Pediatria-afecçoes Esofagicas,estomago e Intestino Flashcards

1
Q

Quais principais afecções do esôfago

A
Atresia esofágica e Fístulas traqueoesofágicas
Fenda laríngea e laringotraqueoesofágica
DRG
Lesões esofágica por corpo estranho e substâncias químicas.
Estenoses esofágicas
Estenose congênita do esôfago
Perfuração do esôfago
Duplicação do esôfago
Acalasia
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2
Q

Quais anomalias associadas a AE

A

VACTREL : vertebral,anorretal,cardíaca,traqueoesofagica,renal e extremidades ou membros.

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3
Q

Qual classificação é mais comum na AE

A

Classificação de gross tipo C

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4
Q

Como é feito o diagnóstico da AE

A

Pre natal:

  • USG(polidramnio, bolha gástrica pequeno,estômago pequeno e esôfago cervical dilatado), RNM(não visualiza o esôfago)
  • pós natal: sonda via oral para testar latência , usar bário como contraste no raio x se houver dúvida diagnóstica, acúmulo de saliva na boca
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5
Q

Quais exames complementares fazer na AE

A

Broncoscopia— identificar fístula distal (carina)
Eco - saber se tem malformações cardíacas
USG renal
Rx de coluna
Fazer esses exames para descartar qualquer malformações associadas

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6
Q

Tratamento da AE pré operatória e tratamento cirúrgico

A
  • Sonda grossa no esôfago proximal com aspiração contínua
  • Decúbito lateral pois a criança tem uma salivação continua que pode gerar um pneumonia aspirativa
  • Acesso,monitorização,iot e vm se tiver desconforto resp
  • Ligadura da fístula- crianças muito descompensadas pois pode ir ar para o TGI e dificulta sua respiração
  • Gastrostomia duplas para a descompensação gástrica e uma sonda para cima e para baixo pra respiração e alimentação

Correção cirúrgica:
Feita quando o paciente fez todos os exames e se a criança estiver bem para operar.
Toracotomia ou toracoscopia
Anastomose primária

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7
Q

Tratamento para AE sem fístula

A
  • Gastrostomia dupla para descompressão e alimentação • Estômago pequeno
  • Reconstrução esofágica
    o Algumas semanas a 3 meses
    o Manter com aspiração contínua do coto proximal
  • Evitar esofagostomia cervical
  • Técnicas de alongamento esofágico
  • Substituição esofágica
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8
Q

Quais complicações pós operatórias da AE

A
Fístula anastomótica
Deiscência da anastomose 
recidiva da fístula traqueoesofagica
Traqueomalacia
Distúrbio peristáltico 
RGE
Ca esofágico 
Morbidade resp ou relacionado a toracotomia
(associada a problemas de coluna)
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9
Q

Características da fenda laringe e LTE

A
  • Comunicação na linha média da laringe, traquéia, brônquios, faringe e esôfago superior
  • Malformações associadas
  • Sintomas variam de acordo com a extensão da fenda( insuficiência resp e cianose,rouquidão,pneumonia aspirativa recorrente)
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10
Q

Qual diagnóstico e tratamento dessas fendas LTE

A

DIAGNÓSTICO

  • RX contrastado
  • Traqueobroncoscopia

TRATAMENTO: de acordo com o tipo e anomalias associadas

  • Dieta por SNG
  • Medicação antirrefluxo
  • GTM + VAR
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11
Q

Características patológicas da DRGE

A

• Desnutrição significativa
• Crescimento inadequado (consumo calórico ineficiente)
• Complicações respiratórias
• Risco à vida
o Precisa de intervenção clínica e/ou cirúrgica

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12
Q

Principais sintomas da DRGE

A
  • Ânsia de vômito – Aumento espasticidade – Aumento pressão abdominal
  • Deglutição deficiente – Esgasgos/Sufocação – Aumento intermitente da pressão abdominal
  • Desenvolvimento de hérnia de hiato – Predispõe mais à DRGE

Esofagite por inflamação crônica — pode formar úlcera que cicatriza e gera uma estenose.

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13
Q

Quais anomalias congênitas predispõe a DRGE

A
  • Atresia esofágica com ou sem fístula
    • Peristaltismo anormal / EEI incompetente
  • Atresias duodenais e do intestino delgado proximal
  • Hérnia diafragmática congênita
    • Anormalidades anatômicas do hiato e do esôfago
  • Gastrosquise / Onfalocele
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14
Q

Quais são as consequências da DRGE

A
  • Esofagite erosiva
  • Estenose
  • Esôfago de Barrett (pré-maligna)
    • Epitélio escamoso substituído por colunar com metaplasia
  • Complicações pulmonares
    • Doença reativa das vias aéreas
    • Pneumonia
  • Desnutrição (incapacidade de manter ingesta calórica adequada)
  • Episódios de apnéia (crises com risco à vida)
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15
Q

Qual apresentação clínica da DRGE

A
  • Regurgitação persistente (mais comum)
  • Irritabilidade / Choro apesar de consolo (causada pela dor – refluxato ácido)
  • Dor retrosternal / Pirose (mais velhos)
  • Disfagia (estenose e distúrbio de motilidade esofágica por inflamação)
  • Sintomas obstrutivos e dor (estenose)
  • Sintomas respiratórios(tosse crônica,sibilância,sufocação,apneia,bronquite/pneumonia)
  • Hemorragia - incomum
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16
Q

Como é feito o diagnóstico e o tratamento da DRGE?

A

DIAGNÓSTICO

  • História clínica (determinar necessidade de terapia)
  • EED- esôfago estômago duodenopatia
  • Phmetria 24hs (GS) – não indicado para casos não complicados
  • Manometria esofágica (raro uso pediátrico)
  • EDA (ocasionalmente necessária)

Tratamento
Individualizado
- Considera: Idade,Informações anatômicas, Intensidade da doença e ambiente social
- Tratamento não operatório é a terapia inicial na maioria
- Tratamento clínico
- Tratamento cirúrgico

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17
Q

Qual tratamento clínico da DRG?

A

Medidas posturais e alimentação
• Redução do volume (sem privação calórica)
• Dieta pobre em gordura

Terapia farmacológica
• Se persistir sintomas apesar de medida postural e dietética
o Procinéticos: cisaprida e metoclopramida não são seguros
o Redução da acidez: antagonistas dos receptores histamina-2 (ranitidina) ou IBPs (omeprazol na esofagite intensa e casos refratários)

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18
Q

Quando realizar tratamento cirúrgico da DRGE? E quais técnicas?

A
  • Após falha do tratamento clínico
    • Crescimento insatisfatório (atraso do crescimento ou falta de ganho de peso apropriado)
  • Esôfago de Barrett e estenose
  • Hérnia de hiato
  • Fundoplicatura Nissen
  • Gastrostomia
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19
Q

Complicações da lesão esofágica por corpo o estranho

A
  • Fístula aorto-esofágica
  • Perfuração
  • Estenose esofágica
  • Fístula traqueoesofágica
  • Dificuldade respiratória
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20
Q

Qual a clínica da lesão esofágica por corpo estranho, seu diagnóstico e tratamento

A
CLÍNICA
- Mais Assintomáticas que os adultos
- Mais sintomas respiratórios
- Suspeitar quando:
• Salivação excessiva
• Recusa de alimentos
• Tosse inexplicável 
• Engasgos

DIAGNÓSTICO: RX de tórax AP+P

TRATAMENTO: Remoção endoscópica

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21
Q

Causas da lesão esofágica por substâncias químicas

A
  • Ingestões acidentais
  • Produtos de limpeza doméstica
  • Extensão da lesão depende da composição da substância
  • Ácido: mais lesão gástrica
  • Álcali: mais lesão esofágica
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22
Q

Quais fases da lesão álcali

A
  • Necrose liquefativa
  • Fase de reparação (5 dias a 2 semanas)—Parede esofágica mais fina, risco de perfuração
  • Retração cicatricial (após 2 semanas)—Possível formação de estenose esofágica
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23
Q

Clínica da lesão esofágica por substâncias químicas

A

Assintomático,Náuseas,Vômitos,Disfagia,Odinofagia,Salivação,Dor abdominal,Dor torácica
,Estridor.

Ausência de sintomas ou lesões na orofaringe não exclui lesão esofágica
• História da ingesta
Presença de 3 ou mais sintomas é preditor de lesão esofágica grave
• Lesões na face e orofaríngeas

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24
Q

Qual tratamento da lesão esofágica por substâncias químicas

A

Inicial: Manejo das vias aéreas e reanimação

  • Laringoscopia direta (edema de laringe)
  • Não induzir vômito (exposição adicional à substância)
  • Rx de abdome e tórax (procura de sinais de perfuração)
  • Tc de tórax (casos selecionados)
  • Avaliação endoscópica (24-48hs)
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25
Q

Qual classificação da lesão cáustica ?

A

Avaliação endoscópica
- 1° grau: superficiais (edema e eritema de mucosa)
- 2° Grau envolve mucosa, submucosa e muscular (ulceração profunda e tecido de granulação)
Ocorre deposição de colágeno e contração (estenose pode ocorrer)
A: friabilidade,hemorragia,bolhas,erosões,eritema,esxudato branco
B: achados da A+ulceração profunda ou circunferencial
- 3° grau: lesões transmurais (ulcerações profundas com esôfago enegrecido)
A: área pequena e dispersa de necrose
B:necrose extensa
Pode resultar em perfuração esofágica
o Graus 2b e 3 : 70-100% desenvolve estenose
o Classificação prediz risco de complicação

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26
Q

Qual tratamento das lesões esofágicas por substâncias químicas?

A

TRATAMENTO
- Grau 1 e 2a
• Alimentação oral permitida
• Alta após desaparecimentos dos sintomas

  • Grau 2b e 3
    • Observar por 24-48hs
    • Fase aguda: ATB / Corticóides / inibidor de bomba de próton (sem protocolo)
    • Passagem de sonda para alimentação por EDA
    • Em seguida avançar dieta
    • RX constrastado em 21 dias (estenose)
    o Estenose = dilatação gradual / Refratário = Ressecção cirúrgica
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27
Q

Quando fazer tratamento cirúrgico nas lesões esofágicas por substâncias químicas

A
  • Falha no tratamento endoscópico
  • Malignização
  • Estenoses longas
  • Estenoses estreitas
  • Complicação tardia: carcinoma esofágico
    • Vigilância a longo prazo
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28
Q

Qual a clínica das estenoses esofagicas

A
  • Vômitos
  • Déficit de crescimento
  • Doença pulmonar concomitante
  • Hérnia hiatal (pode estar presente)
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29
Q

Como fazer o diagnóstico da estenose esofágica

A

Raio X contrastado EED

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30
Q

Qual tratamento das estenoses esofágicas ?

A

Benignas: alívio da obstrução e correção do refluxo

DRGE descontrolada

  • Medicamentos: inibidor de bomba de próton
  • Suporte nutricional
  • Otimização respiratória
  • Dilatação EDA (velas e balão)
  • Fundoplicatura
  • Ressecção da estenose e interposição de enxerto
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31
Q

Quais causas de estenoses esofágicas benignas ?

A
  • Esofagite de refluxo (curtas e no 1/3 inferior do esôfago)
  • Ingestão de corrosivos (longas irregulares)
  • Cicatrização anastomótica (discretas e curtas) o DRGE pode agravar
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32
Q

Apresentação clínica na estenose congênita do esôfago

A

-Maioria assintomática ao nascimento
- Início dos sintomas
• 4 a 10 meses de vida (introdução de comida sólida)

o Vômitos
o Disfagia
o Déficit do crescimento
o Sintomas respiratórios (10%)

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33
Q

Como é feito o diagnóstico da estenose congênita do esôfago

A
  • Esofagograma
    • Estenose abrupta ou cônica
    • Comum na junção terço médio e distal
  • Avaliação adicional
    • Phmetria e EDA (excluir DRGE associada a estenose e esofagite)
  • Dilatação (sem benefício a longo prazo)
  • Ressecção da estenose (toracotomia e toracoscopia E) anastomose términoterminal
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34
Q

Qual tratamento da estenose congênita do esôfago

A
  • EDA: Dilatação (sem benefício a longo prazo)
  • Cirúrgico
    • Ressecção da estenose (toracotomia e toracoscopia E)
    • Anastomose términoterminal
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35
Q

Quais principais causas da perfuração do esôfago

A
- Lesões iatrogênicas (80%)
• Inserção de sondas
• Dilatações de estenose (mais comum / esôfago torácico)
• Intubação orotraqueal
- Resultado de ingestão de corpos estranhos/substâncias cáusticas
- Espontâneas
- Infecciosas
- Traumáticas
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36
Q

Qual apresentação clínica da perfuração de esôfago

A
  • Dificuldade respiratória
  • Disfagia
  • Febre
  • Dor torácica
  • Enfisema subcutâneo
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37
Q

Como é feito o diagnóstico da perfuração de esôfago

A
- Rx de tórax AP+P
Perfuração do Esôfago
- Esofagograma com contraste
- TC de tórax
• Pneumomediastino
• Derrame pleural
• Espessamento da parede esofágica
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38
Q

Tratamento para perfuração do esôfago

A
  • Maioria abordagem conservadora agressiva
    • ATB largo espectro
    • SNG (se possível) – alimentação durante cicatrização / Nutrição parenteral
    • Drenagem torácica (se pneumo-hidrotórax)
  • Cirurgia exploratória
    • Deterioração clínica do paciente
    • Refluxo esofageano persistente apesar do tratamento
    • Derrame pleural volumoso ou grande
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39
Q

Quais apresentações clínicas da duplicação do esôfago

A
  • Sintomas respiratórios
  • Vômitos
  • Regurgitação
  • Possível massa cervical
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40
Q

Como é feito o diagnóstico da duplicação de esôfago

A

Esofagograma com contraste

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41
Q

Qual tratamento para duplicação de esôfago

A

Ressecção cirúrgica

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42
Q

O que é acalasia ?

A
  • Desordem crônica da motilidade esofágica
    • Peristaltismo esofágico ausente ou pobre
    • Falha do EEI em relaxar durante a deglutição
  • Etiologia específica desconhecida
    • Associação com síndromes
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43
Q

Quais sintomas relacionados a acalasia

A
Depende da idade:
- RN e lactentes
• Regurgitação frequente
• Asfixia
• Pneumonia
• Retardo no crescimento
  • Crianças mais velhas (semelhante ao adulto)
    • Disfagia
    • Vômitos
    • Perda de peso

o Frequentemente atribuídos DRGE (que persiste após medicação)

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44
Q

Como é feito o diagnóstico de acalasia

A
  • Esofagograma contrastado
    • Sinal do “bico de pássaro”
  • Esofagomanometria
    • Elevada pressão do EEI
    • Incapacidade de relaxamento do esfíncter durante a deglutição
    • Contrações peristálticas não progressivas, de baixa amplitude ou ausentes no esôfago
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45
Q

Qual tratamento para acalasia ?

A
  • Doença de base sem cura
  • Objetivo
    • Reduzir pressão do EEI para facilitar esvaziamento
    • Melhorar sintomas
  • Agentes farmacológicos
    • Nitratos ou bloqueadores do canal de cálcio (efeito temporário)
  • Injeção intraesficteriana de Botox (recidiva)
  • Dilatação mecânica (recidiva)
  • Esofagomiotomia
    *Risco 16x maior de desenvolver câncer esofágico após tratamento
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46
Q

Quais são as indicações para uma substituição esofágica?

A
  • Atresia de esôfago long-gap
  • Falha no reparo primário da atresia de esôfago
  • Estenoses relacionadas com refluxo ou lesões corrosivas
47
Q

Quais complicações uma substituição esofágica pode gerar?

A
  • Insuficiência vascular com necrose da interposição (mais grave)
  • Jejuno ou cólon
  • Deiscência anastomótica (tensão ou isquemia)
  • Estenoses
  • Ulceração por refluxo e estase
48
Q

Quais principais afecções do estômago?

A
  • Estenose Hipertrófica do Piloro
  • Atresia Pilórica
  • Perfuração Gástrica
  • Doença ulcerosa péptica
  • Duplicação gástrica
  • Microgastria
  • Membrana pré-pilórica
  • Volvo gástrico
  • Corpo estranho e Bezoar
49
Q

Quais fatores de risco para estenose hipertrofia a do piloro?

A
  • História familiar
  • Gênero
  • Idade materna mais baixa
  • Primogênito
  • Padrões de alimentação materna

ETIOLOGIA

  • Desconhecida
  • Provável multifatorial com influências ambientais
50
Q

Apresentações clínicas da EHP

A
  • Vômitos não biliosos
  • Neonato a termo entre 2 a 8 semanas
  • Desidratação (queda do estado geral e sonolência)
  • Distúrbio metabólico
  • Ondas peristálticas epigástrio e quadrante superior esquerdo
  • Oliva pilórica palpável em 72-89%
51
Q

Diagnóstico da EHP

A
  • USG (GS)
    • Espessura muscular 4mm ou mais
    • Canal pilórico de 16mm ou mais
  • EED
    • Quando achados do USG são duvidosos
52
Q

Diagnósticos diferenciais da EHP

A
• RGE
• Gastroenterite
• Hipertensão intracraniana
• Transtornos metabólicos
• Causas anatômicas
o Membrana pré-pilórica
o Cisto de duplicação do intestino primitivo
o Tumores gástricos
o Tumor que cause compressão gástrica extrínseca
53
Q

Tratamento da EHP

A
  • Compensação clínica
  • Exames laboratoriais (eletrólitos e gasometria)
  • Reposição volêmica
  • Correção de distúrbios hidroeletrolíticos (alcalose metabólica hipoclorêmica e e hipocalêmica)
  • Descompressão gástrica para evitar aspiração
  • Cirurgia: Piloromiotomia
54
Q

Características da atresia pilorica

A
  • Sintomas de obstrução gástrica
  • Associação a outras anomalias congênitas (40%)
  • RX abdome em bolha única
  • Estudo contrastado
55
Q

Classificação da atresia pilorica

A
  • Tipo I: membrana mucosa ou tecido obstruindo a luz
  • Tipo II: Canal pilórico é um cordão sólido
  • Tipo III: existe um espaço entre o estômago e o duodeno

tratamento é cirúrgico

56
Q

Causas de perfuração gástrica

A
  • Perfuração espontânea do RN (prematuros)
  • Perfuração iatrogênica por instrumentação
  • Doença ulcerosa péptica (raro)
  • Trauma
  • Distensão abdominal
  • Sinais de sepse ou choque
57
Q

Clínica da perfuração gástrica

A

Distensão abdominal
Sinais de sepse ou choque

Tratamento é cirúrgico

58
Q

Doença ulcerosa peptica, características

A
  • Raro em crianças

- Associação com H. pylori

59
Q

Qual tratamento da Doença ulcerosa peptica

A
  • Eradicação H. pylori
    • IBP + Amoxicilina + Claritromicina (Metronidazol)
  • Cirurgia para complicações
    • Perfuração
    • Obstrução de saída gástrica
60
Q

Qual a clínica e tratamento da duplicação gástrica?

A
  • Vômitos
  • Recusa alimentar
  • Massa epigástrica
  • Em geral na grande curvatura

TRATAMENTO: Cirúrgico
(Associação com anormalidades dos ductos pancreáticos)

61
Q

Características da microgastria

A
  • Raro
  • Geralmente associada a outras anomalias
    • VACTREL
    • Fenda traqueoesofágica
    • Má rotação
    • Asplenia
  • Alimentação via jejunal
  • Cirurgia: ampliação gástrica
62
Q

Qual etiologia da membrana pré pilorica

A

Congênita ou processo inflamatório

63
Q

Características da membrana pré pilorica

A
  • Obstrução do esvaziamento gástrico
  • Rx contrastado

TRATAMENTO

  • Reposição volêmica
  • Cirurgia
  • Tratamento endoluminal no futuro
64
Q

Quais causas de volvo gástrico

A

Causa primária
• Ligamentos gástricos frouxos

  • Causa secundária
    • Hérnia paraesofágica
    • Hérnia diafragmática
  • Náuseas intratáveis
65
Q

Sintomas mais comuns do volvo gástrico

A

Dor abdominal, náuseas intratáveis,impossibilidade de passar sonda nasogástrica

Clínica:

  • Obstrução gástrica intermitente ou completa
  • Isquemia
  • Dor
  • Sangramento
66
Q

Qual tratamento de volvo gástrico

A
  • Reposição volêmica
  • Descompressão gástrica
  • Cirurgia (Gastropexia)
67
Q

Características de corpo estranho gástrico

A
  • Não constitui problema se passou pelo esôfago
  • Exceção: baterias
  • Remoção com EDA
68
Q

O que é bezoar ? E como tratar

A

É o acúmulo hermético de material parcialmente ou não digerido que pode causar incomum de obstrução gástrica e dor abdominal crônica

Tratamento:

  • EDA quando pequenos
  • Cirurgia
69
Q

Principais afecções intestinais

A
  • Atresia e estenose Duodenal
  • Atresia e estenose Jejunoileal
  • Atresia Colônica
  • Má rotação
  • Rolha Meconial
  • Enterocolite Necrosante
  • Doença de Hirschsprung (Megacólon Congênito)
  • Anomalias Anorretais (AAR)
  • Duplicações do trato digestivo
  • Transtornos Anorretais adquiridos
70
Q

Etiologias da atresia e estenose duodenal

A
  • Intrínseca: Atresia (mais comum)
  • Extrínseca
    • Defeito de estruturas vizinhas
    • Pâncreas (Pâncreas anular)
    • Veia porta pré-duodenal
    • Má rotação
    • Banda de Ladd
71
Q

Qual clínica da atresia e da estenose duodenal

A
  • Atresia
    • Vômitos biliosos nas primeiras horas de vida
    • Distensão abdominal
  • Estenose
    • Diagnóstico retardado
    • Vômitos e distensão gástrica após alimentação
72
Q

Como é feito o diagnóstico da atresia e estenose duodenal pré e pós natal ?

A
  • Pré-natal: USG
    • Polidrâmnio
    • Sinal da dupla bolha
- Pós natal:
• RX de abdome
o Sinal da dupla bolha
o Ausência de gás no intestino distal
• Estudo contrastado
73
Q

Qual tratamento da atresia e estenose duodenal ?

A
  • Correção hidroeletrolítica
  • Descompressão gástrica
  • Cirurgia: Anastomose à Diamond shape
    • Checar patência do TGI
74
Q

Causa de atresia e estenose jejunoileal

A
  • Insulto isquêmico IU no intestino médio
    • Uso de vasoconstrictores pela mãe
    • Tabagismo materno no 1° T
75
Q

Como se classifica e quando importância desta classificação na estenose jejunoileal

A

Através da classificação de grosfeld ( estenose,tipo I,tipo II, tipo IIIa, tipo IIIb e tipo IV-atresias múltiplas) e tem grande valor prognóstico e terapêutico.

76
Q

Clínica da atresia e estenose jejunoileal

A
  • USG pré-natal
    • Alças dilatadas do intestino
    • Polidrâmnio
  • Sintomas de obstrução intestinal
    • Vômitos biliosos
    • Distensão abdominal
77
Q

Diagnóstico da atresia e estenose jejunoileal

A
  • RX de abdome
  • Estudo contrastado
    • RX de transito intestinal
    • Enema cólon de desuso
78
Q

Diagnósticos diferenciais da atresia e estenose jejunoileal

A

Atresia colônica, volvo de intestino médio ,íleo mecônial,cistos de duplicação,hérnias internas,íleo infeccioso,hipotireoidismo.

79
Q

Quais possíveis causas no atraso diagnóstico da atresia e estenose jejunoileal

A
  • Sofrimento de alça com necrose e perfuração
  • Risco de volvo nas atresias baixas - Desequilíbrio hidroeletrolítico,
  • Sepse
80
Q

Quais possíveis tratamentos para atresia e estenose jejunoileal

A
  • Manejo pré-op
    • Descompressão gástrica
    • Correção hidroeletrolítica
    • Iniciar ATB
  • Cirurgia
    • Prevenção da Sd. Do intestino curto
  • Cuidados pós-op
    • Nutrição parenteral
    • Dieta VO quando possível
81
Q

Tipos de atresia colonica

A
  • 1/3 lesão congênita associada

CLASSIFICAÇÃO

  • Tipo I (atresia)
  • Tipo II (cordão)
  • Tipo III (falha do mesentério)
82
Q

Qual clínica apresentada na atresia colonica

A
  • Distensão abdominal
  • Vômitos biliosos
  • Não eliminação de mecônio
83
Q

Como fazer o diagnóstico de uma atresia colonica

A
  • RX abdome
    • Níveis hidroaéreos
    • Alças dilatadas
  • Enema contrastado
    • Cólon distal de pequeno calibre com obstrução
84
Q

Qual tratamento da atresia colonica

A
Cirurgia de urgência
- Risco de perfuração e volvo
- Pesquisar megacólon (raro)
• Abordagem estagiada: colostomia e fístula mucosa
• Ressecção primária com anastomose
85
Q

Características da má rotação intestinal

A
  • Comum anomalias associadas
  • Fixação inadequada do intestino
  • Isolada
  • Componente intrínseco
    • Gastrosquise
    • Onfalocele
    • Hérnia diafragmática congênita
86
Q

Quais formas mais comuns de má rotação

A

Não rotação, rotação incompleta e rotação reversa

87
Q

Quais consequências de uma má rotação intestinal

A

Volvo e bandas peritoneais obstrutivas ao longo do duodeno.

88
Q

Clínica apresentada na má rotação intestinal

A
  • Vômitos biliosos repentinos
  • EF: abdome escavado ou distendido leve em andar superior
  • Comprometimento vascular: distensão progressiva e sinais de peritonite
  • Sinais tardios: hiperemia de parede abdominal e choque
- Obstrução crônica quadro mais insidioso
• Queixas não específicas
• Dificuldade de crescimento
• RGE
• Saciedade precoce
• Desconforto abdominal leve

-Crianças mais velhas: Sintomas vagos—Vômitos,Diarreia,Saciedade precoce,Inchaço,Dispepsia

89
Q

Como é feito o diagnóstico de má rotação intestinal

A
  • Estudos radiológicos
    • “Mola enrolada” “saca-rolhas” – obstrução incompleta
    • Duodeno em “bico de pássaro” – obstrução completa
  • USG doppler
    • Inversão das posições da artéria e veia mesentérica superior
    o Sinal do redemoinho no volvo agudo
    • Posição do duodeno em relação artéria mesentérica superior
90
Q

Qual tratamento da má rotação intestinal

A
  • Pré-op para volvo
    • Reposição hidroeletrolítica
    • ATB largo espectro
    • Cirurgia de emergência
  • Procedimento de Ladd
  • Tratamento pós-op
    • SNG e suporte parenteral (íleo prolongado)
91
Q

Principais características da rolha meconial

A
  • Comum
  • Mecônio espesso
  • Manifestação precoce da fibrose cística
  • Quadro de obstrução intestinal
    • Distensão abdominal
    • Vômitos biliares
  • RX com distensão de alças e níveis hidroaéreos
  • Lavagem intestinal com n-acetil cisteína
92
Q

Características principais de uma enterocolite necrosante(ECN)

A
  • Prematuros
  • Baixo peso
  • Alimentação com fórmula
  • A termo: perfusão mesentérica reduzida
    • Ruptura da barreira epitelial intestinal
    • Translocação bacteriana
    • Resposta imunológica exagerada ou inadequada
93
Q

Quais achados clínicos na ECN

A
  • Apnéia,Bradicardia,Letargia,Instabilidade térmica
  • Intolerância alimentar (grande volume de resíduo gástrico)
  • Distensão abdominal (mais comum),Sangue em fezes
  • Irritação peritoneal,Peritonite generalizada,Alteração da coloração da parede abdominal,Massa/plastrão abdominal
94
Q

Quais alterações laboratoriais apresenta a ECN

A
  • Leucocitose/leucopenia
  • Elevação de PCR
  • Elevação lactato
95
Q

Quais são os achados radiográficas na ECN

A
  • Níveis hidroaéreos
  • Distensão de alças
  • Alças paréticas
  • Edema de parede intestinal
  • Pneumatose intestinal
  • Pneumoperitônio
  • Gás venoso portal
96
Q

Como é feito o diagnóstico na ECN

A
USG Doppler 
• Viabilidade intestinal
• Espessamento da parede intestinal 
• Peristaltismo
• Coleções livres e focais
97
Q

Quais tratamentos podem ser aplicados na ECN?

A
Clínico
• Jejum
• SOG
• Ressuscitação intravenosa
• ATB largo espectro com cobertura anaeróbia
• Solicitar exames laboratoriais
o 7–14–21dias
  • Cirúrgico
    • Piora clínica
    • Agravamento dos achados radiológicos
98
Q

Quais principais complicações da ECN?

A

Síndrome do intestino curto,
Complicações do estoma
Estenoses intestinais

99
Q

O que é a Doença de Hirschsprung (DH) ou Megacólon Congênito?

A
  • Ausência de células ganglionares no plexos mioentéricos e submucoso
  • Associação com síndromes
100
Q

Locais que mais são acometidas pelo megacolon congênito

A

80% zona de transição,10% colón proximal,5-10% aganglionose.

101
Q

Apresentação clínica da DH

A
  • Distensão abdominal
  • Vômito bilioso
  • Intolerância alimentar no período neonatal
  • Falha de eliminação meconial nas 24hs (90%)
  • Perfuração de ceco ou apêndice como evento inicial

10% dos RN: enterocolite
• Febre
• Distensão abdominal
• diarreia

Pacientes mais velhos:
Constipação,História de primeira evacuação tardia,Retardo no crescimento,Distensão abdominal,Dependência de enema sem encoprese significativa.

102
Q

Como fazer Dx da DH

A
  • RX de abdome: distensão difusa de alças intestinais
  • Enema opaco: zona de transição
    • Retenção de contrate é sugestivo de DH
  • Confirmação: biópsia retal
    • Ausência de células ganglionares
    • Fibras nervosas hipertrofiadas (pode estar presente)
103
Q

Tratamento é técnico utilizadas na DH

A
Cirúrgico:
- Swenson
- Soave
- Duhamell
- Cirurgia de Mondragon
Cuidados pós-op
• Dilatações anais
• Prevenção e tratamento da dermatite perianal
• Orientar sinais de sintomas de enterocolite
104
Q

Oque as anomalias anorretais podem causar

A

Amplo espectro de defeitos
• Defeitos “baixos” / “intermediários” / “altos”

  • Defeitos associados
  • Deformidade sacral (mais frequente)
  • Sinal de mau prognóstico quanto a continência fecal e urinária
  • Associação com regressão caudal
  • Manejo do RN
105
Q

Como é feito o tratamento das AAR

A

Colostomia ideal para AAR altas
Correção cirúrgica
Incisão sagital posterior (Cirurgia Peña)
Correção cirúrgica Cloaca

106
Q

Quais as classificações terapêutica e prognóstica da AAR

A

Masculino: fístula retoperineal, fístula retouretrobulbar, retrouretral prostática, fístula retovesical,anus imperfurado sem fistula, atresia retal/estenose retal

Feminino: fístula retoperineal,fístula retovestibular,cloaca,malformações complexas,anus imperfurado sem fístula,atresia retal/estenose retal.

107
Q

Como se apresenta as duplicações do trato digestivo

A
  • Apresentação como obstrução
  • Descoberta ao acaso
  • Cística (mais comum) / Tubular
  • Maioria benigna
  • Mucosa gástrica ectópica
  • Potencial degeneração maligna
108
Q

Apresentações clínicas das duplicações do trato digestivo

A

Relacionados a tamanho, localização, tipo de duplicação e presença de mucosa heterotópica

  • Distensão abdominal e/ou dor
  • Obstrução
  • Sangramento
  • Comprometimento respiratório
  • Massa indolor
109
Q

Como é feito o diagnóstico das duplicações do trato digestivo

A
  • 80% antes dos 2 anos
  • USG pré-natal
  • RX
  • Exames contrastados
  • USG
  • TC
110
Q

Tratamento das duplicações do trato digestivo

A

TRATAMENTO: Cirúrgico (remover a duplicação)

111
Q

Quais são os transtornos anorretais adquiridos

A
Abscessos Perirretais e Perianais
Fístula Perianal
Fissura Anal
Plicoma Anal
Hemorroida
Trauma Retal
Prolapso Retal
112
Q

Como se caracteriza o prolapso retal ?

A
  • Fraqueza dos músculos elevadores da pelve
  • Frouxidão da conexão da submucosa retal com musculatura subjacente
  • Associação com verminose
  • Fibrose cística
113
Q

Qual o tratamento do prolapso retal?

A
  • Maioria melhora com o tempo
  • Abordagem cirúrgica:
    Cerclagem perianal
    Ecleroterapia
    Cauterização endorretal ou mucosectomia Fixação operatória - Retopexia