Neurologia Flashcards
Reflexos tendinosos (4 exemplos)
- bicipital
- tricipital
- patelar
- aquileu
Sistema piramidal - primeiro neurônio motor (como age e o q a sua lesão acarreta?)
Ele é responsável pelo movimento voluntário muscular e pela força muscular
Sua lesão (corpo ou axônio) leva a fraqueza muscular (paresia) ou mesmo a paralisia muscular (plegia)
Síndrome piramidal - manifestações clínicas
- fraqueza muscular: paresia (redução da força) ou plegia (perda completa da força)
- flacidez e hipo/arreflexia ou espasticidade (aumento do tônus muscular) e hiperreflexia (devido a lesão em fibras extrapitamidais): em lesões aguda ocorrem as primeiras (fase do choque medular); em lesões subagudas ou insidiosas ocorrem as segundas
Sinal de Babinski
Reflexo cutâneo-plantar em extensão do hálux e abertura dós pododáctilos (o normal é haver flexão dos dedos)
Sinal de Hoffman
Oposição do polegar ao dedo mínimo após súbita flexão da falange distal do dedo médio
Doença de Parkinson - fisiopatologia e neurotransmissores envolvidos
Degeneração da substância negra reduz a dopamina estriatal (essa dopamina inibe a inibição causada pelo estriado) aumentando a atividade inibitória do estriado, o que provoca bradicinesia (parkinsonismo)
Dopamina e anticolinérgicos vão inibir o estriado, o que melhora o parkinson, mas piora a Coreia (por exemplo doença de huntington)
Arquicerebelo - núcleos formadores e função
Núcleos fastidial e núcleos vestibulares
Função de regulação do equilíbrio
Paleocerebelo - núcleos formadores e função
Núcleos emboliforme e globoso
Feixes espinocerebelares: propirocepcao inconsciente
Núcleo rubro: ajuste fino do movimento
Lesões no cérebro e cerebelo - onde tais lesões vão gerar as devidas manifestações?
- cérebro (piramidal ou extrapiramidal) = cruza uma vez (decussacao das pirâmides) gerando uma síndrome contralateral
- cerebelo: cruza duas vezes, gerando uma síndrome ipsilateral
Síndrome cerebelar - manifestações clínicas (11)
Dismetria Decomposição do movimento (dissinergia) Tremor intencional Disdiadococcinesia Fenômeno do rechaço Reflexos tendinosos pendulares Nistagmo (horizontal ou vertical) Hipotonia muscular Fala escandida (arrastada) Instabilidade postural Marcha atáxica
O exame de sensibilidade somática deve incluir quais modalidades de sensibilidade? (3)
Dor: estímulo com ponta de agulha
Vibração: diapasão 128 Hz
Propriocepcao: movimentação do hálux “para cima e para baixo”
Síndrome de Bronw-Sequard (hemisseccao medular): 3 características
1) hemianestesia dolorosa e tátil contralateral a lesão
2) hemiparesia/plegia flácida (lesão aguda) ou lesão espástica (lesão insidiosa) ipsilateral a lesão
3) perda da sensibilidade vibratória e propriocepcao consciente ipsilateral a lesão
Síndrome cordonal posterior (carência de b12 e Tabes dorsais) - definição e manifestações clínicas
São doenças que preferem fibras grossas (fascículo grascil e cuneiforme)
Ou seja, vao perder sensibilidade vibratória, proprioceptiva e tátil
Pode acarretar em ataxia sensorial, marcha ataxica, teste de romberg positivo
Síndrome de Horner (simpática)
Ptose, miose, enoftalmia, anidrose do lado ipsilateral a lesão
Hérnia de uncus na hipertensão intracraniana - sinal ocular que pode estar presente
Midríase paralítica (compressão do III par craniano, mais as fibras parassimpáticas)
Nistagmo horizontal - definição e o q a lesão vestibular pode modificar em relação ao nistagmo horizontal
Nistagmo são movimentos oscilatórios horizontais com a fase rápida para o lado estimulado e a fase lenta (tônica) para o lado oposto.
A fase rápida define o lado do nistagmo, portanto a estipulação vestibular exagerada à esquerda gera uma nistagmo para o mesmo lado (esquerda)
Numa lesão vestibular unilateral, ocorrerá nistagmo ESPONTÂNEO para o lado oposto à lesão, já que o sistema vestibular sadio do outro lado tem efeito predominante
Síndrome vestibular - definição
Principal sintoma da síndrome é a vertigem (sensação de que o ambiente está se movendo ao redor, que pode estar associada a vômitos, palidez e sudorese)
Além disso está presente o Nistagmo
Pode se diferenciar entre periférica ou central
Diferenças entre síndrome vestibular periférica e síndrome vestibular central
Periférica: vertigem mais acentuada, associada a náuseas e vômitos, palidez e sudorese. Nistagmo intermitente - para o lado oposto da lesão - (5-10 segundos) e tende a desaparecer com a fixação da visão em um objeto. Pode vir acompanhada de zumbido e hipoacusia ipsilateral a lesão
Central: vertigem menos acentuada, incessante, nistagmo pode ser horizontal, rotatório ou vertical (este sempre indica lesão central), não melhora com a fixação
Lesão do II e III pares cranianos - como os reflexos fotomotor e consensual vão ficar?
Lesão do III par: o reflexo fotomotor estará abolido, mas o consensual permanece (por causa do III sadio). Ex: hérnia de úncus, lesão retro-orbitaria
Lesão do II par: tanto o fotomotor quanto o consensual vão estar abolidos
Afasias de Broca - área que atinge do córtex, definição do déficit
Atinge a area 44 de Brodmann (área de Broca) - geralmente por lesões da artéria média a esquerda
Afasia (distúrbio da linguagem) de Broca: o paciente desaprende a falar, perdendo totalmente ou parcialmente (disfasia) a fluência das palavras ou frases faladas, embora possa compreender tudo o q falam pra ele.
Afasia de Wernicke - definição, área acometida e manifestações
O paciente não compreende nenhuma palavra que falam pra ele (como se estivessem falando uma língua estranha), não entende nem mesmo o que ele fala
Tem boa fluência na fala mas não fala coisa com coisa (falsa impressão de desorientação), geralmente vem associada a incapacidade de ler (Aléxia)
Ocorre na área 22 do hemisfério dominante, se for na área não dominante ocorre “aprosodia sensorial” - perde noção da entonação das palavras, ficam desprovidas de emoção.
Afasia de condução definição
Caracterizada pela total incapacidade de repetição da palavra, embora a compreensão e fluência estejam preservadas
Ocorre nas fibras que se originam da área de Wernicke e vão em direção a área de Broca
Fatores de risco para AVE isquemico (9)
- HAS (também é o maior FR para AVE hemoragico);
- Historia familiar de doença cerebrovascular;
- DM
- tabagismo
- hipercolesterolemia
- idade >60 anos
- fibrilação atrial crônica (primeira causa)
- IAM de parede anterior e/ou
- cardiomiopatia dilatada.
- outros
Consequencias do AVE isquemico em arteria cerebral média
- Na origem da artéria: lobo frontal, parietal e parte superior do temporal. Hemiparesia/plegia contralateral desproporcionada, com predomínio braquifacial e disartriacom desvio da língua para a hemiplegia
(córtex motor, coroa radiada, cápsula interna), desvio do olhar conjugado contrário à hemiplegia nos primeiros três dias (área do olhar conjugado), apraxia contralateral braquial (córtex pré-motor), hemi hipo/anestesia contralateral, astereoagnosia (córtex somatossensorial e associativo). Se for no hemisfério
dominante ou esquerdo, acrescenta-se afasia global (Broca + Wernicke) e síndrome de Gerstmann. Se for no hemisfério não dominante, acrescenta-se anosognosia (não reconhece a hemiplegia à esquerda) ou heminegligência (não reconhece seu lado esquerdo),
amusia (incapacidade de reconhecer músicas).
OBS: se ocorrer no ramo superior, não teremos sindrome de Wernicke, porem teremos todos os outros efeitos. Por outro lado, se ocorrer no ramo inferior não teremos hemiplegia/anestesia, porem teremos sindrome de Wernicke e Gerstmann.
Síndromes da cerebral anterior (geralmente AVE embólico)
- lobo frontal e parietal medial anterior unilateral. Hemiparesia/plegia, apraxia contralateral e hemi-hipo/
anestesia do membro inferior contralateral.
Obs: se for bilateral pode ocorrer tambem síndrome do lobo frontal (abulia ou mutismo acinético, disfunção esfincteriana).
Síndrome de Dejerine-Roussy:
AVE do tálamo posterolateral (artéria talamogeniculada), hemianestesia contralateral + dor talâmica espontânea (refratária a analgésicos, responde à carbamazepina).
Síndromes da basilar – AVE pontino ou cerebelar (geralmente AVE lacunar ou trombótico): Oclusão dos ramos medianos ou circunferenciais: porções da ponte.
Síndrome de Millard-Gubler-Foville (ponte baixa anterior):
- síndrome cruzada do VII e/ou VI par. Hemiplegia braquiocrural contralateral, paralisia facial periférica ipsilateral, acometimento do VI par ipsilateral (diplopia e estrabismo convergente, quando olha para o lado
da lesão, contrário à hemiplegia).
Criterios para diagnostico de AVE isquemico
TC de cranio normal, diante de um deficit neurológico focal súbito com duração superior a 15min, o diagnóstico será de AVE isquêmico, uma vez que nesse tipo de AVE o infarto só tem expressão radiológica na TC após 24-72h, como uma área hipodensa (“cinza”) acompanhada de edema
Exames inespecificos que devem ser solicitados na admissao de um paciente com AVE isquemico
Os seguintes exames inespecíficos são recomendados na admissão: ECG, hemograma completo, glicemia
plasmática, eletrólitos, ureia, creatinina,
coagulograma, gasometria arterial e marcadores
de necrose miocárdica.
Como controlar a PA de um paciente com AVE isquemico? droga de escolha e dose?
A regra é não baixar a PA no primeiro dia, a não ser
que ela esteja acima ou igual a 220 x 120 mmHg, ou se o paciente apresentar dissecção aórtica, IAM, edema agudo de pulmão, encefalopatia hipertensiva (isto é, a não ser que exista uma emergência hipertensiva).
Se a PA estiver > 220 x 120 mmHg, a conduta será iniciar um anti-hipertensivo venoso, visando reduzir em aproximadamente 15% o valor inicial da PA nas primeiras 24h (o suficiente para tirar o paciente da
“zona de risco imediato”)… A droga de escolha é o nitroprussiato de sódio (0,5 mcg/kg/min) quando a PA diastólica for > 140 mmHg e o labetalol venoso no restante dos casos.
o trombolítico só pode ser prescrito para pacientes com PA ≤ 185 x 110 mmHg. Após administração do trombolítico, a PA deve ser mantida abaixo de 180 x 105 mmHg nas primeiras 24h (diminui risco de transformação hemorrágica).
Medidas Especificas para o AVE isquemico
- Antiagregante plaquetário: Iniciar aspirina (325 mg) dentro das primeiras 48 horas do início do AVEi. Há uma redução pequena, porém estatisticamente significativa na morbimortalidade.
- Heparina: Deve ser prescrita na dose profilática, para
prevenção de TVP/TEP. Pode-se optar pela heparina não fracionada 5.000 UI a cada 8-12h, ou pela heparina de baixo peso molecular (ex.:enoxiparina 40 mg SC 1x dia). No caso de FA: iniciar heparinização após 3 dias (se AVE pequeno) e após 7 dias (após AVE grande) - Tromboliticos: de acordo com os criterios
OBS: Não se deve aplicar heparina ou antiagregantes plaquetários (AAS) nas primeiras 24 horas após trombólise (maior risco de sangramento). Não se deve puncionar artérias ou realizar procedimentos invasivos nas primeiras 24 horas
Critérios de inclusão para tromboliticos em pacientes com AVE isquemico (6)
A. Critérios de inclusão
a) AVCi em qualquer território vascular cerebral;
b) possibilidade de se estabelecer precisamente o horário de início dos sintomas;
c) possibilidade de se iniciar a infusão do rt-PA dentro de três horas do início dos sintomas (caso os sintomas
tenham surgido ao paciente acordar, deve-se considerar o último horário acordado como o do início dos sintomas);
d) TC de crânio sem evidência de hemorragia ou outra doença de risco;
e) idade > 18 anos;
f) paciente ou familiar responsável capacitado a assinar termo de consentimento informado.