Neuro Flashcards
Vertigem é a ilusão de movimento do corpo ou do ambiente. Ela pode estar associada com outros sintomas, como impulsão, osciloscopia, náusea, vômitos ou marcha atáxica. O primeiro passo no diagnóstico diferencial da vertigem é localizar o processo patológico às vias vestibulares periféricas ou centrais.
Avalie as proposições a seguir, que descreve os diagnostico possíveis.
I- Na Vertigem Periférica, o nistagmo pode estar ausente; pode ser uni ou bidirecional.
II- Na Vertigem Periférica, a perda auditiva ou zumbido está frequentemente presente.
III- Na Vertigem Central, os sinais intrínsecos do tronco cerebral ou do cerebelo estão ausentes.
Está CORRETO o que se afirma em:
Alternativas
A
I e II apenas.
B
I e III apenas.
C
II apenas.
D
II e III apenas.
E
I, II e III.
I. Na Vertigem Periférica, o nistagmo pode estar ausente; pode ser uni ou bidirecional.
Incorreto. O nistagmo é um sinal comum em vertigem periférica e geralmente é unidirecional. A ausência de nistagmo não é típica da vertigem periférica e, na vertigem periférica, o nistagmo não é bidirecional.
II. Na Vertigem Periférica, a perda auditiva ou zumbido está frequentemente presente.
Correto. A vertigem periférica, que é frequentemente causada por condições como a labirintite ou a doença de Menière, pode estar associada a perda auditiva e zumbido.
III. Na Vertigem Central, os sinais intrínsecos do tronco cerebral ou do cerebelo estão ausentes.
Incorreto. Na vertigem central, sinais de comprometimento do tronco cerebral ou cerebelo são frequentemente presentes, como alterações na coordenação e outros sinais neurológicos.
Portanto, a alternativa correta é:
C: II apenas.
Manobra de Dix-Hallpike
Objetivo: Identificar a VPPB no canal semicircular posterior.
Procedimento: O paciente começa sentado. O fisioterapeuta gira a cabeça do paciente 45º para o lado a ser testado e, em seguida, deita o paciente rapidamente de costas com a cabeça ligeiramente inclinada para baixo e pendente da maca. O teste é realizado para observar a presença de nistagmo e sintomas de vertigem. O nistagmo geralmente começa alguns segundos após a manobra e pode durar 20 a 30 segundos
Sidelying Test
Objetivo: Avaliar a presença de VPPB, principalmente no canal semicircular horizontal.
Procedimento: O paciente é colocado rapidamente na posição lateral, com a cabeça girada 45º para o lado a ser testado. O teste ajuda a identificar o nistagmo e os sintomas associados ao canal horizontal. O teste é utilizado principalmente quando há suspeita de VPPB horizontal, onde o nistagmo pode ser observado em resposta a essa posição.
Supine Roll Test
Objetivo: Identificar a VPPB no canal semicircular horizontal.
Procedimento: O paciente é posicionado de costas com a cabeça elevada em cerca de 30º e girada 90º para um lado. A posição é mantida por alguns segundos, e depois a cabeça é girada para o lado oposto. O teste é realizado para observar o nistagmo e os sintomas associados. A presença de nistagmo horizontal pode indicar VPPB horizontal.
Considerando que o prejuízo da função muscular inspiratória é responsável pelo aumento no risco de complicações respiratórias e pelo óbito precoce em pacientes com desordens neuromusculares, analise as proposições e coloque (V) para verdadeiro e (F) para falso:
( ) Pacientes com esclerose múltipla apresentam fraqueza dos músculos inspiratórios e expiratórios. Entretanto, os músculos expiratórios são frequentemente mais fracos do que os inspiratórios. ( ) Em pacientes com lesão medular, o comprometimento da musculatura respiratória dependerá do nível da lesão. Lesões altas, de C6 a C8, resultam em paralisia do diafragma, dos músculos intercostais, escalenos e abdominais. ( ) Na miastenia gravis, os músculos respiratórios podem ser afetados, causando sintomas que variam de dispneia presente no exercício intenso a dispneia durante o repouso. ( ) A fraqueza muscular respiratória na distrofia muscular de Duchenne acarreta tosse ineficaz, diminuição da ventilação, insuficiência respiratória noturna e, posteriormente, diurna.
Marque a alternativa que contém a sequência CORRETA de preenchimento dos parênteses:
Alternativas
A
V, F, V, V.
B
F, F, F, V.
C
V, V, F, V.
D
V, V, V, F.
E
F, V, V, V.
Pacientes com esclerose múltipla apresentam fraqueza dos músculos inspiratórios e expiratórios. Entretanto, os músculos expiratórios são frequentemente mais fracos do que os inspiratórios.
Verdadeiro (V). Na esclerose múltipla, é comum observar fraqueza tanto nos músculos inspiratórios quanto expiratórios. No entanto, a fraqueza dos músculos expiratórios pode ser mais pronunciada, dificultando a expiração.
Em pacientes com lesão medular, o comprometimento da musculatura respiratória dependerá do nível da lesão. Lesões altas, de C6 a C8, resultam em paralisia do diafragma, dos músculos intercostais, escalenos e abdominais.
Falso (F). Lesões cervicais altas, como C6 a C8, geralmente comprometem a função dos músculos intercostais e escalenos, mas não afetam diretamente o diafragma, que é inervado por C3 a C5. Lesões mais baixas podem resultar em paralisia dos músculos abdominais e intercostais, mas não afetam o diafragma.
Na miastenia gravis, os músculos respiratórios podem ser afetados, causando sintomas que variam de dispneia presente no exercício intenso a dispneia durante o repouso.
Verdadeiro (V). Na miastenia gravis, a fraqueza muscular pode afetar os músculos respiratórios, causando dispneia que pode se manifestar tanto durante o exercício quanto em repouso.
A fraqueza muscular respiratória na distrofia muscular de Duchenne acarreta tosse ineficaz, diminuição da ventilação, insuficiência respiratória noturna e, posteriormente, diurna.
Verdadeiro (V). A fraqueza muscular respiratória na distrofia muscular de Duchenne pode levar a uma tosse ineficaz, diminuição da ventilação, insuficiência respiratória noturna e, eventualmente, também diurna.
Com isso, a alternativa correta é:
A) V, F, V, V.
Uma apresentação clínica comum de pacientes com traumatismo cervical é a síndrome da lesão em chicote. O incidente mais corriqueiro é a lesão de aceleração-desaceleração que se segue a um acidente automobilítisco. Diante dessas considerações, avalie as proposições a seguir:
I- Afase aguda tem início no momento do acidente, podendo se prolongar por até duas ou três semanas. Alesão mais grave é aquela decorrente de um impacto frontal. Quando a cabeça fica hiperestendida em relação ao tronco, o músculo esternocleidomastóideo fica retesado, sendo tracionado ou rompido. II- Em geral, ocorre dor e a ADM fica razoavelmente livre logo após o acidente; um enrijecimento doloroso irá se desenvolver de modo gradual entre 24 a 48 horas. Há possibilidade de fratura, lesão por tração das raízes nervosas, contusão da medula espinhal, lesão craniana ou laceração dos ligamentos de sustentação da coluna vertebral cervical superior. III- O exame do pescoço agudo e recentemente traumatizado é semelhante a um exame de rotina, sendo necessário verificar possível deficiência neurológica central e periférica, comprometimento neurovascular e lesão esquelética. Porém, mesmo que apresente sinal de patologia grave, o exame pode ser continuado. IV- O objetivo de tratamento na fase aguda é permitir que a musculatura cervical repouse sem ficar enrijecida e que progrida para a fase subaguda com a maior rapidez possível.
É CORRETO o que se afirma em:
Alternativas
A
I, II, III e IV.
B
I, II e IVapenas.
C
I, III e IVapenas.
D
I, II e III apenas.
E
II e IVapenas.
Proposição II: Está correta ao descrever o padrão típico de dor e rigidez que se desenvolve após a lesão. A possibilidade de complicações graves também é bem descrita.
Proposição IV: Correta ao afirmar que o objetivo do tratamento na fase aguda é permitir que a musculatura cervical descanse e se recupere para avançar para a fase subaguda o mais rápido possível.
Proposição I: Apresenta um erro ao afirmar que a lesão mais grave é a decorrente de um impacto frontal e que o esternocleidomastóideo é frequentemente tracionado ou rompido. O impacto frontal pode ser grave, mas a descrição sobre o esternocleidomastóideo está incorreta.
Proposição III: Também está incorreta ao sugerir que o exame pode continuar mesmo na presença de sinais graves de patologia. Na prática clínica, é essencial ser cauteloso e interromper o exame se houver sinais de patologia grave.
A alternativa E) II e IV apenas está correta de acordo com a banca porque essas proposições refletem com precisão a abordagem e o tratamento na fase aguda da síndrome da lesão em chicote.
- Nervo Olfatório (I)
- Função: Sensação olfativa (olfato).
- Área de Inervação: Cavidade nasal.
- Nervo Óptico (II)
- Função: Visão.
- Área de Inervação: Retina do olho
- Nervo Oculomotor (III)
- Função: Movimento dos olhos e elevação das pálpebras; controla a constrição da pupila e a acomodação do cristalino.
- Área de Inervação: Músculos extraoculares (exceto o reto lateral e o oblíquo superior), músculo elevador da pálpebra superior, e músculos da pupila e cristalino
- Nervo Troclear (IV)
- Função: Movimento do olho (principalmente a rotação para baixo e para fora).
- Área de Inervação: Músculo oblíquo superior do olho.
Nervo Trigêmeo (V)
- Função: Sensação facial e mastigação.
- Área de Inervação: Dividido em três ramos:
o V1 (Oftálmico): Sensação na testa, couro cabeludo, e parte superior do nariz.
o V2 (Maxilar): Sensação na região média do rosto, incluindo a bochecha e o lábio superior.
o V3 (Mandibular): Sensação na mandíbula e na parte inferior do rosto, além de controlar a mastigação.
Nervo Abducente (VI)
- Função: Movimento lateral do olho (abdução).
- Área de Inervação: Músculo reto lateral do olho.
Nervo Facial (VII)
- Função: Movimento dos músculos faciais; sensação do paladar nos dois terços anteriores da língua; secreção das glândulas lacrimais e salivares (exceto a parótida).
- Área de Inervação: Músculos da expressão facial, glândulas lacrimais, e algumas glândulas salivares.
Nervo Vestibulococlear (VIII)
- Função: Audição e equilíbrio.
- Área de Inervação: Cóclea (audição) e labirinto vestibular (equilíbrio).
Nervo Glossofaríngeo (IX)
- Função: Sensação e gosto no terço posterior da língua; controle da deglutição; secreção da glândula parótida.
- Área de Inervação: Terço posterior da língua, faringe, e glândula parótida.
Nervo Vago (X)
- Função: Controle parasimpático dos órgãos internos, incluindo coração, pulmões e trato gastrointestinal; sensação de parte da faringe e laringe; controle da deglutição e fonatividade.
- Área de Inervação: Visceral, incluindo a maior parte do trato gastrointestinal e alguns músculos da faringe e laringe.
Nervo Acessório (XI)
- Função: Movimento dos músculos esternocleidomastoideo e trapézio.
- Área de Inervação: Músculos do pescoço e ombro.
Nervo Hipoglosso (XII)
- Função: Movimento da língua.
- Área de Inervação: Músculos intrínsecos e extrínsecos da língua.
- Manobra de Dix-Hallpike
Objetivo: Diagnosticar a VPPB do canal posterior.
Procedimento:
O paciente começa sentado na borda da mesa de exame.
O examinador vira a cabeça do paciente 45 graus para o lado a ser testado.
O paciente é rapidamente deitado em decúbito dorsal, com a cabeça pendendo para fora da mesa, de forma que fique cerca de 20-30 graus abaixo da horizontal.
O examinador observa os sintomas de vertigem e o nistagmo (movimento involuntário dos olhos) enquanto o paciente permanece na posição.
Significado: O nistagmo, quando ocorre, geralmente é característico da VPPB no canal posterior e pode ajudar a confirmar o diagnóstico.
- Sidelying Test (Teste em Decúbito Lateral)
Objetivo: Diagnosticar a VPPB do canal horizontal.
Procedimento:
O paciente começa em posição sentada.
O examinador vira a cabeça do paciente 90 graus para um lado.
O paciente é então deitado de lado, com a cabeça mantida nessa rotação.
O examinador observa os sintomas de vertigem e nistagmo.
Significado: O nistagmo observado pode indicar a presença de VPPB no canal horizontal e ajuda a diferenciar entre os canais envolvidos.