Hematologia Flashcards

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1
Q

Anemia - definição

A

Termo que define clinicamente a existência de um estado de queda da hemoglobina no sangue, não é uma doença e sim um sinal de que existe uma doença

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2
Q

Eritropoetina - onde é produzida e qual estimulo leva sua produção

A

Produzida no parenquima renal (células tubulares próximas) em resposta a hipoxia tecidual. Estimula progenitores eritroides a formar eritroblastos na medula óssea

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3
Q

Tipos de hemoglobina e sua composição

A
  • hemoglobina A1: 97% duas cadeias alfa e duas beta
  • hemoglobina A2: 2% duas alfa e duas delta
  • hemoglobina F: 1% duas alfa e duas gama
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4
Q

Valores normais de hemoglobina e hematócrito

A
  • Hb:
    Mulheres: 12-15 g/dL
    Homens: 13,5-17 g/dL
  • Ht
    Mulheres: 36-44%
    Homens: 39-50

Obs: hematócrito = 3 vezes a hemoglobina

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5
Q

Manifestações clínicas “a síndrome anêmica”

A

Dispneia aos esforços, palpitações, taquicardia, intolerância ao esforço, Cansaço evidente, indisposição (astenia), tontura postural, cefaleia, decompensacao de doenças cardiovasculares (ICC, Angina), de compensação de doenças cérebro vasculares, e de doenças cardiorrespiratórias

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6
Q

Mecanismos que amenizam a hipoxia tecidual decorrente da anemia (2)

A
  • aumento do Débito cardíaco
  • aumento de 2,3 DPG (gicose difosfato) na hemácia, este metabólito reduz a afinidade da hb pelo O2, facilitando a extração de 02 pelos tecidos
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7
Q

Anemia microcitica e hipocromica - definição e causas (5)

A

Microcitose: VCM < 80 fL
Hipocromia: HCM < 28 pg e/ou CHCM < 32
Causas: anemia ferropriva, talassemia, anemia de doença crônica de longa duração, anemia sideroblastica e anemia do hipertireoidismo

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8
Q

Anemia macrocitica - definição e causas (7)

A

Anemia com VCM > 100 fL
Causas: síndromes mielodisplasicas, anemia aplasica, etilismo, drogas tipo AZT e MTX, anemia da hepatopatia crônica, anemia do hipotireoidismo, anemias hemolíticas, anemia da hemorragia aguda

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9
Q

Reticulocitose indica quais grupos de anemia? Tipos de anemia diferenciada pela contagem de reticulócitos?

A

1) anemias hemoliticas
2) anemia por hemorragia aguda

  • hipoproliferativa: carenciais ou distúrbios medulares
  • hiperproliferativa: hemolítica ou sangramento agudo
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10
Q

Sintomas da anemia ferropriva

A
  • astenia (fadiga, indisposição física), insônia, palpitações, cefaleia;
  • Em pacientes previamente coronariopatas, cardiopatas, pneumopatas ou cerebrovasculopatas, a anemia pode desencadear, respectivamente, angina pectoris, insuficiência cardíaca, dispneia e rebaixamento da consciência
  • exame clínico: revela palidez cutaneomucosa e sopro sistólico de “hiperfluxo”. Hemorragias retinianas podem
    ser detectadas em presença de anemia grave.
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11
Q

Sinais e sintomas da ferropenia (independentes da anemia)

A
  • glossite (ardência e língua despapilada)
  • queilite angular (lesão nos ângulos da boca)
  • Unhas quebradiças e coiloníquia (unhas em colher)
  • esplenomegalia (15% dos casos), em pequena monta
  • perversão do apetite
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12
Q

Laboratoriais da Anemia Ferropriva (hemograma)

A
  • hemoglobina varia entre 4-11 g/ dl (média: 8 g/dl);
  • o VCM varia entre 53-93fL (média: 74fL);
  • o CHCM, entre 22-31 g/dl(média: 28 g/dl);
  • trombocitose (plaquetas entre 500/600 mil)
  • reticulocitos normal (anemia hipoproliferativa)

Obs: pode ocorrer concomitantemente deficiencia de vitamina B12 o q gera uma anemia megalobastica, associada a anemia ferropriva, o VCM varia em qual carencia for mais pronunciada, nesse caso o RDW vai estar bastante elevado

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13
Q

Laboratoriais da Anemia Ferropriva (fe serico, ferritina, TIBC, saturação de transferrina)

A
  • Fe serico: Encontra-se baixo na anemia ferropriva (geralmente < 30 mg/dl);
  • Ferritina serica: primeiro parametro que se altera na anemia ferropriva - Níveis abaixo de 15 ng/ml são típicos da anemia ferropriva, enquanto valores acima de 60 ng/ml praticamente afastam este diagnóstico.
  • TIBC: encontra-se elevado, acima de 360 mg/dl e
    quase sempre acima de 400 mg/dl, em função de um aumento na produção de transferrina pelo fígado, em resposta à carência de ferro.
  • saturação da transferrina (Fe/TIBC), como o próprio nome diz, espelha a porcentagem de receptores de ferro em todas as moléculas de transferrina circulante que se encontram saturados. O valor normal da saturação está em torno de 30-40%. Valores abaixo de 15% são consistentes com o diagnóstico de anemia ferropriva!
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14
Q

Qual é o exame “padrão-ouro” para o diagnóstico de anemia ferropriva? Qual achado confirma seu diagnóstico?

A
  • Aspirado/biópsia de medula óssea e coloração para ferro com o corante azul da Prússia.
  • Ausência de ferro nos macrófagos e eritroblastos da medula.
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15
Q

Tratamento anemia ferropriva (oral) - composto, posologia, e duração

A

A dose recomendada para a correção da anemia ferropriva é de 60 mg de ferro elementar (o que equivale a 300 mg de sulfato ferroso) 3/4 x dia

  • estômago vazio, 1-2h antes das refeições, de preferência associado à vitamina C ou ao suco de laranja.o sulfato ferroso só deve ser dado junto com a comida em caso de intolerância gástrica
  • Em crianças, a dose deve ser 5 mg/kg/ dia (3-6 mg/kg/dia) de ferro elementar, dividido em três tomadas.

A reposição de ferro deve durar 3-6 meses após a normalização do hematócrito (total de 6-12 meses), no intuito de reabastecer os estoques corporais desse
elemento. O controle pode ser feito com a ferritina sérica, que deve chegar a valores acima de 50 ng/ml

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16
Q

Quais são as indicações de ferro parenteral?

A

(1) síndromes de má absorção duodenojejunais, como
a doença celíaca;
(2) intolerância às preparações orais;
(3) anemia ferropriva refratária à terapia oral, apesar da adesão terapêutica;
(4) necessidade de reposição imediata dos estoques de ferro, quando utilizamos, por exemplo, a eritropoietina recombinante humana em pacientes com insuficiência renal crônica em tratamento dialítico.

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17
Q

Anemia por doença crônica - definição

A

o estado anêmico moderado (queda de 5-15 pontos
no Ht ou 2-5 pontos na Hb) que frequentemente se desenvolve nos pacientes que apresentam condições inflamatórias (como infecções e doenças reumatológicas) ou neoplásicas, sempre quando estas se fazem presentes por um período superior a 20-60 dias

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18
Q

Laboratoriais da anemia por doença cronica - hemograma

A

ferro sérico baixo associado à ferritina sérica normal ou alta, saturação da transferrina fica reduzida. normocítica-normocrômica. O índice de produção reticulocitária encontra-se normal.

(1) ferro sérico baixo (< 50 mg/dl) e ferritina sérica
normal ou alta (situando-se entre 50-500 ng/ml)
– essa combinação caracteriza a doença;
(2) TIBC normal ou baixo (< 300 mg/dl);
(3) saturação de transferrina levemente baixa (10-20%)

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19
Q

Tratamento da anemia de doença cronica

A

é realizado o tto da doença de base, se mesmo assim anemia for refrataria e grave, podemos fazer reposição com eritropoetina recombinante e reposição de fe parenteral

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20
Q

Tratamento da anemia da Insuficiencia Renal Cronica

A
  • eritropoetina recombinante por via SC ou IV, na dose
    de 80-120 U/kg 3x por semana, a partir do momento em que os níveis de hemoglobina caírem abaixo de 10 g/dl
  • O objetivo é manter a hemoglobina em torno de 11 g/dl (entre 10-12g/dl), o que equivale a um hematócrito de 33% (entre 30-36%).
  • Esquema de reposição de Fe: Iniciar se St transf ≤ 20% ou ferritina ≤ 200 ng/ml. Objetivo: atingir St transf entre 30-50% e ferritina entre 200-500 ng/ml. Ferro IV 1.000 mg, divididos em dez aplicações em sessões
    consecutivas de HD.
  • Esquema de manutenção de Fe: Objetivo: manter St transf entre 30-50% e ferritina entre 200-500 ng/ml.
    Interromper se St transf > 50% ou ferritina > 500 ng/ml.
    Ferro IV 25-100 mg 1x/semana
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21
Q

Causas de anemia megalobastica

A
  • uma anemia megaloblástica deve ser atribuída à carência de vitamina B12 (cianocobalamina) e/ou ácido fólico (folato), importantes cofatores para a síntese de DNA.
  • Outras condições que podem causar esse distúrbio são o uso de medicamentos que bloqueiam a síntese de DNA (antagonistas de purinas e pirimidinas – p. ex.: certos quimioterápicos e imunossupressores) ou que interferem no metabolismo do ácido fólico (metotrexato, anticonvulsivantes).

Existe uma interdependência do metabolismo do ácido fólico e da cobalamina, uma vez que a vitamina B12 é necessária para a manutenção do folato no meio intracelular (conversão do monoglutamato metiltetraidrofolato em poliglutamato tetraidrofolato).

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22
Q

Por que na anemia megaloblástica temos hemácias

aumentadas de tamanho?

A

Na anemia megaloblástica temos uma alteração da síntese do DNA. Com isso, o núcleo da célula amadurece de forma lenta, e a divisão celular se dá mais tardiamente. Entretanto, o citoplasma não sofre
alterações e “cresce” à espera da divisão celular, que não vem.

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23
Q

Fator intrinseco - como atua e onde é produzido?

A

Cerca de 99% da absorção da vitamina B12 só se dá

ligada ao FI (fator intrinseco - que é produzido pelas celulas parietais do fundo e corpo gastricos)

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24
Q

Vitamina B12 - como atua no metabolismo, auxiliando a formação do DNA

A

a deficiência de B12 impede a formação de THF (tetraidrofolato) a partir do MTHF (metiltetraidrofolato),
logo, reduz a forma ativa, intracelular, do folato. Em outras palavras: a deficiência de B12 provoca um “estado de deficiência celular de folato”, pois é utilizada como cofator da enzima metionina sintase (que transforma MTHF em THF).

Na reação da metionina sintase, o grupamento metil do MTHF é transferido para a homocisteína (um aminoácido), formando a metionina. Por isso, tanto na deficiência de folato, como na deficiência de cobalamina, esta reação fica prejudicada, aumentando os níveis celulares e plasmáticos de homocisteína. A hiper-homocisteinemia é lesiva ao endotélio, podendo
aumentar o risco de aterosclerose.

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25
Q

Causas de anemia megaloblastica - devido a deficiencia de B12

A

1- Ingesta Inadequada (raro);

2- Má absorção:
2.1- Prejuízo da Liberação da Vitamina do Alimento:
Acloridria e Gastrectomia parcial;
2.2- Produção Inadequada de Fator Intrínseco: Anemia perniciosa, Gastrectomia total, Ausência congênita do fator intrínseco;
2.3- Desordens do Íleo Terminal: Ressecção intestinal,
Ileíte regional (doença de Crohn), Outras ileopatias, Má absorção seletiva de Cobalamina (doença de Imerslund);
2.4 - Competição pela Cobalamina: Síndrome de alça cega – hiperproliferação bacteriana Diphyllobothrium latum (“verme do peixe”);
2.5 - Drogas: Colchicina, Ácido paraminossalicílico, Neomicina

3- Outras Causas:

  1. 1 - Deficiência de Transcobalamina II
  2. 2 - Exposição ao Óxido Nitroso
  3. 3 - Defeitos Enzimáticos
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26
Q

Causas de anemia megaloblastica - devido a deficiencia de FOLATO

A

1- Ingesta Inadequada (alcoólatras, anorexia nervosa)

2- Aumento das Necessidades:

  1. 1 - Gravidez
  2. 2 - Hemólise
  3. 3 - Malignidade
  4. 4 - Doenças exfoliativas crônicas da pele
  5. 5 - Hemodiálise
3- Má absorção
3.1 - Espru tropical
3.2 - Doença celíaca
3.3 - Drogas: Fenitoína, Barbitúricos
4- Prejuízo no Metabolismo
4.1 - Inibidores da diidrofolato redutase: Metotrexato, Pirimetamina, Pentamidina, Trimetoprim
4.2 - Álcool
4.3 - Deficiências enzimáticas (raras)
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27
Q

Qual é a principal causa de deficiência de B12 em nosso meio?

A

Anemia perniciosa

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28
Q

Qual é a principal causa de deficiência de Folato?

A

Alcoolismo

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29
Q

Manifestações clinicas da deficiencia da vitamina B12

A
  • queixas referentes à anemia, como palpitações, fraqueza, cefaleia, irritabilidade;
  • diarreia e perda ponderal, ambos decorrentes de má absorção;
  • glossite e queilite angular,
  • Manifestações Neurológicas
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30
Q

Manifestações Neurológicas da deficiencia de B12

A
  • Manifestações Neurológicas: Estas podem ocorrer com o hemograma absolutamente normal e somente com a vitamina B12 sérica baixa:
    1) parestesia em extremidades (alteração mais precoce) decorrente de uma polineuropatia;
    (2) diminuição da sensibilidade profunda (proprioceptiva e vibratória);
    (3) desequilíbrio, marcha atáxica, sinal de Romberg, refletindo a perda da propriocepção inconsciente nos membros inferiores;
    (4) fraqueza e espasticidade nos membros inferiores,
    com sinal de Babinski, hiperreflexia profunda, refletindo uma síndrome piramidal nos membros inferiores;
    (5) deficits cognitivos, demência e psicoses.
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31
Q

anemia perniciosa - definição, epidemiologia

A

A anemia perniciosa é uma doença caracterizada pelo desenvolvimento de autoanticorpos que atacam as células do corpo e fundo gástricos (células parietais), reduzindo tanto a produção de ácido e pepsina quanto de Fator Intrínseco. O resultado é o desenvolvimento de hipocloridria e anemia megaloblástica por má
absorção de B12. Causa mais comum de deficiencia de B12.

  • 45-65 anos, sendo rara antes dos 30 anos. É ligeiramente mais comum em mulheres (1.6:1). A anemia perniciosa é fator de risco para o adenocarcinoma gástrico.
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32
Q

Niveis sericos de B12

A

Níveis normais de vitamina B12 encontram-se entre 200 e 900 pg/ml. Uma B12 sérica acima de 300 pg/ml torna improvável o diagnóstico de carência da vitamina, enquanto que uma dosagem abaixo de 200 pg/ml praticamente o confirma. Entre 200- 300 pg/ml (normal baixa) é a faixa de incerteza.

OBAS: O ácido metilmalônico encontra-se elevado
apenas na deficiência de cobalamina. A homocisteína (n = 5-14 nmol/L) tem seus valores elevados tanto na deficiência de cobalamina quanto na de folato

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33
Q

Niveis sericos de FOLATO

A

O folato sérico apresenta níveis de 2,5 a 20 ng/ml. Um folato sérico abaixo de 2 ng/ml torna provável o diagnóstico de carência de folato, enquanto que acima de 4 ng/ml, em termos práticos, exclui este diagnóstico.

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34
Q

Reposição de vitamina b12

A
  • dose intramuscular de cianocobalamina 1.000 μg (1.000 unidades), inicialmente uma vez ao dia durante sete dias, seguida da mesma dose uma vez por semana por quatro semanas, e daí em diante uma dose mensal para o resto da vida do paciente.
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35
Q

Reposição de Folato

A
  • deficiência de folato é tratada com terapia de
    reposição, na dose usual de 1-5 mg/dia por via oral. Se o problema estiver na absorção, doses de até 15 mg/dia podem ser utilizadas, sendo rara a necessidade do folato parenteral. A duração da terapia depende do grau de deficiência. A dieta deve ser corrigida, para que não haja recidiva do quadro carencial após o fim do tratamento.
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36
Q

Como devemos acompanhar a resposta à terapia de reposição com vitamina B12?

A

Através da contagem de reticulócitos. Ela começa a subir por volta do 4º ou 5º dia após o início da terapia e atinge um pico no 7º dia.

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37
Q

Profilaxia da deficiencia de B12 - 3 casos

A
  1. Em todos os vegetarianos é recomendada a reposição de cobalamina em baixas doses (5-10 μg/d);
  2. RN e lactentes filhos de mães deficientes em cobalamina;
  3. Pacientes com disabsorção crônica de vitamina B12 (gastrectomizados, com anemia perniciosa, acloridria ou insuficiência pancreática). Aqui, para compensar a disabsorção, as doses são maiores, cerca de 2.000 μg/d.
38
Q

Anemia Hemolitica - etiologias hereditarias

A

1- Hemoglobinopatias

  • Anemia falciforme e variantes (ExtraV)
  • Talassemias (ExtraV)

2- Defeitos do citoesqueleto

  • Esferocitose hereditária (ExtraV)
  • Eliptocitose hereditária (ExtraV)
  • Piropoiquilocitose hereditária (ExtraV, IntraV)

3- Defeitos enzimáticos

  • Deficiência de G6PD (IntraV)
  • Deficiência de piruvato quinase (ExtraV)

4- Outras

  • Abetalipoproteinemia (acantócitos) (ExtraV)
  • Estomatocitose hereditária (ExtraV)
  • Xerocitose hereditária (ExtraV)
39
Q

Anemia Hemolitica - etiologias adquiridas

A

1- Anemia Imuno-hemolítica (ExtraV)

  • Hemólise autoimune
  • Hemólise autoimune por medicamentos
  • Hemólise aloimune (reação transfusional)

2- Hiperesplenismo (ExtraV)
- Esplenomegalia congestiva

3- Insuficiência hepática grave
- Anemia com acantócitos (ExtraV)

4- Hemoglobinúria paroxística noturna (IntraV)

  • Com aplasia de medula
  • Sem aplasia de medula

5- Anemia hemolítica microangiopática (IntraV)

  • Síndrome Hemolítico Urêmica (SHU)
  • Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT)
  • Síndrome HELLP (gestação)
  • Hipertensão maligna
  • Crise renal da esclerodermia
  • CIVD

6- Outras anemias hemolíticas intravasculares

  • Prótese valvar cardíaca
  • Lesão térmica (queimadura etc.)
  • Lesão osmótica (água destilada IV etc.)
  • Hemólise do corredor
  • Malária, babesiose, bartonelose
  • Sepse por Clostridium sp.
  • Drogas (ex.: dapsona)
  • Envenenamentos (cobras, aranhas)
40
Q

Quando pensar em anemia hemolitica

A
ANEMIA +
1- Leve icterícia (associada à palidez);
2- Esplenomegalia;
3- História familiar positiva de anemia;
4- Uso de medicamentos;
5- Urina avermelhada ou marrom (hemoglobinúria).
41
Q

Achados laboratoriais que indicam hemolise intravascular (3)

A
  • Hemoglobinemia (hemoglobina livre no plasma >50 mg/dl);
  • Hemossiderinuria (hemossiderina urina);
  • Hemoglobinuria
42
Q

Hemograma da anemia hemolitica

A
  • anemia normocítica e normocrômica (apresentação mais comum);
  • em casos graves aumento do VCM, acima de 108 fL (devido aumento da reticulocitose - que sao celulas grandes)
43
Q

Laboratorio da anemia hemolitica por esferocitose hereditaria

A

Anemia leve a moderada (raramente grave), micro ou normocítica, com hemácias tipicamente HIPERcrômicas (aumento do CHCM), além de reticulócitos e microesferócitos no esfregaço de sangue periférico.

obs: Outras etiologias de microesferocitose
são: anemia imuno-hemolítica e algumas variantes da eliptocitose hereditária

44
Q

Tratamento da anemia hemolitica por esferocitose hereditaria

A

Esplenectomia (exceto para pacientes com anemia leve ou com hemolise compensada), deve ser evitada em crianças com menos de 4 anos de idade.
Deve ser realizado vacinação antipneumocócica antes do procedimento e suplementação constante com acido folico (1 mg/dia, para evitar crise megalobastica)

45
Q

Deficiencia de G6PD - definição e fisiopatologia

A

G6PD é uma enzima que tem por função regenerar o glutation reduzido, elemento que protege a hemoglobina e a membrana da hemácia de radicais livres derivados do oxigênio.

O paciente se apresenta com “crises hemolíticas”,
sempre precipitadas por algum estresse oxidativo. O mais comum é a INFECÇÃO, por ativar neutrófilos que produzem radicais livres de oxigênio. Diversas DROGAS ou substâncias com potencial oxidante também costumam desencadear as crises

O ferro oxidado forma metemoglobina, incapaz de se ligar ao oxigênio. A desnaturação oxidativa da cadeia de globina produz precipitados intracelulares de hemoglobina desnaturada, os Corpusculos de Heinz, que ´´marcam´´ as hemacias para hemolise extravascular

46
Q

Diagnostico da deficiencia de G6PD

A
  • dosagem de G6PD
  • sangue periférico apresenta “células mordidas”
    e “células bolhosas”
  • Numa coloração supravital, observam-se os clássicos
    corpúsculos de Heinz
47
Q

Fisiopatologia da Anemia Hemolitica Auto-Imune (AHAI)

A

O mecanismo de hemólise na AHAI depende basicamente de um fenômeno denominado
“opsonização”. Ao revestirem a membrana eritrocítica, os anticorpos IgG se ligam a receptores específicos (FcγRI) dos macrófagos esplênicos, permitindo a fagocitose das hemácias (hemólise extravascular). Ou seja, é como se as moléculas de IgG - C3b tambem - “temperassem” as hemácias para serem “deglutidas” pelos macrófagos. Daí o termo “opsonização” (do grego opson = tempero). Apenas os anticorpos da classe IgG possuem receptores nos macrófagos

48
Q

Principais causas de AHAI

A
  • alfametildopa, LES, leucemia linfocítica crônica e linfomas não Hodgkin
49
Q

Teste de COOMBS direto (principal exame para o diagnostico de AHAI)

A

Este teste identifica a presença de anticorpos ou complemento ligados à superfície das hemácias do paciente.

O exame é muito simples e é realizado em qualquer Banco de Sangue: é só adicionar
o “soro de Coombs” a uma gota de sangue do paciente, incubando-se a 37oC. Se
for detectada aglutinação macroscópica, o
teste é considerado positivo

Obs: no teste de COOMBS indireto avaliamos a presença de anticorpos anti-hemacia no soro do paciente (e nao ligados a hemacia)

50
Q

Tratamento da AHAI

A

Corticoide: prednisona, na dose de 1-2 mg/kg/dia ou 40 mg/m2 de superfície
corporal. Quando se atinge Hb de 10 g/dl reduz pela metade a dose, passando entao para uma redução gradual em 3 a 4 meses

Para os pacientes que não respondem ou não toleram a terapia com corticoide,
atualmente se recomenda o emprego de rituximab (anticorpo monoclonal anti-CD20, que depleta linfócitos B com taxa de resposta
de 80% na AHAI) ou a esplenectomia.

Nos pacientes que não respondem a nenhuma
das medidas citadas, podemos lançar mão de
esquemas de terceira linha como ciclofosfamida,
azatioprina ou imunoglobulina intravenosa. O transplante de células-tronco hematopoiéticas
pode ser considerado em casos extremos

51
Q

AHAI por IgM (Anticorpos “Frios”) X

AHAI por IgG (Anticorpos “Quentes”)

A

No primeiro a hemolise ocorre no fígado, por ação de seus macrófagos (células de Kuppfer).

Ja na segunda a hemolise ocorre no baço devido a opsonização das hemacias por IgG

52
Q

Anemia intravascular - picada de aranha, fisiopatologia, quadro clinico e tratamento

A

O veneno pode ativar o sistema complemento levando a hemolise intravascular. O envenenamento manifesta-se com
necrose no local da picada, seguida por um quadro de anemia hemolítica aguda, icterícia, urina vermelho-acastanhada (hemoglobinúria)
e insuficiência renal aguda oligúrica.

Tratamento: O soro antiaracnídeo deve ser
administrado prontamente na dose de dez ampolas,
associado à prednisona 1 mg/kg/dia.

53
Q

Hemoglobinúria Paroxística Noturna - definição

A

é uma desordem adquirida da célula-tronco (stem cell) que tem como principal característica a produção de subpopulações de granulócitos, plaquetas e hemácias hipersensíveis ao sistema complemento.

Estas células, especialmente
as hemácias, possuem extrema sensibilidade à
lise pelo complemento, o que explica uma desordem
hemolítica intravascular crônica.

Esta associada a eventos tromboembolicos, episódios trombóticos graves (ex.: Budd-Chiari, que é a trombose de veias suprahepaticas)

54
Q

Tratamento da HPN

A
  • Hemotransfusao quando necessario;
  • Medidas de suporte;
  • Corticoides, nao sao indicados de rotina;
  • Reposição de Fe se houver anemia ferropriva concomitante e acido folico na vigencia de anemia hemolitica cronica.
55
Q

Causa da anemia falciforme

A

substituição do ácido glutâmico pela valina, na posição 6 da cadeia de β-globina, cria uma molécula de hemoglobina com comportamento totalmente anômalo: a hemoglobina S (“s” de sickle, ou foice em inglês).
Isso leva a uma menor solubilidade das moleculas de Hb que acabam se agregando e alterando o formato da membrana da hemacea

56
Q

Fatores desencadeantes da falcização da HbS

A

(1) hipóxia;
(2) acidose;
(3) desidratação celular.

Tais condições aumentam a quantidade de Desoxi-HbS, e esta tem maior capacidade de formar o polimero caracteristico da falcização

57
Q

Fisiopatologia da anemia falciforme - disfunção endotelial/ obstrução vascular

A

A anemia falciforme cursa com disfunção endotelial
crônica (devido a hemolise intravascular que libera substancias nocivas ao endotelio), tanto na MICRO quanto na MACROcirculação. Os capilares tendem à
vaso-oclusão em decorrência da maior adesividade
entre o endotélio e as hemácias falcêmicas. Na parede dos vasos de maior calibre ocorre hiperplasia e fibrose, obstruindo progressivamente o lúmem e aumentando
a chance de trombose in situ.

Obs: agudização do estado inflamatório crônico “ativa” ainda mais as células endoteliais, aumentando transitoriamente a exposição de moléculas adesiogênicas em sua interface com o sangue – um verdadeiro “estopim” para que um grande número de
hemácias fiquem presas na microcirculação! Ou seja, na vigencia de uma infecção por exemplo, mais hemacias podem aderir ao endotelio causando maior oclusao (é a crise falcemica)

58
Q

Laboratorio da anemia falciforme - hemograma e esfregaço de sangue

A

(1) queda leve a moderada da hemoglobina e do hematócrito;
(2) reticulocitose (entre 3-15%);
(3) hiperbilirrubinemia indireta;
(4) aumento de LDH;
(5) queda da haptoglobina;
(6) geralmente anemia macrocitica (devido aos reticulocitos) e normocromica. Se houver hipocromia e microcitose, suspeitar de anemia ferropriva associada.

Esfregaço: (1) hemácias irreversivelmente afoiçadas – as ISC; (2) policromasia – indicativo de reticulocitose; (3) corpúsculos Howell-Jolly – sinal de asplenia;
(4) hemácias “em alvo” – indício genérico de que existe uma hemoglobinopatia.

59
Q

Manifestações clinicas da Anemia Falciforme

A
  • Anemia hemolitica cronica;
60
Q

Terapia Modificadora de Doença - anemia falciforme

A

(1) profilaxia contra o pneumococo: início aos 2 meses de vida em TODOS os pacientes - é feita com vacina e penicilina V oral;
(2) reativação da síntese de HbF: Hidroxiureia 15-40 mg/kg/dia, varias indicações, mais que 2 crises algicas por ano necessitando internação;
(3) hemotransfusão:
(4) uso de quelantes de ferro: Deferoxamina ou Deferasirox, indicada qunado fe serro ou ferritina é maior que 2000 mcg/L

61
Q

Indicações de hemotransfusão na AF

A
Transfusão Simples:
• Hb < 5 g/dl;
• Crise aplásica;
• Crise de sequestro esplênico;
• Queda da Hb > 20% em relação ao basal;
• Pré-operatório;
• Pode ser indicada na sd. torácica aguda e no priapismo.
Alvos: Hb = 10 g/dl e Ht = 30%

Transfusão de Troca Parcial:
• Prevenção primária e secundária do AVC isquêmico;
• Ideal na sd. torácica aguda e priapismo.
Alvos: Hb = 10 g/dl, Ht = 30% e HbS < 30%

Obs: terapia adjuvante: acido folico 1 mg/dia, flebotomia, eritropoetina, tansplante de medula ossea

62
Q

Crise algica na AF - locais que sao acometidos com mais frequencia, tratamento

A

é desencadeada por uma crise de veno-oclusao, a dor geralmente incide hein:

(1) região dorso-lombar;
(2) tórax;
(3) extremidades - sindrome mão pé em crianças (dactilite)
(4) abdome (pode haver peritonite, nesse caso possui peristalse, o que diferencia uma peritonite de um abdome agudo)

Visa-se tratar o fator desencadeante (frio, desidratação, infecções, estresse emocional, menstruação e libação alcoólica), bem como promover analgesia adequada do paciente (paracetamol, dipirona, AINES, opioides).

Hidratação é muito importante, VO, 60 mL/kg/dia.

63
Q

Crises anemicas na AF - definição e exemplos

A

As hemacias do portador de AF tem sua meia vida muito curta, sendo necessario uma produção frequente de novas hemacias pela medula ossea, quando essa medula ossea é acometida por algo que cesse essa produção pode ocorrer a crise anemica, exemplos que desencadeiam tal crise:

  • Crise aplasica: infecções (crianças o parvovirus, adultos: pneumococo, epstein-barr, infartos osseos etc); ocorre reticulocitopenia
  • CRISES DE “SEQUESTRO” (ESPLÊNICO, HEPÁTICO ou PULMONAR). queda súbita nos níveis de hemoglobina acompanhada por um aumento da reticulocitose.
    obs: após o primeiro episódio de sequestro esplenico, já se indica a esplenectomia cirúrgica profilática.
  • CRISES HIPER-HEMOLÍTICAS: Reação hemolitica tardia, associada a multiplas transfusões.
64
Q

Profilaxia primaria do AVE em pacientes com AF

A

Em pacientes de alto risco para AVE (crianças: velocidade de
fluxo > 200 cm/s na artéria carótida interna ou cerebral média, conforme verificado pelo Doppler Transcraniano (TCD); adultos: angio-RNM)

  • deve ser indicado programa de transfusão de troca parcial crônica (mantido indefinidamente)

obs: no AVE agudo a principal conduta também é a transfusão
de troca parcial (visando uma HbS < 30%).

Obs 2: na profilaxia secundaria (pacientes que ja tiveram AVE) tambem esta indicado terapia com exsanguineo transfusao, pode ser tentado tambem Hidroxiureia

65
Q

SÍNDROME TORÁCICA AGUDA na AF - definição

A

Infiltrados pulmonares novos nos exames de imagem, que se associam a pelo menos um dos seguintes achados: febre, tosse, dor torácica, secreção purulenta, dispneia e/ou. conjunto de sinais e sintomas sem causa conhecida num primeiro momento

66
Q

Complicações da AF - resumo (13)

A

1) Crises algicas;
2) Dor cronica;
3) Crises anemicas;
4) Infecções;
5) AVE;
6) Complicações pulmonares: Sindrome Torácica Aguda, Hipertensão Pulmonar.
7) Complicações Hepatobiliares - calculos de bilirrubina, devido anemia hemolitica cronica;
8) Complicações Geniturinárias;
9) Complicações Oculares;
10) Complicações Esqueléticas - osteonecrose, sindrome mão-pé;
11) Complicações Dermatológicas: Úlceras cutâneas crônicas;
12) Complicações Cardíacas;
13) Complicações Obstétricas

67
Q

Talassemias - definição e tipos

A
  • são desordens hereditárias que têm como característica básica uma deficiência na síntese das cadeias de
    globina.
  • As talassemias são classificadas de acordo com o tipo de cadeia globínica deficiente. Os tipos mais conhecidos são as betatalassemias (deficiênciana produção de cadeias beta) e as alfatalassemias (deficiência na produção de cadeias alfa).
68
Q

Betatalassemia - genes envolvidos

A

A betatalassemia é caracterizada por uma diminuição ou ausência na síntese de cadeias beta de globina.

As diversas mutações só podem determinar dois tipos de gene betatalassêmico:
(1) um gene totalmente incapaz de produzir cadeia beta
(gene β0);
(2) um gene que produz uma pequena quantidade de cadeia beta (gene β+), mas inferior ao normal.

Assim, os genótipos possíveis de encontrar são: β/β (pessoa normal), β0/β0 e β+/β+ (homozigotos), β0/β+ (duplo heterozigoto), β0/β e β+/β (heterozigotos).

No geral, a gravidade da anemia e do quadro clínico é dependente da quantidade total de cadeia beta produzida pelos dois alelos (paterno e materno).

69
Q

betatalassemia major (anemia de Cooley) - genotipos possiveis

A
  • homozigotos para o gene β0 (genótipo β0/β0) não produzem absolutamente nenhuma cadeia beta
  • os duplos heterozigotos (genótipo β0/β+) produzem pouquíssima cadeia beta.

Formas graves e fatais que necessitam de hipertransfusao para sobrevivencia

70
Q

betatalassemia minor ou “traço talassêmico” - genotipos possiveis

A
  • heterozigotos para o gene β0 ou β+ (genótipo β0/β ou β+/β)

são totalmente assintomáticos, embora tenham típicas alterações nos índices hematimétricos do hemograma

71
Q

betatalassemia intermedia - genotipos possiveis

A
  • Os homozigotos para o gene β+ (genótipo β+/β+)

quadro moderadamente grave de talassemia, mas não dependente da hipertransfusão.

72
Q

Fisiopatologia da anemia na betatalassemia

A

A anemia é consequência ao mesmo tempo da redução da síntese de hemoglobina (pois falta cadeia beta), da eritropoiese ineficaz (sobra cadeia alfa, o que ‘‘marca’’ a hemacia para ser destruida, tanto na medula, quanto no baço) e da hemólise crônica extravascular.

obs: A eritropoiese ineficaz acaba estimulando (por um mecanismo desconhecido) a absorção intestinal de ferro,
levando à hemossiderose (ou hemocromatose), mesmo na ausência da reposição inadvertida de sulfato ferroso. Este é o fenômeno da hemocromatose eritropoiética.

73
Q

Manifestações clinicas da betatalassemia major

A

1) fascies talassemica
2) baixa estatura - voce usa energia para tentar produzir hemacias e nao ‘sobra’ energia para crescer
3) litiase biliar
4) ulceras maleolares
5) hepatoesplenomegalia

74
Q

Laboratorio talasemia major

A
  • anemia grave, microcítica e hipocrômica, com VCM entre 48-72 fL e CHCM entre 23-32 g/dl
  • hiperbilirrubinemia indireta, aumento do LDH, redução da
    haptoglobina, reticulocitose
75
Q

Exame confirmatorio de betatalassemias

A

Eletroforese de Hemoglobina

- na major nao tem HbA1, somente HbA2 e HbF

76
Q

Tratamento talassemia major

A
  • hipertransfusão é feita na dose de 5-10 ml/kg a cada 3-5
    semanas, com o objetivo de manter a hemoglobina média de 12 g/dl e mínima de 10 g/dl.
  • esplenectomia em casos selecionados
  • deferoxamina, um quelante do ferro parenteral, nos casos de hemocromatose. A ferritina sérica deve permanecer < 1.000 ng/ml.
  • Transplante alogênico de medula (células–tronco)
77
Q

Mielodisplasias - definição e tipos (primaria ou secundaria)

A
  • desordens hematológicas adquiridas, caracterizadas pela transformação mutagênica da célula-tronco hematopoiética da
    medula óssea, o que dá origem a células progenitoras anômalas (displásicas), incapazes de seguirem um processo de maturação normal.
  • alteração mais característica das mielodisplasias: a coexistência paradoxal de uma medula normo ou hipercelular,
    associada à redução da produção das diversas linhagens hematopoiéticas. Clinicamente, surge anemia, bicitopenia ou
    mesmo pancitopenia.

(1) idiopática ou primária, típica de pacientes idosos (> 60 anos) e com curso clínico arrastado;
(2) secundária (induzida por drogas), que pode ocorrer alguns
anos após quimio/radioterapia para o tratamento de neoplasias malignas, independente da idade do paciente.

78
Q

Quando suspeitar de mielodisplasias?

A

Devemos suspeitar de mielodisplasia em todo paciente idoso que se apresente com anemia normocítica ou macrocítica, bicitopenia ou pancitopenia, uma vez descartada a anemia megaloblástica por carência de vitamina B12 ou folato. Ou pacientes jovens com historico de quimio e/ou radioterapia.

79
Q

Quadro clinico de mielodisplasias

A
  • Quadro tipico de uma anemia: fraqueza, cansaço, dispneia, astenia, cefaleia, angina etc..
  • Infecções
  • Linfadenopatia, esplenomegalia e hepatomegalia são achados incomuns nas mielodisplasias
80
Q

Laboratorio das mielodisplasias

A
  • anemia sem reticulocitose é um achado praticamente
    universal, sendo de grau variável (leve, moderada ou grave).
  • normo ou macrocitica;
  • pode haver leucopenia e plaquetopenia
  • sangue periferico: macroovalócitos, neutrófilos hipossegmentares e hipogranulares, anomalia de pseudo-Pelger-Hüet (neutrófilo com núcleo em forma de halteres)
81
Q

Confirmação diagnostica de mielodisplasia

A
  • biópsia de medula óssea
82
Q

Anemia sideroblastica - definição

A
  • ocorre uma anemia hipo-micro, devido a uma baixa produção de hemoglobina (nao ligada a carencia de ferro), decorrente de falha de produção do grupo heme no interior das mitocondrias (falha enzimatica na produção do heme) acumulando ferro ao redor do nucleo dos precurssores das hemacias.
    obs: pode ocorrer tambem macrocitose, devido a um estimulo da eritropoetina na medula.

Ha um estimulo a absroção de ferro, o que aumenta o ferro serico podendo causar hemocromatose

Pode ser hereditaria, ou adquirida

83
Q

Quando devemos suspeitar da presença de anemia sideroblástica?

A

hipocromia com ferro sérico alto, saturação da transferrina elevada e ferritina elevada.

84
Q

Como confirmar diagnostico de anemia siderobalstica?

A
  • aspirado de medula óssea (mielograma), pelo encontro de mais de 15% de eritroblastos do tipo Sideroblastos em Anel.
    Este achado é sempre confirmatório…
85
Q

Tratamento da anemia sideroblastica

A
  • hereditaria: piridoxina (vitamina B6). A dose proposta é de 100-200 mg/ dia por três meses. Após 2-3 semanas de tratamento, já é observada reticulocitose no sangue periférico.
  • hemocromatose: flebotomia ou quelantes
86
Q

Anemia Aplásica - definição

A
  • doença marcada pelo surgimento de pancitopenia, isto é, redução das três séries de células hematológicas da periferia: hemácias, leucócitos e plaquetas.
  • A anemia aplásica é definida como o estado de pancitopenia associado a uma biópsia de medula óssea acelular ou hipocelular, contendo menos de 30% do espaço medular ocupado por células hematopoiéticas. O restante da medula contém apenas células adiposas (medula óssea amarela).
87
Q

Drogas que podem causar anemia aplasica

A

1) regularmente aplasiantes (dose-dependente) - agentes citotóxicos, utilizados em quimioterapia;

2) drogas ocasionalmente aplasiantes, em que a
aplasia ocorre de forma dose-independente, isto é, trata-se de uma “idiossincrasia” (reação inesperada).
Neste último grupo, a droga mais importante é o cloranfenicol.
Outras: fenilbutazona, sulfonamidas, fenitoína, carbamazepina, sais de ouro, salicilatos, inibidores da ECA, diclofenaco, fenotiazinas, etc.

88
Q

Quadro clínico da anemia aplásica

A

O quadro clínico da anemia aplásica é semelhante ao de uma leucemia aguda, caracterizado pela tríade:
(1) astenia; (2) hemorragia; (3) febre.

O exame físico pode revelar palidez cutâneo- mucosa, petéquias na pele ou conjuntivas, equimoses, sangramento gengival ou algum sinal de infecção

89
Q

Laboratorio da anemia aplasica

A
  • pancitopenia é a regra
  • anemia pode ser normocítica ou macrocítica
  • plaquetometria pode estar baixa ou muito baixa, na maioria das vezes < 50.000/mm3 e algumas vezes < 10.000/mm3.
  • A contagem de leucócitos está reduzida, variando
    de 150/mm3 a 1.500/mm3, geralmente com neutropenia importante
    -
90
Q

Confirmação diagnostica de anemia aplasica

A

A confirmação do diagnóstico de anemia aplásica
é feita pela biópsia de medula óssea, que irá
revelar menos de 30% do espaço medular ocupado
por células e o restante ocupado por tecido
adiposo

91
Q

Tratamento anemia aplasica

A

terapia de suporte, portanto, consiste fundamentalmente na transfusão de hemoderivados
conforme a necessidade, bem como no tratamento da síndrome de neutropenia febril.

  • Transplante de celulas-tronco hematopoieticas em pacientes jovens (entre 20-40 anos);
  • Terapia imunossupressora: 1- Globulina Antitimócito (ATG) + Ciclosporina