P4 Obstetrícia Flashcards
Quais são as principais causas de perda materno-fetal no Brasil?
- Descolamento prematuro de placenta
- Placenta prévia
- Ruptura da vasa prévia (sangramento fetal que na maioria das vezes leva a perda da gravidez)
O que é placenta prévia?
É uma localização prévia da placenta em relação anterior ao concepto (localização fora do local ideal). É uma localização nas partes inferiores do útero, previamente ao concepto. Ficando anterior a criança (independe se oclui o colo ou não). O melhor local para localização da placenta é no fundo uterino.
Quais são as classificações da placenta pérvia?
- PP total: indicação absoluta de cesárea. Ocupa e oclui totalmente o colo uterino, estando ele fechado ou em dilatação. Independente do estado que o colo está estará sempre obliterado pela placenta.
- PP marginal: É àquela que margeia o colo, e, é claro que se este colo dilata e passa a ser uma placenta parcial. Pode até evolui para o parto vaginal, vai depender da dilatação e o quanto que a placenta fica exposta.
- PP inserção baixa: É aquela que se localiza entre o orifício e a placenta uma distância menor, em alguns casos, de 5 cm, outros de 10 cm.
- PP parcial: oclui parcialmente o colo durante a gravidez. Quando o colo abre, uma parte desse colo vai está obstruído pela placenta, um outro não.
Na placenta prévia marginal e parcial, PODE acontecer o parto vaginal, pode.
*OBS: Inserção baixa é quando medimos do OI até a placenta e este for < 5 cm. Na
dilatação o colo atinge a placenta.
Cite um dos principais fatores causador de placenta prévia?
Cesariana prévia
Qual a principal consequência da placenta prévia para a mãe?
Acretismo placentário, a placenta penetra mais profundamente já que os segmentos inferiores do útero não tem defesa para a penetração do trofoblasto
Por que um dano endometrial pode causar placenta prévia?
Um dano endometrial prévio aumenta a área de contato, por conta de uma curetagem, por conta de uma cesariana, uma miomectomia… Então, locais onde existe uma cicatriz endometrial aumenta a área de contato e nas partes mais inferiores do útero acaba originando a placenta prévia. Na multiparidade há a lesão do endométrio pelos partos repetitivos e outra coisa, este oócito vai ficando mais antigo então ocorre uma atraso na sua evolução, maturação, na formação do embrioblasto e quando ele já está pronto para colar/nidar já está nas partes mais baixas do útero
Qual é a etiologia da placenta prévia?
Idade materna avançada (atraso de maturação do embrião), quando envelhece o oócito também envelhece. Assim o oócito demora mais a realizar as divisões normais, consequentemente o embrião quando está pronto pra nidar, vai acabar nidando nas partes mais baixas do útero. Outras causas: dano endometrial (cirurgias prévias como cesariana e cirurgias ginecológicas, curetagem, miomectomia); multiparidade e má formação fetal. Há uma tríade envolvida, a idade da paciente, a história ginecológica (cirurgias, abortos, miomectomia, gestações gemelares e mal formações fetais), paridade da paciente. Todos estes fatores fazem diagnóstico de placenta prévia.
→ Primária: nidação nos níveis inferiores do útero
→ Secundário: nidação normal, ocorre sangramento por um motivo qualquer levando uma soltura do embrião e uma nova colação deste nas partes inferiores do útero.
OBS :
- Curetagem: aumenta 33% de uma nova PP
- PP anterior = aumenta 83%
- Cesárea: aumenta em 50% de uma nova PP
Como é feito o diagnóstico de placenta prévia?
É ultrassonográfico + clínico.
→ USG transvaginal a partir de 24-28 semanas só a partir daí podemos falar em PLACENTA PRÉVIA. A placenta tem angiotropismo, migra para região mais rica em vasos. Em compensação as partes mais longes do vaso, sofrem apoptose. No USG precoce pode dar um resultado errôneo, mas nos deixa alerta para essa má-localização placentária, posteriormente pode haver migração placentária. Diagnóstico definitivo é com 28-32
semanas e repetido com 36 semanas.
→ Clinicamente é um sangramento, indolor, vermelho vivo, comum ocorrer a partir de 27-
28 semanas, a paciente pode está dormindo, pode está tomando banho, é um sangramento insidioso de início súbito e sem relação com esforços e a tendência é que ele seja crescente, sempre os subsequentes devem ser maiores que os anteriores. Se essa hemorragia tem caráter progressivo e fora do trabalho de parto… E o sinal mais importante deste sangramento é um sangramento que NÃO DÓI. Normalmente não há
repercussão do feto, a FC está mantida, mexendo, PA boa, ausência de hipertonia uterina. O diagnóstico é confirmado pela US.
Qual a conduta em caso de sangramento por placenta prévia?
Vamos realizar um exame especular, passa o espéculo e visualizamos dentro do útero
como está. Se tiver a necessidade de tocar, realizar com MUITO cuidado. Geralmente a
paciente já vem trazendo vários US mostrando, passa o espéculo não está tendo nenhum sangramento ativo, deixa a paciente em repouso, soro fisiológico para hidratar a paciente e observação pelo menos 24-48hs. Se começar sangrar novamente e tiver alguma repercussão fetal dependendo da idade gestacional pensar na evolução do trabalho de parto. Se parou de sangrar, repouso e casa, caso volte a sangrar retorna ao hospital. Avaliar sempre as condições maternas fetais, no caso da mãe é fundamental olhar o cartão de pré-natal e avaliar sangramento, deixa a paciente de repouso, avalia os sinais vitais, tipagem sanguínea, caso precise de transfusão e se o fator for Rh negativo é uma paciente que tem que tomar imunoglobulina, então, tipagem sanguínea e teste de Coombs e um coagulograma. Em relação a avaliação fetal, US, US transvaginal para ver a posição da placenta mesmo, cardiotocografia e perfil. Normalmente como é uma criança que está bem dispensa-se o Doppler, ficamos mesmo no US com o perfil biofísico. E aí, se estiver tudo bem, vamos chegar, pelo menos, até 36-37 semanas vamos interromper a gravidez, vai ser uma cesárea eletiva, mesmo que seja uma placenta prévia total e dependendo do caso se for placenta
prévia marginal ou parcial, acaba evoluindo também para cesariana, mas nesses casos
podemos esperar um pouco a evolução do trabalho de parto. Se for abaixo de 34 semanas, corticóides, se o sangramento persistir interrupção, se melhorou, espera chegar até 36 semanas. Nosso ideal é chegar até 37 semanas, então, se nós temos abaixo de 37 semanas vamos tentar o tratamento expectante, quando a hemorragia for leve, essa paciente tem que ficar hospitalizada pelo menos até 48 horas, muito cuidado no exame vaginal e nesses casos não está indicado a cerclagem do colo uterino. Chegou a 37 semanas com maturação pulmonar, sempre vamos pensar em parto vaginal ou cesariana, a maioria vem por parto cesáreo. Preparar esta paciente para uma hemotransfusão se for necessário e lembrar das complicações inerentes ao sangramento. Essa paciente pode sangrar, tem que determinar as medidas não só para um choque hipovolêmico, como também para evitar esse sangramento e terminar, às vezes, até em histerectomia.
Como normalmente se encontra a paciente em um episódio de sangramento por placenta prévia? Como deve ser feita a avaliação física e laboratorial da gestante e do feto?
• O exame físico vai mostrar pct que teve sangramento. Dependendo do volume, ela
pode estar taquicárdica, hipotensa, mas na maioria das vezes a pct vai estar bem. O mais
importante é que a BCF vai estar NORMAL, tônus uterino também normal. É importante fazer um exame cauteloso, não ficar enfiando o dedo no colo, se não pode descolar. Passar espéculo, para ver fonte da hemorragia
• Avaliamos condição materna e fetal: se estáveis → repouso, hidratação, analgésico, pensar na resolução do parto a partir de 34 (corticoide) - 36s (interrupção).
• Fetal: avaliação do bem estar fetal (cardiotocografia, PBF, Doppler para ver o grau de
invasão trofoblástica (acretismo).
• Exame laboratorial: hemograma, coagulograma, tipagem sanguínea. Vamos fazer acesso venoso calibroso. Paciente Rh negativo devemos que fazer o Coombs Indireto negativo devemos fazer Imunoglobulina.
O vasos em caso de placenta acreta apresentam risco maior de sangramento?
Sim, esses novos vasos tem como característica a camada elástica ineficiente, tendo um risco maior de sangramento
Cite uma possível complicação da placenta prévia
Acretismo placentário, porque a placenta está em uma posição onde o endométrio não tem aquela linha de defesa. O ideal é a placenta se fixar no corpo. No segmento tem menos tecido, menos vasos e menos defesa, consequentemente tem possibilidade de maior invasão do trofoblasto.
• OBS: placenta de localização anterior em paciente com cesariana prévia tem que fazer
avaliação de placenta acreta.
O que é a vasa previa?
• Definição - vasa prévia é uma complicação obstétrica na qual há vasos fetais cruzando ou
atravessando em proximidade com o orifício interno da cérvice uterino. Estes vasos possuem riscos de ruptura quando suas membranas de suporte rompem. É um sangramento fetal. É um vaso da placenta que se rompe.
• Normalmente o cordão umbilical se insere no meio da placenta, a função do cordão é proteger esses vasos, a ruptura da vasa prévia é quando esses vasos aqui se rompem. A vasa prévia é um sangramento de origem fetal, já a placenta prévia é um sangramento de origem materna. São vasos superficiais sem proteção do cordão umbilical.
• Acontece pela inserção vilamentosa do cordão ou inserção tardia do cordão. O cordão umbilical sai colado do bordo placentário, quando isso não acontece, esses vasos ficam desprotegidos e propensos a laceração e sangramento. Os vasos vão cursar pelas membranas, e até chegar no cordão ele podem se romper. E, podem ter também por conta de uma placenta secundária, também chamada de placenta succenturiata ou com a placenta bipartida, e entre uma placenta e outra temos os vasos interligantes e a ruptura desses vasos era a ruptura de vasa prévia. O sangramento é de origem FETAL!
Como é feito o diagnóstico de vasa previa? E o seu tratamento?
- Diagnóstico pré-natal: doppler.
- Diagnóstico intraparto: sangramento exacerbado associado a sinal de sofrimento fetal agudo bradicardia, taquicardia, alteração das acelerações intraparto). Pct tem desaceleração precoce, cardio com ritmo sinusal alterado e sangramento genital aumentada. O útero com tônus normal, pois quando alterado pensamos em descolamento prematuro de placenta.
- Tratamento: urgência de fazer a criança nascer. Se dilatação completa, força e a faz nascer por parto vaginal. Se longe da dilatação = cesárea de urgência.
Quais são os fatores de risco para descolamento prematuro de placenta?
DDP anterior; maioria é idiopática; HAC; PE; cigarro, uso de drogas; trombofilias (principalmente mutação do fator V- fator de Leiden); hiper-homocisteinemia (MTHFR).
A maior causa de DPP é idiopática, das causas conhecidas a principal é a hipertensão crônica e a pré-eclâmpsia, aquela elevação de pressão no útero e descola a placenta. Outras causas, cigarro, que leva a vasoconstrição, cocaína, crack, trombofilias, fator Leiden ou fator V mutado.
Como é a etiologia do DPP?
• Há uma alteração sistêmica
• O mesmo processo do abortamento. Um vaso se rompe, forma uma hematoma retro placentário, que empurra a placenta e útero, consequentemente rompem-se mais vasos. A
presença desse hematoma estimula miofibrilas, o que leva a uma hipertonia uterina, este é o 1º sinal clinico de descolamento. Se tem hipertonia, tem muita contração, muita dor. Então pct com muita dor, tem que ser avaliada pelo risco de DPP. O sangramento vai aumentando, quando chega a 50%, leva ao óbito fetal. Esse excesso de sangue retro placentário, sofrendo pressão do útero, pode acabar invadindo miofibrilas, dando hematomas intramiometriais e coágulos, isso é conhecido como apoplexia útero placentária, esse útero fica cheio de sangue e dificulta a contração uterina, originando o “útero de couvelaire” (útero fica roxo e cheio hematomas). Esse útero que tem uma dificuldade de contrair, aumentado a chance de
sangramento no pós-parto. Quando examinamos a placenta vemos o buraco (cratera) criado pelo hematoma. O excesso de sangramento consome fatores de coagulação e a pct entre em processo de CIVD. A CIVD aumenta sangramento, ai vem necrose cortico-renal, entra IRA, e pode evoluir para a IRC. A paciente evolui para choque hemorrágico.
• Alteração de coagulação presente em 40% da DPP. Diminui fibrinogênio, fatores V, VII e plaquetas (IMPORTANTE – plaquetopenia em PE = risco materno fetal).
Como é a clínica do DPP e como é feito o diagnóstico?
- Clínica: O DPP é eminentemente clínico. Dor abdominal intensa/súbita e hipertonia uterina. A hemorragia pode está presente, quando ausente não descarta. Dor abdominal súbita com intensidade variável, mas sempre crescente pela irritação do sangue nas miofibrilas. Útero hipertônico. Hemorragia presente em 80% dos casos, oculta em 20%. Durante a avalição da pct, pode ter um pulso anormal, pulso paradoxal de boero, volemia baixa, mas não foi ativado mecanismo compensatório, PA normal, FC normal. O útero fica contraído todo tempo.
- O diagnóstico é clínico
Qual a conduta no DPP?
• Depende de diversos fatores.
• Se tiver um colo imaturo com uma dilatação mínima temos que resolver esse parto. Se tiver
dilatação, a primeira coisa a se fazer é romper a bolsa, porque diminui a pressão intraamniótica e consequentemente diminuir o risco de descolamento e diminuir também aquela entrada de sangue para dentro do útero, vai ter para onde essa musculatura contrair sem uma contra pressão e apoplexia placentária e evitar o sangramento no pós-parto.
• Lembrar q é uma pct que está sangrando, então não devemos fazer cirurgia. Mas se o colo muito imaturo, com dilatação mínima, devemos fazer coagulograma de urgência, reserva de sangue, reserva de plaquetas. Temos que avaliar a mãe e o feto. Se fez o toque e a bolsa esta muito tensa, fazemos amniotomia, porque diminui a pressão do útero. As vezes sai um liquido amniótico em jato, tinto de sangue (hemoamnio). Se tiver sangue nas miofibrilas, a chance de contrair é menor, e consequente maior chance sangramento no pós-parto. Temos hipertonia e sinais de sofrimento agudo.
Como é a classificação do DPP?
• Leve ou Tipo 1: A paciente não refere dor excessiva. Não fazemos diagnostico. É um
diagnóstico retrospectivo e quando olhamos a placenta o descolamento é insuficiente para
fazer repercussão materna e fetal. A grande maioria dos casos.
• Intermediário ou Tipo 2: baseado nos sinais clínicos. Tem hipertonia uterina, sangramento,
associado com sofrimento fetal agudo. Temos que intervir se não evolui para um quadro
grave: Tem que resolver a gravidez.
• Grave ou tipo 3: descolamento importante com óbito fetal. Tomar cuidado para não
perder também a mãe.
✓ Tipo 3A - não tem CIVD
✓ Tipo 3B - tem CIVD
OBS: no USG a imagem do hematoma é muito variável. As vezes no início não vemos nada.
Em 48 h o sangue é hiperecóico, só fica anecoico 2 semanas depois. Para ele aparecer, então, tem pelo menos 2 semanas que sangrou. Se ele aparecer, e criança estiver bem, não tem importância.
Como é o tratamento do DPP?
Depende da condição materna e fetal
• Concepto vivo: PV é o mais indicado, desde que uma dilatação adequada. Por vezes um parto cesariano. Lembrar de manter uma observação rigorosa desta paciente pelo risco de hemorragia e se estiver com dilatação importante o parto vaginal pode ser seguro.
• Concepto morto: Amniotomia para ver se essa paciente evolui para um parto vaginal, para
diminuir o risco de uma cesariana. Correção dos distúrbios de coagulação, hipotonia pós-parto e, eventualmente cesariana para tirar a criança, histerectomia, ligadura das AA hipogástricas.
Paciente sangrando, alternativas terapêuticas:
- 10 UI de ocitocina OU
- Misoprostol 800 mcg via retal OU
- Colocação de um balão intra útero com soro fisiológico OU
- Ergotamina OU
- Ligadura de hipogástricas OU
- Histerectomia (último caso)
Quais as diferenças entre placenta prévia e descolamento prematuro de placenta?
PP:
→ Insidiosa e gravidade progressiva
→ Hemorragia indolor (exceto qdo em vigência das contrações do TP)
→ Hemorragia externa com sangue vermelho rutilante
→ Primeira hemorragia: moderada
→ Hemorragia de repetição
→ Hemorragia de início inesperado sem causa aparente
DPP:
→ Começo tempestuoso e instalação súbita
→ Dor forte no sítio placentário
→ Hemorragia inicialmente interna exteririzada como sangue escuro
→ Primeira hemorragia: grave
→ Hemorragia única, por via de regra
→ Hemorragia normalmente vinculada à toxemia ou traumatismo
Quais sãos os 2 grandes causadores de prematuridade?
TPP (antes da IG) ou alteração materno fetal (RPPM = ruptura prematura pré termo de membranas)
Dos casos conhecidos sabemos que a maioria é por ruptura prematura de membrana (parto prematuro espontâneo) ou induzido no qual temos que interromper a gestação por algum agravamento da doença materna ou fetal.
Como é a classificação de prematuridade de acordo com a idade gestacional?
- Extremo pretermo: < 28 sem
- Muito pretermo: 28 a 31 sem e 6 dias
- Moderado: 32 a 33 sem e 6 dias
- Tardio: 34 sem a 36 sem e 6 dias
Em todas essas IG são pré-termo, mas a partir de 28 semanas temos a produção de surfactante pulmonar consequentemente ganhando 1% de melhora no prognóstico a cada classificação. Bebê que nasce com 28 semanas tem 50% de chance de não ter sequelas na vida adulta e bebê que nasce com 34 semanas tem 96% de chance. O nosso objetivo é que os partos que sabemos que não chegarão a termo (frente a mãe com algum problema/alteração gestacional) é que chegue a 34 semanas já que nessa fase a produção de surfactante atinge seu ápice e a partir dessa data diminui a probabilidade de
síndrome da angustia respiratória, enterocolite necrotizante e alteração neurológica.
Como é a classificação em relação ao peso?
- Extremo baixo peso: < 1000g
- Muito baixo peso: < 1500g
- Baixo peso: < 2500g
Peso: existe uma diferença muito grande da criança com o peso adequado para a IG (ex:
criança de 28 semanas terá em média 1000g, não é CIUR, é o peso adequado), logo, o grande problema é a criança com baixo peso para a IG (causas: PE, vasculopatia, endocrinopatia, infecção).
Quais são os fatores de risco para parto prematuro?
• Idade < 20 e > 35 anos
• Negros, hispânicos, brancos não-hispânicos, asiáticos
• Grandes causas de prematuridade: PE, HAC, endocrinopatias, infecções, número de parceiros, baixo status socioeconômico, DST, ITU, anemia, cuidado pré-natal inadequado, etc.
• História de trabalho de parto prematuro, pequeno intervalo interpartal, FIV, gemelaridade
• Sangramento (hemorragia do 1º ou 2º trim), bacteriúria, doença periodontal, malária, genética (se a mãe teve PP a filha também tem chance, sobrinha, etc)
• Atividade física extenuante ou muitas horas trabalhadas já que reduz o fluxo, que libera
catecolaminas, que libera corticotropina e induz o trabalho de parto prematuro.
• Coito não interfere no PP
• Às vezes pct com muito peso tem uma aromatização precoce da progesterona então
facilita o aparecimento do trabalho de parto antes da hora. Excesso de peso sobre o útero e sobre o colo pela obesidade pode levar ao trabalho de
parto prematuro.
• Fumo influencia muito. Até 10 cigarros por dia altera muito (10% em 36 semanas e 30% em 32 semanas). Mais 10 cigarros podem chegar a 60% com 32 semanas.
• Uso de drogas principalmente vasoconstritoras, principalmente cocaína.
• Stress
• Doença autoimune e anemia
Como prever o parto prematuro?
• Hoje um dos melhores rastreadores é a medida do colo uterino com USTV por volta de 14
semanas e depois com umas 30 e poucas. Colo curto (<2,5 cm), mulher submetida a conização, mal formação no colo aumenta a chance de PP.
• Fazer medida do OI (orifício interno do canal cervival) até o OE – se for maior que 1,5 cm
temos risco menor. Se for colo curto a chance de entrar em trabalho de parto é maior.
Comprimento do colo:
• > 3 cm - baixo risco de TPP
• 2 a 3 cm - médio risco
• < 2 cm - alto risco
• Sinal do T = normalidade
• Passa por Y, depois V e depois pro U (alterações do colo que são normais no trabalho de parto, mas aqui não é normal se for prematuro). Podemos indicar progesterona e até
cerclagem de urgência.
Quais são os fatores de risco fetais e paternos de TPP?
Fetais:
• CIUR
• Malformação
• Fetos masculinos: Fatores genéticos masculinos induzem a mãe liberar o feto com maior precocidade, são fatores que levam a prematuridade.
Paternos:
• Risco paterno: pais com relacionamentos anteriores que tiveram filhos prematuros
aumenta o risco de repetir.
obs: Fibronectina é uma proteína que tem no líquido amniótico, só quando o colo começa a se abrir, ou quando está se apagando.
Quais são os sinais clínicos de TPP?
- Sinais de trabalho de parto (contrações irregulares e mudança do colo uterino)
- TPP ( contrações irregulares; dor lombar baixa; sensação de peso na vagina; perda do tampão mucoso; sangramento)
Como deve ser feita a evolução materna no TPP?
- Avaliar se tem infecção, principalmente bacteriúria assintomática
- Avaliar sinais vitais maternos e fetais (PA, FC, FR, BCF, Temp)
- História gineco obstétrica
- Avaliar contrações e dilatação do colo
- Se for possível, fazer USG para medir o tamanho do colo uterino, o melhor preditor da evolução do TPP. Risco alto se tiver < 25mm
Como é o tratamento do TPP?
• O ideal é sempre atrasar o trabalho de parto e a idade gestacional pode ser discutida. Queremos que chegue a 34 semanas ou pelo ou menos 36 semanas nas mães com DM (podemos lançar mão da amniocentese para avaliar a maturidade).
• Contraindicação ao tratamento: perda fetal, má formação fetal, PBF alterado, CIUR grave, PE grave/eclâmpsia, hemorragia materna grave e corioamnonite. Nesses desbalanço materno fetal induzimos o parto.
• Salbutamol (B2 agonista que faz relaxamento da musculatura uterina).
• O problema é que salbutamol e terbutalina leva a taquicardia materna.
• DROGA DE ESCOLHA: BCC – ESPECIFICAMENTE A NIFEDIPINA! Dose de ataque 30 mg e depois 10-20 mg até uma dose diária de 60 mg/dia. Parou as contrações pode suspender a medicação.
• Sulfato de magnésio em 2 opções. Pode usar como inibidor do trabalho de parto e neuroprotetor. 10 gotas por mim.
• Tem efeito neuroprotetor em fetos abaixo de 28 semanas.
• Fazemos também o corticoide para alcançar a maturidade pulmonar.
• Atosibam é excelente método pra evitar trabalho de parto prematuro – MELHOR
DROGA! Alto custo e poucos hospitais tem acesso a essa droga.
• Usa ATB, penicilina cristalina ou ampicilina 48h, mesmo não tendo infecção pra evitar que o feto tenha sepse neonatal, aí faz profilaxia. Vem pelos estreptococos do grupo B. Faz quando tem a cultura de estrepto positiva, cultura urinária positiva ou parto anterior com sepse, ou se entrar em trabalho de parto prematuro vc faz a profilaxia.
• Progesterona: colo curto, risco de trabalho de parto prematuro, trabalho de parto prematuro anterior irá usar PROGESTERONA durante a gestação para EVITAR o trabalho
de parto prematuro até 36 semanas.