Navegação: A Ciência e Arte Volume I - Capítulo 40 Flashcards

1
Q

Explique as três classificações dos rios e suas condições de navegabilidade.

A
  1. Rios de alto curso: percorrem regiões altas e acidentadas, com quedas rápidas e corredeiras.
    Praticamente sem condições de navegabilidade.
  2. Rios de médio curso: são rios de planalto. Podem apresentar obstáculos à navegação, mas com menor frequência. Aliados a eclusas e outras obras, podem ser usados para navegação, geralmente de embarcações menores e especializadas para estas condições.
  3. Rios de baixo curso: são rios de planície. São os rios mais favoráveis à navegação, com declividade suave e regular. Em geral, possibilitam até mesmo o tráfego de navios de grande porte.
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2
Q

Como o tipo de fundo influencia na navegabilidade de um rio?

A

O tipo de fundo influencia no leito e topografia do fundo do rio e consequentemente nas condições de navegabilidade.

Fundo pedregoso: geralmente tem canal estreito, mas estável.

Fundo de lama: caracterizado por instabilidade do leito e canal sinuoso, mas razoavelmente profundo.

Fundo de areia: canal altamente variável entre a estação chuvosa e estiagem.

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3
Q

Dê exemplos de procedimentos que podem ser feitos para melhorar as condições de navegabilidade de um rio.

A
  1. Regularização do leito.
  2. Regularização da descarga.
  3. Dragagem.
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4
Q

Explique o procedimento de dragagem de um rio.

A

A dragagem de um rio consiste em aprofundar periodicamente os pontos altos e baixios do canal navegável, com o intuito de melhorar as condições de navegabilidade no canal.

Só adianta realizar a dragagem após a passagem das cheias, e deve ser feito antes da estiagem.

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5
Q

Em geral, qual o limite de declividade para que um rio tenha boas condições de navegabilidade?

A

Até 25 centímetros (vertical) por quilometro (horizontal).

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6
Q

Qual a diferença entre um elevador de embarcações e um plano inclinado?

A

O elevador de embarcações se move somente no plano vertical. A embarcação entra em uma comporta fechada com água e o elevador se desloca no plano vertical carregando a comporta.

O plano inclinado se desloca nos planos vertical e horizontal, subindo uma rampa.

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7
Q

O que são os baixios no leito de um rio?

A

Em um rio de fundo móvel, o perfil topográfico do fundo toma o aspecto de longos trechos com boas profundidades separados por curtos trechos de baixa profundidade.

Os baixios são esses curtos trechos de baixa profundidade.

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8
Q

O que denota o termo passo?

A

O termo é mais comum na navegação fluvial.

O termo passo denota um ponto ou trecho crítico à navegação em um rio.

Exemplos são pontos de estreitamento do canal, mudança de margem do canal, diminuição das profundidades, ocorrência de bancos.

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9
Q

Explique o procedimento de derrocamento do leito de um rio.

A

Derrocamento é o procedimento de remoção de pedras e rochas submersas do leito do rio.

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10
Q

Quais são as três principais medidas tomadas para assegurar a segurança da navegação nos rios?

A
  1. Existência de publicações de auxílio à navegação, como cartas fluviais e lista de faróis e sinais cegos.
  2. Existência de um sistema de sinalização náutica.
  3. Divulgação regular do nível do rio.
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11
Q

A navegação em rios é sempre considerada navegação em águas restritas.

A
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12
Q

Explique o propósito e as características de uma carta fluvial.

A

O propósito da carta fluvial é fornecer aos navegantes informações relevantes para conduzir com segurança uma embarcação por um rio.

Traz informações de profundidade e da topografia do leito do rio, pontos notáveis e sinalização, quilometragem e ábaco.

É dada especial ênfase em representar o talvegue (canal mais profundo) em detalhe.

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13
Q

O que é o talvegue de um rio?

A

É o canal de maior profundidade.

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14
Q

Descreva o uso do ábaco para correção de sondagens, que é apresentado nas cartas fluviais.

A

O intuito do ábaco é fornecer um ajuste às profundidades apresentadas na carta fluvial a partir do conhecimento do nível do rio em estações fluviométricas de referência.

Para um certo trecho, o ábaco considera duas estações de referência.
Deve se considerar como dados de entrada do ábaco o nível do rio nas duas estações de referência, além da quilometragem na qual o navio se encontra.

Traçando a reta que liga os dois níveis e lendo o valor no eixo y para a quilometragem desejada, temos o ajuste desejado.
Este ajuste deve ser somado ao valor de profundidade apresentado na carta, que é o nível de redução no local.

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15
Q

Por que as cartas fluviais devem ser atualizadas com maior frequência?

A

As cartas fluviais devem ser atualizadas com frequência pois o leito do rio e as suas profundidades mudam regularmente.

Em rios com fundo móvel, como lama ou areia, a topografia do fundo pode mudar a cada estação de chuva ou estiagem.

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16
Q

Explique o que são os croquis de navegação.

A

Os croquis de navegação são documentos cartográficos de menor precisão que as cartas fluviais, mas que podem ser atualizados com maior frequência.

São oriundos de levantamentos expeditos e observações de práticos e navegantes.

Apresentam informações como contorno das margens, bancos e outros obstáculos, velocidade da corrente, marcas de referência naturais e artificias.

Não necessariamente apresentam as profundidades.

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17
Q

Quais as informações apresentadas em um roteiro fluvial?

A

O roteiro fluvial descreve detalhadamente as condições de navegabilidade da hidrovia, além de apresentar informações sobre sinais de balizamento, marcas naturais e artificiais para referência, perigos à navegação, profundidades em locais críticos, quilometragens e outras informações de interesse ao navegante.

18
Q

Quais as principais publicações de auxílio à navegação em rios?

A
  1. Carta sistemática fluvial.
  2. Croquis de navegação.
  3. Roteiro fluvial.
19
Q

Na navegação fluvial, o que é entendido por margem esquerda e margem direita?

A

Na denominação das margens, toma-se como referência o sentido de quem desce o rio.

Portanto:

  • Margem esquerda é a margem situada do lado esquerdo de quem desce o rio.
  • Margem direita é a margem situada do lado direito de quem desce o rio.
20
Q

Na navegação fluvial, qual a direção considerada como direção convencional de balizamento?

A

A direção convencional de balizamento é de jusante (foz) para montante (nascente).

Ou seja, a direção convencional de balizamento é subir o rio.

21
Q

Descer o rio, navegando com a corrente, é geralmente mais difícil que subir o rio, navegando contra a corrente.

A
22
Q

No Brasil, qual é a direção convencional de balizamento?

A

A direção convencional de balizamento é a direção de quem vem do mar.

Nos rios, é a direção de quem sobe o rio.

23
Q

Descreva as convenções de balizamento no Brasil, inclusive a direção convencional de balizamento e as cores associadas a cada lado.

A

Balizamento no Brasil: no Brasil, a direção convencional de balizamento é a direção de quem vem do mar com direção à terra. E por ser considerado pela IALA como Região B, é convenção que:

Para quem vem do mar:

  • Verá a cor verde por seu bombordo.
  • Verá a cor encarnado por seu boreste.
24
Q

Qual a funcionalidade e importância da divulgação dos níveis dos rios?

A

A divulgação dos níveis de água dos rios fornece ao navegante informações relevantes para navegar com segurança nos rios.

Em particular, o nível do rio é dado de entrada dos ábacos para correção das profundidades apresentadas na carta fluvial.

25
Q

Qual a convenção geralmente adotada na navegação fluvial?

A

Chamada de “lei do rio”: quem navega a favor da correnteza segue pelo meio do canal, enquanto quem sobe o rio segue próximo à margem. Quem desce o rio tem a preferência.

26
Q

Explique a regra 9 do RIPEAM.

A

Regra 9 do RIPEAM: em caso de risco de abalroamento, as embarcações são obrigadas a se manterem tão próximas quanto possível e seguro da margem do canal que estiver a seu boreste.

27
Q

Explique a navegação de ponta a ponta que é feita nos rios.

A

Na navegação fluvial, diz-se que a navegação é de ponta a ponta pois navega-se seguindo uma mesma margem do rio até que o rio forme uma ponta, quando então se faz a travessia para a outra margem e o processo se repete.

28
Q

Qual um sinal indicativo da localização da parte mais funda do canal em um rio?

A

Calhas profundas em um rio podem ser identificadas pela presença de folhagens flutuando, ou seja, quem navega pelo canal profundo navega “com o lixo”.

29
Q

Na navegação fluvial, qual a importância do conhecimento do quilometragem?

A

O conhecimento da quilometragem fornece ao navegante uma informação valiosa sobre a sua posição no rio.

30
Q

Cite características comuns dos rios de água barrenta.

A
  1. Instabilidade dos leitos. Variação do leito e profundidade ao longo dos meses e em especial com a passagem das cheias e estiagem.
  2. Erosão fluvial das margens.
  3. Grandes diferenças nos contornos das margens entre as cheias e vazantes.
  4. Formação de ilhas e várzeas, pela sedimentação e calmatagem.
31
Q

Cite características comuns dos rios de água preta.

A
  1. Fundos duros e pedregosos.
  2. Maior estabilidade dos leitos.
  3. Poucas ilhas sedimentares.
  4. Ausência de várzeas.
32
Q

Na navegação fluvial, qual margem nas curvas é geralmente mais profunda?

A

Nas curvas dos rios, a margem de fora da curva é geralmente a mais profunda e segura para navegação.

33
Q

Explique a importância do radar na navegação fluvial.

A

Na navegação fluvial, muitas vezes é mais importante conhecer a posição do navio em relação às margens do que conhecer as coordenadas geográficas.

Na navegação fluvial, o radar é muito útil para conhecer a posição do navio em relação à margem, considerando-se pontos conspícuos na margem e suas distância radar.

34
Q

Explique a Regra 34 do RIPEAM.

Dica: sobre sinais sonoros em curvas e passos.

A

Segundo a Regra 34 do RIPEAM, uma embarcação que estiver se aproximando de uma curva, canal estreito ou outra via de acesso onde embarcações podem estar ocultas devidos a obstáculos, devem soar um apito longo. Este sinal deve ser respondido por um apito longo pela embarcações que o ouvirem e que estejam atrás da obstrução.

35
Q

Explique a Regra 9 do RIPEAM.

Dica: sobre como trafegar por um canal.

A

Segundo a Regra 9 do RIPEAM, uma embarcação que estiver navegando por um canal estreito deverá se manter tão próxima quanto possível e seguro do limite exterior desse canal que estiver ao seu boreste.

36
Q

Na navegação fluvial, qual embarcação tem preferência de passagem?

A

A embarcação que está navegando a favor da corrente tem preferência de passagem sobre a embarcação que navega contra a corrente.

37
Q

Explique a importância do holofote na navegação fluvial.

A

Na navegação fluvial, o holofote é um instrumento de grande importância.

É utilizado para identificar sinais de balizamento e outras embarcações, identificar pontos conspícuos e acidentes nas margens, e pode até mesmo ser utilizado para atrair a atenção de outra embarcação.

38
Q

O que é banzeiro?

A

Banzeiro são as ondas causadas pelo navio.

39
Q

Explique o que são cambões e como proceder a navegação durante a passagem por um cambão.

A

Cambões são os trechos compreendidos entre duas pontas de uma mesma praia.

Nos cambões, a maior profundidade fica aproximadamente a meio rio, do lado oposto à praia.

40
Q

Explique o que são os estirões e como proceder a navegação durante a passagem por um estirão.

A

Estirões são trechos longos e retilíneos do rio, geralmente situados entre duas praias.

Nos estirões, deve-se seguir pelo meio do rio, pois podem existir ilhas baixas próximas às margens.

41
Q

Explique o que são os remansos e como proceder a navegação durante a passagem por um remanso.

A

Remansos são as áreas do rio onde não há correnteza ou onde a correnteza é contraria ao sentido usual do rio. Geralmente ocorrem na margem de fora de curvas muito fechadas.

Estas áreas devem ser evitadas, pois tem profundidades baixas e o governo do navio é muito difícil.

42
Q

Explique o que são as voltas rápidas e como proceder a navegação durante a passagem por uma volta rápida.

A

As voltas rápidas são as curvas muito fechadas de um rio.

Há de se tomar cuidado com possíveis remansos na margem de fora da curva. Estes locais devem ser evitados por conta da baixa profundidade.

Quando subindo o rio, a curva pode ser muito fechado, de maneira que se torna necessário manobrar com máquina para efetuar a curva.
Neste caso:

  1. O motor de dentro da curva opera à ré.
  2. O motor de fora da curva opera à vante.