Neurointensiva - Capítulo 3 - AVCi Flashcards

1
Q

Pergunta

A

Resposta

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2
Q

O que mudou imensamente na última década em relação ao manejo emergencial de AVC por oclusão de grandes vasos (LVO)?

A

A introdução de técnicas de trombectomia altamente eficazes.

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3
Q

Quais foram os dois grupos de expansão importantes abordados em ensaios randomizados após 2015?

A
  1. Pacientes apresentando sintomas após 6 horas do início (janela tardia).
  2. Pacientes com grandes áreas de infarto antes do tratamento (grande núcleo).
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4
Q

Que novos trombolíticos estão sendo preferidos sobre alteplase no tratamento de AVC?

A

Tenecteplase.

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5
Q

Quais são as disparidades existentes no acesso e na utilização da trombectomia?

A

Raça, etnia, geografia, sexo e gênero.

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6
Q

O que representa um alvo claro e crucial para melhorias futuras nos sistemas de cuidado com AVC?

A

A utilização desigual das melhores práticas e seu impacto nos resultados dos pacientes.

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7
Q

Qual unidade desempenha um papel ideal na gestão de pacientes com LVO?

A

Unidade de terapia intensiva neurológica (ICU).

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8
Q

Quais são os requisitos para a certificação de centros de AVC abrangentes ou centros de AVC capazes de trombectomia?

A

A participação ativa da equipe de cuidados neurocríticos no tratamento de pacientes que sofreram um AVC.

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9
Q

Qual é o papel da equipe de cuidados neurocríticos na triagem e aceitação de transferências de LVO?

A

Importante na triagem e aceitação para transferências de LVO, além de cuidados após trombectomia e para pacientes inelegíveis para trombectomia.

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10
Q

Quais são os dois principais fatores que podem atrasar o processo de transferência para a ICU neurológica?

A

Superlotação do departamento de emergência e outras barreiras.

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11
Q

Qual é o benefício de aceitar pacientes diretamente na sala de angiografia em algumas redes hub-and-spoke?

A

Melhorar os tempos de chegada à punção e potencialmente os resultados em 90 dias.

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12
Q

Quais são as razões comuns para a exclusão de pacientes de consideração para trombectomia?

A
  1. Crescimento do infarto levando a um grande infarto estabelecido (49%).
  2. Sintomas leves apesar da oclusão (33%).
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13
Q

O que deve ser incluído na lista de verificação de transferência da ICU neurológica para outras equipes?

A
  1. Resumo breve do histórico médico e experiências na ICU.
  2. Lista de tarefas pendentes.
  3. Inventário focado no sistema orgânico das questões médicas do paciente.
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14
Q

Após a admissão na ICU neurológica, quais aspectos devem ser monitorados de perto em pacientes com AVC devido à LVO?

A

Exame neurológico, hemodinâmica (particularmente pressão arterial), glicose e temperatura.

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15
Q

Qual ferramenta pode facilitar a avaliação padronizada da pupila em pacientes comatosos?

A

Pupillometria.

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16
Q

Qual é a frequência usual dos exames neurológicos após uma trombectomia?

A

A cada 15 minutos imediatamente após a trombectomia, espaçando para cada 1 a 2 horas após 8 horas da trombectomia.

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17
Q

Qual é a relação entre a pressão arterial e o resultado em pacientes que sofreram um AVC isquêmico?

A

Há uma relação em forma de U, onde ambos os extremos da pressão arterial têm significância prognóstica para morte e incapacidade.

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18
Q

Quais são os efeitos prognósticos da pressão arterial elevada antes e após a trombectomia em pacientes com LVO?

A

Está associada a resultados adversos.

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19
Q

Qual é a recomendação atual para a pressão arterial sistólica após recanalização bem-sucedida ou exposição a trombolíticos?

A

Deve ser mantida abaixo de 185 mm Hg, evitando variabilidade excessiva ou hipotensão.

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20
Q

Qual é a prática recomendada para pacientes sem recanalização bem-sucedida ou que não são candidatos à trombectomia em relação à pressão arterial?

A

Permitir hipertensão permissiva, permitindo a autorregulação a uma pressão arterial sistólica de até 220 mm Hg ou apoiar a hemodinâmica com terapia vasopressora para evitar hipotensão.

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21
Q

Quais são os problemas associados à hipoglicemia e hiperglicemia após um AVC?

A
  1. Hipoglicemia: prejudica o metabolismo oxidativo, levando à disfunção cerebral.
  2. Hiperglicemia: exacerba a acidose intracelular, aumenta o edema cerebral, o tamanho do infarto e as taxas de infecção.
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22
Q

Quais são os alvos recomendados pela AHA/ASA para a glicose sanguínea em pacientes com AVC isquêmico?

A

Manter níveis de glicose entre 140 mg/dL e 180 mg/dL e corrigir prontamente a hipoglicemia (menos de 60 mg/dL).

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23
Q

Qual é a recomendação para o controle da temperatura em pacientes com AVC devido à LVO?

A

Implementar medicamentos antipiréticos e métodos não farmacológicos para controlar a febre, visando manter a normotermia.

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24
Q

Por que a hipotermia induzida não deve ser usada rotineiramente em pacientes com LVO na ICU neurológica?

A

Não há benefício clínico comprovado em humanos e pode ser potencialmente prejudicial.

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25
Q

Qual é o impacto da hiperglicemia nas primeiras 24 horas após o AVC?

A

Correlaciona-se com resultados adversos, incluindo aumento do risco de lesão por reperfusão e transformação hemorrágica.

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26
Q

Quais são os parâmetros que precisam ser monitorados de perto em pacientes com AVC devido à oclusão de grandes vasos (LVO) na UTI neurológica?

A

Exame neurológico, hemodinâmica (particularmente pressão arterial), glicose e temperatura.

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27
Q

Qual é a finalidade dos exames neurológicos em série após a trombectomia?

A

Detectar mudanças clínicas que indiquem um novo evento neurológico.

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28
Q

Com que frequência o exame neurológico é realizado imediatamente após a trombectomia?

A

A cada 15 minutos, e depois espaçado para cada 1 a 2 horas após 8 horas da trombectomia.

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29
Q

Qual é a relação entre a pressão arterial e os resultados em pacientes que sofreram um AVC isquêmico?

A

Relação em forma de U, onde ambos os extremos da pressão arterial têm significado prognóstico para morte e incapacidade.

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30
Q

Quais são os valores alvo de pressão arterial sistólica recomendados após a recanalização bem-sucedida ou exposição a trombolíticos?

A

Manter a pressão arterial sistólica abaixo de 185 mm Hg, evitando variações excessivas ou hipotensão.

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31
Q

Qual é a abordagem recomendada para pacientes sem recanalização bem-sucedida ou que não são candidatos a trombectomia em relação à pressão arterial?

A

Permitir hipertensão permissiva com regulação autônoma para uma pressão arterial sistólica de até 220 mm Hg ou usar terapia vasopressora para prevenir hipotensão.

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32
Q

Quais são os problemas associados à hipoglicemia e hiperglicemia após um AVC?

A

A hipoglicemia prejudica o metabolismo oxidativo, levando à disfunção cerebral, enquanto a hiperglicemia exacerba a acidose intracelular, aumenta o edema cerebral, o tamanho do infarto e as taxas de infecção.

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33
Q

Quais são as diretrizes atuais da AHA/ASA para o controle da glicose em pacientes com AVC isquêmico?

A

Monitoramento meticuloso da glicose, tratamento da hiperglicemia para manter níveis de glicose entre 140 mg/dL e 180 mg/dL, e correção rápida da hipoglicemia (menos de 60 mg/dL).

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34
Q

Qual é a temperatura corporal associada a piores desfechos após um AVC devido a LVO?

A

Temperaturas corporais acima de 37,5°C (99,5°F).

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35
Q

Quais métodos devem ser implementados para manter a normotermia em pacientes com AVC devido a LVO?

A

Medicamentos antipiréticos e métodos não farmacológicos de controle da febre, como uso de bolsas de gelo, almofadas de resfriamento de superfície ou resfriamento endovascular.

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36
Q

Qual é a relação entre hiperglicemia nas primeiras 24 horas após um AVC e os desfechos adversos?

A

A hiperglicemia está associada a um aumento dos riscos de lesão por reperfusão e transformação hemorrágica.

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37
Q

Qual foi a conclusão do estudo SHINE em relação ao controle intensivo da glicose após um AVC?

A

Não houve melhora significativa no desfecho de 90 dias com o controle intensivo da glicose (entre 80 mg/dL e 130 mg/dL) em comparação com o controle padrão (menos de 180 mg/dL), e a infusão de insulina aumentou o risco de hipoglicemia.

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38
Q

Qual é a complicação e a essencial do manejo para hematoma na virilha e sangramento no local de acesso femoral?

A

Complicação: Hematoma na virilha e sangramento no local de acesso femoral.
Essencial do manejo: Pressão manual, ultrassonografia para avaliar pseudoaneurisma.

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39
Q

Qual é a complicação e a essencial do manejo para pseudoaneurisma da artéria femoral?

A

Complicação: Pseudoaneurisma da artéria femoral.
Essencial do manejo: Compressão guiada por ultrassom, injeção de trombina, possível reparo cirúrgico aberto.

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40
Q

Qual é a complicação e a essencial do manejo para dissecção da artéria femoral?

A

Complicação: Dissecção da artéria femoral.
Essencial do manejo: Observação usualmente, raramente é necessário stent.

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41
Q

Qual é a complicação e a essencial do manejo para oclusão da artéria femoral?

A

Complicação: Oclusão da artéria femoral.
Essencial do manejo: Avaliação por cirurgião vascular ou radiologia intervencionista para revascularização (endovascular ou cirúrgica aberta).

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42
Q

Qual é a complicação e a essencial do manejo para hematoma retroperitoneal?

A

Complicação: Hematoma retroperitoneal.
Essencial do manejo: Pressão manual em arteriotomia, cruzamento emergente de correspondência sanguínea e geralmente transfusão, TC e angiotomografia do abdome e pelve, possível reparo endovascular ou cirúrgico.

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43
Q

Qual é a complicação e a essencial do manejo para isquemia distal da mão (para acesso radial)?

A

Complicação: Isquemia distal da mão (para acesso radial).
Essencial do manejo: Consulta com cirurgião vascular.

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44
Q

Qual é a complicação e a essencial do manejo para dissecção da artéria cervical?

A

Complicação: Dissecção da artéria cervical.
Essencial do manejo: Observação usualmente, terapia antiplaquetária, raramente stent de carótida ou vertebral ou sacrifício se o comprometimento vascular for grave.

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45
Q

Qual é a complicação e a essencial do manejo para vasoespasmo?

A

Complicação: Vasoespasmo.
Essencial do manejo: Observação usualmente, frequentemente medicação vasolítica intra-arterial (verapamil, nicardipina, milrinona, nimodipina).

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46
Q

Qual é a complicação e a essencial do manejo para perfuração do vaso?

A

Complicação: Perfuração do vaso.
Essencial do manejo: Manejo na sala neuroendovascular (incluindo possível sacrifício do vaso), imagem pós-procedimento por TC, manejo intensivo da complicação hemorrágica na unidade de terapia intensiva.

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47
Q

Qual é a complicação e a essencial do manejo para embolia para novo território?

A

Complicação: Embolia para novo território.
Essencial do manejo: Manejo na sala neuroendovascular (incluindo possível trombectomia adicional ou trombólise intra-arterial), manipulação hemodinâmica intra e pós-procedimento para auxiliar perfusão.

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48
Q

Qual é a complicação e a essencial do manejo para embolia distal?

A

Complicação: Embolia distal.
Essencial do manejo: Manejo na sala neuroendovascular (incluindo possível trombectomia adicional ou trombólise intra-arterial), manipulação hemodinâmica intra e pós-procedimento para auxiliar perfusão.

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49
Q

Qual é o tipo e o significado clínico da transformação hemorrágica de tecido cerebral infartado classificada como 1a?

A

Tipo: Infarto hemorrágico 1 - petéquias pequenas espalhadas, sem efeito de massa.
Significado clínico: Mínimo; sem impacto nos resultados.

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50
Q

Qual é o tipo e o significado clínico da transformação hemorrágica de tecido cerebral infartado classificada como 1b?

A

Tipo: Infarto hemorrágico 2 - petéquias confluentes, sem efeito de massa.
Significado clínico: Mínimo; sem impacto nos resultados.

51
Q

Qual é o tipo e o significado clínico da transformação hemorrágica de tecido cerebral infartado classificada como 1c?

A

Tipo: Hematoma parenquimatoso 1 - hematoma dentro do tecido infartado ocupando <30% do leito do infarto, mínimo efeito de massa.
Significado clínico: Moderado; recuperação piorada a curto prazo, mas resultados de 90 dias inalterados.

52
Q

Qual é o tipo e o significado clínico da hemorragia intracerebral dentro e além do tecido cerebral infartado classificada como 2?

A

Tipo: Hematoma parenquimatoso 2 - hematoma ocupando 30% ou mais do tecido infartado, com efeito de massa.
Significado clínico: Significativo; piores resultados em 90 dias.

53
Q

Qual é o tipo e o significado clínico da hemorragia intracerebral fora do tecido cerebral infartado classificada como 3a?

A

Tipo: Hematoma parenquimatoso remoto do infarto.
Significado clínico: Impacto variável na recuperação do paciente dependendo da gravidade da hemorragia.

54
Q

Qual é o tipo e o significado clínico da hemorragia intracerebral fora do tecido cerebral infartado classificada como 3b?

A

Tipo: Hemorragia intraventricular.
Significado clínico: Impacto variável na recuperação do paciente dependendo da gravidade da hemorragia.

55
Q

Qual é o tipo e o significado clínico da hemorragia intracerebral fora do tecido cerebral infartado classificada como 3c?

A

Tipo: Hemorragia subaracnoide.
Significado clínico: Impacto variável na recuperação do paciente dependendo da gravidade da hemorragia.

56
Q

Qual é o tipo e o significado clínico da hemorragia intracerebral fora do tecido cerebral infartado classificada como 3d?

A

Tipo: Hemorragia subdural.
Significado clínico: Impacto variável na recuperação do paciente dependendo da gravidade da hemorragia.

57
Q

Qual é a porcentagem de pacientes que podem apresentar sangramento após a administração de trombolíticos?

A

6% a 10%.

58
Q

Como o sangramento pode se manifestar após a administração de trombolíticos?

A

Como uma mudança no exame neurológico se for intracraniano, ou como hipotensão sistêmica se for de um local de sangramento oculto, como trato gastrointestinal, retroperitônio, tórax ou coxa, ou de forma mais dramática como hemoptise ou epistaxe grave.

59
Q

O que deve ser feito se uma infusão de trombolítico (alteplase) ainda estiver em curso quando o sangramento for detectado?

A

A infusão deve ser interrompida.

60
Q

O que deve ser considerado se ocorrer sangramento nas primeiras 24 horas após a administração de trombolíticos?

A

Deve-se considerar a reversão emergente dos trombolíticos.

61
Q

Quais são as três formas como o edema cerebral pode se apresentar após um AVC devido à oclusão de grandes vasos?

A
  1. Curso rápido e fulminante (dentro de 24 a 36 horas).
  2. Curso progressivo gradual (ao longo de vários dias).
  3. Curso de piora inicial seguido por um platô e resolução (cerca de uma semana).
62
Q

Qual é a taxa de mortalidade associada ao edema cerebral maligno se não tratado e mesmo com tratamento médico máximo?

A

Quase 80% se não tratado e mais de 50% apesar do tratamento médico máximo.

63
Q

Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento de edema cerebral maligno?

A
  1. Pacientes jovens.
  2. Escore NIHSS alto (20 ou mais para lesões no hemisfério dominante ou 15 ou mais para lesões no hemisfério não dominante).
  3. Início de náusea ou vômito dentro de 24 horas.
  4. Pressão arterial sistólica maior que 180 mm Hg dentro de 12 horas.
  5. Diminuição precoce no nível de alerta.
64
Q

Quais achados na angiografia por TC na admissão devem levantar preocupação com o desenvolvimento de edema cerebral maligno?

A

Presença de oclusão carotídea tipo T ou incompletude do círculo de Willis, expondo mais território ao risco isquêmico de uma única oclusão.

65
Q

Quais são os achados radiológicos preocupantes na progressão do edema cerebral após um AVC?

A
  1. Hipodensidade precoce na TC.
  2. Grande volume final de infarto (mais de um terço do território da artéria cerebral média).
  3. Progressão radiológica precoce do desvio da linha média (ou compressão da fossa posterior para infartos cerebelares).
66
Q

Qual técnica de imagem tem alta especificidade mas baixa sensibilidade para o desenvolvimento de edema cerebral maligno?

A

Ressonância magnética com volume de imagem ponderada por difusão maior que 82 mL.

67
Q

O que melhora a sensibilidade para prever o curso clínico de edema cerebral maligno em pacientes com AVC?

A

Adicionar parâmetros do exame clínico (especificamente, escores NIHSS de 22 ou mais) às 24 horas.

68
Q

Qual é a necessidade de monitorar o edema mesmo após uma trombectomia bem-sucedida?

A

Reperfusão geralmente não modifica o risco de edema pós-AVC, embora possa haver benefício em pacientes com volumes de infarto muito grandes (maiores que 130 mL).

69
Q

Qual é a posição ideal do paciente para manejo do edema cerebral?

A

Cabeça da cama elevada acima de 30 graus e posicionamento da cabeça na linha média (se possível).

70
Q

Qual é a meta de sódio sérico para pacientes em risco de edema cerebral?

A

Eunatremia (135 mmol/L a 145 mmol/L).

71
Q

Qual é o agente hiperosmolar administrado para manejo médico do edema cerebral e qual é a dose recomendada?

A

Agente: Manitol.
Dose: Solução a 20% na dose de 1 g/kg de peso corporal a cada 6 horas.

72
Q

Quais parâmetros devem ser monitorados a cada 6 horas durante a administração de manitol?

A

Osmolaridade sérica, nitrogênio da ureia sérica, sódio e glicose.

73
Q

Qual é a recomendação para a administração de salina hipertônica no manejo do edema cerebral?

A

Pode ser administrada como bolus de 30 mL de salina a 23,4% ou 300 mL de salina a 3% a cada 6 horas. O sódio sérico deve ser monitorado a cada 6 horas e os bolus não devem ser administrados se o sódio for maior que 160 mmol/L.

74
Q

Quais são as opções de manejo em caso de descompensação clínica abrupta devido ao edema pós-AVC?

A

Pacientes intubados podem ser hiperventilados, visando PaCO2 entre 30 mm Hg e 34 mm Hg para reduzir a pressão intracraniana enquanto se prepara para descompressão cirúrgica.

75
Q

Em que circunstâncias a hiperventilação sustentada não é benéfica para pacientes com risco de edema pós-AVC?

A

A hiperventilação sustentada não é benéfica devido à correção metabólica rápida (dentro de horas) da alcalose respiratória. Deve-se visar a eucapnia.

76
Q

Qual procedimento cirúrgico pode ser necessário na presença de inchaço intracerebral intratável após AVC?

A

Hemicraniectomia.

77
Q

Qual é a eficácia da hemicraniectomia em pacientes mais jovens com edema cerebral maligno após infarto hemisférico da artéria cerebral média?

A

A hemicraniectomia melhora as taxas de sobrevivência e os resultados.

78
Q

Qual é a consideração importante para hemicraniectomia em pacientes entre 60 e 80 anos com infarto hemisférico grande?

A

A hemicraniectomia permanece uma intervenção salvadora, mas deve ser considerada se pacientes e famílias estiverem dispostos a aceitar um grau potencialmente alto de incapacidade.

79
Q

Qual é a indicação para a craniectomia suboccipital em casos de infarto cerebelar significativo?

A

É indicada para aliviar a compressão do tronco cerebral e prevenir lesões secundárias ao tronco cerebral.

80
Q

Quais são os passos iniciais para avaliar a gravidade da hemorragia em pacientes com LVO após tratamento trombolítico?

A
  1. Confirmar se o local do sangramento é incompressível (cuidado com hipotensão para locais de sangramento ocultos, como retroperitônio, realizar TC emergente da região de preocupação para hemorragia).
  2. Verificar o grau de coagulopatia com exames laboratoriais emergentes (hemograma completo, PT, PTT, fibrinogênio, tipagem e prova cruzada de sangue).
  3. Mobilizar serviços de consulta precocemente (hematologia, neurocirurgia, especialização específica do órgão).
81
Q

Quais são os passos para estabilizar e iniciar a formação de coágulos em pacientes com LVO após tratamento trombolítico?

A
  1. Interromper a infusão de rtPA para receptores de alteplase.
  2. Inibir a trombólise adicional (ácido tranexâmico 1 g IV infundido ao longo de 1-20 minutos ou ácido aminocaproico 5 g IV infundido ao longo de 1 hora, depois 1 g/h se necessário).
  3. Restaurar os níveis de fibrinogênio (crioprecipitado 10 unidades infundidas ao longo de 10-30 minutos, repetir até que o nível de fibrinogênio seja >150 mg/dL).
  4. Fornecer fatores de coagulação (PCC 2000 unidades IV ou FFP).
  5. Substituir plaquetas se indicado.
82
Q

Quais são as decisões intraprocedurais que a equipe neuroendovascular pode tomar durante a angiografia para pacientes com AVC devido a LVO?

A

Decisões sobre o uso de antiplaquetários ou anticoagulantes com base nos achados angiográficos.

83
Q

Qual foi a conclusão do estudo MR CLEAN-MED sobre o uso perioperatório de anticoagulantes ou antiplaquetários em tratamento endovascular de AVC?

A

O uso rotineiro de anticoagulação ou terapia antiplaquetária perioperatória está associado a um aumento do risco de hemorragia intracraniana sintomática, sem evidências de efeito benéfico no resultado funcional.

84
Q

Quais são as considerações importantes para a prevenção secundária do AVC após a admissão na UTI neurológica?

A

Consideração dos danos isquêmicos existentes e do risco associado de transformação hemorrágica, bem como das comorbidades do paciente.

85
Q

Quais tipos de infartos são mais propensos a hemorragias e demandam maior cautela ao iniciar antiplaquetários ou anticoagulantes?

A

Infartos maiores e infartos supratentoriais profundos ou do tronco cerebral.

86
Q

Quando o uso de aspirina deve ser iniciado em pacientes com AVC agudo?

A

O mais rápido possível em todos os pacientes com AVC agudo que não tenham contraindicação, mesmo se estivessem usando aspirina antes da admissão hospitalar.

87
Q

Quando o uso de aspirina deve ser interrompido em pacientes com AVC?

A

Deve ser interrompido por 24 horas em caso de tratamento trombolítico, necessidade potencial de cirurgia como craniectomia, ou em caso de conversão hemorrágica.

88
Q

Para quais pacientes a terapia antiplaquetária dupla é recomendada após um AVC?

A

Pacientes com AVC de aterosclerose intracraniana ou estenose da artéria carótida enquanto aguardam manejo definitivo com stent ou endarterectomia.

89
Q

Quais são as recomendações das diretrizes da AHA/ASA para iniciar anticoagulação em pacientes com indicação válida após AVC?

A

Iniciar anticoagulação dentro de 4 a 14 dias após o início do AVC.

90
Q

Quais são os anticoagulantes preferidos sobre a varfarina, a menos que haja uma indicação específica para varfarina?

A

Anticoagulantes orais diretos, baseados em múltiplos ensaios que mostram maior segurança e administração mais fácil.

91
Q

Qual foi a conclusão do estudo ELAN de 2023 sobre a anticoagulação precoce versus tardia após AVC isquêmico em pacientes com fibrilação atrial?

A

A anticoagulação precoce com anticoagulantes orais diretos não foi associada a um aumento do risco de sangramento, mas reduziu o risco de AVC isquêmico recorrente e êmbolos sistêmicos.

92
Q

Qual é o protocolo típico na UTI neurológica para pacientes iniciados em anticoagulação?

A

Muitas vezes, iniciam-se infusões de heparina como ponte para anticoagulação oral, com o objetivo de reversão possível com protamina em caso de complicação hemorrágica.

93
Q

Historicamente, como os pacientes com grandes núcleos de infarto eram tratados?

A

Eles não eram oferecidos para trombectomia, mas eram cuidados na UTI neurológica para gerenciar o edema pós-AVC e outras complicações.

94
Q

Quais foram os benefícios demonstrados por ensaios clínicos randomizados para pacientes com grandes volumes de núcleo de infarto estabelecidos antes do tratamento?

A

Melhora dos resultados funcionais independentes e redução pela metade do risco de ficarem acamados com uma pontuação de 5 na Escala de Rankin Modificada.

95
Q

Qual é o tratamento recomendado para pacientes com AVC devido a LVO e baixos escores na Escala de AVC dos Institutos Nacionais de Saúde (NIHSS)?

A

A admissão na UTI neurológica para monitoramento próximo, independentemente de a trombectomia ser realizada ou não.

96
Q

Quais são as considerações importantes para o manejo de pacientes com AVC devido a LVO e baixos escores NIHSS que não realizam trombectomia?

A

Monitoramento contínuo da pressão arterial, definição de um limite inferior da pressão arterial, administração de fluidos para atingir a euvolemia e monitoramento para deterioração clínica.

97
Q

Quando deve ser considerada a trombectomia tardia para pacientes com AVC devido a LVO e baixos escores NIHSS?

A

Se houver deterioração gradual em etapas, a trombectomia deve ser realizada expedientemente.

98
Q

Qual é o risco de convulsões após um AVC supratentorial com envolvimento cortical?

A

O risco é mais alto em pacientes com edema cerebral maligno, particularmente após hemicraniectomia.

99
Q

Quando devem ser consideradas medicações anticonvulsivantes e monitoramento com EEG após um AVC?

A

Devem ser considerados quando há um exame neurológico discordante ou flutuante sem evidência de progressão do AVC, conversão hemorrágica ou piora do edema.

100
Q

Quais são os fatores mais relevantes ao considerar a extubação de pacientes com AVC devido a LVO?

A

Nível de alerta e interação do paciente, segurança das vias aéreas e manejo das secreções.

101
Q

Qual é a taxa de disfagia orofaríngea em pacientes com AVC devido a LVO?

A

Afeta entre 23% a 50% dos pacientes, aumentando os riscos de aspiração, pneumonia, desnutrição e piora da qualidade de vida.

102
Q

Quais são as recomendações para alimentação enteral em pacientes com dificuldade de deglutição após um AVC?

A

A alimentação enteral deve ser priorizada precocemente, com alimentação iniciada dentro de 7 dias de admissão conforme o estudo FOOD.

103
Q

Qual é a recomendação atual das diretrizes da AHA/ASA para profilaxia de trombose venosa profunda (TVP) em pacientes com AVC?

A

Uso de dispositivos de compressão pneumática intermitente em pacientes imóveis que não têm contraindicações.

104
Q

Quais são os fatores de risco identificados para TVP em pacientes com AVC?

A

Histórico de tromboembolismo venoso, câncer, incapacidade pré-AVC, fraqueza nos membros inferiores, grande volume de infarto, infecção, longa permanência hospitalar, índices bioquímicos de desidratação e valores laboratoriais elevados de D-dímero, proteína C-reativa e homocisteína.

105
Q

Qual agente é favorecido para profilaxia de TVP em pacientes com AVC devido a LVO, de acordo com o estudo PREVAIL?

A

Heparina não fracionada, iniciada 48 horas após o início do AVC.

106
Q

Qual é o objetivo final dos serviços de reabilitação para pacientes com AVC devido a oclusão de grandes vasos?

A

Otimizar a independência nas atividades diárias, melhorar a qualidade de vida e facilitar uma transição segura e eficaz de volta para casa e para a comunidade.

107
Q

Quando a reabilitação aguda deve começar e como deve ser fornecida?

A

Deve começar cedo e ser fornecida por equipes interprofissionais organizadas na UTI neurológica, com frequência e intensidade compatíveis com a tolerância e o benefício antecipado.

108
Q

Qual o papel dos médicos de medicina física e reabilitação na UTI neurológica?

A

Eles desempenham um papel central na supervisão do cuidado dos pacientes, incluindo avaliação, definição de metas, planejamento e execução de intervenções, suporte para reabilitação interna, planejamento de alta, recomendações de modificação do lar, e suporte emocional e educacional.

109
Q

O que é recomendado para pacientes com AVC devido a LVO que têm consciência deprimida?

A

Um ensaio com medicação estimulante é razoável para melhorar a vigília e a participação.

110
Q

Para onde os pacientes com AVC devem idealmente ser preparados para alta?

A

Devem ser preparados para alta para uma instalação de reabilitação, em vez de uma instalação de enfermagem especializada.

111
Q

Qual é a comparação entre os resultados de pacientes triados para instalações de enfermagem especializada e instalações de reabilitação interna?

A

Apenas 25% dos pacientes triados para instalações de enfermagem especializada alcançaram um desfecho favorável (pontuação de 0 a 2 na Escala de Rankin Modificada), comparado com 46% dos que foram expostos à reabilitação interna.

112
Q

Qual é a prática recomendada atualmente para mobilização precoce após um AVC?

A

Favor a prática de 24 horas de repouso no leito e estabilidade hemodinâmica antes de tentar atividade, com o objetivo de iniciar a atividade dentro de 3 dias de admissão, focando em atividades de sentar, levantar e caminhar.

113
Q

Quais são as funções da terapia ocupacional e da fonoaudiologia na reabilitação após um AVC?

A

A terapia ocupacional auxilia com a imobilização em pacientes com déficits graves e exercícios funcionais naqueles que são capazes, enquanto a fonoaudiologia melhora a comunicação funcional em pacientes com afasia pós-AVC.

114
Q

Qual é a importância da comunicação com a família e dos cuidados paliativos após um AVC devido a LVO?

A

A comunicação e a prognosticação são importantes devido à potencial incapacidade significativa causada pelo AVC, e o envolvimento dos cuidados paliativos pode ajudar nas discussões sobre metas de tratamento e decisões de cuidados.

115
Q

Qual abordagem de comunicação com a família é mais comum após um AVC devido a LVO?

A

A abordagem de aconselhamento, que envolve a divulgação do prognóstico seguida por discussão de valores e preferências, é a mais comum.

116
Q

Qual é o papel esperado da inteligência artificial no futuro dos cuidados neurocríticos para pacientes com AVC devido a LVO?

A

A coleta e análise em tempo real de grandes conjuntos de dados podem desempenhar um papel crucial no avanço do campo e na melhoria do atendimento personalizado ao paciente.

117
Q

Quais são os critérios de risco identificados para edema cerebral em pacientes com infarto cerebral de grande volume após AVC devido a LVO?

A
  1. Volume da lesão do infarto >150 cm³ ou >50% do território da artéria cerebral média (MCA).
  2. Infarto cerebelar >3 cm no diâmetro máximo.
  3. Idade <75 anos.
  4. Início do AVC <72 horas (especialmente <48 horas).
  5. Déficit neurológico grave.
118
Q

Quais são os elementos essenciais do manejo na UTI neurológica para pacientes com edema cerebral?

A
  1. Monitoramento frequente do exame neurológico.
  2. Eucapnia.
  3. Eunatremia.
  4. Pressão arterial sistólica <180 mm Hg.
  5. Homeostase de glicose e febre, cabeça elevada >30 graus.
  6. Imagem cerebral seriada.
  7. Terapia hipertônica.
119
Q

Quais sinais indicam piora clínica ou de imagem em pacientes com edema cerebral?

A
  1. Sonolência aumentada.
  2. Assimetria pupilar.
  3. Déficits de nervos cranianos.
  4. Aumento do desvio da linha média na imagem.
  5. Rapidez do desvio da linha média na imagem.
120
Q

Quais intervenções cirúrgicas são consideradas para pacientes com piora clínica ou de imagem devido ao edema cerebral?

A
  1. Terapia de ponte com hiperventilação até a descompressão.
  2. Hemicraniectomia emergente.
  3. Craniectomia suboccipital e drenagem ventricular externa.
121
Q

Quais são as precauções pós-cirúrgicas para pacientes com edema cerebral?

A
  1. Precauções pós-cirúrgicas, incluindo o uso de capacete com mobilização.
  2. Manejo das complicações médicas do AVC devido a LVO.
122
Q

O que é considerado no curso complicado de um paciente com edema cerebral?

A

Se o curso é complicado, o paciente continua a receber cuidados na UTI neurológica, incluindo o manejo das complicações médicas do AVC devido a LVO.

123
Q

Quais são as considerações para a transferência da UTI neurológica em pacientes com edema cerebral?

A
  1. Colocação de traqueostomia e gastrostomia conforme indicado.
  2. Envolvimento precoce da reabilitação.