PED 2 - Síndromes respiratórias da infância Flashcards
Infecção respiratória aguda sem taquipneia e sem estridor
IVAS
Infecção respiratória aguda com estridor
Infecção das vias aéreas intermediárias
Infecção respiratória aguda com taquipneia e sem estridor
Pneumonia
Agentes causadores de resfriado comum
Rinovírus, coronavírus, vírus sincicial respiratório (VSR)
Tratamento do resfriado comum
Tratamento de suporte: solução salina para lavagem nasal, analgésicos e antipiréticos. Mel pode aliviar a tosse e pode ser utilizado em crianças maiores de 1 ano.
Não é recomendado o uso de descongestionantes nasais e antitussígenos.
Complicações do resfriado comum
Complicações bacterianas: OMA e sinusite bacteriana aguda; e exacerbação de asma brônquica.
Principais agentes etiológicos da OMA
S. pneumoniae, H. influenzae e M. catarrhalis
Diagnóstico da OMA
Otoscopia evidenciando abaulamento da membrana timpânica (dado mais específico)
Pode haver opacidade, hiperemia, otalgia e otorreia
Bolhas presentes na membrana timpânica à otoscopia sugere qual diagnóstico? Qual o agente frequentemente associado a essa condição?
Miringite bolhosa por Mycoplasma pneumoniae.
Indicação de ATB para tratamento de OMA
< 6 meses: sempre
De 6 meses a 2 anos se: otorreia, sintomas graves (otalgia moderada a grave, febre > 39ºC e otalgia > 48h) e OMA bilateral
Maiores ou iguais a 2 anos se: otorreia ou sintomas graves
Complicações da OMA (5)
1- Perfuração timpânica 2- Otite média crônica (colesteatoma) 3- Mastoidite aguda (realizar TC) 4- Dermatite infecciosa 5- Labirintite
Diagnósticos diferenciais de sinusite bacteriana aguda (3)
1- Rinite alérgica
2- Rinite sifilítica
3- Corpo estranho
Principais complicações da sinusite bacteriana aguda (4)
1- Celulite orbitária e periorbitária
2- Meningite
3- Abscesso
4- Trombose de seio cavernoso
Achados clínicos sugestivos de celulite pós-septal
Proptose e dor à mobilização ocular
Principal agente das faringotonsilites bacterianas
Estreptococo beta-hemolítico do grupo A (S. pyogenes)
Exame + sensível para diagnóstico de faringite estreptocócica
Cultura
Exame + específico para diagnóstico de faringite estreptocócica
Teste rápido
Principais diagnósticos diferenciais da faringotonsilite estreptocócica (3)
1- Mononucleose infecciosa
2- Herpangina (Coxsackie A): vesículas e úlceras em região posterior da cavidade oral
3- Febre faringoconjuntival
Agente etiológico da febre faringoconjuntival
Adenovírus
Principais complicações não supurativas da faringite estreptocócica (2)
1- Febre reumática
2- Glomerulonefrite pós-estreptocócica (GNPE)
Principais complicações supurativas da faringite estreptocócica (2)
1- Abscesso retrofaríngeo (< 5 anos): disfagia e torcicolo
2- Abscesso periamigdaliano (> 5 anos): disfagia, trismo e sialorreia
Principal agente etiológico da epiglotite aguda
H. influenzae
Quadro clínico da epiglotite aguda
Criança com esquema vacinal incompleto ou desconhecido com quadro clínico de evolução fulminante, febre alta, prostração, estridor variável, “posição do tripé”, sialorreia e disfagia.
Diagnóstico da epiglotite aguda
Laringoscopia direta evidenciando epiglote edemaciada vermelho-cereja e RX cervical lateral com “sinal do polegar”
Tratamento da epiglotite aguda
Estabelecer via aérea definitiva + ATB venoso (cefuroxima, ceftriaxone ou meropenem por 10 dias)
Prevenção da epiglotite aguda
VACINAÇÃO
Agente etiológico da laringotraqueíte viral aguda
Vírus Parainfluenza
Pródromos virais seguido de tosse ladrante ou metálica, estridor e rouquidão
Laringotraqueíte viral aguda
Tratamento da laringotraqueíte viral aguda
NBZ com adrenalina + corticoterapia
Ausência de resposta ao tratamento convencional do estridor na laringotraqueíte viral aguda
Possível complicação: traqueíte bacteriana
Diagnóstico diferencial da laringotraqueíte viral aguda
Laringite estridulosa
Sinal que pode ser encontrado na radiografia de pacientes com laringotraqueíte viral aguda
Sinal da torre ou sinal da ponta do lápis
FR esperada para cada faixa etária
< 2 meses: até 60 irpm 2 meses a 11 meses: até 50 irpm 1 ano até 5 anos: até 40 irpm 5 anos até 8 anos: até 30 irpm > 8 anos: até 20 irpm
Excetuando-se o período neonatal, qual o agente etiológico mais comum nas pneumonias na infância
Pneumococo (S. penumoniae)
Quadro clínico de pneumonia no lactente
Geralmente IVAS precede o quadro; febre > 39ºC, inquietude, apreensão, irritabilidade e dificuldade respiratória
Sinais de gravidade da pneumonia na criança
Tiragem subcostal, batimento de asa do nariz, gemência e cianose
Broncopneumonia confluente com extensa área de necrose hemorrágica e áreas irregulares de cavitação (Agente etiológico)
S. aureus
Indicações de internação da criança com pneumonia
< 2 meses (< 6 meses - Nelson)
SatO2 < 92%
FR > 70
Presença de tiragem subcostal, gemência ou batimento de asa do nariz
Sinais de toxemia
Derrame pleural, abscesso ou pneumatocele
Sinais de internação da criança com pneumonia em UTI
SatO2 < 92% em vigência de FiO2 > 60%
Apneia recorrente ou respiração irregular
Evidência de falência respiratória ou exaustão
Sepse
Tratamento ambulatorial da PNM
Amoxicilina/ Penicilina procaína por 10 dias (OMS 5 dias)
Tratamento hospitalar da PNM
< 2 meses: Penicilina cristalina OU ampicilina + Amicacina ou Gentamicina
> 2 meses: Penicilina cristalina EV. Se grave, associar oxacilina + ceftriaxone OU cloranfenicol
Conduta no derrame pleural
Toracocentese; se for exudato, troca o esquema ATB.
Se for empiema, mantém o esquema.
Critérios de Light para definição de exudato
1- Relação proteína do líquido pleural/proteína sérica > 0,5
2- Relação LDH do líquido pleural/LDH sérico > 0,6
3- LDH do líquido pleural > 2/3 do limite superior do LDH sérico ou > 200 UI/L
Bioquímica sugestiva de empiema
pH < 7,2
Glicose < 40
Gram e/ou culturas +
Conduta na pneumatocele
Expectante
Conduta no abscesso pulmonar
O tratamento clínico é capaz de resolver os abscessos
2-3 semanas de ATB EV + 2-3 semanas de ATB VO
Associar ATB com cobertura para anaeróbios (Clindamicina)
Quadro de pneumonia que geralmente não cursa com febre; evolução insidiosa; conjuntivite ou infecção nasofaríngea precedem o quadro e cursa com eosinofilia > 400 cel/mm3
PNM afebril do lactente
Agentes etiológicos que costumam estar envolvidos na PNM afebril do lactente
Chlamydia trachomatis e Ureaplasma urealyticum
Diagnóstico diferencial da PNM afebril do lactente
Coqueluche (Bordetella pertussis)
Quadro clínico da coqueluche
Três fases clínicas: catarral, paroxística e convalescência
Acessos de tosse, guinchos característicos
< 3 meses: engasgo, rubor de face, cianose, apneia
Quadro clínico-radiológico da PNM por atípicos
Quadro de cefaleia, mal estar, febre e rinorreia que evolui para rouquidão e tosse
Evolui para complicações como miringite bolhosa, pericardite, miocardite, meningo-encefalite e eritema nodoso.
VHS aumentado
Hemólise induzida por crioglutininas após melhora respiratória
Agentes etiológicos envolvidos na PNM por atípicos
Mycoplasma pneumoniae e Chamydophila pneumoniae
Bronquiolite viral aguda: agente etiológico + comum
VSR
Bronquiolite viral aguda: definição
Infecção de vias aéreas inferiores que provoca o 1º episódio de sibilância em < 2 anos associado a sinais e sintomas de infecção viral
Tratamento da bronquiolite viral aguda
Tratamento de suporte: oxigenoterapia se SatO2 < 90% (com cateter nasal); suporte nutricional
NBZ com solução salina hipertônica a 3%
NÃO FAZER CORTICOIDES E NEM FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA
Quais os lactentes com alto risco para asma?
Lactentes com sibilância recorrente OU com com 1 critério maior ou 2 menores do IPAm
Critérios IPA modificado
Critérios maiores:
1- Pai ou mãe com asma
2- Dermatite atópica
3- Sensibilização a aeroalérgenos
Critérios menores:
1- Sensibilização alérgica a leite, ovo ou amendoim
2- Sibilância não associada a infecções virais
3- Eosinofilia >= 4%