Pediatria-afecçoes Esofagicas,estomago e Intestino Flashcards
Quais principais afecções do esôfago
Atresia esofágica e Fístulas traqueoesofágicas Fenda laríngea e laringotraqueoesofágica DRG Lesões esofágica por corpo estranho e substâncias químicas. Estenoses esofágicas Estenose congênita do esôfago Perfuração do esôfago Duplicação do esôfago Acalasia
Quais anomalias associadas a AE
VACTREL : vertebral,anorretal,cardíaca,traqueoesofagica,renal e extremidades ou membros.
Qual classificação é mais comum na AE
Classificação de gross tipo C
Como é feito o diagnóstico da AE
Pre natal:
- USG(polidramnio, bolha gástrica pequeno,estômago pequeno e esôfago cervical dilatado), RNM(não visualiza o esôfago)
- pós natal: sonda via oral para testar latência , usar bário como contraste no raio x se houver dúvida diagnóstica, acúmulo de saliva na boca
Quais exames complementares fazer na AE
Broncoscopia— identificar fístula distal (carina)
Eco - saber se tem malformações cardíacas
USG renal
Rx de coluna
Fazer esses exames para descartar qualquer malformações associadas
Tratamento da AE pré operatória e tratamento cirúrgico
- Sonda grossa no esôfago proximal com aspiração contínua
- Decúbito lateral pois a criança tem uma salivação continua que pode gerar um pneumonia aspirativa
- Acesso,monitorização,iot e vm se tiver desconforto resp
- Ligadura da fístula- crianças muito descompensadas pois pode ir ar para o TGI e dificulta sua respiração
- Gastrostomia duplas para a descompensação gástrica e uma sonda para cima e para baixo pra respiração e alimentação
Correção cirúrgica:
Feita quando o paciente fez todos os exames e se a criança estiver bem para operar.
Toracotomia ou toracoscopia
Anastomose primária
Tratamento para AE sem fístula
- Gastrostomia dupla para descompressão e alimentação • Estômago pequeno
- Reconstrução esofágica
o Algumas semanas a 3 meses
o Manter com aspiração contínua do coto proximal - Evitar esofagostomia cervical
- Técnicas de alongamento esofágico
- Substituição esofágica
Quais complicações pós operatórias da AE
Fístula anastomótica Deiscência da anastomose recidiva da fístula traqueoesofagica Traqueomalacia Distúrbio peristáltico RGE Ca esofágico Morbidade resp ou relacionado a toracotomia (associada a problemas de coluna)
Características da fenda laringe e LTE
- Comunicação na linha média da laringe, traquéia, brônquios, faringe e esôfago superior
- Malformações associadas
- Sintomas variam de acordo com a extensão da fenda( insuficiência resp e cianose,rouquidão,pneumonia aspirativa recorrente)
Qual diagnóstico e tratamento dessas fendas LTE
DIAGNÓSTICO
- RX contrastado
- Traqueobroncoscopia
TRATAMENTO: de acordo com o tipo e anomalias associadas
- Dieta por SNG
- Medicação antirrefluxo
- GTM + VAR
Características patológicas da DRGE
• Desnutrição significativa
• Crescimento inadequado (consumo calórico ineficiente)
• Complicações respiratórias
• Risco à vida
o Precisa de intervenção clínica e/ou cirúrgica
Principais sintomas da DRGE
- Ânsia de vômito – Aumento espasticidade – Aumento pressão abdominal
- Deglutição deficiente – Esgasgos/Sufocação – Aumento intermitente da pressão abdominal
- Desenvolvimento de hérnia de hiato – Predispõe mais à DRGE
Esofagite por inflamação crônica — pode formar úlcera que cicatriza e gera uma estenose.
Quais anomalias congênitas predispõe a DRGE
- Atresia esofágica com ou sem fístula
• Peristaltismo anormal / EEI incompetente - Atresias duodenais e do intestino delgado proximal
- Hérnia diafragmática congênita
• Anormalidades anatômicas do hiato e do esôfago - Gastrosquise / Onfalocele
Quais são as consequências da DRGE
- Esofagite erosiva
- Estenose
- Esôfago de Barrett (pré-maligna)
• Epitélio escamoso substituído por colunar com metaplasia - Complicações pulmonares
• Doença reativa das vias aéreas
• Pneumonia - Desnutrição (incapacidade de manter ingesta calórica adequada)
- Episódios de apnéia (crises com risco à vida)
Qual apresentação clínica da DRGE
- Regurgitação persistente (mais comum)
- Irritabilidade / Choro apesar de consolo (causada pela dor – refluxato ácido)
- Dor retrosternal / Pirose (mais velhos)
- Disfagia (estenose e distúrbio de motilidade esofágica por inflamação)
- Sintomas obstrutivos e dor (estenose)
- Sintomas respiratórios(tosse crônica,sibilância,sufocação,apneia,bronquite/pneumonia)
- Hemorragia - incomum
Como é feito o diagnóstico e o tratamento da DRGE?
DIAGNÓSTICO
- História clínica (determinar necessidade de terapia)
- EED- esôfago estômago duodenopatia
- Phmetria 24hs (GS) – não indicado para casos não complicados
- Manometria esofágica (raro uso pediátrico)
- EDA (ocasionalmente necessária)
Tratamento
Individualizado
- Considera: Idade,Informações anatômicas, Intensidade da doença e ambiente social
- Tratamento não operatório é a terapia inicial na maioria
- Tratamento clínico
- Tratamento cirúrgico
Qual tratamento clínico da DRG?
Medidas posturais e alimentação
• Redução do volume (sem privação calórica)
• Dieta pobre em gordura
Terapia farmacológica
• Se persistir sintomas apesar de medida postural e dietética
o Procinéticos: cisaprida e metoclopramida não são seguros
o Redução da acidez: antagonistas dos receptores histamina-2 (ranitidina) ou IBPs (omeprazol na esofagite intensa e casos refratários)
Quando realizar tratamento cirúrgico da DRGE? E quais técnicas?
- Após falha do tratamento clínico
• Crescimento insatisfatório (atraso do crescimento ou falta de ganho de peso apropriado) - Esôfago de Barrett e estenose
- Hérnia de hiato
- Fundoplicatura Nissen
- Gastrostomia
Complicações da lesão esofágica por corpo o estranho
- Fístula aorto-esofágica
- Perfuração
- Estenose esofágica
- Fístula traqueoesofágica
- Dificuldade respiratória
Qual a clínica da lesão esofágica por corpo estranho, seu diagnóstico e tratamento
CLÍNICA - Mais Assintomáticas que os adultos - Mais sintomas respiratórios - Suspeitar quando: • Salivação excessiva • Recusa de alimentos • Tosse inexplicável • Engasgos
DIAGNÓSTICO: RX de tórax AP+P
TRATAMENTO: Remoção endoscópica
Causas da lesão esofágica por substâncias químicas
- Ingestões acidentais
- Produtos de limpeza doméstica
- Extensão da lesão depende da composição da substância
- Ácido: mais lesão gástrica
- Álcali: mais lesão esofágica
Quais fases da lesão álcali
- Necrose liquefativa
- Fase de reparação (5 dias a 2 semanas)—Parede esofágica mais fina, risco de perfuração
- Retração cicatricial (após 2 semanas)—Possível formação de estenose esofágica
Clínica da lesão esofágica por substâncias químicas
Assintomático,Náuseas,Vômitos,Disfagia,Odinofagia,Salivação,Dor abdominal,Dor torácica
,Estridor.
Ausência de sintomas ou lesões na orofaringe não exclui lesão esofágica
• História da ingesta
Presença de 3 ou mais sintomas é preditor de lesão esofágica grave
• Lesões na face e orofaríngeas
Qual tratamento da lesão esofágica por substâncias químicas
Inicial: Manejo das vias aéreas e reanimação
- Laringoscopia direta (edema de laringe)
- Não induzir vômito (exposição adicional à substância)
- Rx de abdome e tórax (procura de sinais de perfuração)
- Tc de tórax (casos selecionados)
- Avaliação endoscópica (24-48hs)
Qual classificação da lesão cáustica ?
Avaliação endoscópica
- 1° grau: superficiais (edema e eritema de mucosa)
- 2° Grau envolve mucosa, submucosa e muscular (ulceração profunda e tecido de granulação)
Ocorre deposição de colágeno e contração (estenose pode ocorrer)
A: friabilidade,hemorragia,bolhas,erosões,eritema,esxudato branco
B: achados da A+ulceração profunda ou circunferencial
- 3° grau: lesões transmurais (ulcerações profundas com esôfago enegrecido)
A: área pequena e dispersa de necrose
B:necrose extensa
Pode resultar em perfuração esofágica
o Graus 2b e 3 : 70-100% desenvolve estenose
o Classificação prediz risco de complicação
Qual tratamento das lesões esofágicas por substâncias químicas?
TRATAMENTO
- Grau 1 e 2a
• Alimentação oral permitida
• Alta após desaparecimentos dos sintomas
- Grau 2b e 3
• Observar por 24-48hs
• Fase aguda: ATB / Corticóides / inibidor de bomba de próton (sem protocolo)
• Passagem de sonda para alimentação por EDA
• Em seguida avançar dieta
• RX constrastado em 21 dias (estenose)
o Estenose = dilatação gradual / Refratário = Ressecção cirúrgica
Quando fazer tratamento cirúrgico nas lesões esofágicas por substâncias químicas
- Falha no tratamento endoscópico
- Malignização
- Estenoses longas
- Estenoses estreitas
- Complicação tardia: carcinoma esofágico
• Vigilância a longo prazo
Qual a clínica das estenoses esofagicas
- Vômitos
- Déficit de crescimento
- Doença pulmonar concomitante
- Hérnia hiatal (pode estar presente)
Como fazer o diagnóstico da estenose esofágica
Raio X contrastado EED
Qual tratamento das estenoses esofágicas ?
Benignas: alívio da obstrução e correção do refluxo
DRGE descontrolada
- Medicamentos: inibidor de bomba de próton
- Suporte nutricional
- Otimização respiratória
- Dilatação EDA (velas e balão)
- Fundoplicatura
- Ressecção da estenose e interposição de enxerto
Quais causas de estenoses esofágicas benignas ?
- Esofagite de refluxo (curtas e no 1/3 inferior do esôfago)
- Ingestão de corrosivos (longas irregulares)
- Cicatrização anastomótica (discretas e curtas) o DRGE pode agravar
Apresentação clínica na estenose congênita do esôfago
-Maioria assintomática ao nascimento
- Início dos sintomas
• 4 a 10 meses de vida (introdução de comida sólida)
o Vômitos
o Disfagia
o Déficit do crescimento
o Sintomas respiratórios (10%)
Como é feito o diagnóstico da estenose congênita do esôfago
- Esofagograma
• Estenose abrupta ou cônica
• Comum na junção terço médio e distal - Avaliação adicional
• Phmetria e EDA (excluir DRGE associada a estenose e esofagite) - Dilatação (sem benefício a longo prazo)
- Ressecção da estenose (toracotomia e toracoscopia E) anastomose términoterminal
Qual tratamento da estenose congênita do esôfago
- EDA: Dilatação (sem benefício a longo prazo)
- Cirúrgico
• Ressecção da estenose (toracotomia e toracoscopia E)
• Anastomose términoterminal
Quais principais causas da perfuração do esôfago
- Lesões iatrogênicas (80%) • Inserção de sondas • Dilatações de estenose (mais comum / esôfago torácico) • Intubação orotraqueal - Resultado de ingestão de corpos estranhos/substâncias cáusticas - Espontâneas - Infecciosas - Traumáticas
Qual apresentação clínica da perfuração de esôfago
- Dificuldade respiratória
- Disfagia
- Febre
- Dor torácica
- Enfisema subcutâneo
Como é feito o diagnóstico da perfuração de esôfago
- Rx de tórax AP+P Perfuração do Esôfago - Esofagograma com contraste - TC de tórax • Pneumomediastino • Derrame pleural • Espessamento da parede esofágica
Tratamento para perfuração do esôfago
- Maioria abordagem conservadora agressiva
• ATB largo espectro
• SNG (se possível) – alimentação durante cicatrização / Nutrição parenteral
• Drenagem torácica (se pneumo-hidrotórax) - Cirurgia exploratória
• Deterioração clínica do paciente
• Refluxo esofageano persistente apesar do tratamento
• Derrame pleural volumoso ou grande
Quais apresentações clínicas da duplicação do esôfago
- Sintomas respiratórios
- Vômitos
- Regurgitação
- Possível massa cervical
Como é feito o diagnóstico da duplicação de esôfago
Esofagograma com contraste
Qual tratamento para duplicação de esôfago
Ressecção cirúrgica
O que é acalasia ?
- Desordem crônica da motilidade esofágica
• Peristaltismo esofágico ausente ou pobre
• Falha do EEI em relaxar durante a deglutição - Etiologia específica desconhecida
• Associação com síndromes
Quais sintomas relacionados a acalasia
Depende da idade: - RN e lactentes • Regurgitação frequente • Asfixia • Pneumonia • Retardo no crescimento
- Crianças mais velhas (semelhante ao adulto)
• Disfagia
• Vômitos
• Perda de peso
o Frequentemente atribuídos DRGE (que persiste após medicação)
Como é feito o diagnóstico de acalasia
- Esofagograma contrastado
• Sinal do “bico de pássaro” - Esofagomanometria
• Elevada pressão do EEI
• Incapacidade de relaxamento do esfíncter durante a deglutição
• Contrações peristálticas não progressivas, de baixa amplitude ou ausentes no esôfago
Qual tratamento para acalasia ?
- Doença de base sem cura
- Objetivo
• Reduzir pressão do EEI para facilitar esvaziamento
• Melhorar sintomas - Agentes farmacológicos
• Nitratos ou bloqueadores do canal de cálcio (efeito temporário) - Injeção intraesficteriana de Botox (recidiva)
- Dilatação mecânica (recidiva)
- Esofagomiotomia
*Risco 16x maior de desenvolver câncer esofágico após tratamento
Quais são as indicações para uma substituição esofágica?
- Atresia de esôfago long-gap
- Falha no reparo primário da atresia de esôfago
- Estenoses relacionadas com refluxo ou lesões corrosivas
Quais complicações uma substituição esofágica pode gerar?
- Insuficiência vascular com necrose da interposição (mais grave)
- Jejuno ou cólon
- Deiscência anastomótica (tensão ou isquemia)
- Estenoses
- Ulceração por refluxo e estase
Quais principais afecções do estômago?
- Estenose Hipertrófica do Piloro
- Atresia Pilórica
- Perfuração Gástrica
- Doença ulcerosa péptica
- Duplicação gástrica
- Microgastria
- Membrana pré-pilórica
- Volvo gástrico
- Corpo estranho e Bezoar
Quais fatores de risco para estenose hipertrofia a do piloro?
- História familiar
- Gênero
- Idade materna mais baixa
- Primogênito
- Padrões de alimentação materna
ETIOLOGIA
- Desconhecida
- Provável multifatorial com influências ambientais
Apresentações clínicas da EHP
- Vômitos não biliosos
- Neonato a termo entre 2 a 8 semanas
- Desidratação (queda do estado geral e sonolência)
- Distúrbio metabólico
- Ondas peristálticas epigástrio e quadrante superior esquerdo
- Oliva pilórica palpável em 72-89%
Diagnóstico da EHP
- USG (GS)
• Espessura muscular 4mm ou mais
• Canal pilórico de 16mm ou mais - EED
• Quando achados do USG são duvidosos
Diagnósticos diferenciais da EHP
• RGE • Gastroenterite • Hipertensão intracraniana • Transtornos metabólicos • Causas anatômicas o Membrana pré-pilórica o Cisto de duplicação do intestino primitivo o Tumores gástricos o Tumor que cause compressão gástrica extrínseca
Tratamento da EHP
- Compensação clínica
- Exames laboratoriais (eletrólitos e gasometria)
- Reposição volêmica
- Correção de distúrbios hidroeletrolíticos (alcalose metabólica hipoclorêmica e e hipocalêmica)
- Descompressão gástrica para evitar aspiração
- Cirurgia: Piloromiotomia
Características da atresia pilorica
- Sintomas de obstrução gástrica
- Associação a outras anomalias congênitas (40%)
- RX abdome em bolha única
- Estudo contrastado
Classificação da atresia pilorica
- Tipo I: membrana mucosa ou tecido obstruindo a luz
- Tipo II: Canal pilórico é um cordão sólido
- Tipo III: existe um espaço entre o estômago e o duodeno
tratamento é cirúrgico
Causas de perfuração gástrica
- Perfuração espontânea do RN (prematuros)
- Perfuração iatrogênica por instrumentação
- Doença ulcerosa péptica (raro)
- Trauma
- Distensão abdominal
- Sinais de sepse ou choque
Clínica da perfuração gástrica
Distensão abdominal
Sinais de sepse ou choque
Tratamento é cirúrgico
Doença ulcerosa peptica, características
- Raro em crianças
- Associação com H. pylori
Qual tratamento da Doença ulcerosa peptica
- Eradicação H. pylori
• IBP + Amoxicilina + Claritromicina (Metronidazol) - Cirurgia para complicações
• Perfuração
• Obstrução de saída gástrica
Qual a clínica e tratamento da duplicação gástrica?
- Vômitos
- Recusa alimentar
- Massa epigástrica
- Em geral na grande curvatura
TRATAMENTO: Cirúrgico
(Associação com anormalidades dos ductos pancreáticos)
Características da microgastria
- Raro
- Geralmente associada a outras anomalias
• VACTREL
• Fenda traqueoesofágica
• Má rotação
• Asplenia - Alimentação via jejunal
- Cirurgia: ampliação gástrica
Qual etiologia da membrana pré pilorica
Congênita ou processo inflamatório
Características da membrana pré pilorica
- Obstrução do esvaziamento gástrico
- Rx contrastado
TRATAMENTO
- Reposição volêmica
- Cirurgia
- Tratamento endoluminal no futuro
Quais causas de volvo gástrico
Causa primária
• Ligamentos gástricos frouxos
- Causa secundária
• Hérnia paraesofágica
• Hérnia diafragmática - Náuseas intratáveis
Sintomas mais comuns do volvo gástrico
Dor abdominal, náuseas intratáveis,impossibilidade de passar sonda nasogástrica
Clínica:
- Obstrução gástrica intermitente ou completa
- Isquemia
- Dor
- Sangramento
Qual tratamento de volvo gástrico
- Reposição volêmica
- Descompressão gástrica
- Cirurgia (Gastropexia)
Características de corpo estranho gástrico
- Não constitui problema se passou pelo esôfago
- Exceção: baterias
- Remoção com EDA
O que é bezoar ? E como tratar
É o acúmulo hermético de material parcialmente ou não digerido que pode causar incomum de obstrução gástrica e dor abdominal crônica
Tratamento:
- EDA quando pequenos
- Cirurgia
Principais afecções intestinais
- Atresia e estenose Duodenal
- Atresia e estenose Jejunoileal
- Atresia Colônica
- Má rotação
- Rolha Meconial
- Enterocolite Necrosante
- Doença de Hirschsprung (Megacólon Congênito)
- Anomalias Anorretais (AAR)
- Duplicações do trato digestivo
- Transtornos Anorretais adquiridos
Etiologias da atresia e estenose duodenal
- Intrínseca: Atresia (mais comum)
- Extrínseca
• Defeito de estruturas vizinhas
• Pâncreas (Pâncreas anular)
• Veia porta pré-duodenal
• Má rotação
• Banda de Ladd
Qual clínica da atresia e da estenose duodenal
- Atresia
• Vômitos biliosos nas primeiras horas de vida
• Distensão abdominal - Estenose
• Diagnóstico retardado
• Vômitos e distensão gástrica após alimentação
Como é feito o diagnóstico da atresia e estenose duodenal pré e pós natal ?
- Pré-natal: USG
• Polidrâmnio
• Sinal da dupla bolha
- Pós natal: • RX de abdome o Sinal da dupla bolha o Ausência de gás no intestino distal • Estudo contrastado
Qual tratamento da atresia e estenose duodenal ?
- Correção hidroeletrolítica
- Descompressão gástrica
- Cirurgia: Anastomose à Diamond shape
• Checar patência do TGI
Causa de atresia e estenose jejunoileal
- Insulto isquêmico IU no intestino médio
• Uso de vasoconstrictores pela mãe
• Tabagismo materno no 1° T
Como se classifica e quando importância desta classificação na estenose jejunoileal
Através da classificação de grosfeld ( estenose,tipo I,tipo II, tipo IIIa, tipo IIIb e tipo IV-atresias múltiplas) e tem grande valor prognóstico e terapêutico.
Clínica da atresia e estenose jejunoileal
- USG pré-natal
• Alças dilatadas do intestino
• Polidrâmnio - Sintomas de obstrução intestinal
• Vômitos biliosos
• Distensão abdominal
Diagnóstico da atresia e estenose jejunoileal
- RX de abdome
- Estudo contrastado
• RX de transito intestinal
• Enema cólon de desuso
Diagnósticos diferenciais da atresia e estenose jejunoileal
Atresia colônica, volvo de intestino médio ,íleo mecônial,cistos de duplicação,hérnias internas,íleo infeccioso,hipotireoidismo.
Quais possíveis causas no atraso diagnóstico da atresia e estenose jejunoileal
- Sofrimento de alça com necrose e perfuração
- Risco de volvo nas atresias baixas - Desequilíbrio hidroeletrolítico,
- Sepse
Quais possíveis tratamentos para atresia e estenose jejunoileal
- Manejo pré-op
• Descompressão gástrica
• Correção hidroeletrolítica
• Iniciar ATB - Cirurgia
• Prevenção da Sd. Do intestino curto - Cuidados pós-op
• Nutrição parenteral
• Dieta VO quando possível
Tipos de atresia colonica
- 1/3 lesão congênita associada
CLASSIFICAÇÃO
- Tipo I (atresia)
- Tipo II (cordão)
- Tipo III (falha do mesentério)
Qual clínica apresentada na atresia colonica
- Distensão abdominal
- Vômitos biliosos
- Não eliminação de mecônio
Como fazer o diagnóstico de uma atresia colonica
- RX abdome
• Níveis hidroaéreos
• Alças dilatadas - Enema contrastado
• Cólon distal de pequeno calibre com obstrução
Qual tratamento da atresia colonica
Cirurgia de urgência - Risco de perfuração e volvo - Pesquisar megacólon (raro) • Abordagem estagiada: colostomia e fístula mucosa • Ressecção primária com anastomose
Características da má rotação intestinal
- Comum anomalias associadas
- Fixação inadequada do intestino
- Isolada
- Componente intrínseco
• Gastrosquise
• Onfalocele
• Hérnia diafragmática congênita
Quais formas mais comuns de má rotação
Não rotação, rotação incompleta e rotação reversa
Quais consequências de uma má rotação intestinal
Volvo e bandas peritoneais obstrutivas ao longo do duodeno.
Clínica apresentada na má rotação intestinal
- Vômitos biliosos repentinos
- EF: abdome escavado ou distendido leve em andar superior
- Comprometimento vascular: distensão progressiva e sinais de peritonite
- Sinais tardios: hiperemia de parede abdominal e choque
- Obstrução crônica quadro mais insidioso • Queixas não específicas • Dificuldade de crescimento • RGE • Saciedade precoce • Desconforto abdominal leve
-Crianças mais velhas: Sintomas vagos—Vômitos,Diarreia,Saciedade precoce,Inchaço,Dispepsia
Como é feito o diagnóstico de má rotação intestinal
- Estudos radiológicos
• “Mola enrolada” “saca-rolhas” – obstrução incompleta
• Duodeno em “bico de pássaro” – obstrução completa - USG doppler
• Inversão das posições da artéria e veia mesentérica superior
o Sinal do redemoinho no volvo agudo
• Posição do duodeno em relação artéria mesentérica superior
Qual tratamento da má rotação intestinal
- Pré-op para volvo
• Reposição hidroeletrolítica
• ATB largo espectro
• Cirurgia de emergência - Procedimento de Ladd
- Tratamento pós-op
• SNG e suporte parenteral (íleo prolongado)
Principais características da rolha meconial
- Comum
- Mecônio espesso
- Manifestação precoce da fibrose cística
- Quadro de obstrução intestinal
• Distensão abdominal
• Vômitos biliares - RX com distensão de alças e níveis hidroaéreos
- Lavagem intestinal com n-acetil cisteína
Características principais de uma enterocolite necrosante(ECN)
- Prematuros
- Baixo peso
- Alimentação com fórmula
- A termo: perfusão mesentérica reduzida
• Ruptura da barreira epitelial intestinal
• Translocação bacteriana
• Resposta imunológica exagerada ou inadequada
Quais achados clínicos na ECN
- Apnéia,Bradicardia,Letargia,Instabilidade térmica
- Intolerância alimentar (grande volume de resíduo gástrico)
- Distensão abdominal (mais comum),Sangue em fezes
- Irritação peritoneal,Peritonite generalizada,Alteração da coloração da parede abdominal,Massa/plastrão abdominal
Quais alterações laboratoriais apresenta a ECN
- Leucocitose/leucopenia
- Elevação de PCR
- Elevação lactato
Quais são os achados radiográficas na ECN
- Níveis hidroaéreos
- Distensão de alças
- Alças paréticas
- Edema de parede intestinal
- Pneumatose intestinal
- Pneumoperitônio
- Gás venoso portal
Como é feito o diagnóstico na ECN
USG Doppler • Viabilidade intestinal • Espessamento da parede intestinal • Peristaltismo • Coleções livres e focais
Quais tratamentos podem ser aplicados na ECN?
Clínico • Jejum • SOG • Ressuscitação intravenosa • ATB largo espectro com cobertura anaeróbia • Solicitar exames laboratoriais o 7–14–21dias
- Cirúrgico
• Piora clínica
• Agravamento dos achados radiológicos
Quais principais complicações da ECN?
Síndrome do intestino curto,
Complicações do estoma
Estenoses intestinais
O que é a Doença de Hirschsprung (DH) ou Megacólon Congênito?
- Ausência de células ganglionares no plexos mioentéricos e submucoso
- Associação com síndromes
Locais que mais são acometidas pelo megacolon congênito
80% zona de transição,10% colón proximal,5-10% aganglionose.
Apresentação clínica da DH
- Distensão abdominal
- Vômito bilioso
- Intolerância alimentar no período neonatal
- Falha de eliminação meconial nas 24hs (90%)
- Perfuração de ceco ou apêndice como evento inicial
10% dos RN: enterocolite
• Febre
• Distensão abdominal
• diarreia
Pacientes mais velhos:
Constipação,História de primeira evacuação tardia,Retardo no crescimento,Distensão abdominal,Dependência de enema sem encoprese significativa.
Como fazer Dx da DH
- RX de abdome: distensão difusa de alças intestinais
- Enema opaco: zona de transição
• Retenção de contrate é sugestivo de DH - Confirmação: biópsia retal
• Ausência de células ganglionares
• Fibras nervosas hipertrofiadas (pode estar presente)
Tratamento é técnico utilizadas na DH
Cirúrgico: - Swenson - Soave - Duhamell - Cirurgia de Mondragon Cuidados pós-op • Dilatações anais • Prevenção e tratamento da dermatite perianal • Orientar sinais de sintomas de enterocolite
Oque as anomalias anorretais podem causar
Amplo espectro de defeitos
• Defeitos “baixos” / “intermediários” / “altos”
- Defeitos associados
- Deformidade sacral (mais frequente)
- Sinal de mau prognóstico quanto a continência fecal e urinária
- Associação com regressão caudal
- Manejo do RN
Como é feito o tratamento das AAR
Colostomia ideal para AAR altas
Correção cirúrgica
Incisão sagital posterior (Cirurgia Peña)
Correção cirúrgica Cloaca
Quais as classificações terapêutica e prognóstica da AAR
Masculino: fístula retoperineal, fístula retouretrobulbar, retrouretral prostática, fístula retovesical,anus imperfurado sem fistula, atresia retal/estenose retal
Feminino: fístula retoperineal,fístula retovestibular,cloaca,malformações complexas,anus imperfurado sem fístula,atresia retal/estenose retal.
Como se apresenta as duplicações do trato digestivo
- Apresentação como obstrução
- Descoberta ao acaso
- Cística (mais comum) / Tubular
- Maioria benigna
- Mucosa gástrica ectópica
- Potencial degeneração maligna
Apresentações clínicas das duplicações do trato digestivo
Relacionados a tamanho, localização, tipo de duplicação e presença de mucosa heterotópica
- Distensão abdominal e/ou dor
- Obstrução
- Sangramento
- Comprometimento respiratório
- Massa indolor
Como é feito o diagnóstico das duplicações do trato digestivo
- 80% antes dos 2 anos
- USG pré-natal
- RX
- Exames contrastados
- USG
- TC
Tratamento das duplicações do trato digestivo
TRATAMENTO: Cirúrgico (remover a duplicação)
Quais são os transtornos anorretais adquiridos
Abscessos Perirretais e Perianais Fístula Perianal Fissura Anal Plicoma Anal Hemorroida Trauma Retal Prolapso Retal
Como se caracteriza o prolapso retal ?
- Fraqueza dos músculos elevadores da pelve
- Frouxidão da conexão da submucosa retal com musculatura subjacente
- Associação com verminose
- Fibrose cística
Qual o tratamento do prolapso retal?
- Maioria melhora com o tempo
- Abordagem cirúrgica:
Cerclagem perianal
Ecleroterapia
Cauterização endorretal ou mucosectomia Fixação operatória - Retopexia