HIV na gestação Flashcards
A taxa de transmissão vertical do HIV, sem qualquer intervenção, situa-se em torno de 25%.
Vias de transmissão vertical:
❯ Intraparto: 75% dos casos;
❯ Intraútero e aleitamento: 25%
A Terapia Antirretroviral (TARV) está indicada para toda gestante infectada pelo HIV, independentemente de critérios clínicos e imunológicos, e não deverá ser suspensa após o parto, independentemente do nível de linfócitos CD4 do início do tratamento.
Esquema de TARV inicial no 1º trimestre:
❯ Se genotipagem pré-tratamento comprovar ausência de mutações para ITRNN, o esquema preferencial é tenofovir (TDF)/lamivudina (3TC)/efavirenz (EFZ).
❯ Se genotipagem pré-tratamento não estiver disponível ou quando comprovar resistência transmitida a ITRNN, iniciar TDF/3TC + atazanavir/ritonavir (ATV/r).
A Terapia Antirretroviral (TARV) está indicada para toda gestante infectada pelo HIV, independentemente de critérios clínicos e imunológicos, e não deverá ser suspensa após o parto, independentemente do nível de linfócitos CD4 do início do tratamento.
Esquema preferencial para gestantes que irão iniciar TARV a partir de 13 semanas (segundo trimestre):
❯ TDF + 3TC + dolutegravir (DTG).
Gestante em uso de TARV e carga viral indetectável ou abaixo de 50 cópias/ml, CONDUTA:
Manter mesmo esquema, desde que não contenha medicamentos contraindicados na gestação.
Gestante em uso de TARV e carga viral maior que 50 cópias/ml:
Realizar genotipagem para o HIV e escolher TARV de acordo com a resistência aos antirretrovirais.
AZT venoso 2 mg/kg em uma hora e 1 mg/kg por hora até o clampeamento do cordão umbilical. Iniciar o esquema 3 horas antes da cesariana eletiva.
Na 38ª semana de gestação para pacientes com carga viral desconhecida ou carga viral após 34 semanas ≥ 1.000 cópias/ml deve ter a via de parto com,
Cesarina eletiva
Em gestantes em uso de antirretrovirais e carga viral < 1.000 cópias/ml. Nessa gestante, a via de parto é
Parto vaginal
Se membranas amnióticas íntegras e dilatação cervical menor que 4 cm
Cesariana eletiva
São procedimentos a serem evitados numa gestante HIV +:
Episiotomia, fórcipe, trabalho de parto prolongado, amniotomia, amniorrexe prolongada, procedimentos invasivos, aleitamento materno, ordenha de cordão umbilical.
Assistência ao puerpério na gestante HIV +:
- Inibição do aleitamento com cabergolina: o enfaixamento das mamas pode ser considerado
como medida de exceção caso a cabergolina não esteja disponível. - TARV após o parto não deve ser suspensa, independentemente da contagem de linfócitos CD4 e das manifestações clínicas.
Inibição da lactação na puérpera HIV positiva, é feita quando e como?
Imediatamente após o parto, com cabergolina 1,0 mg via oral, em dose única (2 comp. de 0,5 mg, por via oral). Pode ser administrada nova dose do inibidor caso haja fracasso com a primeira dose.
A utilização de AZT e a via de parto para gestantes com HIV dependem da carga viral (CV) realizada após 34 semanas de gestação:
- CV > 1000 cópias ou desconhecida
- CV detectável < 1000 cópias
- CV indetectável
1. CV > 1000 cópias ou desconhecida: AZT endovenoso + CESAREA ELETIVA APÓS 38 semanas.
2. CV detectável < 1000 cópias: AZT endovenoso + PARTO COM INDICAÇÃO OBSTÉTRICA, DE PREFERÊNCIA PARTO NORMAL.
3. CV indetectável: MANTER TARV HABITUAL + PARTO COM INDICAÇÃO OBSTÉTRICA, DE PREFERÊNCIA PARTO NORMAL.