Epilepsia - Primeira Crise e Diagnóstico Recente Flashcards

1
Q

Quantos porcento da população irão experimentar uma convulsão durante a vida?

A

Aproximadamente 8% a 10%.

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2
Q

Quantas pessoas irão desenvolver epilepsia durante a vida?

A

Aproximadamente 1 em 26 pessoas.

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3
Q

Quais são as comorbidades comuns em pacientes com epilepsia?

A

A maioria dos pacientes tem comorbidades cognitivas, psiquiátricas ou médicas.

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4
Q

Por que é importante identificar corretamente o tipo e síndrome da epilepsia?

A

Para escolher investigações custo-efetivas e de alto rendimento, otimizar a terapia e entender o prognóstico a longo prazo.

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5
Q

Como a Liga Internacional Contra Epilepsia (ILAE) define uma crise epiléptica?

A

“Uma ocorrência transitória de sinais e/ou sintomas devido a atividade neuronal anormal excessiva ou síncrona no cérebro.”

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6
Q

Como a epilepsia foi definida em 2005?

A

“Um distúrbio do cérebro caracterizado por uma predisposição duradoura a gerar crises epilépticas e pelas consequências neurobiológicas, cognitivas, psicológicas e sociais dessa condição.”

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7
Q

Quais são os critérios práticos da ILAE para definição clínica de epilepsia propostos em 2014?

A
  1. Pelo menos duas crises não provocadas (ou reflexas) ocorrendo com mais de 24 horas de intervalo.
  2. Uma crise não provocada (ou reflexa) e uma probabilidade de crises futuras similar ao risco geral de recorrência (pelo menos 60%) após duas crises não provocadas, ocorrendo nos próximos 10 anos.
  3. Diagnóstico de uma síndrome epiléptica.
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8
Q

Qual é o aspecto mais crítico para fazer um diagnóstico preciso de epilepsia?

A

Uma história clínica cuidadosa obtida tanto do paciente quanto de testemunhas do evento clínico.

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9
Q

Quais eventos paroxísticos não epilépticos podem imitar crises epilépticas?

A

Eventos paroxísticos não epilépticos como síncope cardiovascular e eventos psicogênicos não epilépticos.

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10
Q

Quais sintomas sugerem mais uma crise epiléptica?

A

Histórico de incontinência, mordedura de língua ou queimadura de tapete.

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11
Q

O que o médico deve perguntar ao paciente durante a avaliação de uma possível crise epiléptica?

A

O que o paciente estava fazendo no início do evento, possíveis gatilhos, doenças intercorrentes ou medicações.

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12
Q

Qual é a importância de falar diretamente com a testemunha do evento clínico?

A

Obter detalhes como mudança de cor da pele, achados motores, tipos de movimento anormal, resposta a voz ou toque durante o evento e confusão pós-ictal.

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13
Q

Que aspectos são importantes de perguntar se o diagnóstico sugerir uma crise tônico-clônica generalizada?

A

Qualquer característica focal (desvio dos olhos ou cabeça) ou confusão antes do início.

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14
Q

O que um exame físico imediato após uma crise pode mostrar?

A

Mordeduras laterais na língua, contusões ou outros ferimentos devido a queda ou atividade convulsiva, e sinais neurológicos transitórios ou fraqueza focal sugestiva de paralisia de Todd.

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15
Q

Qual é a taxa de erro de diagnóstico relatada em estudos de epilepsia?

A

De 4.6% a 30%.

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16
Q

Qual é a diferença na taxa de erro de diagnóstico entre pacientes diagnosticados por não-especialistas e neurologistas?

A

19.3% por não-especialistas versus 5.6% por neurologistas.

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17
Q

Quais são os diagnósticos finais mais comuns em pacientes adultos mal diagnosticados?

A

Síncope cardiovascular e eventos psicogênicos não epilépticos.

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18
Q

Qual porcentagem de crianças referidas com uma primeira crise foram encontradas como tendo um evento não epiléptico?

A

Aproximadamente 24%.

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19
Q

Quais são os diagnósticos finais comuns em crianças mal diagnosticadas com epilepsia?

A

Episódios de olhar fixo não epilépticos, eventos psicogênicos não epilépticos, síncope, parassonias e episódios de apneia.

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20
Q

Quais fatores contribuem para o erro de diagnóstico em muitos casos?

A

Histórico incompleto e superinterpretação do EEG.

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21
Q

O que são crises provocadas e quais são suas causas identificáveis?

A

Crises provocadas são devido a causas identificáveis como toxinas, drogas ou fatores metabólicos.

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22
Q

Quais são os sinais clínicos comuns de crises provocadas?

A

História de confusão ou mudança de comportamento antes da crise, que frequentemente persiste além da fase pós-ictal típica.

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23
Q

Quais tipos de eventos são mais comuns em crises provocadas?

A

Crises convulsivas generalizadas, ao contrário das crises focais.

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24
Q

Quais são as medidas de precaução ao lidar com crianças que podem ingerir medicamentos ou toxinas em casa?

A

Um inventário cuidadoso de todos os agentes no lar é crítico.

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25
Q

Quais exames laboratoriais são considerados para pacientes com crises provocadas?

A

Triagem laboratorial incluindo glicemia, eletrólitos, função renal e hepática, e toxicologia urinária.

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26
Q

Quais são os mecanismos básicos pelos quais toxinas levam a crises provocadas?

A
  1. Aumento da excitação.
  2. Diminuição da inibição.
  3. Retirada de depressores do sistema nervoso central.
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27
Q

O que são crises sintomáticas agudas e quais são suas causas?

A

Crises sintomáticas agudas resultam de processos cerebrais agudos como encefalite, AVC ou traumatismo cranioencefálico.

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28
Q

Quais são os sinais clínicos associados a crises sintomáticas agudas?

A

Deficiências focais e sinais vitais anormais, incluindo febre, que refletem a localização do processo cerebral agudo.

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29
Q

Quais são os tratamentos possíveis para crises sintomáticas agudas?

A

Tratamento específico para o processo cerebral subjacente, além de medicação anticonvulsivante de curto prazo.

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30
Q

Qual a importância de identificar crises anteriores não reconhecidas em pacientes com uma alegada primeira crise não provocada?

A

Identificar eventos anteriores é crítico para fazer um diagnóstico correto de epilepsia.

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31
Q

Quais são os eventos anteriores que devem ser investigados ao questionar pacientes e suas famílias?

A

Episódios de olhar fixo não responsivo, movimentos bruscos isolados do corpo e sintomas de crises noturnas como mordedura inexplicada de língua ou incontinência.

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32
Q

Qual é a implicação de confirmar um diagnóstico de epilepsia em oposição a uma única crise?

A

Pode ter implicações para a iniciação de medicação anticonvulsivante profilática.

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33
Q

Qual foi a classificação revisada publicada pela ILAE em 2017?

A

Classificação de tipos de crises e epilepsias.

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34
Q

Quais são as categorias de tipos de crises na classificação revisada da ILAE?

A

Focal, generalizada e início desconhecido.

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35
Q

Quais são os subtipos de crises generalizadas de início motor e não motor?

A

Crises motoras incluem tônico, clônico, atônico ou mioclônico; crises não motoras incluem vários subtipos de crises de ausência.

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36
Q

Como são subdivididas as crises focais?

A

Baseadas na consciência (consciente versus consciência comprometida) e sintomas motores (tônico, clônico, atônico, ou mioclônico) ou não motores (parada de comportamento, cognitivo, emocional, sensorial ou autonômico).

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37
Q

Qual é a importância de investigar auras ou outras características focais que precedem uma crise tônico-clônica generalizada?

A

Uma crise focal pode evoluir para atividade convulsiva bilateral.

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38
Q

Quais são as diferenças importantes entre crises focais com consciência comprometida e crises de ausência?

A

Focal com consciência comprometida pode incluir automatismos, enquanto a ausência é caracterizada por episódios de olhar fixo sem automatismos.

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39
Q

Quais são os tipos de epilepsia na classificação revisada da ILAE?

A

Generalizada, focal, combinada generalizada e focal, ou desconhecida.

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40
Q

Como se faz o diagnóstico de epilepsia generalizada?

A

Com base na presença de um ou mais tipos de crises generalizadas e descarga de espícula-onda generalizada no EEG.

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41
Q

Como se faz o diagnóstico de epilepsia focal?

A

Com base na presença de um ou mais tipos de crises de início focal, podendo incluir crises que evoluem para tônico-clônicas bilaterais.

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42
Q

Quais são os tipos de epilepsias que podem ter tanto crises generalizadas quanto focais?

A

Epilepsias combinadas, mais comuns em epilepsias resistentes a medicamentos de início precoce como a síndrome de Lennox-Gastaut ou síndrome de Dravet.

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43
Q

O que é uma síndrome epiléptica?

A

Uma síndrome epiléptica é um conjunto característico de características clínicas e de EEG que podem ser apoiadas por achados etiológicos específicos.

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44
Q

Quais são as implicações importantes das síndromes epilépticas?

A

Escolha de terapias específicas e prognóstico.

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45
Q

Qual é a frequência de identificação de uma síndrome epiléptica em casos de epilepsia que começam em crianças e bebês?

A

Aproximadamente um quarto dos casos.

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46
Q

Deletar

A

Deletar

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47
Q

O que é encefalopatia epiléptica e do desenvolvimento?

A

Epilepsias associadas a encefalopatia subjacente, onde tanto a etiologia subjacente (desenvolvimental) quanto as crises frequentes e descargas epileptiformes (epilépticas) contribuem para a encefalopatia.

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48
Q

Em que idade as encefalopatias epilépticas e do desenvolvimento geralmente se iniciam?

A

Mais comumente no início da vida.

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49
Q

Quais são alguns exemplos de síndromes definidas como encefalopatias epilépticas e do desenvolvimento?

A

Síndrome de espasmos epilépticos infantis, Síndrome de Dravet, Síndrome de Lennox-Gastaut.

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50
Q

Quais são as características comuns das encefalopatias epilépticas e do desenvolvimento?

A

Alto risco de crises resistentes a medicamentos ao longo da vida, graus variáveis de deficiência intelectual (frequentemente severa), e múltiplas comorbidades médicas e comportamentais.

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51
Q

O que são epilepsias generalizadas idiopáticas?

A

Epilepsias que representam aproximadamente 15% a 20% de todas as epilepsias e são compostas por quatro síndromes: epilepsia de ausência infantil, epilepsia de ausência juvenil, epilepsia mioclônica juvenil e crises tônico-clônicas generalizadas isoladas.

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52
Q

Qual é a síndrome epiléptica mais prevalente entre as epilepsias generalizadas idiopáticas?

A

Epilepsia mioclônica juvenil.

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53
Q

Quem é mais frequentemente afetado pelas epilepsias generalizadas idiopáticas?

A

Crianças e jovens adultos com desenvolvimento normal.

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54
Q

Quais são os principais tipos de crises nas epilepsias generalizadas idiopáticas?

A

Tipos variados de crises generalizadas.

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55
Q

Qual é a idade típica de apresentação para a epilepsia de ausência infantil?

A

Entre 4-8 anos (pico em seis anos).

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56
Q

Qual é a idade típica de apresentação para a epilepsia de ausência juvenil?

A

Na adolescência (9-13 anos).

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57
Q

Qual é a idade típica de apresentação para a epilepsia mioclônica juvenil?

A

Na adolescência (12-18 anos).

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58
Q

O que pode ser alcançado com a medicação em muitos casos de epilepsias generalizadas idiopáticas?

A

Controle completo das crises.

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59
Q

O que frequentemente ocorre com a epilepsia de ausência infantil na adolescência?

A

Remissão das crises.

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60
Q

Qual é o mecanismo dos estimulantes na categoria de aumento da excitação?

A

Liberação aumentada de dopamina, serotonina, norepinefrina e/ou epinefrina ou bloqueio de sua recaptação.

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61
Q

Quais são os achados clínicos associados ao uso de estimulantes?

A

Ansiedade, delírios, delírio, diaforese, hipertensão, taquicardia, hipertermia, hiperreflexia, midríase, piloereção. Monitoramento de ECG para prolongamento de QRS e QTc e arritmias.

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62
Q

Quais são alguns exemplos de estimulantes?

A

Cocaína, anfetaminas, fenetilaminas, sais de banho, agentes serotoninérgicos, bupropiona, venlafaxina, canabinoides sintéticos, fenciclidina.

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63
Q

Qual é o mecanismo dos agentes colinérgicos?

A

Ligação aos receptores nicotínicos ou muscarínicos ou inibição da acetilcolinesterase.

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64
Q

Quais são os achados clínicos associados ao uso de agentes colinérgicos?

A

DUMBBELS (defecação, micção, miose, bradicardia, broncoespasmo, êmese, lacrimejamento e sialorreia).

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65
Q

Quais são alguns exemplos de agentes colinérgicos?

A

Organofosforados, nicotina, gases nervosos (sarin e VX).

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66
Q

Qual é o mecanismo dos agonistas de glutamato?

A

Ligação ao N-metil-D-aspartato (NMDA), ácido α-amino-3-hidroxi-5-metil-4-isoxazol-propiónico (AMPA) ou receptores kainato.

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67
Q

Quais são os achados clínicos associados ao uso de agonistas de glutamato?

A

Sonolência, alucinações, delírio, náusea e vômito, diarreia, salivação.

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68
Q

Quais são alguns exemplos de agonistas de glutamato?

A

Ácido domóico (envenenamento por mariscos), ingestão de cogumelos Amanita muscaria.

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69
Q

Qual é o mecanismo dos antagonistas do ácido γ-aminobutírico (GABA)?

A

Bloqueio dos neurônios GABAérgicos ou retirada abrupta de depressores do SNC.

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70
Q

Quais são os achados clínicos associados ao uso de antagonistas do GABA?

A

Tremor, taquicardia, hipertensão, diaforese, náusea, ansiedade, irritabilidade, insônia, alucinações.

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71
Q

Quais são alguns exemplos de antagonistas do GABA?

A

Tramadol, antibióticos (isoniazida, penicilina, cefalosporinas, carbapenêmicos, fluoroquinolonas), retirada abrupta de agentes GABAérgicos (álcool, benzodiazepinas, baclofeno, barbitúricos), antidepressivos e antipsicóticos (antidepressivos tricíclicos, inibidores seletivos da recaptação de serotonina - SSRIs, fenotiazinas).

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72
Q

Qual é o mecanismo dos antagonistas da histamina?

A

Antagonismo nos receptores de histamina.

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73
Q

Quais são os achados clínicos associados ao uso de antagonistas da histamina?

A

Confusão, ataxia, alucinações, delírio, boca seca, midríase.

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74
Q

Quais são alguns exemplos de antagonistas da histamina?

A

Antagonistas da histamina como difenidramina, doxilamina, hidroxizina, clorfeniramina.

75
Q

Qual é o mecanismo dos antagonistas da adenosina?

A

Antagonismo da adenosina.

76
Q

Quais são os achados clínicos associados ao uso de antagonistas da adenosina?

A

Arritmias cardíacas.

77
Q

Quais são alguns exemplos de antagonistas da adenosina?

A

Teofilina, cafeína.

78
Q

Quais são os dois de crise focal de acordo com o nível de consciência?

A

Consciente (aware) e consciência comprometida (impaired awareness).

79
Q

Quais são os tipos de início motor em crises de início focal (7)?

A

Automatismos, atônica, clônica, espasmos epilépticos, hipercinética, mioclônica, tônica.

80
Q

Quais são os tipos de início não motor em crises de início focal?

A

Autonômica, parada de comportamento, cognitiva, emocional, sensorial.

81
Q

O que pode acontecer com uma crise focal de início motor?

A

Pode evoluir para tônico-clônica bilateral.

82
Q

Quais são os tipos de início motor em crises de início generalizado?

A

Tônico-clônica, clônica, tônica, mioclônica, mioclônica-tônico-clônica, mioclônica-atônica, atônica, espasmos epilépticos.

83
Q

Quais são os tipos de início não motor (ausência) em crises de início generalizado?

A

Típica, atípica, mioclônica, mioclonia das pálpebras.

84
Q

Quais são os tipos de início motor em crises de início desconhecido?

A

Tônico-clônica, espasmos epilépticos.

85
Q

Qual é o tipo de início não motor em crises de início desconhecido?

A

Parada de comportamento (behavior arrest).

86
Q

Qual é a importância do diagnóstico de uma síndrome epiléptica específica?

A

Fornece informações chave para ajudar na escolha de investigações e tratamentos ótimos, bem como para fornecer um prognóstico preciso.

87
Q

Quais são as síndromes epilépticas focais autolimitadas da infância?

A

Epilepsia neonatal autolimitada, epilepsia infantil autolimitada, epilepsia autolimitada com crises autonômicas e epilepsia autolimitada com espículas centrotemporais.

88
Q

Qual é a característica comum das síndromes epilépticas focais autolimitadas da infância?

A

Crises que começam em qualquer momento, desde o período neonatal até a infância tardia, mas que se resolvem com o tempo.

89
Q

Quais são as seis principais categorias de causas de epilepsia?

A

Estrutural, genética, infecciosa, metabólica, imune e desconhecida.

90
Q

O que define uma causa estrutural de epilepsia?

A

Presença de uma alteração estrutural no cérebro que resulta em epilepsia, como displasia cortical focal, polimicrogiria, infecção, AVC, trauma ou tumor.

91
Q

O que caracteriza uma causa genética de epilepsia?

A

Causada por uma variante genética conhecida ou presumida, podendo ser um distúrbio monogênico ou poligênico.

92
Q

Quais são alguns exemplos de genes associados a epilepsia genética?

A

KCNQ2, CDKL5, STXBP1, ARX, TSC1, TSC2, SLC2A1, ALDH7A1.

93
Q

O que caracteriza uma causa infecciosa de epilepsia?

A

Epilepsia e crises são sintomas centrais do distúrbio infeccioso, como neurocisticercose, HIV, malária cerebral, infecções congênitas como Zika ou citomegalovírus.

94
Q

O que caracteriza uma causa metabólica de epilepsia?

A

Resulta de mudanças bioquímicas devido a um distúrbio metabólico conhecido, como o transtorno do transportador de glicose ou um transtorno do metabolismo da creatina.

95
Q

O que caracteriza uma causa imune de epilepsia?

A

A epilepsia resulta diretamente de um distúrbio imunológico subjacente, como a síndrome de Rasmussen ou epilepsia associada ao GAD65.

96
Q

O que caracteriza uma causa desconhecida de epilepsia?

A

Mesmo após investigações exaustivas, não se encontra uma etiologia clara em aproximadamente um terço a metade dos pacientes com crises não provocadas de início recente.

97
Q

O que se deve considerar ao encontrar uma causa que se enquadre em mais de uma categoria etiológica?

A

Combinar as categorias conforme necessário, por exemplo, a esclerose tuberosa tem uma etiologia estrutural-genética.

98
Q

Como as síndromes epilépticas ajudam na escolha de investigações e terapias?

A

Definir a síndrome epiléptica pode ajudar a escolher investigações e terapias custo-efetivas e fornecer um prognóstico preciso.

99
Q

Qual é a prevalência de síndromes epilépticas específicas em crianças e adultos?

A

Aproximadamente um quarto dos casos de epilepsia em bebês e crianças, menos frequente em adultos.

100
Q

Qual é a proporção de pessoas com epilepsia de início recente que não têm uma etiologia conhecida, apesar dos avanços na neuroimagem e genética?

A

Aproximadamente 40%.

101
Q

Qual é a frequência típica das crises focais com consciência comprometida?

A

Normalmente menos que diária até mensalmente.

102
Q

Qual é a frequência típica das crises de ausência?

A

Frequentemente diária ou mais.

103
Q

Qual é a duração das crises focais com consciência comprometida?

A

Normalmente minutos.

104
Q

Qual é a duração das crises de ausência?

A

Normalmente <10-30 segundos.

105
Q

Qual é o estado pós-ictal nas crises focais com consciência comprometida?

A

Geralmente presente com confusão e possível disfunção da linguagem se afetar o lobo temporal dominante.

106
Q

Qual é o estado pós-ictal nas crises de ausência?

A

Ausente.

107
Q

Quais são outras possíveis características clínicas das crises focais com consciência comprometida?

A

Muitas vezes desvio contralateral da cabeça ou dos olhos, posturas distônicas contralaterais com automatismos ipsilaterais.

108
Q

Quais são outras possíveis características clínicas das crises de ausência?

A

Podem ter automatismos orais ou manuais bilaterais com crises de ausência mais prolongadas.

109
Q

Como é o EEG interictal em pacientes não tratados com crises focais com consciência comprometida?

A

Normal, lentificação focal ou descargas focais.

110
Q

Como é o EEG interictal em pacientes não tratados com crises de ausência?

A

Geralmente mostra descarga generalizada de espícula-onda em EEG de rotina, que pode ativar com hiperventilação ou estimulação fotossensível.

111
Q

Quais outros tipos de crises podem estar associados às crises focais com consciência comprometida?

A

Podem evoluir para crises tônico-clônicas bilaterais.

112
Q

Quais outros tipos de crises podem estar associados às crises de ausência?

A

Podem estar associadas a crises mioclônicas ou crises tônico-clônicas generalizadas.

113
Q

Qual é a idade de início e o prognóstico da epilepsia neonatal autolimitada?

A

Primeiro mês de vida, geralmente na primeira semana; remite em 6 meses com desenvolvimento normal.

114
Q

Quais são os tipos de crises e o EEG interictal na epilepsia infantil autolimitada?

A

Crises focais com consciência comprometida ou crises clônicas focais que podem evoluir para tônico-clônicas bilaterais; EEG geralmente normal.

115
Q

Quais são os achados comuns de comorbidades na epilepsia autolimitada com crises autonômicas (síndrome de Panayiotopoulos)?

A

Raramente; casos devido a variantes PRRT2 podem desenvolver um distúrbio de movimento.

116
Q

Qual é o prognóstico da epilepsia autolimitada com espículas centrotemporais?

A

Remissão até o início da adolescência.

117
Q

Quais são os tipos de crises e o EEG interictal na síndrome de hipermotilidade relacionada ao sono?

A

Crises focais motoras com características hipercinéticas ou tônico-asimétricas, principalmente durante o sono; EEG normal, mas pode ter descargas focais frontais durante o sono.

118
Q

Quais são as comorbidades comuns na epilepsia do lobo temporal mesial com esclerose hipocampal?

A

Problemas de memória e depressão.

119
Q

Qual é o prognóstico da epilepsia do lobo temporal mesial com esclerose hipocampal?

A

Alta incidência de resistência a drogas; pode se tornar livre de crises após cirurgia de ressecção ou termocoagulação.

120
Q

Qual é a idade de início e o EEG interictal na epilepsia de ausência infantil?

A

3-10 anos; descarga de espícula-onda generalizada a 3 Hz.

121
Q

Quais são os tipos de crises e comorbidades na epilepsia de ausência juvenil?

A

Crises típicas de ausência; cerca de 80% também têm crises tônico-clônicas generalizadas; problemas de aprendizagem, TDAH.

122
Q

Qual é o prognóstico da epilepsia mioclônica juvenil?

A

Frequentemente controlada com medicamentos anticonvulsivantes, mas a remissão é rara.

123
Q

Quais são os tipos de crises e comorbidades na epilepsia com mioclonia das pálpebras?

A

Mioclonia das pálpebras, muitas vezes associada a ausência típica; pode ter atraso cognitivo leve.

124
Q

Qual é o prognóstico da epilepsia mioclônica progressiva?

A

Variabilidade no Prognóstico: O prognóstico pode variar significativamente entre os diferentes tipos de EMP, como a Doença de Lafora, a Doença de Unverricht-Lundborg e a Doença de Batten, entre outras. Cada uma dessas condições tem sua própria trajetória de progressão e expectativa de vida.

Progressão dos Sintomas: Geralmente, a EMP é caracterizada por uma progressão gradual dos sintomas. Os pacientes podem experimentar um aumento na frequência e severidade das crises epilépticas, bem como um agravamento dos sintomas neurológicos, como a mioclonia e o declínio cognitivo.

125
Q

Qual é a definição de epilepsia da ILAE que inclui comorbidades?

A

“Um distúrbio do cérebro caracterizado por uma predisposição duradoura para gerar crises epilépticas e pelas consequências neurobiológicas, cognitivas, psicológicas e sociais dessa condição.”

126
Q

Qual é a importância de abordar as comorbidades em pessoas com epilepsia?

A

Comorbidades cognitivas e psicológicas podem ter um impacto maior na qualidade de vida do que as crises epilépticas.

127
Q

Qual é a prevalência de comorbidades cognitivas e neuropsiquiátricas em pessoas com epilepsia?

A

São a regra, e não a exceção, frequentemente precedendo o início das crises.

128
Q

Quais são algumas das causas multifatoriais dos distúrbios cognitivos em pessoas com epilepsia?

A

Patologia subjacente, impacto de crises frequentes e descargas epileptiformes, efeitos colaterais de medicamentos anticonvulsivantes ou cirurgia para epilepsia.

129
Q

Quais outros distúrbios neuropsiquiátricos são mais prevalentes em pessoas com epilepsia?

A

Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e transtornos de humor.

130
Q

Por que é crítico identificar cedo as comorbidades neuropsiquiátricas em pessoas com epilepsia?

A

Porque são tratáveis e podem piorar significativamente a função cognitiva se não forem tratadas.

131
Q

Qual é o papel do EEG na avaliação de uma primeira crise não provocada?

A

O EEG pode confirmar a epilepsia, fornecer informações sobre a causa subjacente e impactar nas decisões de manejo.

132
Q

Qual é o intervalo de tempo ideal para realizar um EEG após uma primeira crise não provocada?

A

Dentro das primeiras 24 horas.

133
Q

Qual é a importância de realizar um EEG após um período de privação de sono?

A

Aumenta a probabilidade de detectar descargas focais, especialmente em pessoas com crises focais.

134
Q

Como deve ser interpretado um EEG anormal em pessoas sem epilepsia?

A

Aproximadamente 3% das pessoas sem epilepsia podem apresentar descargas epileptiformes; portanto, um EEG anormal não equivale a epilepsia.

135
Q

Como o EEG pode ajudar na determinação do tipo de epilepsia?

A

Descargas epileptiformes focais ou lentificação focal sugerem epilepsia focal, enquanto descargas de espícula-onda generalizadas sugerem epilepsia generalizada.

136
Q

Qual é a taxa de recorrência de crises em pessoas que tiveram uma primeira crise não provocada?

A

Aproximadamente 40% a 50% terão recorrência dentro de 2 anos.

137
Q

Como o EEG pode ajudar a prever a recorrência de crises?

A

Um EEG com anormalidades epileptiformes está associado a um aumento da taxa relativa de recorrência de crises.

138
Q

Quando a monitorização prolongada por vídeo-EEG é indicada após uma primeira crise?

A

Para excluir crises sutis frequentes ou estado de mal epiléptico em pessoas que não retornam à função neurológica basal em 60 minutos, têm níveis flutuantes de consciência ou apresentam achados neurológicos focais inexplicados.

139
Q

Qual é a recomendação da Comissão de Neuroimagem da ILAE para pacientes com epilepsia?

A

Todos os pacientes com epilepsia devem fazer uma ressonância magnética (RM), exceto aqueles com uma síndrome de epilepsia generalizada idiopática claramente definida e responsiva a medicamentos ou epilepsia focal autolimitada da infância.

140
Q

Quais pacientes com crises de início recente devem ser considerados para imagem urgente?

A

Pacientes com déficits neurológicos focais, febre, cefaleia persistente, alterações cognitivas ou histórico recente de trauma craniano.

141
Q

Qual é a preferência entre TC e RM para neuroimagem em pacientes com crises de início recente e por quê?

A

RM é preferível à TC porque evita exposição à radiação e melhora a detecção de lesões.

142
Q

Em quais casos a TC é mais sensível que a RM?

A

Lesões calcificadas ou lesões ósseas.

143
Q

Qual é a taxa de detecção de lesões estruturais clinicamente relevantes em adultos com crises de início recente usando neuroimagem?

A

Aproximadamente 10%.

144
Q

O que deve ser considerado se uma lesão for encontrada na RM?

A

Usar dados clínicos e eletrofisiológicos para estabelecer se a lesão é realmente a etiologia subjacente das crises.

145
Q

Quais métodos de neuroimagem funcional são frequentemente considerados em casos de epilepsia focal resistente a medicamentos?

A

Tomografia por emissão de pósitrons (PET), tomografia computadorizada por emissão de fóton único (SPECT) e magnetoencefalografia (MEG).

146
Q

Qual é a limitação da RM em crianças com menos de 3 anos?

A

A mielinização cerebral em andamento muitas vezes limita a detecção de lesões como displasia cortical.

147
Q

Quais são os exames laboratoriais de rotina recomendados para pacientes com crises de início recente?

A

Hemograma completo, glicose, eletrólitos incluindo cálcio e magnésio, ureia e creatinina.

148
Q

Em quais circunstâncias clínicas é mais provável que as crises sejam provocadas?

A

Falha em retornar ao estado de alerta basal, vômitos, diarreia, desidratação, certas condições médicas subjacentes (por exemplo, diabetes) ou exposições a medicamentos.

149
Q

Quando deve ser considerado o rastreamento para erros inatos do metabolismo em crianças com crises de início recente?

A

Em crianças com características clínicas preocupantes, como atraso ou regressão do desenvolvimento, descompensação paroxística com alteração da consciência, vômitos ou odores incomuns com doenças infecciosas menores ou organomegalia inexplicada.

150
Q

Quais exames específicos podem ser incluídos no rastreamento para erros inatos do metabolismo?

A

Glicose, bicarbonato, ALT, AST, aminoácidos séricos, amônia, lactato, piruvato, transferrina deficiente em carboidratos, ácidos graxos de cadeia muito longa, ácidos orgânicos na urina, mucopolissacarídeos, oligossacarídeos e metabólitos de creatina.

151
Q

Quando deve ser considerado o rastreamento toxicológico em pacientes com crises de início recente?

A

Se houver preocupação com exposição a toxinas ou abuso de substâncias, ou se os achados clínicos forem sugestivos de uma possível exposição.

152
Q

Qual é a utilidade dos estudos de sangue e urina de rotina em pacientes com crises de início recente?

A

Comumente realizados, mas com baixo rendimento em excluir crises provocadas.

153
Q

Quando deve ser considerada a punção lombar em pacientes com crises de início recente?

A

Se o quadro clínico sugerir possível meningite, encefalite ou hemorragia subaracnoide, mas de outra forma tem baixo rendimento.

154
Q

Quando deve ser considerada a punção lombar em pacientes com crises de início recente?

A

Se o quadro clínico sugerir possível meningite, encefalite ou hemorragia subaracnoide.

155
Q

Em quais condições a punção lombar deve ser considerada além de infecções?

A

Em presença de febre nova e inexplicada com crises, encefalopatia ou sinais meníngeos como rigidez nucal.

156
Q

Por que pacientes imunocomprometidos devem ser considerados para punção lombar?

A

Eles podem ter resultados anormais no LCR sem evidência clínica evidente de infecção cerebral.

157
Q

Qual é a prevalência de crises febris em crianças e quais as recomendações para a punção lombar?

A

Afetam 2% a 5% das crianças entre 6 meses e 5 anos. A punção lombar deve ser feita se houver sinais meníngeos ou se a história ou exame sugerir infecção do sistema nervoso central.

158
Q

Quando deve ser considerada a punção lombar em lactentes de 6 a 12 meses com crises febris simples?

A

Se estiverem deficientes em imunização para Haemophilus influenzae ou Streptococcus pneumoniae, ou se o status de imunização não puder ser determinado, ou se tiverem recebido antibióticos que possam mascarar sintomas clínicos de infecção intracraniana.

159
Q

Qual é a abordagem para punção lombar em crianças com crises febris complexas?

A

Deve ser feita seletivamente, exceto em casos de estado epiléptico febril convulsivo, onde a punção lombar deve ser realizada devido ao risco de meningite ser de aproximadamente 17%.

160
Q

O que deve preceder a punção lombar na presença de possível aumento da pressão intracraniana ou novos sintomas neurológicos focais?

A

Um estudo de imagem cerebral.

161
Q

Quais características clínicas sugerem uma etiologia autoimune para crises epilépticas?

A

Início característico (crises frequentes e resistentes a medicamentos), outras características associadas (disfunção cognitiva e/ou comportamental, disautonomia, distúrbios de movimento como discinesias orofaciais) e tipos específicos de crises (crises distônicas faciobraquiais).

162
Q

Quando os estudos autoimunes em soro e LCR devem ser fortemente considerados?

A

Na presença de características clínicas sugestivas, mas têm baixo rendimento na ausência dessas características.

163
Q

Como a compreensão das contribuições genéticas para a epilepsia mudou nos últimos 20 anos?

A

Estudos genéticos moleculares em larga escala levaram à identificação de um número crescente de novos genes de epilepsia.

164
Q

Quando os testes genéticos devem ser considerados para pacientes com epilepsia?

A

Devem ser considerados se o resultado provavelmente levará a uma mudança nos procedimentos usados para avaliação, na escolha do tratamento ideal ou no prognóstico, e se influenciará uma decisão sobre reprodução.

165
Q

Em quais pacientes os testes genéticos têm o maior rendimento?

A

Em lactentes e crianças pequenas com encefalopatias epilépticas e de desenvolvimento de causa desconhecida, com aproximadamente um terço a metade desses pacientes apresentando uma variante patogênica encontrada.

166
Q

Quando os testes genéticos devem ser considerados com base em exames ou outras investigações?

A

Em pacientes cujos exames sugerem uma provável causa genética, como achados na neuroimagem que sugerem uma causa genética-estrutural ou achados de imagem ou laboratoriais que sugerem uma etiologia genética-metabólica.

167
Q

Quais são algumas das implicações dos testes genéticos que devem ser discutidas com a família antes da iniciação dos testes?

A
  1. Implicações médicas: alguns genes podem ter implicações para sintomas além da epilepsia, estendendo-se aos parentes da pessoa testada.
  2. Implicações reprodutivas: o risco de transmitir uma variante anormal.
  3. Implicações psicológicas: o impacto de possivelmente portar uma variante anormal que pode resultar em doença em si ou aumentar o risco de doença em um filho.
  4. Implicações de seguro e financeiras.
168
Q

Quais são os possíveis tipos de investigações genéticas?

A

Cariótipo, microarray cromossômico, sequenciamento de gene único, painel de genes de epilepsia, sequenciamento de exoma completo ou genoma completo.

169
Q

Qual teste genético seria indicado para uma criança de 3 anos com atraso global no desenvolvimento, ausência de fala, sono perturbado, comportamento feliz e epilepsia de início recente com EEG apresentando aparência de delta entalhado?

A

Teste focado para a síndrome de Angelman.

170
Q

O que sugere uma meta-análise recente sobre a relação custo-eficácia dos vários testes genéticos comumente usados em pacientes com epilepsia?

A

Sugere que o painel de genes de epilepsia ou o estudo de sequenciamento de exoma completo devem ser os testes iniciais ordenados em tais casos.

171
Q

Quais conselhos devem ser dados a pacientes com primeira crise não provocada ou epilepsia de início recente?

A

Devem ser aconselhados sobre questões de estilo de vida, segurança durante crises e o que fazer se ocorrerem novas crises.

172
Q

Qual é o período de maior risco de recorrência de crises após a primeira crise não provocada?

A

Nos primeiros 1 a 2 anos após a crise.

173
Q

Qual é a modificação de estilo de vida mais importante para todos os pacientes com crises não provocadas de início recente?

A

Segurança em torno da água, como evitar banhos de banheira ou natação sozinho.

174
Q

Quais outras questões de segurança devem ser abordadas com os pacientes?

A

Evitar alturas excessivas e considerar restrições baseadas em ocupações ou participação em certos esportes.

175
Q

Quais gatilhos de crises devem ser gerenciados pelos pacientes?

A

Privação de sono, má alimentação, falta de exercícios regulares, estresse emocional, transtornos de humor, luzes intermitentes e, em alguns casos, comer ou ler.

176
Q

O que é um medicamento de resgate para crises e quem pode se beneficiar dele?

A

Um medicamento de resgate é usado se o paciente tiver uma crise prolongada ou uma sequência de crises. Beneficiam-se especialmente aqueles que vivem longe dos serviços médicos de emergência ou têm histórico de emergências de crises.

177
Q

Quais são as instruções para primeiros socorros durante uma crise epiléptica?

A

Girar o paciente de lado, evitar colocar objetos na boca e saber quando chamar os serviços médicos de emergência.

178
Q

Quais são os riscos potenciais de crises recorrentes que devem ser informados aos pacientes?

A

Estado de mal epiléptico, aspiração e morte súbita inesperada na epilepsia (SUDEP).

179
Q

Quais fatores devem ser considerados ao decidir iniciar um medicamento anticonvulsivante profilático?

A

Risco de recorrência de crises, gravidade das crises, impacto potencial de novas crises no paciente e possíveis efeitos adversos do medicamento.

180
Q

Quando a medicação anticonvulsivante é tipicamente iniciada?

A

Em casos de epilepsia de início recente, mas não na maioria dos casos de primeira crise não provocada com EEG e imagem normais.

181
Q

Qual foi a conclusão sobre o tratamento imediato com medicação anticonvulsivante em adultos com uma primeira crise não provocada?

A

Reduz o risco absoluto de recorrência em cerca de 35% nos próximos 2 anos, mas não altera a qualidade de vida ou melhora a chance de remissão sustentada das crises a longo prazo.

182
Q

Qual é a recomendação sobre a medicação anticonvulsivante imediata em crianças com primeira crise não provocada?

A

Um consenso semelhante ao dos adultos foi alcançado, mas há poucos dados disponíveis de estudos limitados a crianças.

183
Q

Quais são os pontos-chave para pacientes com crises não provocadas de início recente?

A
  1. Aconselhamento sobre questões de estilo de vida, segurança durante crises e o que fazer se ocorrerem novas crises.
  2. Segurança na água é de extrema importância; banhos são seguros, mas tomar banho de banheira ou nadar sozinho não é recomendado.
  3. A iniciação imediata de medicação anticonvulsivante após uma primeira crise não provocada reduz o risco de recorrência, mas não impacta no resultado a longo prazo da epilepsia ou na qualidade de vida.