Obstreticia Flashcards
1- No processo de avaliação de uma paciente com prolapso de órgão pélvico (POP), várias queixas podem ser relatadas. Analisando este cenário, avalie as proposições a seguir:
I- Sobre as queixas intestinais no POP, é importante investigar a obstipação crônica, sensação de esvaziamento incompleto; necessidade de pressão digital na vagina ou no períneo para iniciar ou completar a defecação, porém não é necessário investigar incontinência fecal, pois ela não se constitui em uma queixa, nessas situações.
II- Deve-se investigar queixa clínica de infecções urinárias, de repetição que podem ser facilitadas no prolapso vaginal anterior, pela diminuição do volume residual vesical, e também sintomas irritativos como urgência, frequência e noctúria, pela ativação precoce dos receptores de tensão vesicais.
III- Uma queixa comum é a presença de disfunção sexual, sendo habitualmente relatada como a sensação de lassidão vaginal ou dispareunia.
É CORRETO o que se afirma em:
Alternativas
A
I, II e III.
B
I e II apenas.
C
I e III apenas.
D
II e III apenas.
E
III apenas.
I- (É incorreto afirmar que não é necessário investigar incontinência fecal. A incontinência fecal pode ser uma queixa relevante em pacientes com POP e deve ser investigada.)
II- (Infecções urinárias de repetição são frequentemente associadas ao prolapso vaginal anterior, principalmente devido à dificuldade de esvaziamento completo da bexiga, o que leva ao aumento do volume residual de urina. Sintomas irritativos como urgência, frequência e noctúria são comuns e podem ser causados pela ativação precoce dos receptores de tensão na bexiga devido ao prolapso).
Apenas a III estar correta
utilizar-se do treinamento do assoalho pélvico, com contrações fortes e rítmicas.
II- No puerpério imediato, o enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico e o prolapso genital podem ser secundários ao desequilíbrio da dinâmica postural.
III- Em mulheres submetidas à episiotomia, as contrações promovem aumento do fluxo sanguíneo local, aceleram o processo de cicatrização, além de amenizar a dor e o edema.
Está CORRETO o que se afirma em:
Alternativas
A
III apenas.
B
I e II apenas.
C
I e III apenas.
D
II e III apenas.
E
I, II e III
A
III apenas
No puerpério imediato, o enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico e o prolapso genital são mais diretamente relacionados ao trauma do parto, estiramento e sobrecarga dos músculos durante a gestação e parto, e às mudanças hormonais que afetam o tecido conjuntivo e a musculatura. Embora o desequilíbrio da dinâmica postural possa contribuir para esses problemas, ele não é a causa primária.
No puerpério imediato, a atuação do fisioterapeuta deve ser cautelosa devido à sensibilidade e ao processo de recuperação pelo qual o corpo da mulher está passando. Orientar a mulher para utilizar-se do treinamento do assoalho pélvico com contrações fortes e rítmicas imediatamente após o parto pode não ser adequado, pois os músculos e tecidos ainda estão se recuperando do trauma do parto.
No puerpério imediato, a fisioterapia deve focar em exercícios leves de contração do assoalho pélvico, conhecidos como exercícios de Kegel, mas realizados de maneira suave e controlada. Esses exercícios ajudam a promover a circulação sanguínea, reduzir o edema e iniciar a recuperação muscular sem causar tensão excessiva.
Casos moderados de diástase do músculo reto abdominal podem progredir para herniação das vísceras abdominais através da separação da linha alba?
Comentário: A grave.
A diástase do reto abdominal, geralmente, não leva diretamente a uma herniação das vísceras abdominais. A condição mais comum é a separação da linha alba sem a formação de uma hérnia. Embora a diástase possa criar uma área de fraqueza, não é típico que leve a uma hérniação das vísceras por si só. Essa proposição pode ser considerada exagerada ou incorreta.
Uma diástase pode ser observada em mulheres muito depois de seus anos reprodutivos, e também em homens?
Comentário: Correto. A diástase do reto abdominal não é exclusiva de mulheres grávidas ou pós-parto; pode ocorrer em mulheres muitos anos após a gravidez e também em homens, especialmente devido a fatores como obesidade, exercícios inadequados, ou condições que afetam a parede abdominal.
A diástase pode ocorrer acima, abaixo ou no nível do umbigo, mas parece ser mais comum abaixo do umbigo?
Comentário: A diástase pode realmente ocorrer em qualquer nível ao longo da linha alba. No entanto, a afirmação de que é mais comum abaixo do umbigo não é necessariamente suportada por evidências consistentes; pode variar conforme a população estudada. Portanto, essa proposição pode não ser universalmente verdadeira.
A condição de diástase pode produzir dor lombar, possivelmente como resultado da diminuição na habilidade da musculatura abdominal de estabilizar a pelve e a coluna lombar?
Comentário: Correto. A diástase do reto abdominal pode levar a uma diminuição na força e na função da musculatura abdominal, o que pode resultar em dor lombar devido à falta de suporte e estabilização adequada da pelve e da coluna lombar.
Durante o trabalho de parto, a mulher é levada a assumir posições corporais pouco habituais. Em particular, posições que colocam os “tecidos moles’ do corpo, ligamentos e músculos, sob tensão. Quando um ligamento ou músculo é submetido à tensão, ele se torna tracionador dos ossos sobre os quais se fixa. É dessa maneira que tensões musculares ou ligamentares criam trações de uma ou de outra parte da pelve. Isso provoca movimentos intrínsecos da pelve e alterações da sua forma. As trações sobre os ossos da pelve também podem ser decorrentes de contrações de músculos que se fixam sobre seus ossos. Diante dessas considerações, avalie as proposições a seguir:
I. A flexão/rotação medial do fêmur causa uma supinação do ilíaco por causa das tensões ligamentares e musculares.
II. Quando se flexiona fortemente a coluna, sobretudo a lombar, os seus músculos posteriores são distendidos e tracionam a parte posterior do sacro de baixo para cima. Dessa maneira, eles levam o cóccix um pouco para trás e para cima, acarretando uma nutação do sacro.
III. A flexão do quadril provoca uma contranutação ilíaca por causa das tensões ligamentares.
IV. A contração dos músculos da parte inferior das costas pode impedir a contranutação do sacro na primeira parte do trabalho de parto, na fase de insinuação (passagem do primeiro e do segundo plano).
Vamos analisar cada proposição em relação às mudanças na pelve durante o trabalho de parto:
I. A flexão/rotação medial do fêmur causa uma supinação do ilíaco por causa das tensões ligamentares e musculares.
Essa proposição é incorreta. A flexão e rotação medial do fêmur geralmente causam uma inclinação do ilíaco, não uma supinação. Supinação é um termo mais aplicável ao movimento do pé, e a flexão do fêmur tende a provocar uma inclinação anterior do ilíaco.
II. Quando se flexiona fortemente a coluna, sobretudo a lombar, os seus músculos posteriores são distendidos e tracionam a parte posterior do sacro de baixo para cima. Dessa maneira, eles levam o cóccix um pouco para trás e para cima, acarretando uma nutação do sacro.
Essa proposição está correta. A flexão da coluna lombar pode distender os músculos posteriores e tracionar a parte posterior do sacro, resultando em uma nutação (movimento de inclinação anterior do sacro).
III. A flexão do quadril provoca uma contranutação ilíaca por causa das tensões ligamentares.
Essa proposição está incorreta. A flexão do quadril pode levar a uma nutação ilíaca, não contranutação. A contranutação geralmente ocorre com a extensão do quadril.
IV. A contração dos músculos da parte inferior das costas pode impedir a contranutação do sacro na primeira parte do trabalho de parto, na fase de insinuação (passagem do primeiro e do segundo plano).
Essa proposição está correta. A contração dos músculos da parte inferior das costas pode ajudar a estabilizar o sacro e impedir a contranutação, o que é importante durante a fase de insinuação do trabalho de parto.
durante a fase de enchimento. Sua fisiopatologia é complexa, multifatorial e requer cuidadosa indicação da reeducação perineal. Avalie
as proposições que se seguem:
I- Na incontinência decorrente de instabilidade vesical não se faz necessária a utilização de medicamentos associados à reeducação
perineal.
II- Em casos de prolapso no estágio II em mulher jovem, muito ativa profissional e esportivamente que sofre de constrangimento
social, a indicação é cirúrgica.
III- A redução perineal bem conduzida em um prolapso no estágio I em uma mulher sedentária evita uma cirurgia.
II apenas.
Seguindo-se essa afirmação, avalie as proposições que se seguem sobre a intervenção fisioterapêutica no puerpério:
I- Inicia-se com reeducação da função respiratória, buscando um tipo respiratório predominantemente diafragmático através da
propriocepção e do comando verbal.
II- Uso da crioterapia e luz infravermelha, exercícios de reeducação da musculatura do assoalho pélvico favorecem a cicatrização
nos casos de episiotomia.
III- Para ajudar a função intestinal, a puérpera assumirá a posição de decúbito dorsal, em flexão de quadril e joelhos. Faz-se uma
pequena retroversão pélvica com estimulação proprioceptiva da musculatura abdominal, inspirando aos movimentos, que
deverão ser lentos e repetidos até 10 vezes.
I e II apenas
A sexualidade é definida como um dos pilares da qualidade de vida dos seres humanos. Adisfunção sexual feminina (DSF), por sua vez,
é definida como sendo uma desordem de desejo, excitação, orgasmo e/ou dor durante a atividade sexual. Dentre as desordens sexuais
dolorosas, a dispaurenia é uma delas, que cursa com algumas características:
I. Espasmo involuntário recorrente ou persistente da musculatura do terço externo da vagina, que interfere na penetração vaginal e causa angústia pessoal: Esta descrição refere-se ao vaginismo, não à dispareunia. O vaginismo é caracterizado por espasmos involuntários da musculatura vaginal, que dificultam a penetração e causam dor. Dispareunia, por outro lado, refere-se à dor durante a atividade sexual e não necessariamente envolve espasmos vaginais.
II. A causa está relacionada a fatores psicossociais, geralmente ligados a uma educação sexual castradora, punitiva e/ou religiosa e vivências sexuais traumáticas: Embora fatores psicossociais possam influenciar a dispareunia, a descrição fornecida está mais associada ao vaginismo ou outras disfunções sexuais psicossociais. A dispareunia é frequentemente causada por problemas físicos, como secura vaginal ou lesões, além de fatores psicossociais.
III. A dispareunia por deficiência de estrogênio na mulher em menopausa pode levá-la a experiências de coitos dolorosos que acabam repercutindo sobre o seu desejo sexual: Correto. A deficiência de estrogênio em mulheres na menopausa pode causar secura vaginal e atrofia, resultando em dor durante o sexo (dispareunia). Isso pode afetar o desejo sexual da mulher devido ao desconforto e à dor associados.