo das vias aéreas e reanimação
- Laringoscopia direta (edema de laringe)
- Não induzir vômito (exposição adicional à substância)
- Rx de abdome e tórax (procura de sinais de perfuração)
- Tc de tórax (casos selecionados)
- Avaliação endoscópica (24-48hs)
Qual classificação da lesão cáustica ?
Avaliação endoscópica
- 1° grau: superficiais (edema e eritema de mucosa)
- 2° Grau envolve mucosa, submucosa e muscular (ulceração profunda e tecido de granulação)
Ocorre deposição de colágeno e contração (estenose pode ocorrer)
A: friabilidade,hemorragia,bolhas,erosões,eritema,esxudato branco
B: achados da A+ulceração profunda ou circunferencial
- 3° grau: lesões transmurais (ulcerações profundas com esôfago enegrecido)
A: área pequena e dispersa de necrose
B:necrose extensa
Pode resultar em perfuração esofágica
o Graus 2b e 3 : 70-100% desenvolve estenose
o Classificação prediz risco de complicação
Qual tratamento das lesões esofágicas por substâncias químicas?
TRATAMENTO
- Grau 1 e 2a
• Alimentação oral permitida
• Alta após desaparecimentos dos sintomas
- Grau 2b e 3
• Observar por 24-48hs
• Fase aguda: ATB / Corticóides / inibidor de bomba de próton (sem protocolo)
• Passagem de sonda para alimentação por EDA
• Em seguida avançar dieta
• RX constrastado em 21 dias (estenose)
o Estenose = dilatação gradual / Refratário = Ressecção cirúrgica
Quando fazer tratamento cirúrgico nas lesões esofágicas por substâncias químicas
- Falha no tratamento endoscópico
- Malignização
- Estenoses longas
- Estenoses estreitas
- Complicação tardia: carcinoma esofágico
• Vigilância a longo prazo
Qual a clínica das estenoses esofagicas
- Vômitos
- Déficit de crescimento
- Doença pulmonar concomitante
- Hérnia hiatal (pode estar presente)
Como fazer o diagnóstico da estenose esofágica
Raio X contrastado EED
Qual tratamento das estenoses esofágicas ?
Benignas: alívio da obstrução e correção do refluxo
DRGE descontrolada
- Medicamentos: inibidor de bomba de próton
- Suporte nutricional
- Otimização respiratória
- Dilatação EDA (velas e balão)
- Fundoplicatura
- Ressecção da estenose e interposição de enxerto
Quais causas de estenoses esofágicas benignas ?
- Esofagite de refluxo (curtas e no 1/3 inferior do esôfago)
- Ingestão de corrosivos (longas irregulares)
- Cicatrização anastomótica (discretas e curtas) o DRGE pode agravar
Apresentação clínica na estenose congênita do esôfago
-Maioria assintomática ao nascimento
- Início dos sintomas
• 4 a 10 meses de vida (introdução de comida sólida)
o Vômitos
o Disfagia
o Déficit do crescimento
o Sintomas respiratórios (10%)
Como é feito o diagnóstico da estenose congênita do esôfago
- Esofagograma
• Estenose abrupta ou cônica
• Comum na junção terço médio e distal - Avaliação adicional
• Phmetria e EDA (excluir DRGE associada a estenose e esofagite) - Dilatação (sem benefício a longo prazo)
- Ressecção da estenose (toracotomia e toracoscopia E) anastomose términoterminal
Qual tratamento da estenose congênita do esôfago
- EDA: Dilatação (sem benefício a longo prazo)
- Cirúrgico
• Ressecção da estenose (toracotomia e toracoscopia E)
• Anastomose términoterminal
Quais principais causas da perfuração do esôfago
- Lesões iatrogênicas (80%) • Inserção de sondas • Dilatações de estenose (mais comum / esôfago torácico) • Intubação orotraqueal - Resultado de ingestão de corpos estranhos/substâncias cáusticas - Espontâneas - Infecciosas - Traumáticas
Qual apresentação clínica da perfuração de esôfago
- Dificuldade respiratória
- Disfagia
- Febre
- Dor torácica
- Enfisema subcutâneo
Como é feito o diagnóstico da perfuração de esôfago
- Rx de tórax AP+P Perfuração do Esôfago - Esofagograma com contraste - TC de tórax • Pneumomediastino • Derrame pleural • Espessamento da parede esofágica
Tratamento para perfuração do esôfago
- Maioria abordagem conservadora agressiva
• ATB largo espectro
• SNG (se possível) – alimentação durante cicatrização / Nutrição parenteral
• Drenagem torácica (se pneumo-hidrotórax) - Cirurgia exploratória
• Deterioração clínica do paciente
• Refluxo esofageano persistente apesar do tratamento
• Derrame pleural volumoso ou grande
Quais apresentações clínicas da duplicação do esôfago
- Sintomas respiratórios
- Vômitos
- Regurgitação
- Possível massa cervical
Como é feito o diagnóstico da duplicação de esôfago
Esofagograma com contraste
Qual tratamento para duplicação de esôfago
Ressecção cirúrgica
O que é acalasia ?
- Desordem crônica da motilidade esofágica
• Peristaltismo esofágico ausente ou pobre
• Falha do EEI em relaxar durante a deglutição - Etiologia específica desconhecida
• Associação com síndromes
Quais sintomas relacionados a acalasia
Depende da idade: - RN e lactentes • Regurgitação frequente • Asfixia • Pneumonia • Retardo no crescimento
- Crianças mais velhas (semelhante ao adulto)
• Disfagia
• Vômitos
• Perda de peso
o Frequentemente atribuídos DRGE (que persiste após medicação)
Como é feito o diagnóstico de acalasia
- Esofagograma contrastado
• Sinal do “bico de pássaro” - Esofagomanometria
• Elevada pressão do EEI
• Incapacidade de relaxamento do esfíncter durante a deglutição
• Contrações peristálticas não progressivas, de baixa amplitude ou ausentes no esôfago
Qual tratamento para acalasia ?
- Doença de base sem cura
- Objetivo
• Reduzir pressão do EEI para facilitar esvaziamento
• Melhorar sintomas - Agentes farmacológicos
• Nitratos ou bloqueadores do canal de cálcio (efeito temporário) - Injeção intraesficteriana de Botox (recidiva)
- Dilatação mecânica (recidiva)
- Esofagomiotomia
*Risco 16x maior de desenvolver câncer esofágico após tratamento