Partograma Flashcards

1
Q

PARTOGRAMA é a forma de representar graficamente o trabalho de parto, permitindo que seja adequadamente acompanhado, avaliado e documentado.

QUAIS SÃO OS PARÂMETROS QUE PODEM SER REGISTRADOS NO PARTOGRAMA?

A
  • Dilatação cervical.
  • Altura da apresentação fetal.
  • Variedade de posição fetal.
  • Frequência cardíaca fetal.
  • Número e intensidade das contrações.
  • Características da bolsa e do líquido amniótico.
  • Intervenções realizadas durante a assistência ao trabalho de parto, como orientação de banho, uso de ocitocina e analgesia
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2
Q

COMO ESSES PARÂMETROS SÃO REGISTRADOS NO PARTOGRAMA?

  1. COLUNAS:
  2. LINHAS:
A

1. COLUNAS: cada uma delas
corresponde a uma 1 HORA do trabalho de parto.

2. LINHAS: associam-se aos
parâmetros registrados nele.

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3
Q

O primeiro grande quadrado do partograma é o mais explorado, inclusive, podendo aparecer sozinho, sem o restante do documento. Nele, as linhas associam-se:

A

ao registro da dilatação e da altura da apresentação fetal

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4
Q

A dilatação cervical é representada classicamente por um (1) triângulo ou por um (2) e registrada segundo uma escala de (3), localizada à esquerda do partograma.

A

(1) triângulo ou por (2) X
(3) 1 a 10 centímetros

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5
Q

Já a altura da apresentação fetal é representada por uma (1), determinada segundo a escala dos planos de De Lee ou de Hodge, que, em geral, fica à direita do partograma.

A

(1) O “circunferência”

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6
Q

São planos que dividem o canal de parto de modo que se possa avaliar a progressão fetal por ele. O nível das espinhas isquiáticas corresponde ao estreito médio e é considerado o plano zero. Os planos acima dele são considerados centímetros negativos e os abaixo, positivos, variando de -4 a +4

A

Planos de De Lee

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7
Q

São quatro planos com função
semelhante aos planos de De Lee, mas pouco usados na prática clínica. É importante que você saiba que o terceiro plano deste, corresponde ao plano zero de De Lee.

A

Planos de Hodge

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8
Q

É representada graficamente pelo ponto de referência da apresentação fetal dentro da circunferência que indica a altura da apresentação. O ponto de referência fetal deve ser posicionado para a direção correspondente ao ponto de referência da pelve materna.

A

Variedade de posição fetal

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9
Q

PONTOS DE REFERÊNCIA DA PELVE MATERNA E NOMENCLATURA OBSTÉTRICA:

Considere sempre que a gestante está em posição ginecológica na sua frente e você é seu examinador.

A

Esquerda e direita, anterior e posterior, sempre em relação à gestante

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10
Q

Nos blocos seguintes do partograma, é possível registrar a frequência cardíaca fetal e o número e a intensidade das contrações. Vale ressaltar que os batimentos cardíacos fetais devem variar entre 110 e 160 bpm para serem considerados normais.

Quanto ao registro das contrações

- quadrado totalmente preenchido:

- meio quadrado preenchido:

- apenas um traço diagonal sem preenchimento:

A

- quadrado totalmente preenchido: representa contração forte,

- meio quadrado preenchido: simboliza contração moderada

- apenas um traço diagonal sem preenchimento:
indica que a contração é fraca

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11
Q
  1. Durante a fase de dilatação, espera-se, em média, a presença de:
  2. Enquanto, no período expulsivo, a dinâmica uterina esperada é de:
A
  1. de 2 a 3 contrações moderadas
  2. de 4 a 5 contrações fortes.
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12
Q

SIGLAS PARTOGRAMA

  • BI –
  • BRE –
  • BRA –
  • LC –
  • MEC –
A
  • BI – bolsa íntegra.
  • BRE – bolsa rota espontânea.
  • BRA – bolsa rota artificialmente (realizada amniotomia).
  • LC – líquido claro.
  • MEC – líquido com aspecto meconial. Pode sugerir sofrimento fetal.
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13
Q

O QUE SÃO AS DUAS LINHAS DIAGONAIS NO PRIMEIRO BLOCO DO PARTOGRAMA?

A

- linha de alerta (esquerda): é traçada a partir da hora seguinte ao registro do primeiro toque vaginal

- linha de ação (direita): é traçada 4 horas após, ou seja, na quarta coluna à direita da linha de alerta.

ATENÇÃO: as linhas de alerta e de ação referem-se sempre à dilatação cervical, não à altura da apresentação.

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14
Q

De maneira prática: esteja de olho nos triângulos (não nas circunferências) até a dilatação cervical atingir 10 centímetros. Caso os triângulos ultrapassem a linha de alerta, desconfie de:

A

Parto Distócico.

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15
Q

COMO AVALIAR A EVOLUÇÃO DO TRABALHO DE PARTO A PARTIR DO PARTOGRAMA?

1º: ter em mente e definir se é um parto eutócico (fisiológico) ou de um parto distócico (caso a dilatação cervical, a descida ou o desprendimento fetal não ocorram como o esperado)

1º E 2º PERÍODOS DO PARTO

  • Primeiro Período do trabalho de parto é onde se espera dinâmica uterina de 2 a 3 contrações moderadas a cada 10 minutos e que a dilatação cervical já esteja com pelo menos 3 cm.
  • Segundo Período do parto se inicia quando a dilatação cervical é completa, ou seja, o colo está com dez centímetros de dilatação, e termina quando o feto se desprende do corpo materno. Durante esse período do parto, são esperadas de 4 a 5 contrações fortes a cada 10 minutos.
A
  • 1º período ou Fase de dilatação.
  • 2º período ou Fase de expulsão.
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16
Q

Atualmente, pela OMS, considera-se fase ativa a partir dos

A

5 a 6 cm de dilatação

17
Q

Antigamente, considerava-se que a dilatação deveria ocorrer na velocidade de cerca de 1 cm/hora, mas esse conceito não vem sendo mais utilizado na prática obstétrica atual e não é mais recomendado pela OMS

A

Por isso, não devemos mais tomar condutas ativas diante da não evolução da dilatação na velocidade de 1 cm/h.

18
Q

Intervalo de tempo tolerado para o período expulsivo:

* Parturiente NÃO analgesiada:

* Parturiente ANALGESIADA:

A

*Parturiente NÃO analgesiada: 1 hora nas multíparas e até 2 horas em primíparas; OMS - 2h em
multíparas e 3h em primíparas.

*Parturiente ANALGESIADA: 2 horas nas multíparas e 3 horas em primíparas; OMS - 3h em multíparas e 4h em primíparas

19
Q

Chamamos de distocia toda
evolução do trabalho de parto que ocorre de forma diferente da esperada. A evolução do trabalho de parto depende da harmonia de 3 fatores:

A

* Motor (dinâmica uterina)

* Trajeto (características da pelve materna)

* Objeto (feto)

20
Q

Causas de distocia de trajeto são:

A

miomas cervicais

estenose ou edema de colo

septos vaginais

condilomas acuminados gigantes

pelvimetria (ósseas)

tipos de bacia obstétrica (ósseas)

21
Q

É um achado raro, mais frequente em gestantes adolescentes, por ainda não terem completado plenamente seu desenvolvimento, e que impossibilita o parto vaginal. Ocorre quando a pelve é considerada incompatível à passagem fetal, sendo denominado de (1). Portanto, nessa situação, deve-se indicar parto via alta, ou seja, cesariana.

A

Vício pélvico

22
Q

Pelvimetria x Vício Pélvico

Pelvimetria interna:

a. Promontório atingível:

b. Espinhas ciáticas proeminentes:

Pelvimetria externa:

c. Diâmetro bituberoso menor do que um punho.

d. Ângulo subpúbico menor do que 90º

A

Pelvimetria interna:

a. Promontório atingível: deve ser > ou = 10,5 cm ou não atingível.

b. Espinhas ciáticas proeminentes: diâmetro bi-isquiático > 10,5 cm.

Pelvimetria externa:

c. Diâmetro bituberoso menor do que um punho: se for > que um punho, sua medida é maior que 11 cm.

d. Ângulo subpúbico menor do que 90º: deve ser > ou = 90º

23
Q

Causas de distocia de objeto são:

A
  • Tamanho fetal
  • Apresentação fetal
  • Variedade de apresentação fetal
24
Q

A distocia de motor ou distocia funcional está relacionada a alterações na contratilidade uterina, seja por excesso ou por falta/incoordenação de contrações. A classificação de Goffi para distocias de motor propõe que sejam divididas em:

A

* Distocia por hipoatividade: 1ª ou 2ª

* Distocia por hiperatividade: taquissistolia ou taquitócito

* Distocia por hipertonia:

* Distocia de dilatação:

25
Q

Existem 2 tipos de atividade contrátil durante a gestação:

  • TIPO A:
  • TIPO B:
A

* TIPO A: são contrações de alta frequência e baixa amplitude; intensidade de 2 a 4 mmHg. São contrações localizadas que ocorrem durante a gestação, em torno de 1 contração/min.

* TIPO B: são contrações de alta amplitude, inicialmente com intensidade de 10 a 20 mmHg, chamada de Braxton Hicks, que se difunde parcial ou totalmente pelo útero. Ocorre um aumento gradual da intensidade com a evolução da gestação e coordenação de sua frequência principalmente 4 semanas antes do parto. E ao iniciar o trabalho de parto, atinge intensidade de 20 a 40 mmHg e frequência de 2 contrações em 10 minutos.

26
Q

Quando avaliar o Partograma, sempre observe primeiro a dilatação, ou seja, os TRIÂNGULOS. A descida da apresentação será considerada como possível causa, apenas quando a dilatação chegar a 10cm.

- Dilatação < 10cm:

- Dilatação > 10cm:

A
  • Dilatação < 10cm: distócia de dilatação - 1º período
  • Dilatação > 10cm: distócia de descida - 2º período
27
Q

Quando há mais de 5 contrações em 10 minutos, configura-se:

A

Taquissistolia

28
Q

Quais os 5 tipos de classificação no partograma?

A
  1. Fase ativa prolongada
  2. Parada secundária da dilatação
  3. Parada secundária da descida
  4. Período pélvico prolongado
  5. Parto precipitado.
29
Q

Sobre a fase ativa prolongada, qual sua definição, fator causal e conduta?

A
  1. Definição: dilatação < 1cm/h em 24h.
  2. Associada a: falta de dinâmica uterina
  3. Conduta: deambulação + amniotomia + ocitocina EV

OBSERVAÇÃO: Lembre-se de que a OMS não recomenda mais considerar a velocidade de dilatação de 1cm/hora, mas recomenda que a dilatação na fase ativa pode demorar até 10 horas nas multíparas e 12 horas nas primíparas.

30
Q

Sobre a parada secundária da dilatação, qual sua definição, fator causal e conduta?

A
  1. Definição: dilatação cervical que não evolui em 2H, (pelo menos, 2 toques vaginais consecutivos), com intervalo de, ao menos, 2h entre eles, com dinâmica uterina adequada.

- Atualmente, considera-se também parada secundária da dilatação quando a paciente está com, pelo menos, 6 cm de dilatação:
* com rotura das membranas, que não progridem após 4 h de atividade uterina adequada; ou
* pelo menos, 6 h após administração de ocitocina com atividade uterina inadequada e nenhuma mudança cervical.

  1. Associada a: desproporção cefalo-pelvica/ falta de contração
  2. Conduta: cesariana ou ocitocina
31
Q

Sobre a parada secundária da descida, qual sua definição, fator causal e conduta?

A
  1. Definição: cessa descida por ao menos 1h após dilatação completa. Outra definição seria: ausência de descida e/ou rotação > 3h em nulíparas e >2 h em multíparas, com contrações uterinas adequadas e rotura de membranas.
  2. Associada a: desproporção cefalo-pelvica/ alteração da posição fetal
  3. Conduta: fórcipe ? via alta - cesariana ?
32
Q

Sobre o período pélvico prolongado, qual sua definição, fator causal e conduta?

A
  1. Definição: descida progressiva, mas muito lenta no período expulsivo

Lembre-se de que, pela definição da OMS, acrescentamos mais uma hora sobre esses parâmetros, ficando assim:
- 2h em multíparas sem analgesia e 3 h em multíparas com analgesia
- 3h em primíparas sem analgesia e 4h em multíparas com analgesia

  1. Associado a: contratilidade reduzida/desproporção cefalo-pelvica
  2. Conduta: ocitocina, rotura artificial bolsa das águas ou fórcipe.
33
Q

Sobre o parto precipitado, qual sua definição, fator causal e conduta?

A
  1. Definição: dilatação, descida e expulsão fetal em ≤ 4 horas.
  2. Associado a: adm excessiva de ocitocina, laceração trajeto.
  3. Conduta: suspender ocitocina, revisar canal de parto.
34
Q

Caracteriza-se justamente por dilatação cervical ser menor do que um centímetro por hora, geralmente associada à hipoatividade uterina. Lembre-se que a OMS não recomenda mais considerar a velocidade de dilatação de 1cm/hora, mas recomenda que a dilatação na fase ativa pode demorar até 10 horas nas multíparas e 12 horas nas primíparas.

A

Fase Ativa Prolongada

35
Q

Caracteriza-se por dilatação cervical, que não evolui em pelo menos dois toques vaginais consecutivos, com intervalo de ao menos duas horas entre eles, com dinâmica uterina adequada. Atualmente também é considerada quando a paciente está com pelo menos 6 cm de dilatação:
* com rotura das membranas, que não progridem após 4 h de atividade uterina adequada ou
* pelo menos 6 h após administração de ocitocina com atividade uterina inadequada e nenhuma mudança cervical.

A

Parada Secundária da Dilatação

36
Q

Distocias de descida caracterizam-se por partos que não evoluem como o esperado após a dilatação cervical ser total, portanto são distocias que se relacionam ao período expulsivo.
Nessa situação, existe parada da progressão da apresentação fetal pelo canal vaginal por mais de 2 horas, quando a dilatação cervical é total, ou seja, é de 10 centímetros.

Atualmente também se utiliza a seguinte definição: ausência de descida e/ou rotação > 3h em nulíparas e >2 h em multíparas, com contrações uterinas adequadas e rotura de membranas. Este tempo pode ser acrescido em mais 1 h em pacientes submetidas a analgesia peridural, desde que haja boa vitalidade fetal e ausência de exaustão maternal.

A

Parada Secundária da Descida

37
Q

Caracteriza-se por dilatação cervical total de 10 centímetros e apresentação fetal que desce pelo canal de parto de forma mais lenta do que o esperado, prolongando o período expulsivo tolerado de acordo com a paridade da parturiente e se ela está analgesiada ou não. Lembre-se que pela definição da OMS acrescentamos mais 1 hora sobre esses parâmetros, ficando assim:
* 2h em multíparas sem analgesia e 3 h em multíparas com analgesia
* 3h em primíparas sem analgesia e 4h em multíparas com analgesia

A

Período Pélvico Prolongado

38
Q

Nessa situação, a dilatação cervical, a descida do feto pelo canal de parto e o parto ocorrem em intervalo menor do que 4 horas. Note que, embora a maioria das distocias represente partos que deixaram de evoluir como o esperado, é um trabalho de parto que evoluiu muito rápido.

A

Parto Taquitócito ou Precipitado