Neuromuscular Flashcards
Miopatias
Distrofia miotônica (Doença de Steinert);
Fácies característica?
Achados associados?
Fácies em machadinha (pelo formato alongado);
- Calvície frontal precoce;
- Catarata precoce (catarata em árvore de natal);
- Ptose palpebral bilateral incompleta;
- Atrofia acentuada de músculos temporais e masseteres (boca entreaberta);
- Atrofia dos ECM é comum e pode levar à cabeça pendente.
Distrofia miotônica (Doença de Steinert);
Formas clínicas?
DM tipo 1: Steinert clássico;
DM tipo 2: forma branda (1994).
Distrofia miotônica (Doença de Steinert);
Exame físico:
- Miotonia de percussão: Relaxamento lento após contração muscular normal. Resposta muscular anormal à percussão (região tenar da mão ou língua - com auxílio de uma espátula); Encontra-se uma área de contração focal temporária ao longo da linha de percussão;
- Miotonia de ação: orienta-se ao paciente fechar a mão com força envolvendo os dedos do examinador e, em seguida, abrir a mão rapidamente. Encontra-se um relaxamento intensamente retardado.
Distrofia miotônica (Doença de Steinert);
Genética?
Condição autossômica dominante que resulta da expansão de trinucleotídeos CTG no braço longo do cromossomo 19.
Indivíduos com DM1 clássico possuem repetições de centenas a milhares.
Distrofia miotônica (Doença de Steinert);
Marcha?
Escarvante (paciente HUUFPI);
Paresia dos músculos dorsiflexores do tornozelo (causando pé caído bilateral).
Distrofia miotônica (Doença de Steinert);
Sistemas acometidos?
- Cardíaco: distúrbios de condução, cardiomiopatia, arritmias;
- Catarata;
- Sonolência diurna excessiva;
- CPK: leve/moderadamente elevadas;
- Enzimas hepáticas: frequentemente elevadas;
- Neoplasias: risco 2x maior
Distrofia miotônica (Doença de Steinert);
Padrão de fraqueza?
Predominantemente distal
Esclerose lateral amiotrófica;
Definição?
Enfermidade neurodegenerativa que cursa com dano progressivo aos neurônios motores superiores e inferiores.
Esclerose lateral amiotrófica;
Sobrevida?
Tem um curso devastador com sobrevida média entre 3 e 5 anos após o início dos sintomas.
Início bulbar: média de sobrevida menor.
Esclerose lateral amiotrófica;
Apresentação clínica?
Reúne a combinação peculiar de sinais de 1° neurônio motor (espasticidade, exaltação de reflexos, reflexos patológicos) e 2° neurônio motor (atrofia muscular, fraqueza e fasciculações). Esta combinação, quando identificada em um mesmo segmento corporal, é bastante característica da doença (inclusive necessária para o diagnóstico).
Esclerose lateral amiotrófica;
Início espinhal?
Fraqueza dolorosa em membros de início assimétrico.
Esclerose lateral amiotrófica;
Início bulbar?
Ocorre em cerca de 20% dos pacientes, evoluindo com sintomas bulbares, como disartria, disfagia e fasciculações na língua.
Afeto pseudobulbar: crises de choro e/ou riso incontroláveis.
Predomina em mulheres.
Prognóstico ominoso.
Esclerose lateral amiotrófica;
Familiar x esporádica?
familiar 10% (parentes afetados)
esporádica 90% (sem parentes afetados)
Esclerose lateral amiotrófica;
ELA x DFT
Estudos recentes consideram tais condições como extremos de um mesmo espectro por compartilharem mecanismos fisiopatogênicos.
Envolvimento neurodegenerativo do cortex frontotemporal.
Doença de Charcot-Marie-Tooth (CMT);
Prevalência?
Neuropatia hereditária mais comum na prática médica, com prevalência estimada de 1 paciente para cada 1200-2500 indivíduos.
Acometimento significativo na 1ª-3ª década de vida.