Gestação Múltipla Flashcards

1
Q

Gestações múltiplas são aquelas que originam 2 ou + embriões, advindos de um ou mais de um zigoto, a depender do número de óvulos que foram fecundados.

Podem ser

(1) monozigóticas

(2) dizigóticas.

A

(1) são aquelas em que há a fecundação de 1 óvulo por 1 espermatozóide, formando 1 único zigoto que se divide posteriormente em 2 embriões.

(2) ocorrem quando 2 óvulos são fecundados por 2 espermatozóides, formando 2 zigotos que originarão 2 embriões.

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2
Q

Além disso, as gestações múltiplas são classificadas conforme o número de placenta e cavidade amniótica.

Assim sendo, as gestações gemelares poderão ser classificadas como monocoriônicas ou dicoriônicas com relação ao número de placentas e monoamnióticas ou diamnióticas, de acordo com o número de cavidades amnióticas.

Nas gestações dizigóticas visto que são oriundas da fecundação de 2 óvulos por 2 espermatozoides, essas serão sempre:

A

dicoriônica e diamniótica

Isto é, cada embrião tem placenta e cavidade amniótica separadas e possuem material genético distinto. Seguindo o mesmo raciocínio, as gestações trizigóticas são formadas a partir de três óvulos fecundados por três espermatozoides e, desse modo, contêm três placentas e três cavidades amnióticas distintas. Isso vale também para as gestações quadrizigóticas e assim por diante.

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3
Q

Por sua vez, as gestações monozigóticas resultam da fecundação de um único óvulo por um único espermatozoide que se divide após a formação do zigoto. Sendo assim, o material genético dos fetos é idêntico e, por isso, seu sexo também.

A

Nessas gestações, o tempo da divisão do zigoto determina a quantidade de placentas (corionicidade) e cavidades amnióticas (amnionicidade):

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4
Q

Sobre as Gestações Monozigóticas, elas podem ser:

* Dicoriônica e diamniótica:

* Monocoriônica e diamniótica:

* Monocoriônica e monoamniótica:

* Gêmeos conjugados:

A

* Dicoriônica e diamniótica: quando a divisão ocorre em até 72h da fertilização, com formação de 2 placentas e 2 cavidades amnióticas.

* Monocoriônica e diamniótica: quando a divisão ocorre entre o 4º ao 8º dia após a fecundação, com formação de 1 placenta e 2 cavidades amnióticas.

* Monocoriônica e monoamniótica: quando a divisão ocorre entre o 8º ao 13º dia da fecundação, com formação de uma placenta e uma cavidade amniótica.

* Gêmeos conjugados: quando a divisão é tardia, entre o 14º ao 17º dia após a fecundação, com formação de uma placenta, uma cavidade amniótica e embriões coligados.

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5
Q

Quais são os fatores de risco que estão associadas a uma maior ocorrência de gestação dizigótica?

A
  • história familiar materna,
  • idade materna avançada,
  • alta paridade
  • afrodescendência
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6
Q

Gestações múltiplas - distribuição percentual
- Dizigóticas 70% - 100% dicoriônica e diamniótica
- Monozigóticas 30% se distribui:

A

Monozigóticas 30%:

Dicoriônica e Diamniótica = 25%

Monocoriônica Diamniótica = 74%

Monocoriônica Monoamniótica=1%

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7
Q

Sendo assim, o método mais efetivo para avaliar amnionicidade e corionicidade é:

A

Ultrassonografia do primeiro trimestre (entre 6 e 14 semanas).

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8
Q

A partir de 9 semanas, já é possível observar o âmnio com maior precisão, podendo definir a amnionicidade pela visualização, ou não, da membrana amniótica. A corionicidade entre nove e 14 semanas é determinada pelas características da membrana amniótica:

*Monocoriônica/monoamniótica:

*Monocoriônica/diamniótica:

* Dicoriônica/diamniótica:

A

*Monocoriônica/monoamniótica: não há membrana entre os fetos.

Monocoriônica/diamniótica:** a membrana entre os fetos é fina, formando o **sinal do T*.

* Dicoriônica/diamniótica: a membrana entre os fetos é espessa, formando o sinal do lambda.

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9
Q

COMPLICAÇÕES NAS GESTAÇÕES MÚLTIPLAS

  1. MATERNAS:
A

Hipertensão
Diabetes
Anemia
Hemorragia pós-parto
Edema pulmonar

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10
Q

COMPLICAÇÕES NAS GESTAÇÕES MÚLTIPLAS

  1. FETAIS:
A

Prematuridade
Restrição de crescimento fetal
Malformação fetal
Óbito fetal

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11
Q

COMPLICAÇÕES NAS GESTAÇÕES MÚLTIPLAS

  1. SOMENTE EM MONOCORIÔNICAS:
A

Síndrome da transfusão fetofetal
Sequência anemia-policitemia
Sequência TRAP- gêmeo acárdico
Enovelamento de cordões
Gêmeos conjugados

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12
Q

É a principal complicação fetal das gestações múltiplas e ocorre em 30% a 50% dos casos, sendo maior nas gestações monocoriônicas. Sua predição, prevenção e tratamento nas gestações gemelares é igual às gestações unifetais

A

Prematuridade

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13
Q

É uma complicação exclusiva das gestações monocoriônicas e diamnióticas. Essa complicação se caracteriza pelo desbalanço de sangue entre as circulações dos dois fetos, causado pela presença de anastomoses vasculares arteriovenosas placentárias profundas que permitem a transferência de sangue de um feto (doador) para o outro (receptor).

A

SÍNDROME DA TRANSFUSÃO FETOFETAL

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14
Q

O diagnóstico, geralmente entre 15 a 26 semanas de gravidez, é feito pela discrepância no volume de líquido amniótico, com oligoâmnio no feto doador e polidrâmnio no feto receptor.

A

SÍNDROME DA TRANSFUSÃO FETOFETAL

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15
Q

O principal tratamento na síndrome da transfusão fetofetal é:

A

coagulação a laser das anastomoses arteriovenosas por fetoscopia.

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16
Q

Classificação de Quintero serve para estadiar a SÍNDROME DA TRANSFUSÃO FETOFETAL (STFF) e guiar a melhor conduta:

Estágio I

Estágio II

Estágio III

Estágio IV

Estágio V

A

Estágio I
Sequência oligoâmnio/polidrâmnio.
Discordância entre os líquidos amnióticos.

Estágio II
Sequência oligoâmnio/polidrâmnio.
Não visualização da bexiga do doador.
Doppler normal.

Estágio III
Sequência oligoâmnio/polidrâmnio.
Não visualização da bexiga do doador.
Doppler anormal em qualquer um dos gêmeos.

Estágio IV
Hidropisia em um ou ambos os fetos.

Estágio V
Morte de um ou ambos os fetos.

17
Q
  1. O aumento do pico de velocidade sistólico da artéria cerebral média (PVS-ACM) de um dos gêmeos, caracteriza:
  2. A diminuição do pico de velocidade sistólico da artéria cerebral média (PVS-ACM) do outro feto, caracteriza:
A
  1. anemia fetal
  2. policitemia
18
Q

É uma complicação exclusiva das
gestações monocoriônicas, decorrente da sequência TRAP (perfusão arterial reversa gemelar),
representando o grau extremo de anormalidade vascular nessas
gestações:

A

Gêmeo Acárdico

19
Q

Correspondem a 1% das gestações monozigóticas e apresentam risco de mortalidade em 50% a 70% dos fetos. As principais complicações dessas gestações são o enovelamento do cordão umbilical, a presença de malformações fetais, a
prematuridade e o óbito fetal súbito.

A

Gestações Monoamnióticas

20
Q

A ocorrência dá-se pela demora da separação da massa embrionária no início da gestação, após o décimo quarto dia da fecundação, por isso só ocorre em gestações monozigóticas, monocoriônicas e monoamnióticas. O local da união é variável e influencia diretamente no prognóstico dos fetos, sendo a taxa de sobrevivência menor do que 10%.

A

Gêmeos Unidos, Conjugados ou Coligados

21
Q

A ocorrência de gestações trigemelares ou de maior ordem aumentou com as técnicas de reprodução humana. Essas gestações podem ser mono ou polizigóticas, com combinações diversas de corionicidade e amnionicidade. As complicações são as mesmas das gestações gemelares, com maior incidência de partos prematuros, chegando a 90% dos casos, com idade gestacional média de 32 a 33 semanas. A via de parto preferível nas gestações trigemelares é:

A

Cesárea, pelo maior risco de complicações no parto vaginal.

22
Q

O acompanhamento ultrassonográfico nas gestações dicoriônicas deve ser (1) a partir de (2):

A

(1) mensal
(2) 16 semanas

23
Q

Já nas gestações monocoriônicas esse acompanhamento ultrassonográfico deve ser (1) a partir de (2), pelo risco de síndrome da transfusão fetofetal

A

(1) quinzenal
(2) 16 semanas

24
Q

O rastreamento das anomalias cromossômicas nas gestações múltiplas deve ser realizado como nas gestações únicas, pela ultrassonografia morfológica do primeiro trimestre (11 a 13 semanas e seis dias) e cálculo do risco pela associação entre os resultados USG (translucência nucal, osso nasal, ducto venoso), bem como a idade materna.

* Gestações dizigóticas ou indeterminadas:

* Gestações monozigóticas:

A

* Gestações dizigóticas ou indeterminadas: calcular o risco individual para cada feto, usando o valor da translucência nucal (TN) de cada um.

* Gestações monozigóticas: calcular um risco único para os dois fetos, sendo utilizada a TN média dos fetos.

25
Q

Para a profilaxia de prematuridade nas gestações múltiplas, deve-se avaliar o colo uterino via vaginal e fazer progesterona vaginal se:

A

colo uterino ≤ 25mm

ou

história de prematuridade

26
Q

As gestações gemelares são consideradas de alto risco para desenvolver pré-eclâmpsia, por isso as gestantes devem receber profilaxia com:

A

Aspirina de baixa dose (100 a 150 mg/dia) entre 12 a 36 semanas

e

Suplementação com carbonato de cálcio (1,5 a 2 g/dia)

27
Q

A idade gestacional de resolução das gestações de fetos gemelares é bem controversa.

1. Gestações dicoriônicas, pode-se:

2. Gestações monocoriônicas diamnióticas:

3. Gestações monocoriônicas e monoamnióticas:

A
  1. Aguardar o parto no termo, sendo que alguns estudos sugerem não ultrapassar 38 semanas.
  2. Resolução da gestação deve ocorrer entre 36 a 38 semanas, quando não há complicações.
  3. não devem ultrapassar 33 semanas.
28
Q

Via de parto gemelar, depende de: apresentação, peso dos fetos e idade gestacional:

Via Cesária se:

A

- Primeiro gemelar não cefálico

- Peso estimado 1º < 2º gemelar (com diferença ≥ 500g)

- Peso estimado dos fetos é < 1500g

29
Q

Via de parto gemelar, depende de: apresentação, peso dos fetos e idade gestacional:

Via vaginal se:

A

- Primeiro gemelar cefálico

- Peso estimado 1º > 2º gemelar

- Peso estimado dos fetos ≥ 1500g

Se 2º gemelar em apresentação transversa

  • versão interna para apresentação pélvica e parto pélvico do 2º gemelar
30
Q

A via de parto nas gestações monocoriônicas e monoamnióticas, pelo risco de entrelaçamento de cordões, deve ser:

A

Cesárea

31
Q

Nas gestações gemelares, a apresentação mais comum dos fetos é (1) .

A segunda posição mais comum dos fetos é: o primeiro em apresentação (2) e o segundo gemelar em apresentação (2)

A

(1) cefálica/cefálica

(2) cefálica/ não cefálica

32
Q

JULGUE V OU F

(1) quando há uma discrepância muito grande entre o tamanho dos fetos, geralmente estamos diante de uma síndrome da transfusão feto-fetal, que ocorre nas gestações monocoriônicas.

(2) quando comparamos a taxa de mortalidade de fetos com mesmo peso e mesma idade gestacional, não há diferença significativa entre os fetos de gestações múltiplas ou únicas.

(3) alguns estudos mostram que resolver a gestação em torno de 37 semanas nas gestações gemelares, reduz as complicações maternas e fetais.

(4) a síndrome da transfusão feto-fetal ocorre apenas nas gestações monocoriônicas, quando os fetos apresentam anastomoses arteriovenosas na placenta.

A

1V
2V
3V
4V

33
Q

É uma complicação exclusiva das gestações monoamnióticas.

A

Enovelamento de cordões

34
Q

São 2 complicações exclusivas das gestações monocoriônicas.

A

(1) Síndrome da Transfusão Feto-Fetal

(2) Sequência Anemia-Policitemia