Patologia Ocupacional Flashcards

1
Q

Como funciona a classificação de Schilling?

A

Schilling I - trabalho como causa necessária (sem o trabalho não há doença) - silicose, saturnismo
Schilling II - trabalho como fator contributivo, não necessário (mais como fator de risco) - LER/DORT, IAM, varizes
Schilling III - trabalho como agravador de doenças já estabelecidas ou provocador de distúrbio latente - asma ocupacional, doenças mentais, dermatite de contato

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2
Q

O que é o nexo causal?

A

Avaliar se o ambiente de trabalho, sua organização e as condições da forma de trabalhar podem ou não estar causando o adoecimento

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3
Q

Como se diferencia a Classificação Legal Brasileira?

A

Doença profissional - desencadeada por trabalho peculiar à atividade (equivale a Schilling I)
Doença do trabalho - desencadeada por condições especiais em que o trabalho é realizado (Schilling II-III)

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4
Q

Cite exemplos da classificação de Schilling:

A

Schilling I: saturnismo, silicose
Schilling II: DAC, câncer, varizes, LER/DORT
Schilling III: bronquite crônica, dermatite de contato alérgica, asma, doença mental

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5
Q

O que significa PAIRO e PAINPSE?

A

Perda auditiva induzido por ruído ocupacional.

Perda auditiva induzida por níveis de pressão sonoraa elevados.

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6
Q

Qual o tipo de risco implicado na PAIRO?

A

Risco físico (ruído - onda sonora)

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7
Q

Como ocorre a PAIRO?

A

Exposição continuada a níveis elevados de pressão sonora que causam lesão das células ciliadas do órgão de Corti na cóclea (ouvido interno), não levando informação para o cérebro através dos nervos cocleares.

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8
Q

Qual NR fala sobre os níveis elevados de pressão sonora?

A

NR15 - Limite de tolerância
Intensidade máxima relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente que não causará danos à saúde do trabalhador durante sua vida laboral.

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9
Q

Qual o limite de tolerância para ruído contínuo?

A

85dB para 8h de trabalho

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10
Q

Do que depende o desenvolvimento da PAIRO?

A
  • Nível de pressão sonora
  • Tempo de exposição
  • Susceptibilidade individual
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11
Q

Quais os sintomas auditivos da PAIRO?

A
  • Perda auditiva
  • Zumbido
  • Dificuldade no entendimento da fala
  • Algiacusia (dor a ruído de alta intensidade)
  • Audição abafada
  • Dificuldade de localizar a fonte sonora
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12
Q

Quais os sintomas não-auditivos da PAIRO?

A
  • Cefaleia e vertigem
  • Irritabilidade, ansiedade, insônia, fadiga
  • Variações de pressão arterial
  • Transtornos digestivos
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13
Q

Quais as principais características clínicas da PAIRO?

A
  • Sempre neurossensorial (lesão no órgão de Corti)
  • Normalmente bilateral com padrões similares
  • Progressão cessa com o fim da exposição
  • Irreversível
  • Perda lenta (anos)
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14
Q

Em que frequências predomina a perda auditiva induzida por ruído?

A

3, 4 e 6KHz, evoluindo para 8, 2, 1, 0,5 e 0,25KHz.

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15
Q

Como é o audiograma da PAIRO?

A

Frequência x dB - entalhamento em 4KHz, para chegar a esse ponto demora 5 a 9 anos (perdas severas demoram mais de 30 anos)

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16
Q

Como se faz o diagnóstico de PAIRO?

A
  • Anamnese clínica e ocupacional (local de trabalho e exposição)
  • Exame física
  • Audiometrias: de referência no exame admissional e sequenciais para reavaliar perda auditiva (6 meses)
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17
Q

Qual a principal medida de intervenção nos casos de PAIRO?

A
  • PREVENÇÃO
  • Reconhecer o risco e eliminá-lo
  • Uso de EPI
  • Controle médico de saúde ocupacional (audiometrias e programa de conservação auditiva) - detecta alterações precoces para evitar a perda auditiva.
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18
Q

Quais fatores podem agravar a PAIRO?

A
  • Vibrações (britadeira)

- Substâncias químicas (fumos metálicos, aminoglicosídeos, diuréticos, solventes orgânicos como tolueno).

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19
Q

O que são pneumoconioses?

A

Doenças pulmonares decorrentes da inalação e deposição de poeira nos pulmões e da reação tecidual à presença dessas poeiras.

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20
Q

Qual o tipo de risco envolvido nas pneumoconioses?

A

Risco químico

- Poeira (partícula < 10mcm): poeiras minerais - silicose e asbestose.

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21
Q

O que é a silicose?

A

Pneumoconiose mais prevalente e mais grave que cursa com fibrose intersticial nodular causada por exposição prolongada à sílica cristalina.

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22
Q

Qual a fisiopatologia da silicose?

A

Deposição alveolar de poeira de sílica cristalina.
Fagocitose por macrófagos alveolares
Liberação de citocinas e fatores de crescimento
Inflamação crônica e fibrose

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23
Q

Quais as atividades associadas com silicose?

A

PRINCIPAIS: JIPP

  • Jateamento de areia
  • Indústria de construção, cerâmica e vidro
  • Perfuração de poços
  • Pedreiras e marmorarias

Outras:

  • Britagem de pedras
  • Lapidação de pedras
  • Polimento de fachadas
  • Corte e polimento de granito
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24
Q

Quais as formas de apresentação da silicose?

A
  • Silicose aguda (silicoproteinose)
  • Silicose acelerada ou subaguda
  • Silicose crônica ou nodular
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25
Q

Como é a silicose aguda?

A
  • Exposição maciça de sílica livre por 4m-5anos. Forma rara que cursa com dispneia grave e morte por IRpA, com tosse e mal-estar geral
  • Apresenta-se com material eosinofílico preenchendo alvéolos e crepitantes pulmonares.
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26
Q

Como é a silicose acelerada?

A

Ocorre em < 10 anos, com alterações radiológicas precoces

  • Sintomas mais precoces e limitantes
  • Risco aumentado de casos complicados (conglomerados e fibrose maciça)
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27
Q

Como é a silicose crônica?

A

Forma mais comum que ocorre entre 10-20 anos de exposição a níveis baixos de sílica.

  • Evolução lenta com início assintomático
  • Dispneia aos esforços, tosse e perda de peso.
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28
Q

Quais os sintomas gerais da silicose inicialmente?

A
  • Dispneia aos esforços
  • Tosse e expectoração
  • Astenia
  • Dor torácica à inspiração profunda e esforços
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29
Q

E na silicose avançada, quais os sintomas?

A
  • IRpA grave
  • Dor torácica progressiva
  • Dispneia em repouso
  • Astenia grave
  • Cor pulmonale crônico
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30
Q

Como é o RX/TC da silicose?

A

Opacidades micronodulares e nodulares

  • Predomínio superior e posterior
  • Pode haver nódulos coalescentes formando massas/opacidades
  • Aumento de linfonodos hilares/mediastinais (calcificação em casca de ovo)
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31
Q

Como se faz o diagnóstico de silicose?

A
  • História clínica ocupacional (inquérito com exposição compatível)
  • Imagem (RXT específico recomendada pela OIT) ou TC
  • Biópsia (exceção)
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32
Q

Quando solicitar biópsia nos casos de silicose?

A
  • Imagem incaracterística

- Sem história de exposição, não convincente.

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33
Q

Quais doenças estão associadas à sílica cristalina, além da silicose?

A
  • Silicotuberculose (pode antecipar os sintomas da silicose)
  • AR e esclerose sistêmica (autoimunes)
  • Ca de pulmão
  • DRC
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34
Q

Qual a causa da asbestose?

A

Inalação das fibras de asbesto/amianto

35
Q

Quais as atividades com exposição ao asbesto e amianto?

A
  • Mineração, moagem e ensacamento de asbesto
  • Material de fricção (pastilhas de freio)
  • Materiais de vedação
  • Produtos têxteis (mantas e tecidos antichamas)
  • Construção civil (tubulação, telhas, caixa d’água, piso vinílico)
36
Q

Qual a clínica da asbestose?

A
  • Longo período de latência (>10 anos - assintomática)
  • Dispneia progressiva aos esforços
  • Crepitantes em bases
  • Tosse
  • Cianose
  • Baqueteamento digital

Depende da carga e tempo de exposição

37
Q

Como é a imagem na asbestose?

A

RX - opacidades reticulares, irregulares e lineares
TC - sinais de fibrose
- Espessamento de septos interlobulares
- Bronquioloectasias de tração
- Faveolamento
Predomínio em bases e posterior
Espessamento plural e placas pleurais

38
Q

O término da exposição tem influência sobre o desenvolvimento da silicose e asbestose?

A

NÃO, EVOLUEM MESMO APÓS CESSADA EXPOSIÇÃO

39
Q

Como se faz o diagnóstico de asbestose?

A

1) Evidência de exposição ao asbesto (1 dos seguintes)
- Anamnese ocupacional (esposição/latência plausível)
- Marcador de exposição (placa pleural)
- Corpos de asbestos (LBA, escarro, tecido)
2) Evidência de alteração estrutural
- Imagem (RX/TC compatível)
- Biópsia (exceção - fibrose e corpos de asbesto

40
Q

Quais as doenças associadas ao asbesto?

A
  • Espessamento/placas pleurais
  • Neoplasia de pulmão, laringe, ovário, estômago
  • Mesotelioma (pode acometer pleura, peritônio e pericárdio)
41
Q

O que deve ser feito após diagnóstico de pneumoconiose?

A
  • Afastar da exposição imediata e definitivamente
  • Notificação e investigação do caso para o SINAN (unidade sentinela)
  • Emissão de CAT e preenchimento do Laudo de Exame Médico (LEM)
42
Q

Quando está indicada a quimioprofilaxia nos pacientes com silicotuberculose?

A

PPD > 10mm (afastada TB ativa) - usar isoniazida por 6m.

43
Q

Do que decorrem as LER/DORT?

A

Sobrecarga ao sistema musculoesquelético por falta de tempo para recuperação muscular ou articular.

44
Q

Quais os principais profissionais nas estatísticas com casos de LER/DORT?

A

Bancários, digitadores, operadores de linha de montagem, telemarketing, secretárias, jornalistas.

45
Q

Quais os tipos de risco envolvidos na LER/DORT?

A

Risco ergonômico (principal) e risco físico (vibração e frio).

46
Q

Quais as características epidemiológicas da LER/DORT?

A
  • Etiologia multifatorial
  • Maior prevalência em mulheres
  • Incidência maior entre 30-40 anos (auge da produtividade)
  • 2ª causa de afastamento do trabalho no Brasil
47
Q

Quais as entidades relacionadas ao trabalho enquadradas como DORT?

A

1) Mão e punho: STST
- Síndrome do túnel do carpo
- Tenossinovite de Quervain
- Síndrome do canal de Guyon (comprime n. ulnar)
- Tenossinovite dos flexores/extensores do carpo
2) Cotovelo: EB
- Epicondilite medial e lateral
- Bursite de olécrano
3) Ombro: BTSS
- Bursite de ombro
- Síndrome do manguito rotador
- Tendinite bicipital
- Síndrome do desfiladeiro torácica

48
Q

Quais os sintomas associados com LER/DORT?

A

Dor, parestesia, fadiga, sensação de peso. Surgimento insidioso, mais comum em MMSS.

49
Q

Quais os riscos ergonômicos associados com LER/DORT?

A
  • Repetitividade de movimentos
  • Manutenção de posturas inadequadas por tempo prolongado
  • Esforço físico
  • Invariabilidade de tarefas
  • Pressão mecânica
  • Trabalho muscular estática
  • Exigência de produtividades e metas
  • Exigência de ritmo intenso
50
Q

Qual o conteúdo do túnel do carpo?

A

Nervo mediano - inerva polegar, indicador, dedo médio e face interna do anular
Tendões flexores dos dedos

51
Q

O que é a Síndrome do Túnel do Carpo (STC)?

A

Neuropatia compressiva mais frequente (1% da população), acomapanha-se de dor, formigamento e queimação de evolução insidiosa acometendo o território inervado.

  • Sintomas pioram à noite (podendo despertar o paciente)
  • Pode atingir todo o braço
52
Q

Qual a epidemiologia da STC?

A
  • Predomina em mulheres (4:1)
  • Faixa etária 40-60 anos
  • 50% bilateral (indica na mão dominante)
53
Q

Quais os fatores de risco para STC?

A
  • Esforço de repetitividade
  • Postura
  • Obesidade
  • AR
  • Gravidez
54
Q

Qual a manobra diagnóstica de STC?

A

Manobra de Phalen. Flexão dos punhos, pressionando as superfícies dorsais das mãos por 60 segundos. Causa queimação, formigamento ou pontada no local da inervação do mediano.

55
Q

O que é o sinal de Tinel?

A

Percussão leve da prega flexora do punho para detectar irritação - formigamento na face palmar do polegar, indicador e anelar. Muitos falsos-positivos.

56
Q

Quais os testes para epicondilite lateral?

A

Teste de Coen e Mill - cotovelo de tenista.

57
Q

Como se classificam os agrotóxicos?

A
  • Quanto aos tipos de organismo que controlam (ex: fungicida, herbicida…)
  • Quanto à toxicidade da substância
  • Quanto ao grupo químico
58
Q

Como é a classificação toxicológica dos agrotóxicos

A
Classe I (extremamente tóxico) - tarja vermelha
Classe II (altamente tóxico) - tarja amarela
Classe III (medianamente tóxico) - tarja azul
Classe IV (pouco tóxico) - tarja verde
59
Q

Quais as principais causas de intoxicações e morte no Brasil?

A

Inseticidas organofosforados e carbamatos que são inibidores das colinesterases.

60
Q

Qual a sintomatologia dos organofosforados e carbamatos?

A
  • Via dérmica, pulmonar e digestiva –>
  • Sialorreia
  • Sudorese
  • Miose
  • Hipersecreção brônquica
  • Colapso respiratório
  • Tosse
  • Miofasciculações
  • HAS fugas
  • Vômito, cólica, diarreia
  • Choque
61
Q

Quais as manifestações associadas aos organoclorados?

A
  • Comprometem transmissão do impulso nervoso em SNC e SNA
  • Alteração de comportamento, sensório, equilíbrio e musculatura voluntária
  • Bulbo respiratório
62
Q

Qual a principal precaução em relação aos organoclorados?

A

São lipossolúveis e eliminados na urina e LEITE MATERNO.

63
Q

Quais as manifestações de inseticidas piretroides?

A
  • Irritação dos olhos, mucosas e pele

- Dose alta: neuropatias

64
Q

Como se manifestam os fungicidas do grupo dietilditiocarbamatos?

A
  • Parkinsonismo (presença de manganês)

- Etileno-etilureia (ETU) -> carcinogênico, mutagênico, teratogênico - dermatite, conjuntivite, bronquite, faringite

65
Q

Quais os principais herbicidas e suas repercussões na intoxicação?

A

Paraquat - lesão hepática e renal, fibrose pulmonar
2,4D - neurite periférica e diabete transitório
2,4,5T - cloracne, neurite periférica

66
Q

Qual o metal pesado implicado no saturnismo?

A

Chumbo inorgânico (Fumos/poeiras de chumbo)

67
Q

Quais as atividades que envolvem chumbo?

A
  • Fabricação de baterias
  • Indústria de plástico
  • Tintas e pulverização
  • Manufatura de vidros e cristais
  • Envernizamento
  • Acumuladores elétricos
68
Q

Qual o impacto do chumbo no corpo humano?

A

Afeta a biossíntese do heme com acúmulo de ZPP e ácido deltagaminolevulínico.
Causa dano aos sistemas hematológico, renal e nervoso.

69
Q

Quais os sinais e sintomas da intoxicação por chumbo?

A
  • Dor abdominal aguda (confunde com abdome agudo) - laparotomia branca
  • Náuseas e vômitos
  • Cefaleia, astenia, irritabilidade, perda de concentração e memória, fraqueza neuromuscular
  • Anemia
  • IR, HAS, gota, síndrome de Fanconi, edema.
  • Orla gengival de Burton
70
Q

O que é a orla gengival de Burton?

A

linha azulada/acinzentada no sulco gengival acima da implantação dos dentes. Decorre do metabolismo oxidativo por bactérias da boca - sulfeto de chumbo.

71
Q

Como é o tratamento do saturnismo?

A

Interrupção da exposição.
Na crise álgica abdominal - hidratação
Terapia quelante em alguns casos

72
Q

A que se refere o hidrargirismo?

A

Intoxicação por mercúrio metálico

73
Q

Quais os trabalhos associados com exposição à mercúrio?

A
  • Garimpos
  • Extração ouro e prata
  • Produção de cloro-soda
  • Amálgamas dentárias
  • Termômetros e barômetros
  • Lâmpadas fluorescentes
74
Q

Qual a principal ação do mercúrio no organismo?

A

Ligação com gruo ativa da MAO (monoaminoxidase), com acúmulo de serotonina endógena com distúrbios neurais

75
Q

Qual o quadro clínico do hidrargirismo?

A
  • Intoxicação aguda: pneumonite/bronquite
  • Síndrome nefrótica e proteinuria
  • Gengivite, sialorreia
  • Tremores e irritabilidade
  • Alterações comportamentais, perda de memória e alucinações
76
Q

Quais as principais exposições ocupacionais associadas ao benzenismo?

A
  • Setor siderúrgico
  • Refinaria de petróleo
  • Benzeno solvente (tinta, verniz, selador)
77
Q

Quais os sintomas clínicos do benzenismo?

A
  • Fadiga, palidez
  • Infecções frequentes
  • Sangramento gengival e epistaxe
  • Astenia, cefaleia, irritabilidade e alterações de memória
  • Pancitopeia
78
Q

Qual o principal efeito a longo prazo do benzeno?

A

MIELOTOXICIDADE

LMA, LMC, LLC, SMD, ANEMIA PLÁSTICA, LH, hemoglobinúria paroxístico noturna.

79
Q

Como se faz a investigação do benzenismo?

A
  • Anamnese clínico-ocupacional
  • Dois hemogramas com plaquetas e reticulócitos em 15d de intervalo
  • Dosagem de ferro sérico, saturação do ferro
  • Duas amostras de fenol urinário
80
Q

Quais as principais fontes de intoxicação por cromo?

A

Névoas ácidas - galvanoplastias (cromagem), indústria de cimento, produção de ligas metálicas, soldagem de aço inoxidável.

81
Q

Quais os sintomas associados à intoxicação por cromo?

A
  • Prurido nasal, rinorreia e epistaxe
  • Ulceração e perfuração do septo nasal
  • Irritação conjuntival (lacrimejamento e irritação da garganta)
  • Pode ter erupção com úlceras em dupla borda (olho de pombo)
  • Ca de pulmão
82
Q

O que se fazer na suspeita de intoxicação de cromo?

A

Monitorização biológica (pesquisa de cromo no sangue e tecidos)
Verificação do nível de exposição

83
Q

O que é dermatose ocupacional?

A

Qualquer alteração de pele, mucosa e anexos, direta ou indiretamente causadas, condicionada, mantida ou agravada por agentes do trabalho.

84
Q

O que é o auxílio-doença?

A

Para o segurado que comprove estar incapacitado para o trabalho por mais de 15 dias.

  • Comum (previdenciário): por doença comum
  • Acidentário: acidente e/ou doença relacionada ao trabalho