Neoplasia gástrica Flashcards

1
Q

Vascularização gástrica

A

Tronco celíaco: artéria hepática comum + artéria gástrica esquerda + artéria esplênica.

A. hepática comum → a. gástrica direita → anastomose com a. gástrica esquerda para vascularização de pequena curvatura

A esplênica → a. gastromental esquerda

A. hepática comum → a. gastromental direita → anastomosa com gastromental esquerda, que vasculariza grande curvatura e omento

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2
Q

Principal método diagnóstico

A

EDA + biópsia

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3
Q

Clínica

A

Dispepsia + sinais de alarme → EDA

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4
Q

Fatores de risco

A

Dieta pobre em proteína e ricas em carboidratos complexos e nitratos
H. Pylori (metilação do DNA → via carcinogênica); mais relacionado ao subtipo intestinal
Doença de Menetrier (espessamento de pregas do corpo gástrico → metaplasia)
Anemia perniciosa → metaplasia por gastrite auto-imune
História familiar
Gastrectomia parcial
Sangue A (mais relacionado ao subtifo difuso)
Baixo nível socioeconômico
Tabagismo

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5
Q

Classificação macroscópica (endoscópica)

A

Bormann: aparência macroscópica da lesão gástrica

Tipo I: polipoide = mucosa (sobrevida 40%)
Tipo II: ulcerada com bordas elevadas = mucosa (sobrevida 35%)
Tipo III: ulcerada com infiltração em parede, bordas não nítidas = serosa (sobrevida 20%)
Tipo IV: difusamente infiltrativa (se compromete todo o estômago = linite plástica) = além da serosa
Tipo V: não se enquadra em nenhuma

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6
Q

Classificação microscópica (histológica) e características

A

Classificação de Lauren: intestinal x difuso

Intestinal: glândulas; bem diferenciado; 55-60 anos; gastrite crônica atrófica (H. pylori); mais comum no brasil; homem > mulher; estômago distal; disseminação hematogênica; instabilidades microssatélites

Difuso: células em anel de sinete; pouco diferenciado; pior prognóstico; 40-48 anos; estômago proximal; disseminação linfática e por contiguidade; relação com grupo sanguíneo A; redução na expressão da E-caderina

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7
Q

Câncer gástrico difuso hereditário

A

Relação familiar, subtipo difuso, invasivo, pior prognóstico, redução da expressão da E-caderina; herança autossômica dominante com alta prenetrância gastrectomia profilática com 20-30 anos.

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8
Q

Tipo histológico mais comum

A

Adenocarcinoma (95% dos casos)

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9
Q

Marcadores tumorais

A

CEA
CA 19.9
CA 72.4

A sensibilidade é maior quando combina-se os 3 marcadores.
Apenas a positividade do CA 72.4 pode ser considerada um marcador específico para recorrência do câncer durante o seguimento.

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10
Q

Exames para estadiamento

A

EDA: biópsia e diagnóstico

TC tórax, abdome e pelve: para metástase (N e M)

Eco-endoscopia: padrão-ouro para avaliar T (profundidade da lesão) e N pré-op

Videolaparoscopia: melhor para avaliação de carcinomatose ou metástase oculta

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11
Q

Indicações para realização de ecoendoscopia

A

Câncer gástrico de subtipo difuso com biópsia negativa para avaliar os limites do tumor
Diagnóstico de linfonodos
Avaliar extensão da lesão
Indicação realizar aspiração com agulha fina de linfonodo e ascite antes de QT pré-operatória (pode mudar conduta)

Não é útil em caso de T3 ou T4 diagnosticados por TC

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12
Q

Disseminação do câncer gástrico e principais locais de metástase

A

Tipo intestinal: via hematogênica
Tipo difuso: via linfática e contiguidade

Metástase: Peritoneal (omental cake), Fígado, Pulmão, linfonodos à distância, ovário (Krukemberg)

Linfonodos:
Supraclavicular E - Virchow
Umbilical - Irmã Maria-José (não é linfonodo, são granulações)
Axilar E - Irish
Prateleira retal - Blumer

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13
Q

Indicação de laparoscopia

A

Quando há dúvida quanto a carcinomatose; sempre realizar citologia peritoneal. Esse lavado pode ser dispensado em caso de carcinomatose franca (nesse caso, realizar biópsia) ou lesões de baixo risco peritoneal (T1 ou T2 + N0)

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14
Q

Utilidade de PET-TC

A

No estadiamento não é últil pois a gastrite pode ter áreas metabolicamente ativas e confundir.

Útil para tumores proximais, de cárdia, pois possuem comportamento metabólico e biológico diferentes dos tumores de estômago (mais próximos do s tumores de esôfago), e o PET pode ser útil na detecção de metástase linfonodal no tórax.

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15
Q

Estadiamento TNM e tratamento

A

T0: sem evidência de tumor primário
Tx: tumor primário não avaliado
T1a: mucosa → ressecção endoscópica* ou gastrectomia
T1b: submucosa → gastrectomia + linfadenectomia D2
T2: muscular → gastrectomia + linfadenectomia D2 ou QT neo
T3: subserosa → gastrectomia + linfadenectomia D2 ou QT neo OU QT / RT perioperatória
T4a: serosa/peritônio → ressecção cirúrgica higiênica (melhora resposta a QT paliativa, reduz sintomas) + QT paliativa
T4b: órgãos adjacentes

N1: 1-2 linfonodos
N2: 3-6 linfonodos
N3a: 7-15 linfonodos
N3b: 16 ou mais linfonodos

M1: metástase a distância

Estágios:
I: T1 ou T2 + N0 M0
IIa: T1 ou T2 + N+
IIb: T3 ou T4a + N0
III: T3 ou T4a + N+
IVa: T4b + N qualquer
IVb: M1 + TN qualquer

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16
Q

Conduta quanto a adjuvância

A

Ressecável T3, T4 ou N+ → adjuvância
≥ T2 e/ou N+ → neoadjuvância

Estudos:
- MAGIC: 3 ciclos pré e 3 ciclos pós (Epirrubicina, Cisplatina, Fluorouracil)
- FLOT: 4 ciclos pré e 4 ciclos pós (Fluorouracil, Oxaliplatina e Docetaxel)

17
Q

Classificação quanto a ressecção (R)

A

R0: sem tumor residual: margens livres micro e macro
R1: tumor residual microscópico
R2: tumor residual macroscópica

18
Q

Critérios para ressecção endoscópica

A

T1a: Mucosa, G1 ou G2, < 2cm, sem ulceração

Pode ser usada como rtentativa de ressecção em pacientes com metástase sem condições cirúrgicas para cx paliativa

19
Q

Tratamento em caso de metástase

A

Cirurgia higiênica (reduz sangramento, sintomas, melhora resposta a QT paliativa)
QT paliativa
Ressecção endoscópica se não houver condições de cx
Angioembolização
RT hemostática

20
Q

Estadiamento quanto ao grau histológico

A

Gx: não avaliado
G1: bem diferenciado
G2: moderadamente diferenciado
G3: indiferenciado / mal diferenciado

21
Q

Linfonodos gástricos ressecáveis em D1 e D2 e quantidade mínima

A

1 - cárdicos direitos
2 - cárdicos esquerdos
3 - pequena curvatura
4 - grande curvatura
5 - suprapilórico
6 - infrapilórico
7 - artéria gástrica esquerda
8 - artéria hepática comum
9 - tronco celíaco
10 - hilo esplênico
11 - artéria esplênica
12 - ligamento hepatoduodenal

D1: 1-7
D1 estendida: D1 + 8 + 9 + 11
D2: D1 estendida + 12

A quantidade mínima é 16, porém hoje segue a indicação da dissecção por regiões (D1 / D2). A linfadenectomia D2 conta com pelo menos 25 linfonodos.

https://www.youtube.com/watch?v=ZkCf89Ex92I&embeds_referring_euri=https%3A%2F%2Fdrmacedo.com.br%2F&source_ve_path=MTc4NDI0

22
Q

Técnicas de reconstrução na gastrectomia parcial

A

Billroth I: anastomose término-terminal do coto do duodeno com coto gástrico

Billroth II: anastomose látero-terminal de alça do jejuno (lateral) com coto gástrico (terminal)

Billroth II + Broun: anastomose látero-terminal de alça de jejuno (lateral) + coto gástrico (terminal) E anastomose latero-lateral de duodeno-jejuno

Y de roux: sobe a alça do duodeno como via biliar, anastomosa essa via biliar com via alimentar, composta por anastomose látero-terminal de coto do jejuno (látero) + coto gástrico (término). A alça alimentar deve ter pelo menos 50 cm até a anastomose com via biliar.

23
Q

Margem cirúrgica

A

T1 → 2 cm
T2 → 3 cm
T3 e T4 → 5 cm + omentectomia
Anel de sinete → 10 cm

Med R+:
intestinal: 6 cm
difuso: 8 cm

24
Q

O que fazer em caso de alta suspeição, mesmo com biópsias negativas

A

Ressecção ou laparoscopia diagnóstica.

25
Q

Quais as biópsias a serem realizadas em uma endoscopia

A

Protocolo de Sidney: antro, incisura angular, pequena curvatura e grande curvatura.
Porém, deve ser usado métodos de imagem aprimorados e corantes para dirigir a biópsia à locais suspeitos.

26
Q

Quando realizar terapia nutricional para o paciente no pré-op?

A

Quando houver perda de >10% do peso nos últimos 6 meses = desnutrição grave.

Aporte nutricional por 7-14 dias.
Antes de operar ou iniciar tratamentos neoadjuvantes

27
Q

Seguimento pós-op

A

Utiliza-se: exame físico, status perfomance, peso, TCs, EDA e marcadores tumorais.

EDA deve ser realizada 1 ano após a gastrectomia parcial e após, a cada 2 anos.

EDA nos paciente de gastrectomia total deve ser considerada se tumor proximal.

28
Q

Tempo de maior chance de recidiva

A

Primeiros 3 anos.

29
Q

Cirurgia de resgate

A

Em casos selecionados: margem comprometida, doença linfonodal em POI, linfadenectomia D0/D1, recidiva linfonodal pontual, recidiva local, metástase hepática