N1: Cirurgia e Proctologia Flashcards
Quais as estruturas pouco desenvolvidas e menos vascularizadas do TGI?
Esôfago e intestino grosso.
Quais as estruturas mais desenvolvidas e vascularizadas do TGI?
Estômago e intestino delgado.
Qual a diferença entre hemorroidas internas e externas?
O plexo venoso que dá origem à hemorroida está acima da linha pectínea (interna) ou abaixo (externa).
Em quais situações há dor na hemorroida?
Interna necrosada;
Interna trombosada;
Externa trombosada.
Qual o tratamento clínico de hemorróidas?
Ingestão de fibras e flebotônicos;
Antiinflamatório oral (externas).
A técnica de Milligan-Morgan é a mais usada para cirurgias de…
…hemorroidectomia.
O abscesso anal pode evoluir para uma…
…fístula anal.
Quais os tipos de fístulas anais?
Simples (abaixo de 30% do esfíncter);
Complexa (acima de 30% do esfíncter).
Quais as técnicas para tratar fístulas anais?
Fistulotomia em livro aberto (simples);
Cirurgia em dois tempos (complexas).
O tratamento de primeira escolha para fissuras anais é clínico ou cirúrgico?
Clínico, com correção do espasmo do EAI (nitratos ou bloq. canal de cálcio).
Quando a fissura anal é refratária ao tratamento clínico, se faz qual cirurgia?
Esficterotomia anal interna lateral.
Qual o melhor método diagnóstico para DRGE?
pHmetria prolongada do esôfago.
Qual o melhor método para classificação e prognóstico de DRGE?
Endoscopia digestiva alta (EDA).
Qual a técnica cirúrgica mais usada para correção funcional de DRGE?
Fundoplicatura gástrica total em esôfago distal (de Nissen).
Quando se indica cirurgia para DRGE?
DRGE objetivamente evidenciada;
Sintomas frequentes e persistentes, mesmo com tratamento correto;
Complicações.
Além da técnica de Nissen, qual a outra técnica para DRGE?
Lindt-Toupet (fundoplicatura gástrica em esôfago distal parcial).
O que se faz para obter exclusão completa do refluxo ácido e alcalino?
Vagotomia troncular, com antrectomia e anastomose em Y de Roux.
Qual é um DD importante para megaesôfago chagásico?
Pressão por neoplasia (pseudoacalásia).
A ________ é boa para estratificar a acalasia chagásica.
A ________ é padrão-ouro para diagnosticar a acalasia chagásica, mas é pouco disponível.
esofagografia baritada
esofagomanometria
Qual exame se usa para diferenciar acalasia chagásica de seu principal DD?
EDA, para descartar/confirmar câncer.
Quais os graus de megaesôfago?
Grau I: até 4 cm
Grau II: de 4 a 7 cm
Grau III: mais que 7 cm
Grau IV: mais que 7 cm e tortuoso
O tratamento medicamentoso é indicado em quais graus de megaesôfago?
Graus I e II.
Como é o tratamento medicamentoso de megaesôfago chagásico?
BCCs;
Dinitrato de isossorbida;
Toxina botulínica.
Em quais casos de megaesôfago chagásico se indica a dilatação pneumática?
Graus I e II;
Graus III e IV com alto risco cirúrgico.
Quais as possíveis complicações da dilatação pneumática esofagiana?
Lacerações/perfurações esofagianas e refluxo gastroesofágico.
Qual técnica cirúrgica é recomendada para megaesôfago não avançado (graus I, II e talvez III)?
Esofagomiotomia à Heller com fundoplicatura anterior de Dor.
Quais as técnicas cirúrgicas recomendadas para megaesôfago avançado (graus III e IV)?
Cirurgia de Thal-Hatafuku;
Cirurgia de Serra-Dória;
Esofagectomia.
Qual a fisiopatologia do megacólon chagásico?
Há destruição da inervação do cólon, as contrações cessam e as fezes se acumulam, causando dilatação.
Qual a clínica típica de megacólon chagásico?
Obstipação progressiva;
Emagrecimento;
Distensão abdominal assimétrica;
Sinal de Gersuny/fecalomas em toque retal (casos avançados)
Quais as características do fecaloma no sinal de Gersuny?
Fezes endurecidas;
Indolor à palpação;
Cede à pressão
Qual o exame complementar recomendado para diagnóstico de megacólon chagásico?
Rx com enema opaco (contraste no cólon)
A colonoscopia tem utilidade no megacólon chagásico?
Apenas para identificar tumores/CA.
Ela não dá muita ideia do calibre da luz.
Quais as principais complicações do megacólon?
- Volvo do sigmoide (maior gravidade)
- Fecaloma
- Úlceras estercoráceas/impactação fecal
Quais os sinais e sintomas do volvo do sigmoide?
- Dor
- Distensão progressiva
- Ausência de flatos e evacuações
Como se trata cirurgicamente o volvo do sigmoide?
Hartmann: laparotomia, ressecção do segmento, e colostomia do cólon remanescente.
Qual o tratamento cirúrgico do megacólon?
Cirurgia de Duhamel
Resseca cólon afetado, e anastomosa cólon normal com reto
Sempre deve-se tratar o volvo do sigmóide com cirurgia?
Não. Se não houver necrose, pode tentar fazer intubação descompressiva endoscópica.
Quais os 2 tipos de obesidade?
Bariátrica
Central/abdominal/androide (maior morbimortalidade)
Distinção entre cirurgia bariátrica e cirurgia metabólica.
CB: reduzir peso
CM: reduzir risco cardiometabólico
Quais os critérios que indicam cirurgia bariátrica?
IMC + comorbidades/cirurgia metabólica;
Idade
Tempo de doença
Falha no tratamento conservador
Quais os mecanismos do tratamento para obesidade?
Restrição da ingesta
Disabsorção intestinal
Modificação de produção hormonal
Quais as contraindicações para a cirurgia bariátrica?
Causas de obesidade endócrinas tratáveis Idade >65 ou <18 Transtorno psiquiátrico grave Risco cirúrgico/anestésico Dependência de álcool/drogas
Quais os tipos de cirurgia bariátrica?
Puramente restritivas
Predominantemente disabsortivas
Predominantemente restritiva
As bariátricas puramente restritivas são _____ e _____ eficazes, enquanto as combinadas (restritivas + disabsortivas) são _____ e ____ eficazes.
Puramente restritivas são simples menos eficazes
Combinadas são complexas e mais eficazes
Quais as bariátricas puramente restritivas?
Banda gástrica ajustável
Gastrectomia vertical/Sleeve
Quais as bariátricas predominantemente disabsortivas?
Scopinaro
Duodenal Switch
Qual a bariátrica predominantemente restritiva?
O bypass gástrico em Y de Roux.
Como são as cirurgias de Scopinaro e Duodenal Switch?
Tiram segmento gástrico e faz Y de Roux, com o duodeno se ligando muito distalmente no jejuno.
No bypass gástrico em Y de Roux, o estômago fica dentro do paciente?
Sim, mas ele se torna inacessível por endoscopia.
Qual a bariátrica que mais gera disabsorção?
Scopinaro/Duodenal Switch.
Quais as principais complicações imediatas da bariátrica?
Embolia pulmonar, infecção, evisceração…
Quais as principais complicações tardias da bariátrica?
Colelitíase, hérnias, obstrução, síndromes disabsortivas
Como é dividido o intestino primitivo?
- Anterior (órgãos; esôfago até 1a metade do duodeno)
- Médio (2a metade do duodeno até 1a metade do cólon transverso)
- Posterior (2a metade do cólon transverso até o reto)
Como é a dor visceral?
Difusa, sem dor à descompressão brusca, sem defesa, abdome flácido
Como é a dor parietal?
Localizada, com dor à descompressão brusca, com defesa, abdome endurecido
Quais os tipos de causas de abdome agudo?
Inflamatório/infeccioso Obstrutivo Hemorrágico Perfurativo Vascular
Como é o abdome agudo inflamatório/infeccioso?
Dor insidiosa, progressiva, de evolução longa***.
Como é o abdome agudo obstrutivo?
Dor em cólica*** intermitente, distensão, RHA aumentados
- Relação com cirurgia anterior
Como é o abdome agudo hemorrágico?
Dor súbita, moderada/leve, difusa, de evolução curta, com sinais de hipovolemia
Como é o abdome agudo perfurativo?
Dor súbita, intensa, de evolução curta e difusão precoce
Como é o abdome agudo vascular?
Dor súbita, intensa, difusa, progressiva, de evolução curta
Quais as causas mais comuns de abdome agudo inflamatório/infeccioso?
Apendicite, colecistite
Quais as causas mais comuns de abdome agudo obstrutivo?
Aderências, hérnias, tumores
Quais as causas mais comuns de abdome agudo hemorrágico?
Gravidez tubária rota, AAA roto
Quais as causas mais comuns de abdome agudo perfurativo?
Úlcera péptica perfurada, corpo estranho
O que é o sinal de Kehr?
É dor no ombro por irritação diafragmática.
Colecistite
Abscesso diafragmático
Sangue intraperitoneal livre
Quais as causas mais comuns de abdome agudo vascular?
Embolia/trombose (mesentéricas), infarto por baixo fluxo
Quais os exames complementares úteis para abdome agudo?
- Exames gerais e laboratoriais (hemograma, glicemia, beta-HCG, EAS, amilasemia…)
- Imagem (Rx, USG, TC, RNM)
- Laparoscopia
Se a laparotomia é indicada para o abdome agudo, outros exames complementares são ____.
Se é indicada laparotomia, outros exames complementares são supérfluos.
TC é bom para abdome agudo?
É o melhor, mas pode ser inacessível e é muito radioativo
Rx é bom para abdome agudo?
Para perfurativo e obstrutivo, sim.
USG é bom para abdome agudo em quais situações?
Líquido livre e dor em QSD.
RNM é bom para abdome agudo?
É muito bom, mas é inacessível/indisponível.
Sempre há sinal de Blumberg em apendicite?
Não.
Não costuma acontecer em quadros iniciais.
Ocorre quando há acometimento parietal.
Apendicite na ______ é de difícil diagnóstico.
Apendicite na gravidez é de difícil diagnóstico.
Onde há hérnias abdominais?
Apenas abaixo de aponeuroses ou de incisões cirúrgicas.
Abaixo de músculo íntegro NÃO ocorre.
Como está o Rx de abdome com gases/líquidos?
Sentado: “empilhamento de moedas”
Deitado: níveis hidroaéreos
Qual o tratamento inicial para abdome agudo?
Recuperação sistêmica:
- Hidratação, ATB, analgésico, cateterização
Qual o tratamento definitivo para abdome agudo?
Pode ser operatório ou clínico.
Operatório para peritonite, obstrução, hérnias complicadas
Quais as principais causas fisiopatológicas da apendicite aguda?
Fezes endurecidas
Hiperplasia linfoide
Neoplasia
Verminose
Em qual idade os linfonodos estão mais hiperplásicos, e, portanto, fechando mais o lúmen do apêndice?
Da puberdade até os 30 anos.
Quais as bactérias mais comumente envolvidas na apendicite aguda?
Bacteroides fragilis
Escherichia coli
Quais as fases da apendicite aguda?
Fase catarral
Fase supurativa
Fase necrótica
Perfuração
Como é o quadro da fase catarral da apendicite aguda?
- Dor visceral mesogástrica
- Náuseas e vômitos
- Dor à palpação profunda na FID
Qual o quadro da fase supurativa da apendicite aguda?
- Febre baixa
- Sinal de defesa na FID
- Blumberg +
Qual o quadro clínico da fase necrótica da apendicite aguda?
- Febre
- Dor intensa em FID
- Náuseas e vômitos
- Diminuição de gases/fezes
Como é o quadro clínico quando há perfuração em apendicite aguda?
- Dor abdominal parietal (difusa)
- Febre, desidratação, PA e FC baixas
- Distensão, diminuição de RHA
- Comprometimento sistêmico
Em quanto tempo se dá a fase catarral da apendicite aguda?
Até 12h.
Quanto tempo dura a fase supurativa da apendicite aguda?
Até 48h.
Quando pode começar a fase necrótica da apendicite aguda?
Após 48h.
Qual a ordem das fases na evolução da apendicite aguda?
- Fase catarral
- Fase supurativa
- Fase necrótica
- Perfuração
Quando o sinal de Blumberg passa a ser positivo em apendicite aguda?
A partir da segunda fase (fase supurativa).
Como se dá o diagnóstico da apendicite aguda?
Quase totalmente clínico (história e exame físico).
Quais os sinais do exame físico que podem estar presentes em apendicite aguda?
Blumberg Rovsing Dunphy Obturador Psoas
Qual o melhor exame de imagem para apendicite aguda?
TC.
RNM para gestante
Qual a conduta em apendicite aguda simples, sem complicações, com menos de 48h?
ATBprofilaxia + Apendicectomia
Em casos de apendicite aguda complicada/bloqueada, o que pode estar presente e necessita de ser resolvido na conduta?
Abscesso.
Em casos de apendicite aguda complicada com peritonite difusa, qual a conduta?
ATBterapia (7-10 dias) + Cirurgia de urgência
Qual a causa fisiopatológica da formação de divertículos colônicos?
A baixa ingesta de fibras/dificuldade na passagem de fezes.
Onde é mais comum haver divertículos colônicos?
No cólon sigmoide.
A inflamação dos divertículos mais comumente ocorre no ______.
O sangramento dos divertículos mais comumente ocorre no ______.
A inflamação dos divertículos mais comumente ocorre no cólon esquerdo (sigmóide).
O sangramento dos divertículos mais comumente ocorre no cólon direito.
Quais são os fatores de risco para a diverticulite?
- Uso de AINEs/imunossupressão
- Tabagismo
- Obesidade
- Idade
Quais complicações podem ocorrer com a diverticulite aguda?
Abscesso.
Perfuração, com peritonite, pneumoperitônio e/ou pneumatúria (fístula).
Qual a clínica típica da diverticulite aguda? Como ela é apelidada?
- Dor insidiosa e localizada, em FIE;
- Constipação OU diarréia
- Febre
“Apendicite do lado esquerdo do idoso”
Qual exame de imagem é o melhor para diagnosticar diverticulite aguda?
TC.
USG é alternativa.
Evitar colonoscopia e Clister.
Quando se deve realizar colonoscopia em diverticulite aguda?
4-6 semanas após tratamento, para excluir neoplasias.
Qual classificação é usada para a diverticulite aguda?
Classificação de Hinchey.
Como é a classificação de Hinchey?
Classe I: Abscesso pericólico < 4 cm
Classe II: Abscesso >= 4 cm
Classe III e IV: Peritonite
Quais classes de Hinchey contêm diverticulite complicada?
Classes II, III e IV.
Qual o tratamento para a diverticulite não complicada?
Suporte + ATB
Repouso intestinal
Cirurgia eletiva para certos casos
Qual a antibioticoterapia geralmente usada em diverticulite?
Ciprofloxacino + Metronidazol
Qual o tratamento para a diverticulite complicada?
Hinchey II: ATB + Drenagem + Cirurgia semi-eletiva/eletiva
Hinchey III/IV: Cirurgia de urgência (sigmoidectomia à Hartmann)
A maioria das diverticulites é complicada ou não complicada? Qual classe de Hinchey?
Não complicada.
Hinchey I.
Quais os dois tipos de trauma abdominal, de acordo com a natureza da lesão?
Contuso/Fechado
Penetrante
A maioria dos traumas abdominais é de natureza…
Contuso/Fechado.
Quais fatores indicam gravidade de um acidente automobilístico?
Vítimas ejetadas
Óbitos
Deformidade do veículo
Quais as duas principais estruturas lesionadas em traumas abdominais penetrantes por arma de fogo?
Intestino delgado, seguido por cólon.
Quais as duas principais estruturas lesionadas em traumas abdominais penetrantes por arma branca?
Fígado, seguido por intestino delgado.
Quais as três principais estruturas lesionadas em traumas abdominais contusos?
Baço, seguido de fígado, e em terceiro lugar, vísceras ocas.
O “sinal do cinto de segurança” indica…
Lesão do intestino delgado e mesentério.
Qual o melhor exame para avaliar trauma abdominal? Qual o porém?
TC.
Porém, exige estabilidade hemodinâmica.
O USG-FAST é um exame bom ou ruim na avaliação do trauma abdominal?
É rápido ou lento?
Exige estabilidade hemodinâmica?
Exige treinamento do operador?
O USG-FAST é muito bom na avaliação do trauma abdominal.
É rápido.
Exige estabilidade hemodinâmica.
Exige treinamento do operador.
No que consiste o lavado peritoneal diagnóstico? É bom para trauma abdominal?
É um exame no qual se coloca um tubo no peritônio e aspira qualquer conteúdo que esteja nele.
É bom para trauma abdominal.
Rx de abdome é bom para trauma abdominal?
Não é tão útil.
A videolaparoscopia é útil em trauma abdominal?
É boa para lesões penetrantes toracoabdominais.
Porém, exige estabilidade hemodinâmica.
Qual a conduta em trauma abdominal penetrante por arma de fogo?
Investigar violação do peritônio (clínica, USG-FAST, TC).
Se sim, laparotomia exploradora.
Se não, estabilização e observação.
Qual a conduta em trauma abdominal penetrante por arma branca?
Se choque, peritonite, evisceração ou violação do peritônio (pode investigar com dedo), realizar laparotomia exploradora.
Se não, estabilizar e observar.
Qual a conduta inicial em trauma abdominal fechado?
Primeiramente, ABCDE.
Segundamente, anamnese, exame físico e exames complementares.
O exame físico no trauma abdominal fechado…
Não é muito sensível.
Qual a conduta em trauma abdominal fechado com peritonite, pneumoperitônio ou ruptura diafragmática?
Laparotomia exploradora.
Qual a conduta em trauma abdominal fechado SEM peritonite, pneumoperitônio ou ruptura diafragmática, em paciente ESTÁVEL?
Avaliar risco de lesão abdominal. Se não houver risco, estabilizar e observar. Se houver risco, realizar TC com contraste.
Se houver lesão de víscera oca, laparotomia exploratória. Se houver lesão de víscera maciça isolada, tratar sem operar.
Qual a conduta em trauma abdominal fechado SEM peritonite, pneumoperitônio ou ruptura diafragmática, em paciente INSTÁVEL?
Reposição volêmica.
Avaliar politrauma;
Se politraumatizado, realizar FAST e considerar laparotomia exploratória.
Se não politraumatizado, laparotomia exploratória.
Prostaglandinas ______ a produção ácida gástrica.
COX ______ as prostaglandinas.
AINEs ______ as COX.
Prostaglandinas inibem a produção ácida gástrica.
COX estimulam as prostaglandinas.
AINEs inibem as COX.
Logo, AINEs estimulam a produção ácida gástrica.
Onde está a maior concentração de bombas de H+ no estômago?
Nas células parietais do fundo gástrico.
H. pylori no antro faz o quê?
H. pylori disseminada faz o quê?
No antro, inibe célula D -> aumenta gastrina -> hipercloridria.
Disseminada, inibe células gástricas -> hipocloridria.
Como é o grau I da classificação de Johnson de úlcera péptica?
Localizada na pequena curvatura, junto à incisura angular.
Normo/hipocloridria.
Como é o grau II da classificação de Johnson de úlcera péptica?
Associada a úlcera duodenal.
Hipercloridria.
Como é o grau III da classificação de Johnson de úlcera péptica?
Pré-pilórica.
Hipercloridria.
Como é o grau IV da classificação de Johnson de úlcera péptica?
Proximal/justaesofágica.
Normo/hipocloridria.
Como se trata a úlcera péptica classe I de Johnson?
Antrectomia + B1 ou B2
Como se trata a úlcera péptica classe II de Johnson?
Antrectomia + Vagotomia + B1 ou B2
Como se trata a úlcera péptica classe III de Johnson?
Antrectomia + Vagotomia + B1 ou B2
Como se trata a úlcera péptica classe IV de Johnson?
Gastrectomia subtotal + Y de Roux
Em cirurgia para úlcera péptica, sempre deve-se…
Retirar a úlcera, pois há risco de haver células cancerosas.
Como se diminui a acidez na úlcera péptica por meio de cirurgia?
Antrectomia, vagotomia e/ou gastrectomia.
Se duodenal: antrectomia + vagotomia.
Se gástrica: gastrectomia.
Quais as principais síndromes pós-gastrectomia?
Dumping
Gastrite alcalina
Síndrome da alça aferente
Como é a síndrome pós-gastrectomia de Dumping?
Passagem rápida de gorduras/carboidratos do estômago para o intestino. Ocorre em ausência do piloro (B1, B2 e Y de Roux).
Inicialmente: Náuseas, vômitos, distensão, diarreia.
Tardiamente: Hipoglicemia.
Como é a síndrome pós gastrectomia de gastrite alcalina?
Ocorre pela ausência de piloro, com refluxo biliar.
Dor epigástrica contínua, aliviada pela alimentação.
Como é a síndrome pós-gastrectomia da alça aferente?
Suboclusão de alça aferente em B2 e Y de Roux.
Dor epigástrica contínua que piora com a alimentação. Tratamento cirúrgico.
Qual um possível quadro de abdome agudo em úlcera péptica?
Úlcera péptica perfurada (abdome agudo perfurativo).
A hemorragia na úlcera péptica, geralmente, é…
Autolimitada.
Como é a conduta em hemorragia da úlcera péptica?
Inicialmente com IBP. Se instável hemodinâmicamente, reanimação precoce/intensiva.
Depois, fazer EDA para localização e diagnóstico. Se possível, tratar com EDA. Avaliar necessidade de cirurgia (classificação Forrest).
Como é a classificação de hemorragia de úlceras de Forrest?
I: sangramento ativo
II: sangramento recente
III: base limpa
Quando é indicada a cirurgia em hemorragias de úlceras pépticas?
Quando é refratária ao tratamento clínico/EDA ou é impossível fazer EDA.
Para Forrest I, IIa e IIb também, com úlceras > 2 cm também.
Como é a cirurgia de correção de hemorragia de úlceras pépticas?
Rafia da úlcera
EDA após 6 semanas
Como é o quadro de úlcera perfurada?
Dor súbita e intensa em epigástrio, que rapidamente se difunde pelo abdome e piora com a movimentação.
Há abdome em tábua.
Pode ocorrer pneumoperitônio.
Como tratar úlcera péptica perfurada?
Hidratação
ATB
IBP
Cirurgia emergencial
Qual o tratamento cirúrgico emergencial da úlcera péptica perfurada?
Laparotomia com rafia da perfuração;
Cobertura com retalho do omento maior;
Aspiração de secreção livre;
Tratar H. pylori, se presente.
Como pode ocorrer obstrução mecânica do esvaziamento gástrico em úlcera péptica?
Por edema/inflamação (agudo), ou por fibrose (crônico).
Quais as opções de tratamento para obstrução mecânica do esvaziamento gástrico em úlcera péptica?
Dilatação endoscópica (pode recidivar);
Cirurgia (é o melhor): piloroplastia, gastrojejunostomia, vagotomia.
Quais os diagnósticos diferenciais da obstrução mecânica do esvaziamento gástrico em úlcera péptica?
Neoplasia (!!!)
Não adesão ao tratamento
Síndrome de Zollinger-Ellison
Acima da cicatriz umbilical, as aponeuroses dos músculos abdominais se unem…
Anteriormente e posteriormente ao músculo reto abdominal.
Abaixo da cicatriz umbilical, as aponeuroses dos músculos abdominais se unem…
Apenas anteriormente ao músculo reto abdominal.
O que passa pela parte inguinal do peritônio?
Sexo masculino: cordão espermático
Sexo feminino: lig. redondo do útero
As hérnias de parede abdominal são de resolução essencialmente…
Cirúrgica.
O local onde mais acontece hérnias é o…
Abdome.
Qual o local mais acometido nas hérnias abdominais?
A região inguinal/inguinoescrotal.
Dentre os intestinos, qual o mais frequentemente herniado?
Intestino delgado.
Quais os tipos de hérnias inguinais/inguinoescrotais?
- Diretas (dentro do funículo espermático; podem ser congênitas)
- Indiretas (fora do funículo espermático; só são adquiridas)
Em homens, há necessidade cirúrgica imediata para hernias inguinais/inguinoescrotais?
Sem necessidade cirúrgica imediata.
Em mulheres, há necessidade cirúrgica imediata para hernias inguinais/inguinoescrotais?
Cirurgia é indicada no diagnóstico.
Em RN a termo, há necessidade cirúrgica imediata para hernias inguinais/inguinoescrotais?
Cirurgia o quanto antes.
Em RN pré-termo, há necessidade cirúrgica imediata para hernias inguinais/inguinoescrotais?
Cirurgia na internação do nascimento.
Quais os fatores de risco para o surgimento de hernias?
- Prematuridade
- Doença sistêmica do tecido conjuntivo (tabagismo, envelhecimento…)
- Gestação
- Obesidade
- Constipação
- Contribuidores ao insucesso do tratamento
Como é a clínica da hérnia sem complicações?
Abaulamento redutível
Com ou sem dor
Relação com pressão abdominal (Valsalva)
Quais os quadros da hérnia com complicações?
- Encarceramento (crônico, pode evoluir para estrangulamento)
- Estrangulamento (isquemia, necrose, perfuração)
- Aumento de volume
Qual a classificação usada para hérnias inguinais?
Classificação de Nyhus.
A hérnia _____ tem maior número de complicações no sexo feminino.
A hérnia _____ tem maior número de complicações em qualquer sexo.
Inguinal complica mais no sexo feminino.
Femoral complica mais em qualquer sexo.
Qual a classificação clínica das hérnias?
Assintomática Minimamente sintomática Sintomática Não-redutível (URGÊNCIA) Estrangulada (URGÊNCIA)
Quais as principais técnicas cirúrgicas para as hérnias abdominais?
Lichtenstein
Nyhus
Stoppa
Qual a principal técnica cirúrgica para hérnias abdominais cotidianas, uni ou bilaterais?
Lichtenstein.
Quais as principais técnicas cirúrgicas para hérnias abdominais de grande volume?
Nyhus para as unilaterais
Stoppa para as bilaterais
As hérnias do forame obturador ocorrem mais em _________. Nessas hérnias, pode haver o sinal de _________. Geralmente, se diagnostica essas hérnias quando _________.
As hérnias do forame obturador ocorrem mais em mulheres idosas. Nessas hérnias, pode haver o sinal de Howship-Romberg. Geralmente, se diagnostica essas hérnias quando há complicações.
No que consiste a doença pilonidal sacrococcígea (DPS)?
Um abscesso crônico subcutâneo, que drena pus ou pelos na linha média sacrococcígea.
Quais os grupos mais acometidos pela doença pilonidal sacrococcígea (DPS)?
Brancos
15-50 anos
Obesos
Hirsutos
Quais os DDs da doença pilonidal sacrococcígea (DPS)?
Abscessos perianais
Fístulas perianais
A clínica da doença pilonidal sacrococcígea (DPS) assintomática apresenta o quê?
Pequenos orifícios com pelos, na linha média sacrococcígea.
A clínica da doença pilonidal sacrococcígea (DPS) sintomática se baseia em quê?
Complicações, como infecção aguda/crônica e transformação maligna.
Como se dá o tratamento da doença pilonidal sacrococcígea (DPS)?
Higiene frequente, remoção dos pelos dos orifícios e tricotomia da região.
E/OU
Infusão repetida de fenol 80% no orifício cutâneo.
E/OU
Cirurgia.
Como se dá o tratamento da infecção aguda (abscesso pilonidal) da doença pilonidal sacrococcígea (DPS)?
Cirurgia emergencial \+ Drenagem \+ Curativos \+ Cirurgia definitiva
Considerar ATB
Qual o tratamento para a infecção crônica na doença pilonidal sacrococcígea (DPS)?
Cirurgia eletiva (excisão em bloco OU incisão e curetagem).
Quais os cuidados pós-operatórios no tratamento da doença pilonidal sacrococcígea (DPS)?
Se técnica aberta: curativo deve remover pelos da ferida
+
Tricotomia quinzenal até cicatrização/definitiva
Ao serem diagnosticados, a maioria dos pacientes com CA de esôfago está com…
Tumor irressecável ou metástase.
Quais os tipos histológicos de câncer de esôfago? Quais grupos são mais afetados por cada um?
- Carcinoma escamoso: homem, negro, idoso, tabagista, ingesta de cáusticos, HPV, acalásia
- Adenocarcinoma: homem, branco, idoso, obeso, DRGE, esôfago de Barrett
Qual o local mais acometido por cada tipo histológico de CA esofágico?
Escamoso: esôfago torácico médio
Adenocarcinoma: esôfago distal
Ao Rx, como é diferenciada a estenose esofagiana benigna da maligna?
Benigna tem afunilação gradual.
Maligna tem afunilação repentina (maçã mordida).
A letalidade para os tipos histológicos de CA esofagiano é…
Igualmente alta (cerca de 90%).
Como é a penetração tecidual dos tipos histológicos de CA esofagiano?
Escamoso/epidermoide: linear na submucosa, transversal na parede
Adenocarcinoma: transversal na parede
Qual o tipo de disfagia no CA esofagiano?
Disfagia mecânica.
Quais as manifestações clínicas do CA esofagiano?
- Disfagia progressiva (evolução de meses)
- Perda ponderal alta
- Tosse após ingestão de líquidos
- Rouquidão
Quando se fala de comprometimento esofagiano, quando a disfagia ocorre com líquidos, pode-se dizer que…
Há maior comprometimento luminal.
Quais exames são usados para diagnóstico de CA esofagiano?
EDA (biópsia!!!)
Rx/Esofagograma
Histopatologia (diagnóstico definitivo)
Quais os locais mais comuns de metástase a partir de CA esofagiano?
Fígado
Pulmão
Peritônio
Linfonodos distantes
Quais exames complementares são bons para o estadiamento “TNM” do CA esofagiano?
- TC multi-slice (bom para avaliação à distância)
- USG endoscópica (penetração local e acometimento linfonodal)
Quais as condições para poder curar um CA esofagiano?
Não pode ser T4b
Não pode haver metástase (deve ser M0)
Boas condições clínicas
Como é o tratamento curativo para CA esofagiano?
- Se T1a e N0: considerar ressecção endoscópica
- Se T1b ou mais e M0: esofagectomia com margem de 8 cm e linfadenectomia de 15 linfonodos; reconstrução com estômago; considerar RT/QT neoadjuvante.
O esôfago é um órgão ____. Não é possível retirar um segmento e…
É um órgão fixo.
Não é possível retirar segmento e aproximar partes restantes.
Quando se faz tratamento paliativo em CA esofagiano?
Quando é T4b e/ou M1.
Quais são as cirurgias para esofagectomia em CA de esôfago?
Toracotomia direita (transtorácica) Trans-hiatal
Quais as vantagens/desvantagens de cada cirurgia de esofagectomia no CA esofagiano?
Transtorácica: complicações no PO, deiscência da anastomose
Trans-hiatal: menor tempo cirúrgico, menos traumatismo, menos mortalidade, mas não permite ressecção linfonodal adequada.
Por que a cirurgia de esofagectomia para CA de esôfago é realizada _____?
É realizada à direita (toracotomia à direita), porque à esquerda, a aorta anda ao lado do esôfago.
Após a esofagectomia por CA de esôfago, pode ser que não seja possível reconstruir com _________. Nesses casos, pode-se tentar…
Pode ser que não seja possível reconstruir com o estômago, por atrofia gástrica ou outros motivos.
Nesses casos, pode-se tentar reconstruir com o cólon.
As neoplasias pancreáticas têm altas chances de cura, ou baixas chances de cura?
Baixas chances de cura.
A única forma de curar neoplasias pancreáticas é com…
Ressecção cirúrgica.
90% dos casos de nódulos pancreáticos é por…
Adenocarcinoma ductal.
Quais os grupos de risco para o surgimento de adenocarcinoma ductal pancreático?
Idade avançada
Negros
Tabagistas
Como é o quadro de adenocarcinoma ductal pancreático?
Icterícia progressiva Vesícula biliar palpável e indolor Perda ponderal Dor abdominal Gânglio de Virchow
A maioria dos adenocarcinomas ductais de pâncreas ocorre na…
Cabeça do pâncreas.
Como os adenocarcinomas ductais do pâncreas se apresentam à imaginologia?
Nódulos pancreáticos;
Dilatação ductal.
Quais os principais tipos de nódulos pancreáticos?
- Adenocarcinoma ductal
- Neoplasias neuroendócrinas funcionantes (insulinoma; gastrinoma)
- Neoplasias neuroendócrinas não-funcionantes)
Quais os métodos de imagem usados para nódulos pancreáticos?
US (convencional e endoscópica)
TC
RNM (colangiopancreatografia)
Nos nódulos pancreáticos, deve-se realizar biópsia para iniciar tratamento cirúrgico?
Não. Pode fazer cirurgia antes.
Realizar biópsia em lesões irressecáveis.
Parte do ducto colédoco é _______. Por isso, doenças pancreáticas expansivas podem…
Parte do ducto colédoco é intrapancreático. Doenças pancreáticas expansivas podem afetar a bile (icterícia).
No estadiamento TNM dos nódulos pancreáticos, como se estadia o “T”?
- T1: < 2 cm, confinado ao pâncreas
- T2: > 2 cm, confinado ao pâncreas
- T3: invasão de estruturas adjacentes não-arteriais
- T4: invasão de artérias
No estadiamento TNM dos nódulos pancreáticos, quais graus são contraindicados para ressecção?
T4 e/ou M1.
N1 NÃO contraindica.
A cirurgia para nódulos pancreáticos na cabeça do pâncreas é qual?
- Com dilatação ductal: duodenopancreatectomia (Whipple)
- Sem dilatação ductal (insulinoma): ressecção local (enucleação)
- Sem dilatação ductal (outros): Whipple
A cirurgia para nódulos pancreáticos do corpo/cauda do pâncreas é qual?
- Com dilatação ductal: Pancreatectomia distal com esplenectomia (Child)
- Sem dilatação ductal: Ressecção segmentar/pancreatectomia distal com preservação do baço (Child)
Como se trata os nódulos pancreáticos irressecáveis em pacientes sem condição cirúrgica?
Stent em colédoco e/ou duodeno (alívio sintomático; alta taxa de insucesso)
Como se trata os nódulos pancreáticos irressecáveis em pacientes com condição cirúrgica?
- Coledocojejunostomia (para icterícia)
- Gastrojejunostomia (para obstrução duodenal)
A cirurgia de Whipple remove…
Duodeno
Cabeça do pâncreas
Vesícula biliar
Antro do estômago
Câncer gástrico precoce corresponde a ____ dos diagnósticos, com ____ de taxa de cura.
Câncer gástrico tardio corresponde a ____ dos diagnósticos, com ____ de taxa de cura.
Câncer gástrico precoce corresponde a 20% dos diagnósticos, com 80% de taxa de cura.
Câncer gástrico tardio corresponde a 80% dos diagnósticos, com 20% de taxa de cura.
Quais os dois tipos histológicos de câncer gástrico, pela classificação de Lauren?
- Intestinal (90%): diferenciado, idosos e mulheres, melhor prognóstico. Alimentos mal conservados/defumados, H. pylori, anemia perniciosa, poucas frutas/vegetais.
- Difuso (10%): indiferenciado, < 50 anos, grupo sanguíneo A e histórico familiar, metástase precoce. Tabagismo/etilismo.
Quais as condições precursoras do câncer gástrico (especialmente o subtipo intestinal; por que ele?)?
Pangastrite atrófica (H. pylori)
Gastrite corporal atrófica (anemia perniciosa)
Pós-gastrectomia parcial
Subtipo intestinal tem estágio pré-canceroso longo e bem definido.
Em câncer gástrico, a história familiar é significante?
Sim.
Qual a classificação macroscópica de Borrmann para câncer gástrico?
É geralmente pra casos avançados.
Classe I: protruso e bem demarcado.
Classe II: ulcerado, bem demarcado e sem infiltração.
Classe III: ulcerado, infiltrado e raso.
Classe IV: infiltrado, difuso, em todas as camadas e direções.
Qual a classificação macroscópica de câncer gástrico superficial?
Tipo 1: protruso (até 0,5 cm)
Tipo 2: superficial (elevado, plano ou deprimido)
Tipo 3: escavado (quase uma úlcera)
Em câncer gástrico, lesão superficial é o mesmo que lesão precoce?
Não. Superficial pode ser avançado.
Como é a clínica do paciente com câncer gástrico em estágio precoce?
Assintomático ou com sintomas dispépticos inespecíficos.
Como é a clínica do paciente com câncer gástrico em estágio avançado?
- Perda ponderal, epigastralgia, náusea, saciedade precoce, anemia.
- Sinais de obstrução.
- Sinais e sintomas de metástase.
- Massas, ascite e linfonodomegalia à distância.
Como se diagnostica o câncer gástrico superficial, o Borrmann I, o II e o III?
EDA.
Como se diagnostica o câncer gástrico Borrmann IV?
Rx.
Como se estadia (TNM) o câncer gástrico?
- TC para metástases viscerais e linfonodos à distância;
- USG endoscópica para o “T”, para metástase peritoneal e para linfonodos regionais;
- Videolaparoscopia para outros achados
Qual o plano terapêutico para câncer gástrico M0?
Curativo: ressecção com margens de segurança, linfadenectomia e reconstrução com jejuno.
Se acometimento linfonodal/órgãos adjacentes, QT adjuvante.
Se limitado à mucosa, sem úlceras, diferenciado, L0, < 2cm: ressecção endoscópica (mucosectomia).
Como é feita a ressecção da lesão no câncer gástrico M0?
Com gastrectomia subtotal ou total (e margens de segurança).
Quais técnicas são usadas na reconstrução do trânsito em ressecção no câncer gástrico?
B2 ou Y de Roux.
Como é o plano terapêutico do câncer gástrico com metástase à distância?
Paliativo.
Se risco cirúrgico baixo, gastrectomia paliativa.
Se risco cirúrgico alto, QT paliativa, RT, stents e dilatadores pneumáticos.
QT paliativa não se faz para…
Hemorragia, perfuração ou obstrução.
Os nódulos hepáticos podem ser…
Primários (benignos ou malignos) ou metastáticos.
Os nódulos hepáticos primários benignos geralmente causam sintomas? São frequentes? Acometem mais qual grupo?
Geralmente assintomáticos. São muito frequentes. Acomete mais mulheres jovens.
O que se deve descartar ao pensar em nódulo hepático primário benigno?
Tumor metastático
CHC
Qual a origem mais comum do nódulo hepático metastático?
CA colorretal.
O diagnóstico clínico dos nódulos hepáticos se dá de que forma?
Por sintomas, história de hepatopatia prévia/atual, cirurgia prévia, MEU/prévios, etilismo.
No exame físico, por estigmas de cirrose, linfonodomegalias, VMGs.
O diagnóstico imagiológico dos nódulos hepáticos se dá de que forma?
Inicialmente, USG abdominal.
TC e RNM abdominais para complementar USG.
Os cistos simples do fígado (biliares) são benignos ou malignos? São congênitos ou adquiridos?
São benignos, congênitos.
Quais as características dos cistos simples do fígado?
Têm líquido seroso, não comunicam com árvore biliar.
USG: anecoico, demarcado.
TC: hipodenso, não capta contraste.
O tratamento para cistos simples do fígado é…
Conservador.
Quando houver cisto hepático, deve-se sempre pensar em…
Cistoadenoma/cistoadenocarcinoma.
São 5% dos cistos hepáticos.
Como os cistoadenomas/cistoadenocarcinomas hepáticos se apresentam à USG/TC?
- Multiloculares
- Captação capsular de contraste
- Vegetações internas
- Septos
O tratamento para cistoadenomas/cistoadenocarcinomas hepáticos é…
Cirúrgico, sem biópsia.
Qual o nódulo hepático benigno mais comum?
Hemangioma.
A maioria dos hemangiomas hepáticos é…
De pequeno volume.
Qual o público mais acometido pelos hemangiomas hepáticos?
Mulheres de 30 a 50 anos.
Como são as características da maioria dos hemangiomas hepáticos?
Assintomático;
Lobo direito;
Único.
Como se apresentam os hemangiomas hepáticos à USG/TC?
USG: hiperecoico
TC: captação periférica/centrípeta
Deve-se realizar biópsia em hemangiomas hepáticos?
Não, pois são lesões hipervasculares com risco de sangramento.
O tratamento para hemangioma hepático é…
Conservador.
A hiperplasia nodular focal do fígado acomete mais…
Mulheres de 20 a 50 anos.
Geralmente, a lesão da hiperplasia nodular focal do fígado se apresenta de que forma?
Lesão única, < 5 cm, com aspecto de “roda de carruagem”.
A hiperplasia nodular focal hepática se apresenta como à USG/TC?
Hipercaptação de contraste
Cicatriz central
Deve-se fazer biópsia de hiperplasia nodular focal hepática?
Não. É uma lesão hipervascular, que pode sangrar.
O tratamento para hiperplasia nodular focal hepática é…
Conservador.
O cistoadenoma hepático (benigno) pode virar…
Cistoadenocarcinoma (maligno).
O adenoma hepático é comum?
Não. É incomum.
Qual o público mais acometido por adenoma hepático?
Mulheres em idade fértil
Uso de estrogênios
Uso de ____ aumenta a incidência, crescimento e hemorragias dos adenomas hepáticos.
ACO.
Em adenomas hepáticos com _____, há maior risco de hemorragias e malignização.
Em adenomas hepáticos com mais que 5 cm, há maior risco de hemorragias e malignização.
Como os adenomas hepáticos se apresentam à USG/TC?
- Hipercaptação heterogênea de contraste na fase arterial
- Wash out venoso
Quando se deve realizar cirurgia em adenomas hepáticos?
Em homens e em tumores > 5 cm.
Se adenoma hepático não for ressecado, deve-se…
Evitar gravidez
Evitar ACO
Evitar estrogênios anabolizantes
O CHC é uma neoplasia maligna primária que tem como principais fatores de risco…
Cirrose e hepatite B.
Qual o marcador diagnóstico/prognóstico/de acompanhamento relacionado ao CHC?
Alfa-fetoproteína (elevada em CHC).
Além da USG e da TC, o CHC pode ser identificado também na…
RNM.
Como está o CHC nos exames de imagem?
- TC: Hipercaptante em fase arterial, wash out venoso
- RNM: nódulos menores
Deve-se realizar biópsia de CHC?
Não, é lesão hipervascular. Pode haver sangramento.
A doença nodular hepática metastática geralmente é sintomática ou assintomática?
Assintomática.
Como está a doença nodular metastática em USG/TC?
USG: nódulos hipoecoicos
TC: hipocaptação
Como é o tratamento para doença nodular hepática metastática?
Ressecamento.
Se for irressecável, fazer QT e ressecar (QT de conversão).
Como se classifica um hemangioma hepático como “gigante”?
> 10 cm.
A imaginologia para nódulos hepáticos está cada vez mais avançada. Com isso, há aumento de…
Há aumento de achados incidentais em assintomáticos.
Quais as fases da TC?
- Pré-contraste (ossos)
- Arterial (ossos e artérias)
- Portal/Venosa (ossos, veias e sistema porta)
- Excretora (ossos, rins e bexiga)
O que são pólipos?
Qualquer estrutura que protrui para dentro do intestino.
Quais os tipos de pólipos?
Não-neoplásicos: hiperplásicos, hamartomatosos, inflamatórios.
Neoplásicos: adenomas e adenocarcinomas.
Qual o tipo de pólipo mais frequente?
Adenomas (neoplásicos).
A incidência e a mortalidade de tumores malignos colorretais aumenta com…
A idade.
Muitas vezes, a polipectomia _____ a neoplasia. Mas apenas se…
Muitas vezes, a polipectomia cura a neoplasia. Mas apenas se não tiver havido invasão.
Qual a característica do pólipo que o identifica como adenocarcinoma (maligno)?
> 2 cm
Viloso
Displásico
Quais as principais síndromes de polipose intestinal?
- Polipose adenomatosa familiar
- Peutz-Jeghers
- Cowden
Como é a polipose adenomatosa familiar?
Pólipos adenomatosos em todo TGI (>100), com altas chances de malignização.
Variante Gardner (dentes extra, lipoma, osteoma, cistos sebáceos) Variante Turcot (tumores do SNC)
Como é o tratamento da síndrome de polipose adenomatosa familiar?
Proctocolectomia profilática.
Como é a síndrome de Peutz-Jeghers?
- Benigno
- Pólipos hamartomatosos, principalmente em intestino delgado (intussuscepção, melena, anemia).
- Manchas melânicas em pele e mucosas.
Como é a síndrome de Cowden?
- Pólipos hamartomatosos
- Ceratose palmoplantar
- Nódulos verrucosos (triquilemomas)
Qual tipo de dieta favorece o surgimento de câncer colorretal, e por quê?
Dieta ricas em carboidratos e gorduras.
Porque favorecem produção bacteriana carcinogênica.
Além da idade, da história familiar e pessoal, da dieta e dos hábitos de vida, quais fatores são de risco para surgimento de câncer colorretal?
- Resistência insulínica
- Doença inflamatória intestinal
O câncer colorretal pode ou não ter associação com…
Pode ou não ter associação com pólipos.
Quais os fatores de risco para surgimento de câncer colorretal hereditário associado a pólipos?
Polipose adenomatosa familiar (PAF) e suas variantes.
Quais os fatores de risco para surgimento de câncer colorretal hereditário não-associado a pólipos?
- Síndrome de Lynch (CCHNP) em 3 ou mais familiares de até 2 gerações;
- CA < 50 anos, sem associação com polipose hereditária.
O câncer colorretal é mais frequente em quais porções?
No reto e no sigmoide.
O câncer colorretal geralmente se inicia com…
Pólipos adenomatosos.
A disseminação do câncer colorretal pode ocorrer por 3 vias. Quais são elas?
- Invasão do peritônio e de outros órgãos adjacentes
- Drenagem para linfonodos a partir da submucosa
- Drenagem pela veia porta até o fígado (a partir da submucosa)
No câncer colorretal, geralmente há manifestações clínicas apenas em _______, e dependem do _______.
No câncer colorretal, geralmente há manifestações clínicas apenas em estágios avançados, e dependem do local acometido.
Quais as manifestações típicas de câncer colorretal em cólon direito?
Anemia, massa palpável
Quais as manifestações típicas de câncer colorretal em cólon esquerdo?
Alterações de hábitos intestinais.
Quais as manifestações típicas de câncer colorretal em reto?
Hematoquezia, tenesmo
Quais as manifestações típicas de câncer colorretal em metástase?
- Ascite
- Hepatomegalia dolorosa
- Sintomas urogenitais
- Sintomas pulmonares
Qual o principal exame complementar para diagnóstico de câncer colorretal em pacientes assintomáticos? E quais outros exames podem ser usados?
Colonoscopia.
Outros: retossigmoidoscopia, colonografia por TC, enema opaco, sangue oculto nas fezes.
Quais casos geralmente se indica colonoscopia para diagnóstico de câncer colorretal esporádico em pacientes assintomáticos?
- Sem história familiar com > 50 anos
- Com história familiar com > 40 anos
- Doença inflamatória intestinal com > 15 anos de doença
- Após ressecção de pólipo adenomatoso esporádico
Quando geralmente se indica colonoscopia para diagnóstico de câncer colorretal não-esporádico em pacientes assintomáticos?
- Polipose adenomatosa familiar e variantes por mais de 10 anos
- Sd. de Lynch por mais de 20 anos
O que é a síndrome de Lynch?
Mutação genética com fator hereditário, que predispõe à formação de câncer colorretal. Suspeitar quando há muitos casos de CA colorretal na família.
Qual o padrão-ouro para diagnóstico de CA colorretal?
Colonoscopia + Biópsia
O caso de câncer colorretal em que não se indica colonoscopia é…
Em TU causador de abdome agudo obstrutivo.
O que se deve procurar no exame físico do paciente com CA colorretal sintomático?
Sinais da variante Gardner da PAF.
Sinais da Sd. de Peutz-Jeghers.
Além da anamnese e do exame físico, quais exames fazer em paciente sintomático com suspeita de CA colorretal?
- Colonoscopia + Biópsia
- Hemograma
- Toque retal
- CEA
- Transaminases
Geralmente, o paciente com CA colorretal sintomático se apresenta como…
Emergência de abdome agudo/ambulatorial.
Para estadiamento TNM do CA colorretal em cólon e reto proximal, qual exame pedir?
TC.
Para estadiamento TNM do CA colorretal em retos médio e distal, quais exames pedir?
- USG endoscópica/RNM (para T e N)
- TC (para M)
- Retoscopia rígida
O exame CEA em CA colorretal é bom para…
Prognóstico e marcador de cura.
Para tratamento de CA colorretal, deve-se considerar, mesmo em estágios avançados…
Ressecção do TU primário.
O tratamento para CA colorretal pode ser…
Endoscópico e/ou cirúrgico.
O tratamento endoscópico do CA colorretal se baseia na…
Polipectomia ou mucosectomia.
A cirurgia no tratamento do CA colorretal em cólon é feita como?
- Colectomia segmentar com margens de 5 cm
- Linfadenectomia (16 linfonodos)
- Se possível, reconstrução primária do trânsito
- Se N1, com QT adjuvante
A cirurgia no tratamento do CA colorretal em reto é feita como?
- Se T0/T1 e N0: excisão local (cirúrgica ou endoscópica)
- Se T2 ou maior OU N1: QT + RT neoadjuvante + Cirurgia + QT adjuvante
A cirurgia no tratamento do CA colorretal > 5 cm da margem anal é feita com qual técnica?
RAB (ressecção abdominal baixa): excisão total do mesorreto com margens; anastomose colorretal/coloanal.
A cirurgia no tratamento do CA colorretal <= 5 cm da margem anal é feita com qual técnica?
MILES: ressecção abdominoperineal com excisão total do mesorreto.
Heller é pra…
Megaesôfago.
Nissen é pra…
DRGE.
Fistulotomia em livro aberto e cirurgia em dois tempos são pra…
Fístulas anais.
Esfincterotomia anal interna lateral é pra…
Fissura anal.
Duhamel é pra…
Megacólon.
Scopinaro é uma das cirurgias…
Bariátricas.
A classificação de Hinchey ajuda a classificar…
Diverticulites.
A classificação de Johnson é para…
Úlceras pépticas.
A classificação de Nyhus é para…
Hérnias inguinais.
Lichtenstein é cirurgia para…
Hérnias simples cotidianas.
Nyhus e Stoppa são cirurgias para…
Hérnias de grande volume.
Cirurgia de Whipple e cirurgia de Child são para…
Nódulos pancreáticos.
Classificação de Borrmann é para…
Macroscopia de CA gástrico.
A técnica de Milligan-Morgan é para…
Hemorroidectomia.