Afecções motoras do esôfago Flashcards
Quais são as partes do esôfago, suas constrições e sua localização e inervação
Localizado no mediastino posterior e íntima relação com aorta, carina, brônquio fonte esquerdo.
Partes : cervical,torácica e depois do hiato parte abdominal.
Contrições do esôfago: 1º cricofaringea abaixo da cricoide 2º contrição da aorta 3º contrição do brônquio esquerdo 4º esfíncter esofágica inferior (cárdias)
Camada de músculo longitudinal e circular(interna)
esôfago é um tubo muscular 24 cm com 4 camadas - 2 musculares , mucosa e submucosa
Linha z
Cárdias ou EEI
Nervos: rica inervação , nervo laríngeo recorrente, gânglio estrelado ( T1), plexo esofágico anterior , tronco vagal anterior e posterior.
Nervos intrínsecos: plexo submucoso de meissner e plexo mioenterico de auerbach
Quais são as alterações motoras do esôfago?
- Acalasia: não relaxamento do esfíncter inferior
- Espasmo difuso do Esôfago
- Esôfago quebra-nozes ou em britadeira
- Motilidade ineficiente (Esclerodermia)
O que é a acalasia?
- Relaxamento incompleto ou ausente do EIE(Cárdia)
- Distúrbio neuromuscular do EIE
- Alt. de contrações do corpo do Esôfago na deglutição
- Congênita ou adquirida
- Maior ocorrência por Doença de Chagas em nosso meio
Quais doenças causam obstrução da Junção Esofagogástrica?
Hérnia Hiatal
Neoplasias
Tipos de espasmo esofagiano e quais sintomas
Espasmo Difuso ou segmentar
Pouco frequente
Distúrbio espástico de baixa amplitude
Espasmos de grande amplitude • Esôfago em Quebra-nozes ou Britadeira • Espasmo que ocorre no Esôfago distal • Causa dor intensa • Pode estar associado a refluxo gastroesofágico • Diagnóstico diferencial com dor anginosa
Sintomas: • Disfagia • Regurgitação • Pirose • Dor
Megaesôfago chagasico
Diagnóstico Clínico
• Disfagia de longa duração
• Regurgitação
Diagnóstico Laboratorial • Reação de Machado-Guerreiro (fixação de complemento) • Hemaglutinação indireta • Imunofluorescência de anticorpo • Teste de imunoenzimático (ELISA)
Esofagograma • I,II,III e IV Eletromanometria • Não avançado • Avançado
Como diagnósticar as doenças da motricidade do esôfago ?
Eletromanometria convencional
Relaxamento EIE
• Ausente ou incompleto
Contrações síncronas
• Baixa amplitude ou aperistalse
Pressão média do corpo do esôfago
•15 mm Hg - FMTM) • 10 mm Hg – FMUSP)
Eletromanometria: identifica se é avançado ou não avançado.
O que é a classificação de Chicago?
Classificação Chicago define se o megaesôfago é avançado ou não, e defini o tipo de cirurgia que será realizada.
Tratamentos para megaesôfago chagasico
- Farmacológico : Nitrato, Bloqueador de canal de Ca (Diltiazen)
- Toxina Botulínica( Botox) injetada no EIE: causa paralisia temporária
- Miotomia Endoscópica da camada muscular circular do EIE
- Dilatações com balão
- Miotomia Laparoscópica: Miotomia de Heller
Esofagomanometria— não avançado/radiologia I,II e III — cirurgia de heller + válvula toupet/Dor/Pinotti
Esofagomanometria—avançado/ radiologia III e IV — esofagectomia TH(mucosectomia), videotoracoscopia,Serra-Doria.
Como são feitas as técnicas cirúrgicas do megaesôfago não avançado
Cirurgia de heller : pode ser feita por vídeo ou laparotomia- abrir parede do esôfago na cárdia e incisionar as musculaturas , criar uma válvula para não gerar um RGE.
Heller / Válvula parcial • Videolaparoscópica • Tratamento preferencial • Tempo de internação • Sangramento • Dor pós operatória • Retorno as atividades • Eficácia seguimento
Tratamento cirúrgico para megaesôfago avançado
Incisão Cervical na borda do músculo Esternocleidomastóideo
Acesso ao Esôfago
Transhiatal
• Secção da porção mediana do diafragma
• Uso de válvulas longas
• Exposição do esôfago até os vasos pulmonares
Mucosectomia • Dissecção de mucosa e submucosa • Abertura do esôfago abdominal • Introdução de sonda no sentido cranial • Tração contínua e lenta da extremidade distal da sonda no sentido craniocaudal
Restabelecimento do trânsito - Esofagogastroplastia
• Anastomose esôfago-gástrica cervical
• Cardioplastia Grondhal
(anastomose esofagogástrica latero-lateral)
• Cirurgia de Holt e Large
(gastrectomia parcial /gastrojejunoanastomose em Y de Roux)
• Esofagectomia
− Mucosectomia
− Transhiatal
− Videotoracoscopia
• Serra-Dória
− ECO - FE < 50%
Exames complementares para megaesôfago chagasico
EDA:Megaesôfago com estase alimentar esofágica. Pangastrite leve.
EED:Afilamento do esôfago, determinando retardo no esvaziamento e aspecto dilatado e tortuoso, com resíduos alimentares, compatível com megaesôfago.
Manometria : Esfincter Inferior do Esôfago : EEI com relaxamento inadequado - Pressão de corpo: 12mmHg. - Conclusão: Megaesôfago avançado
Como é feito a abordagem, cirúrgica do megaesôfago?
• Laparotomia mediana: Liberação das aderências de cirurgia prévia.
• Identificação da Transição EG, miotomia com isolamento da mucosa da camada muscular.
• Cervicotomia esquerda, identificação de esôfago cervical, miotomia com isolamento da camada muscular da mucosa.
Passagem de SNG pelo campo abdominal
• Na região cervical, fixação da SNG à mucosa esofágica isolada.
• Realizada tração da SNG pela região abdominal, com extração de toda a extensão da mucosa esofágica.
• Realizada confecção do tubo gástrico com grampeador linear.
• Passagem do tubo gástrico pela camada muscular do esôfago.
• Anastomose esofagogástrica cervical + jejunostomia.
O que são os divertículos de esôfago?
• Dilatações localizadas que podem surgir em qualquer segmento, cuja cavidade interna se comunica com a origem.
Como se classifica os divertículos de esôfago?
• Patogenia, localização anatômica e características da parede
Patogenia—Localização anatômica—Estrutura da parede
Propulsão (pulsão)—Faringo-esofágico (Zenker)—Falso
Tração—Esofagiano médio—Verdadeiro
Propulsão—Justa-cárdico (epifrênico)—Falso
Patogenia dos divertículos de esôfago
Divertículos de propulsão
• São justa-esfincterianos, originários a partir da pressão da luz (peristaltismo) sobre um ponto fraco da parede do esôfago.
− EES - cricofaríngeo − EIE - cárdia
Divertículos de tração
• Uma força externa que provoca retração ou angulaçào do órgão. São decorrentes de processos inflamatórios periesofagianos ativos ou cicatrizados.( gânglios da traqueia, carina ou brônquios, tuberculose).
Características do divertículo de zenker
- É o mais frequente, ( 3 homens:1 mulher)
- Raça branca e acima de 60 anos
- Falso divertículo (herniação da mucosa da faringe)
Localizado da transição da faringe com esôfago , falso pq não hérnia todas camadas do esôfago, só a mucosa
Maior pressão num lugar de fragilidade
Vai pressionando a luz do esôfago gerando disfagia
Quadro clínico do divertículo de zenker
- Parada do alimento (engasgo)
- Corpo estranho na garganta
- Disfagia lenta e progressiva (saco diverticular)
- Regurgitação, ruminação
- Afagia abrupta ( bloqueio do esôfago)
- Halitose ( fermentação dos alimentos)
- Sialorréia
Diagnóstico do divertículo de zenker
- Quadro clínico
- Exame físico
- Esofagograma
- Esofagoscopia
- Tomografia computadorizada • Manometria esofágica
Tratamento do divertículo de zenker
- Miotomia do músculo cricofaríngeo (aberta)
- Miotomia do m. cricofaringeo e diverticulectomia (aberta)
- Miotomia do m. cricofaringeo e diverticulopexia
- Miotomia do m. cricofaringeo endoscópica (grampeador)
Características do divertículo epifrenico e como é feito o diagnóstico
- É o segundo mais frequente, ( 2 homens:1 mulher)
- Localizados nos 10 cm distais do órgão (acima do EIE – cárdia)
- Associam-se a alterações motoras do esôfago (espasmo difuso, acalasia ou esofagite de refluxo)
- Geralmente são assintomáticos, mas podem apresentar disfagia e aspiração traqueal
Eles retém bolo alimentar dentro dele com risco de aspiração traqueal e regurgitação
Diagnóstico • Esofagograma • Esofagoscopia • Videodeglutograma • Tomografia computadorizada • Manometria esofágica