Infectologia Flashcards

You may prefer our related Brainscape-certified flashcards:
1
Q

Agente etiologico da febre tifoide

A

Salmonella typhi, enterobacteria gram negativa, bastonetes, anaerobios facultativos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Quando pensas em febre tifoide?

A

Deve ser suspeitara em qualquer paciente com febre inexplicada há mais de 1-2 semanas, e epidemiologia compatível: precárias condições de saneamento, exposição a água ou alimentos contaminados, viagem a regiões endêmicas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Sinais e sintomas da febre tifoide

A

Fase 1) primeira semana, febre crescente, associada a cefaleia, astenia, hiporexia, náuseas e vômitos, pode haver constipação intestinal. Hemocultura geralmente positiva

Fase 2) febre mais sustentada e cefaleia continua, prostração intensa. Pode surgir o “estado tifoso “ - 10/15% dos casos - alteração do nível de consciência, delirium, torpor e coma.
Desidratação, olhos fundos, dor abdominal (fossa ilíaca direita), diarreia (2-3 evacuações diárias) pode haver hepatoesplenomegalia, exantema e língua saborosa.

Fase 3) febre começa a diminuir, sintomas vão diminuindo progressivamente, sinais de desnutrição e atrofia muscular

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Diagnóstico de febre tifoide (ou febre entérica)

A

Isolamento de S. Typhi ou S. Paratyphi no sangue, medula óssea, lesões de pele, fezes ou secreções intestinais

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Tratamento da febre tifoide

A

Cloranfenicol VO, 50 mg/kg/dia em 4 tomadas por dia. Até 15 dias após último dia de febre (máximo 21 dias)

Ampi, amoxicilina e sulfa-trimetoprim também podem ser usadas, mais comum em áreas endêmicas (devido resistência da bactéria). Por 14 dias

Casos de resistência bacteriana ou hiv/aids: fluoroquinolonas (10 dias) ou ceftriaxona (dose única)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Indicações de vacinação contra S. Typhi

A

Vacinar indivíduos que vai viajar para áreas endêmicas e serão expostos a água e alimentos que podem estar contaminados

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Agente etiológico da leptospirose

A

Leptospira interrogans, espiroqueta, aeróbicos obrigatórios

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Período de incubação da leptospirose

A

7-14 dias, podendo variar de 1-30 dias

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Quadro clínico da leptospirose

A

Maioria dos casos apenas uma síndrome febril (semelhante à gripe ou dengue clássica) - é a forma anicterica.

Forma ictero-hemorrágica: famosa síndrome de Weil, icterícia, IRA, e hemorragia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Quadro clínico - forma anicterica

A

Febre alta, calafrios, cefaleia (frontal e retroorbitaria), náuseas e vômitos e intensa mialgia (predominando em panturrilhas e abdome). Sufusoes conjuntivais, diarreia, tosse seca e erupção cutânea (menos comuns). Tais sintomas ocorrem na primeira semana do quadro.

A partir dessa primeira semana o quadro começa a recrudescer, com melhora da febre e dos sintomas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Laboratório na leptospirose

A

Leucocitose com desvio a esquerda, plaquetopenia, vhs aumentado, enzimas musculares (CPK) aumentadas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Quadro clínico - forma ictero-hemorragica

A
  • aparecimento de icterícia, disfunção renal aguda e diátese hemorrágica;
  • inicio dos sintomas igual a forma anicterica
  • comum a hepatomegalia, e a esplenomegalia pode ser detectada em 20% dos casos;
  • hemograma com uma leucocitose acentuada e maior frequência de plaquetopenia. O VHS pode ultrapassar 90 mm/h – uma característica marcante desta síndrome;
  • icterícia rubínica (com tom alaranjado);
  • hiperbilirrubinemia (colestase hepatica);
  • A Insuficiência Renal Aguda (IRA) é comum,
    apresentando-se com elevação das escórias nitrogenadas, geralmente não superiores a 100 mg/dl
    de ureia e 2-8 mg/dl de creatinina;
  • O encontro de IRA oligúrica com potássio sérico normal é típico de leptospirose;
  • capilarite pulmonar hemorrágica grave, manifestando-se com tosse, hemoptise e dispneia
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

confirmação diagnóstica da leptospirose

A

pode ser feita pela visualização direta da L.
interrogans em exame de campo escuro, pelo
isolamento em meio de cultura apropriado ou pela detecção de seu material genético através da técnica de PCR (métodos de detecção direta) ou então por exames sorológicos (métodos de detecção indireta).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Tratamento da lepstospirose

A

doença leve (forma anictérica): amoxicilina 500 mg VO 8/8h por 5-7 dias; ou doxiciclina 100 mg VO 12/12h por 5-7 dias;

forma grave devem ser tratados com penicilina cristalina 1,5 milhões de UI IV de 6/6h; ou ceftriaxone
1-2 g IV a cada 24 horas; se houver alergia aos
betalactâmicos, utilizar azitromicina 500 mg
IV a cada 24h.

sindrome de Weil: hidratação venosa para reposição da volemia, a reposição de potássio quando necessária e o acompanhamento da função renal e pulmonar

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Agente etiologico da dengue

A

Vírus da dengue é um arbovírus, do gênero
Flavivirus, família Flaviviridae.
vírus RNA de filamento único, esférico, envelopado, medindo aproximadamente 60 nm.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Fisiopatologia da forma grave da dengue

A
  • forma grave geralmente ocorre em uma segunda infecção de dengue por um rotoipo diferente da primeira infecção (geralmente sorotipo 2)
  • na primeira infecção foi produzido anticorpos contra o sorotipo desta infecção, que reagem heterologamente contra os antigenos da segunda infecção, acontece que a ligação de anticorpos heterólogos ao novo sorotipo de vírus da dengue (sem neutralizá-lo) facilitaria a penetração do vírus nos macrófagos, por mecanismo de opsonização.
  • isso leva a uma maior disseminação e proliferação do virus, que por sua vez estimula a produção em larga escala de citocinas;
  • A liberação maciça de fatores pró-inflamatórios culmina no quadro fisiopatológico da dengue grave: aumento súbito e generalizado da permeabilidade capilar, o que pode evoluir para um estado de franco choque circulatório (má perfusão tecidual generalizada) e falência orgânica múltipla;
  • pode ocorrer tambem trombocitopenia (destruição periferica de plaquetas) e posteriormente pode haver CIVD.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Quadro clinico da dengue

A

FASE FEBRIL - Febre alta, adinamia, cefaleia, dor retrorbitária, mialgia
e artralgia. Anorexia, náuseas, vômitos e diarreia (geralmente branda). Metade dos pacientes desenvolve um exantema maculopapular NÃO poupando as
palmas das mãos ou as plantas dos pés.
Maioria dos pacientes passa por dessa fase para a fase de recuperação.

FASE CRITICA: tem como primeiras manifestações os sinais de alarme da dengue, que podem indicar choque volemico (devido a perda de volemia para o terceiro espaço); tambem pode ocorrer hemorragia digestiva; difunção hepatica; manifestações neurologicas: irritabilidade, crises convulsivas, meningite linfomonocítica, síndrome de Reye, polirradiculoneurite
(síndrome de Guillain-Barré) e encefalite. IRA (geralmente associada ao choque)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Sinais de Alarme na Dengue (8)

A
  • Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua.
  • Vômitos persistentes.
  • Hipotensão ortostática e/ou lipotimia.
  • Hepatomegalia > 2 cm abaixo do rebordo costal.
  • Sangramento de mucosas.
  • Letargia e/ou irritabilidade.
  • Acúmulo de líquido (ascite, derrame pleural e/ou pericárdico).
  • Aumento progressivo do hematócrito.

pacientes com sinais de alarme devem receber reposição volêmica intravenosa imediata, e devem ser mantidos em observação para que seu status hemodinâmico seja continuamente reavaliado

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Diagnosticos diferenciais da dengue

A

arboviroses (Zika e Chikungunya), leptospirose (forma anictérica), viroses exantemáticas (sarampo, rubéola, mononucleose, enterovirose), hepatites virais e
infecções bacterianas agudas (pielonefrite, pneumonia, colecistite, endocardite, faringoamigdalite estreptocócica).

A presença de leucocitose significativa, especialmente
com “desvio à esquerda”, praticamente afasta o diagnóstico de dengue e sugere uma doença bacteriana piogênica ou leptospirose.

20
Q

Diferenças Dengue x Zika

A
  • Febre: mais intensa na dengue;
  • exantema: mais intenso e precoce no Zika;
  • Mialgia: mais intenso na dengue;
  • Artralgia: semelhante nos dois casos;
  • dor retrorbital: presente nos dois, porem um pouco maior na dengue;
  • conjuntivite: maior no Zika;
  • Sangramentos: somente na dengue;
  • choque: somente nos casos graves de dengue;
  • leucopenia/trombocitopenia: presente apenas na dengue
21
Q

Diferenças Dengue x Chikungunya

A
  • Febre: mais intensa na Chikungunya;
  • exantema: mais intenso e precoce na Chikungunya;
  • mialgia: mais intenso na dengue;
  • artralgia: mais intenso na Chikungunya;
  • dor retrorbital: mais intenso na dengue;
  • sangramentos: mais intenso na dengue;
  • choque: só presente na dengue grave;
  • trombocitopenia: mais intenso na dengue;
  • leucopenia: mais intenso na dengue;
  • linfopenia: mais intenso na Chikungunya;
  • neutropenia: mais intenso na dengue;
  • evolução após fase aguda: fadiga na dengue e artralgia cronica na Chikungunya;
22
Q

Diagnostico de dengue

A

Até o QUINTO DIA de doença somente métodos que identifiquem diretamente o vírus: (1) pesquisa de antígenos virais (dosagem do antígeno NS1 no sangue); (2) isolamento viral (cultura); (3) Teste de Amplificação Gênica (RT-PCR); e (4) imunohistoquímica tecidual (em amostras obtidas por biópsia ou autópsia);

Do SEXTO DIA em diante o diagnóstico deve ser feito por meio da sorologia, com pesquisa de anticorpos IgM antidengue pela técnica ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay)

23
Q

Prova do laço

A

Manguito inflado por 5 minutos (em adultos) e 3 minutos (em crianças), gerando petequias no antebraço, 20 e 10 para adultos e crianças respectivamente (dentro do quadrado desenhado no antebraço).

TODO CASO SUSPEITO DE DENGUE DEVE SER NOTIFICADO

24
Q

Tratamento da dengue

A

A terapia se baseia no alívio sintomático (analgésicos, antitérmicos, antieméticos e antipruriginosos), com ênfase na hidratação (oral nos casos brandos, intravenosa nos casos graves).

Os salicilatos (AAS) e demais AINEs estão contraindicados na suspeita de dengue, pelo risco de sangramento (inibição plaquetária)!

25
Q

Sinais de Choque (8)

A
  • Taquicardia.
  • Extremidades frias.
  • Pulso fraco e filiforme.
  • Enchimento capilar > 2 segundos.
  • PA convergente (< 20 mmHg).
  • Taquipneia.
  • Oligúria (< 1,5 ml/kg/h).
  • Hipotensão arterial e/ou cianose (fase tardia do choque).
26
Q

Classificação clinicoevolutiva da dengue (divisao em grupos) e condutas a serem tomadas nos grupo A e B

A

GRUPO A: Caso suspeito de dengue + ausência de sinais de alarme + ausência de sangramentos espontâneos ou induzidos, paciente sem comorbidades ou fora dos casos especias
CONDUTA: não é necessario exames de confirmação, tto com Soro de Reposição Oral - 60 ml/kg/dia, sendo 1/3 com solução salina (Soro de Reidratação Oral
– SRO) e os 2/3 restantes com líquidos caseiros
(água, sucos, chás etc.)

GRUPO B: Caso suspeito de dengue + ausência
de sinais de alarme + PRESENÇA de sangramentos espontâneos (ex.: petéquias, equimoses) ou induzidos (prova do laço positiva). Também entram neste grupo os portadores de comorbidades crônicas, ondições clínicas especiais (idade < 2 anos ou > 65 anos, gestantes) ou risco social.
CONDUTA: Aguardar hemograma para verificar se há aumento do hematocrito (já é sinal de alarme e vai para o grupo C). Enquanto aguarda ja se inicia SRO, se Ht normal, tto em regime ambulatorial, se não for é necessario internação.

OBS: em ambos os casos o paciente deve ser orientado quanto aos sinais de alarme. O surgimento de algum desses sinais deve motivar a procura
imediata pelo serviço de emergência

27
Q

Classificação clinicoevolutiva da dengue (divisao em grupos) e condutas a serem tomadas nos grupo C e D

A

GRUPO C: Caso suspeito de dengue + PRESENÇA de algum sinal de alarme
CONDUTA: Exames específicos obrigatórios SEMPRE + inespecificos

Exames Inespecíficos Obrigatórios para os GRUPOS C e D:
• Hemograma.
• Aminotransferases.
• Albumina sérica.
• RX de tórax (PA, perfil e incidência de
Laurell).
• USG de abdome

iniciar reposição volêmica intravenosa imediata, onde quer que estejam: FASE DE EXPANSÃO (20 ml/kg em 2h, infusão gradual). FASE DE MANUTENÇÃO: 1a etapa = 25 ml/kg em 6h. Se houver melhora iniciar a 2a etapa. 2a etapa = 25 ml/kg em 8h (sendo 1/3 com
SF 0,9% e 2/3 com SG 5%).

GRUPO D: Caso suspeito de dengue + PRESENÇA DE SINAIS DE CHOQUE, SANGRAMENTO GRAVE OU DISFUNÇÃO GRAVE DE ÓRGÃOS
CONDUTA: Exames específicos obrigatórios SEMPRE + inespecificos. O paciente deve permanecer internado, de preferência em leito de terapia intensiva, até a estabilização clínica (no mínimo 48h).

28
Q

Critérios para alta hospitalar

A

– É necessário ter todos os critérios a seguir –
• Ausência de febre durante 48 horas, sem uso de terapia antitérmica.
• Melhora visível do quadro clínico.
• Hematócrito normal e estável por 24 horas.
• Plaquetas em ascensão e acima de 50.000/ mm3
• Estabilização hemodinâmica durante 48 horas.

29
Q

Agente etiologico da febre amarela

A

vírus do gênero Flavivirus, família Flaviviridae, denominado vírus amarílico.

O vírus da febre amarela é composto por RNA de filamento único, envelopado, medindo 40-50 nm. Transmitido de pessoa a pessoa pelo mosquito Aedes
aegypti (no ciclo urbano) e mosquitos dos gêneros Haemagogus, Sabethes (H. janthinomys e H. albomaculatus; S. chloropterus), que transmitem a
doença para macacos, O homem entra
no ciclo como hospedeiro “acidental”

30
Q

Caso suspeito de febre amarela - definição

A

Define-se “caso suspeito” como o paciente que apresenta febre com até sete dias de duração (aferida ou relatada) e dois ou mais dos seguintes: cefaleia, mialgia, dor lombar, mal-estar, calafrios, náuseas, icterícia e/ou manifestações hemorrágicas, que esteve em área com transmissão da doença nos 15 dias
anteriores, sem comprovante de vacinação ou recebimento da vacina há menos de 30 dias.

OBS: A febre amarela é uma doença de notificação
compulsória imediata, isto é, casos suspeitos
ou confirmados devem ser notificados em até 24h.

31
Q

Quadro clinico febre amarela - forma leve

A

Sinais e sintomas: Febre, cefaleia, mialgia, náuseas,
icterícia ausente ou leve. Sinal de Faget (dissociação pulso-temperatura, alta temperatura com pulso normal) é muito frequente na febre amarela.

Alterações laboratoriais: Plaquetopenia. Elevação moderada de aminotransferases. Bilirrubinas normais ou discretamente elevadas (predomínio de direta).

32
Q

Quadro clinico febre amarela - forma maligna

A

Sinais e sintomas: Febre, cefaleia, mialgia, náuseas,
icterícia ausente ou leve. Icterícia intensa. Manifestações hemorrágicas (gengivorragia, epistaxe,
hematêmese, metrorragia, petéquias e equimoses). Oligúria. Diminuição de consciência

Laboratoriais: Plaquetopenia intensa. Aumento de creatinina (necrose tubular aguda). Elevação importante de aminotransferases (TGO ou AST (valores superiores a 1.000 UI/L).

Quando a forma grave é acompanhada de CIVD é chamada de forma maligna

33
Q

Diagnostico de febre amarela

A

Até quinto dia: isolamento do virus (PCR);

Sexto dia em diante: Sorologia (ELISA) IgM ou IgG (aumento em 4 vezes)

Biopsia tambem podem ser usada para isolamento viral

34
Q

Tratamento da febre amarela

A

Casos clinicamente leves, sem alterações laboratoriais importantes, a princípio, podem ser manejados no domicílio, com hidratação oral e sintomáticos (ex.: antitérmicos, analgésicos etc.)

Casos clinicamente moderados a graves (e/ou com alterações laboratoriais importantes) devem ser
hospitalizados, recebendo hidratação venosa, vitamina K (10 ml/kg/dia por 3 dias) e hemoderivados (hemácias, plasma fresco congelado e/ou plaquetas) conforme
a necessidade.

Na febre amarela maligna todas as medidas de suporte cabíveis devem ser adotadas (com o paciente internado no CTI), tais como diálise, ventilação mecânica e uso de aminas vasoativas

35
Q

Sinais de alerta para formas graves de febre amarela.

A

Clínicos: Icterícia (pele ou escleras amareladas)., Hemorragias. Colúria – urina “cor de coca-cola”. Oligúria – diminuição de volume urinário. Vômitos constantes. Diminuição do nível de consciência.
Dor abdominal intensa.

Laboratoriais: Hematócrito em elevação (20% acima do valor basal prévio ou valor de referência). Transminases acima de dez vezes o valor de referência (TGO é geralmente mais elevada que TGP, diferentemente da hepatite aguda). Creatina elevada. Coagulograma alterado (ex.: tempo de coagulação > 20min).

36
Q

Agente etiologico da Leshmaniose Visceral (calazar)

A
  • Leishmania donovani (Indiae Africa) Leishmania chagasi (Brasil) – protozoários flagelados (da classe Mastigophora) que pertencem à ordem Kinetoplastida, família Trypanosomatidae (a mesma do Trypanosoma cruzi, agente da doença de Chagas). Transmissao ocorre por mosquitos flebotomineos (Lutzomyia longipalpis) - mosquito-palha, birigui ou tatuquira..
37
Q

Teste de Montenegro

A

A infecção assintomática pode ser diagnosticada através do teste intradérmico de Montenegro (“leishmanina”), que mede a memória imunológica adquirida após a exposição ao parasita (uma espécie
de PPD)

38
Q

Quadro clinico do calazar (forma oligossintomatica e aguda)

A

Forma Oligossintomatica: Os sinais e sintomas são inespecíficos e são constituídos por febrícula, tosse seca, adinamia, diarreia, sudorese e discreta hepatomegalia.

Forma aguda: febre alta, calafrios, diarreia (pode ser do tipo disenteria) e esplenomegalia até 5 cm do RCE. A tendência do hemograma é para a pancitopenia (Hb < 10 g/dl, leucometria entre 2.000-4.000/mm3, plaquetometria < 200.000/ mm3); não há eosinofilia.

39
Q

Quadro clinico do calazar (forma cronica)

A
  • febre pode ser persistente, com dois a três picos diários, em torno de 38-38,5oC, ou intermitente e irregular, com períodos de apirexia durando dias a semanas. Associado à febre, o paciente pode relatar tosse seca, mal-estar (um quadro muito semelhante a uma pneumonia atípica – “gripe ou resfriado que não passa”), astenia e sintomas gastrointestinais (anorexia, diarreia, disenteria, constipação). Com o progredir da
    doença, nota-se a típica perda ponderal que pode
    levar ao estado de caquexia.

O exame físico revela palidez cutaneomucosa, desnutrição, cabelos quebradiços, pele de coloração
pardacenta ou de cera vermelha (nas Américas) ou escurecida (na Índia), abdome volumoso, por conta de uma hepatoesplenomegalia de grande monta.

À medida em que a doença progride, a pancitopenia
torna-se grave, provocando complicações, como intensa astenia, dispneia e insuficiência cardíaca (anemia), infecções bacterianas e sepse (neutropenia) e epistaxe/gengivorragia (plaquetopenia). Se não tratado, o paciente evolui com infecções bacterianas fatais, principal causa de óbito nessa forma da doença.

O laboratório: (1) Pancitopenia em grau variado, explicada pela ocupação medular e pelo hiperesplenismo – hemoglobina < 9 g/dl (anemia normocítica normocrômica), leucometria < 3.000/mm3 e
plaquetometria < 100.000/mm3; (2) VHS elevado;
(3) Hipoalbuminemia + hipergamaglobulinemia
policlonal – inversão da relação Alb/Glb; (4) Discreta elevação das aminotransferases e raramente das bilirrubinas.

40
Q

Principais Características Clínicas do Calazar

A
  • Febre + perda ponderal.
  • Hepatoesplenomegalia de grande monta.
  • Pancitopenia.
  • Hipoalbuminemia + hipergamaglobulinemia
41
Q

Diagnostico de calazar

A

Visualização da forma amastigota no interior dos monocitos no aspirado esplênico é superior a 90-95%

pesquisa de anticorpos específicos para os antígenos da Leishmania sp. pode ser utilizada como triagem diagnóstica

Teste Intradérmico de Montenegro: é sempre negativo durante a fase ativa da doença. Após a resolução do quadro (espontânea ou pós-tratamento bem-sucedido), o teste torna-se positivo, assim permanecendo por longos anos

42
Q

Transmissao da malaria

A

feita atraves da picada da femea do mosquito Anopheles, o qual tem em sua saliva a forma ESPOROZOITA
Quando a transmissao é parenteral (transfusao sanguinea, drogas inetaveis compartilhadas…) a forma infectante é o MEROZOITA

43
Q

Qual tipo de malaria é mais grave e por que?

A

Plasmodium alciparum, pois alem de inefctar numero maior de hemacias, modifica a membrana da hemacia possibilitando que ela se liga ao endotelio gerando obstrução e disunção em diversos tecidos

44
Q

Pessoas nais susceptiveis a malaria grave

A

1- Crianças entre 3 meses e 5 anos;
2- Gestantes;
3- Indivíduos provenientes de regiões não malarígenas (migrantes, visitantes ocasionais).

45
Q

Quando pensar em malaria?

A

. A malária deve entrar no diagnóstico diferencial
de toda síndrome febril (aguda ou subaguda) em pacientes de área endêmica, principalmente se a febre estiver associada à anemia e ou esplenomegalia pois nem sempre os sintomas enquadram as crises de febre (febre terçã/quartã).

46
Q

Quadro clinico da malaria (P. vivax)

A

febre, calafrios, sudorese, esplenomegalia (58%),
hepatomegalia (53%), palidez cutaneomucosa (36%), icterícia (34%), vômitos (30%), cefaleia (24%), diarreia (22%) e dispneia (7%).
Há cessação espontanea dos sintomas em no maximo 3 semanas, porem no caso do vivax pode haver novas recidivas em questao de meses, devido a forma hipnozoita.

47
Q

Tratamento da malaria

A

Tratamento do P. vivax e do P. ovale:
- Cloroquina 25 mg/kg (dividido nos 3 dias) VO por 3 dias + Primaquina VO por 7 dias 0,50 mg/kg de peso, diariamente.

Tratamenro do P. falciparum
- Esquemas de Primeira Escolha: Artemeter + lumefantrina VO por 3 dias + primaquina dose única no 1º dia OU
Artesunato + mefloquina VO por 3 dias + primaquina dose única no 1º dia

Esquema de Segunda Escolha: Quinina VO por 3 dias
+ Clindamicina VO por 5 dias +Primaquina VO dose única no primeiro dia