PÉ DIABÉTICO / ARTROPRATIA DE CHARCOT Flashcards
1
Q
Pé diabético
- Epidemiologia:
A
- 7,6% dos adultos (30 a 69 anos)
- 50% não sabem que tem
- 40 a 70% das amputações dos membros inferiores estão relacionadas a DM
- 85% começam com pequenas lesões no pé
2
Q
Pé diabético
- Quais os fatores relacionados à fisiopatologia (4)?
A
- Neuropatia
- Vasculopatia
- Deformidade
- Infecção
3
Q
Pé diabético
- A neuropatia periférica é manifestada em quais esferas (3)?
A
-
Sensitiva
- Desmielinização → perda de sensibilidade
- Perda da propriocepção
-
Autonômica
- Pele seca e quebradiça
- Altera a função normal da pele
-
Motora
- Desequilíbrio muscular → deformidades
- Alteração da distribuição de cargas
4
Q
Pé diabético
- Como pode ser avaliada a neuropatia periférica?
A
- Através com microfilamentos de Semmes-Ewinstein de 5,07 mm
5
Q
Pé diabético
- Quais formas a vasculopatia periférica pode ser manifestada (2)?
A
-
Macroangiopatia
- Afeta os grandes vasos
- + comum e + precoce
- Abaixo da artéria poplítea
- Pode ser estimada pelo Índice Tornozelo Braquial (ITB) → < 0,45 = doença vascular grave OU pela medição da pressão sistólica do hálux
-
Microangiopatia
- Afeta os pequenos vasos
- Afeta transporte de nutrientes e leucócitos
- 50% dos pré-diabéticos
6
Q
Pé diabético
- Como é calculado o Índice Tornozelo Braquial (ITB) e qual valor denota gravidade?
A
- Primeiro, mede-se a pressão arterial sistólica nas artérias dos tornozelos e dos braços utilizando um aparelho de pressão e um doppler vascular
- Após as medições, divide-se a maior pressão arterial encontrada no tornozelo pela maior pressão arterial encontrada no braço
- ITB entre 0,90 a 1,30 → normal
- ITB < 0,45 → doença vascular grave
- ITB > 1,30 → sugere a presença de artérias rígidas (calcificação)
7
Q
Pé diabético
- Qual deve ser o intervalo interconsultas para o acompanhamento de pacientes:
- Sem neuropatia E sem deformidade?
- Com neuropatia E sem deformidade?
- Com neuropatia E com deformidade?
A
- Sem neuropatia E sem deformidade → anual
- Com neuropatia E sem deformidade → semestral
- Com neuropatia E com deformidade → 4 meses
- Se presença de úlcera → 2 meses
8
Q
Pé diabético
- Quadro clínico:
A
- Dor no pé (nem sempre está presente)
- Perguntas relevantes
- Mudanças nos calçados
- Úlceras atuais e anteriores
- Cirurgias prévias
- Deformidades
9
Q
Pé diabético
- O que avaliar no exame?
A
- Pele e região interdigital
- Profundidade da úlcera
- “Probe to bone test” (teste da sonda no osso) → ⬆ especificidade para osteomielite
-
Teste de Silverskiold → avalia o encurtamento do tríceps sural
- Se encurtado → equino → sobrecarga no antepé → ⬆ chance de desenvolver úlceras
10
Q
Pé diabético
- No exame físico, o que consiste o “probe to bone test” (teste da sonda no osso) e o que ele representa?
A
- Teste em que o examinador utiliza um objeto estéril com ponta arredondada e encosta na úlcera para sentir o osso
- Se obter contato no osso, sugere osteomielite (⬆ especificidade)
11
Q
Pé diabético
- Como é realizado o teste de Silverskiold para avaliação do encurtamento da musculatura posterior superficial da perna?
A
- O examinador segura com uma das mãos o calcanhar do paciente e, com a outra, o antepé
- Realiza o movimento completo de extensão (dorseflexão) do tornozelo com o joelho em extensão e, em seguida, em flexão
- Se o paciente ganhar amplitude de dorseflexão do tornozelo quando flexiona o joelho, significa que a contratura é do gastrocnêmio (isolada)
- Se não houver ganho de amplitude de dorseflexão do tornozelo quando flexiona o joelho, significa que o tríceps sural, como um todo, está contraturado
12
Q
Pé diabético
- Classificação de Wagner (Grau 0 → 5):
A
- Grau 0 → lesão (pé em risco)
- Grau 1 → úlcera superficial
- Grau 2 → úlcera profunda
- Grau 3 → abcesso profundo (osteomielite)
- Grau 4 → gangrena do antepé
- Grau 5 → gangrena extensa
13
Q
Pé diabético
- Classificação de Brodsky:
Leva em consideração a lesão e vascularização do pé
A
-
Lesão
- Grau 0 → lesão (pé em risco)
- Grau 1 → úlcera superficial
- Grau 2 → úlcera profunda
- Grau 3 → abcesso profundo (osteomielite)
-
Vascularização do pé
- Tipo A → sem isquemia
- Tipo B → isquemia sem gangrena
- Tipo C → gangrena parcial
- Tipo D → gangrena completa
14
Q
Pé diabético
- Quais as principais características da infecção?
A
- Há associação com disfunção imunológica
- 67% das úlceras que atingem o osso apresentam osteomielite
- Geralmente é polimicrobiana
15
Q
Pé diabético
- Quais exames solicitar em caso de infecção?
A
- Hemograma, VHS e PCR
- Glicemia → < 200
- Hemoglobina glicada a cada 3 meses → < 7 é o ideal