N1: Cirurgia e Proctologia Flashcards

1
Q

Quais as estruturas pouco desenvolvidas e menos vascularizadas do TGI?

A

Esôfago e intestino grosso.

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2
Q

Quais as estruturas mais desenvolvidas e vascularizadas do TGI?

A

Estômago e intestino delgado.

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3
Q

Qual a diferença entre hemorroidas internas e externas?

A

O plexo venoso que dá origem à hemorroida está acima da linha pectínea (interna) ou abaixo (externa).

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4
Q

Em quais situações há dor na hemorroida?

A

Interna necrosada;
Interna trombosada;
Externa trombosada.

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5
Q

Qual o tratamento clínico de hemorróidas?

A

Ingestão de fibras e flebotônicos;

Antiinflamatório oral (externas).

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6
Q

A técnica de Milligan-Morgan é a mais usada para cirurgias de…

A

…hemorroidectomia.

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7
Q

O abscesso anal pode evoluir para uma…

A

…fístula anal.

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8
Q

Quais os tipos de fístulas anais?

A

Simples (abaixo de 30% do esfíncter);

Complexa (acima de 30% do esfíncter).

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9
Q

Quais as técnicas para tratar fístulas anais?

A

Fistulotomia em livro aberto (simples);

Cirurgia em dois tempos (complexas).

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10
Q

O tratamento de primeira escolha para fissuras anais é clínico ou cirúrgico?

A

Clínico, com correção do espasmo do EAI (nitratos ou bloq. canal de cálcio).

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11
Q

Quando a fissura anal é refratária ao tratamento clínico, se faz qual cirurgia?

A

Esficterotomia anal interna lateral.

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12
Q

Qual o melhor método diagnóstico para DRGE?

A

pHmetria prolongada do esôfago.

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13
Q

Qual o melhor método para classificação e prognóstico de DRGE?

A

Endoscopia digestiva alta (EDA).

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14
Q

Qual a técnica cirúrgica mais usada para correção funcional de DRGE?

A

Fundoplicatura gástrica total em esôfago distal (de Nissen).

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15
Q

Quando se indica cirurgia para DRGE?

A

DRGE objetivamente evidenciada;
Sintomas frequentes e persistentes, mesmo com tratamento correto;
Complicações.

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16
Q

Além da técnica de Nissen, qual a outra técnica para DRGE?

A

Lindt-Toupet (fundoplicatura gástrica em esôfago distal parcial).

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17
Q

O que se faz para obter exclusão completa do refluxo ácido e alcalino?

A

Vagotomia troncular, com antrectomia e anastomose em Y de Roux.

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18
Q

Qual é um DD importante para megaesôfago chagásico?

A

Pressão por neoplasia (pseudoacalásia).

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19
Q

A ________ é boa para estratificar a acalasia chagásica.

A ________ é padrão-ouro para diagnosticar a acalasia chagásica, mas é pouco disponível.

A

esofagografia baritada

esofagomanometria

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20
Q

Qual exame se usa para diferenciar acalasia chagásica de seu principal DD?

A

EDA, para descartar/confirmar câncer.

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21
Q

Quais os graus de megaesôfago?

A

Grau I: até 4 cm
Grau II: de 4 a 7 cm
Grau III: mais que 7 cm
Grau IV: mais que 7 cm e tortuoso

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22
Q

O tratamento medicamentoso é indicado em quais graus de megaesôfago?

A

Graus I e II.

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23
Q

Como é o tratamento medicamentoso de megaesôfago chagásico?

A

BCCs;
Dinitrato de isossorbida;
Toxina botulínica.

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24
Q

Em quais casos de megaesôfago chagásico se indica a dilatação pneumática?

A

Graus I e II;

Graus III e IV com alto risco cirúrgico.

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25
Q

Quais as possíveis complicações da dilatação pneumática esofagiana?

A

Lacerações/perfurações esofagianas e refluxo gastroesofágico.

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26
Q

Qual técnica cirúrgica é recomendada para megaesôfago não avançado (graus I, II e talvez III)?

A

Esofagomiotomia à Heller com fundoplicatura anterior de Dor.

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27
Q

Quais as técnicas cirúrgicas recomendadas para megaesôfago avançado (graus III e IV)?

A

Cirurgia de Thal-Hatafuku;
Cirurgia de Serra-Dória;
Esofagectomia.

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28
Q

Qual a fisiopatologia do megacólon chagásico?

A

Há destruição da inervação do cólon, as contrações cessam e as fezes se acumulam, causando dilatação.

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29
Q

Qual a clínica típica de megacólon chagásico?

A

Obstipação progressiva;
Emagrecimento;
Distensão abdominal assimétrica;
Sinal de Gersuny/fecalomas em toque retal (casos avançados)

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30
Q

Quais as características do fecaloma no sinal de Gersuny?

A

Fezes endurecidas;
Indolor à palpação;
Cede à pressão

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31
Q

Qual o exame complementar recomendado para diagnóstico de megacólon chagásico?

A

Rx com enema opaco (contraste no cólon)

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32
Q

A colonoscopia tem utilidade no megacólon chagásico?

A

Apenas para identificar tumores/CA.

Ela não dá muita ideia do calibre da luz.

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33
Q

Quais as principais complicações do megacólon?

A
  • Volvo do sigmoide (maior gravidade)
  • Fecaloma
  • Úlceras estercoráceas/impactação fecal
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34
Q

Quais os sinais e sintomas do volvo do sigmoide?

A
  • Dor
  • Distensão progressiva
  • Ausência de flatos e evacuações
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35
Q

Como se trata cirurgicamente o volvo do sigmoide?

A

Hartmann: laparotomia, ressecção do segmento, e colostomia do cólon remanescente.

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36
Q

Qual o tratamento cirúrgico do megacólon?

A

Cirurgia de Duhamel

Resseca cólon afetado, e anastomosa cólon normal com reto

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37
Q

Sempre deve-se tratar o volvo do sigmóide com cirurgia?

A

Não. Se não houver necrose, pode tentar fazer intubação descompressiva endoscópica.

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38
Q

Quais os 2 tipos de obesidade?

A

Bariátrica

Central/abdominal/androide (maior morbimortalidade)

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39
Q

Distinção entre cirurgia bariátrica e cirurgia metabólica.

A

CB: reduzir peso
CM: reduzir risco cardiometabólico

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40
Q

Quais os critérios que indicam cirurgia bariátrica?

A

IMC + comorbidades/cirurgia metabólica;
Idade
Tempo de doença
Falha no tratamento conservador

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41
Q

Quais os mecanismos do tratamento para obesidade?

A

Restrição da ingesta
Disabsorção intestinal
Modificação de produção hormonal

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42
Q

Quais as contraindicações para a cirurgia bariátrica?

A
Causas de obesidade endócrinas tratáveis
Idade >65 ou <18
Transtorno psiquiátrico grave
Risco cirúrgico/anestésico
Dependência de álcool/drogas
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43
Q

Quais os tipos de cirurgia bariátrica?

A

Puramente restritivas
Predominantemente disabsortivas
Predominantemente restritiva

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44
Q

As bariátricas puramente restritivas são _____ e _____ eficazes, enquanto as combinadas (restritivas + disabsortivas) são _____ e ____ eficazes.

A

Puramente restritivas são simples menos eficazes

Combinadas são complexas e mais eficazes

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45
Q

Quais as bariátricas puramente restritivas?

A

Banda gástrica ajustável

Gastrectomia vertical/Sleeve

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46
Q

Quais as bariátricas predominantemente disabsortivas?

A

Scopinaro

Duodenal Switch

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47
Q

Qual a bariátrica predominantemente restritiva?

A

O bypass gástrico em Y de Roux.

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48
Q

Como são as cirurgias de Scopinaro e Duodenal Switch?

A

Tiram segmento gástrico e faz Y de Roux, com o duodeno se ligando muito distalmente no jejuno.

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49
Q

No bypass gástrico em Y de Roux, o estômago fica dentro do paciente?

A

Sim, mas ele se torna inacessível por endoscopia.

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50
Q

Qual a bariátrica que mais gera disabsorção?

A

Scopinaro/Duodenal Switch.

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51
Q

Quais as principais complicações imediatas da bariátrica?

A

Embolia pulmonar, infecção, evisceração…

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52
Q

Quais as principais complicações tardias da bariátrica?

A

Colelitíase, hérnias, obstrução, síndromes disabsortivas

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53
Q

Como é dividido o intestino primitivo?

A
  • Anterior (órgãos; esôfago até 1a metade do duodeno)
  • Médio (2a metade do duodeno até 1a metade do cólon transverso)
  • Posterior (2a metade do cólon transverso até o reto)
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54
Q

Como é a dor visceral?

A

Difusa, sem dor à descompressão brusca, sem defesa, abdome flácido

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55
Q

Como é a dor parietal?

A

Localizada, com dor à descompressão brusca, com defesa, abdome endurecido

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56
Q

Quais os tipos de causas de abdome agudo?

A
Inflamatório/infeccioso
Obstrutivo
Hemorrágico
Perfurativo
Vascular
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57
Q

Como é o abdome agudo inflamatório/infeccioso?

A

Dor insidiosa, progressiva, de evolução longa***.

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58
Q

Como é o abdome agudo obstrutivo?

A

Dor em cólica*** intermitente, distensão, RHA aumentados

  • Relação com cirurgia anterior
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59
Q

Como é o abdome agudo hemorrágico?

A

Dor súbita, moderada/leve, difusa, de evolução curta, com sinais de hipovolemia

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60
Q

Como é o abdome agudo perfurativo?

A

Dor súbita, intensa, de evolução curta e difusão precoce

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61
Q

Como é o abdome agudo vascular?

A

Dor súbita, intensa, difusa, progressiva, de evolução curta

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62
Q

Quais as causas mais comuns de abdome agudo inflamatório/infeccioso?

A

Apendicite, colecistite

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63
Q

Quais as causas mais comuns de abdome agudo obstrutivo?

A

Aderências, hérnias, tumores

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64
Q

Quais as causas mais comuns de abdome agudo hemorrágico?

A

Gravidez tubária rota, AAA roto

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65
Q

Quais as causas mais comuns de abdome agudo perfurativo?

A

Úlcera péptica perfurada, corpo estranho

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66
Q

O que é o sinal de Kehr?

A

É dor no ombro por irritação diafragmática.

Colecistite
Abscesso diafragmático
Sangue intraperitoneal livre

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67
Q

Quais as causas mais comuns de abdome agudo vascular?

A

Embolia/trombose (mesentéricas), infarto por baixo fluxo

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68
Q

Quais os exames complementares úteis para abdome agudo?

A
  • Exames gerais e laboratoriais (hemograma, glicemia, beta-HCG, EAS, amilasemia…)
  • Imagem (Rx, USG, TC, RNM)
  • Laparoscopia
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69
Q

Se a laparotomia é indicada para o abdome agudo, outros exames complementares são ____.

A

Se é indicada laparotomia, outros exames complementares são supérfluos.

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70
Q

TC é bom para abdome agudo?

A

É o melhor, mas pode ser inacessível e é muito radioativo

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71
Q

Rx é bom para abdome agudo?

A

Para perfurativo e obstrutivo, sim.

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72
Q

USG é bom para abdome agudo em quais situações?

A

Líquido livre e dor em QSD.

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73
Q

RNM é bom para abdome agudo?

A

É muito bom, mas é inacessível/indisponível.

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74
Q

Sempre há sinal de Blumberg em apendicite?

A

Não.
Não costuma acontecer em quadros iniciais.
Ocorre quando há acometimento parietal.

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75
Q

Apendicite na ______ é de difícil diagnóstico.

A

Apendicite na gravidez é de difícil diagnóstico.

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76
Q

Onde há hérnias abdominais?

A

Apenas abaixo de aponeuroses ou de incisões cirúrgicas.

Abaixo de músculo íntegro NÃO ocorre.

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77
Q

Como está o Rx de abdome com gases/líquidos?

A

Sentado: “empilhamento de moedas”
Deitado: níveis hidroaéreos

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78
Q

Qual o tratamento inicial para abdome agudo?

A

Recuperação sistêmica:

- Hidratação, ATB, analgésico, cateterização

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79
Q

Qual o tratamento definitivo para abdome agudo?

A

Pode ser operatório ou clínico.

Operatório para peritonite, obstrução, hérnias complicadas

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80
Q

Quais as principais causas fisiopatológicas da apendicite aguda?

A

Fezes endurecidas
Hiperplasia linfoide
Neoplasia
Verminose

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81
Q

Em qual idade os linfonodos estão mais hiperplásicos, e, portanto, fechando mais o lúmen do apêndice?

A

Da puberdade até os 30 anos.

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82
Q

Quais as bactérias mais comumente envolvidas na apendicite aguda?

A

Bacteroides fragilis

Escherichia coli

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83
Q

Quais as fases da apendicite aguda?

A

Fase catarral
Fase supurativa
Fase necrótica
Perfuração

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84
Q

Como é o quadro da fase catarral da apendicite aguda?

A
  • Dor visceral mesogástrica
  • Náuseas e vômitos
  • Dor à palpação profunda na FID
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85
Q

Qual o quadro da fase supurativa da apendicite aguda?

A
  • Febre baixa
  • Sinal de defesa na FID
  • Blumberg +
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86
Q

Qual o quadro clínico da fase necrótica da apendicite aguda?

A
  • Febre
  • Dor intensa em FID
  • Náuseas e vômitos
  • Diminuição de gases/fezes
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87
Q

Como é o quadro clínico quando há perfuração em apendicite aguda?

A
  • Dor abdominal parietal (difusa)
  • Febre, desidratação, PA e FC baixas
  • Distensão, diminuição de RHA
  • Comprometimento sistêmico
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88
Q

Em quanto tempo se dá a fase catarral da apendicite aguda?

A

Até 12h.

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89
Q

Quanto tempo dura a fase supurativa da apendicite aguda?

A

Até 48h.

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90
Q

Quando pode começar a fase necrótica da apendicite aguda?

A

Após 48h.

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91
Q

Qual a ordem das fases na evolução da apendicite aguda?

A
  1. Fase catarral
  2. Fase supurativa
  3. Fase necrótica
  4. Perfuração
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92
Q

Quando o sinal de Blumberg passa a ser positivo em apendicite aguda?

A

A partir da segunda fase (fase supurativa).

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93
Q

Como se dá o diagnóstico da apendicite aguda?

A

Quase totalmente clínico (história e exame físico).

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94
Q

Quais os sinais do exame físico que podem estar presentes em apendicite aguda?

A
Blumberg
Rovsing
Dunphy
Obturador
Psoas
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95
Q

Qual o melhor exame de imagem para apendicite aguda?

A

TC.

RNM para gestante

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96
Q

Qual a conduta em apendicite aguda simples, sem complicações, com menos de 48h?

A

ATBprofilaxia + Apendicectomia

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97
Q

Em casos de apendicite aguda complicada/bloqueada, o que pode estar presente e necessita de ser resolvido na conduta?

A

Abscesso.

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98
Q

Em casos de apendicite aguda complicada com peritonite difusa, qual a conduta?

A

ATBterapia (7-10 dias) + Cirurgia de urgência

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99
Q

Qual a causa fisiopatológica da formação de divertículos colônicos?

A

A baixa ingesta de fibras/dificuldade na passagem de fezes.

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100
Q

Onde é mais comum haver divertículos colônicos?

A

No cólon sigmoide.

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101
Q

A inflamação dos divertículos mais comumente ocorre no ______.

O sangramento dos divertículos mais comumente ocorre no ______.

A

A inflamação dos divertículos mais comumente ocorre no cólon esquerdo (sigmóide).

O sangramento dos divertículos mais comumente ocorre no cólon direito.

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102
Q

Quais são os fatores de risco para a diverticulite?

A
  • Uso de AINEs/imunossupressão
  • Tabagismo
  • Obesidade
  • Idade
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103
Q

Quais complicações podem ocorrer com a diverticulite aguda?

A

Abscesso.

Perfuração, com peritonite, pneumoperitônio e/ou pneumatúria (fístula).

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104
Q

Qual a clínica típica da diverticulite aguda? Como ela é apelidada?

A
  • Dor insidiosa e localizada, em FIE;
  • Constipação OU diarréia
  • Febre

“Apendicite do lado esquerdo do idoso”

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105
Q

Qual exame de imagem é o melhor para diagnosticar diverticulite aguda?

A

TC.
USG é alternativa.
Evitar colonoscopia e Clister.

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106
Q

Quando se deve realizar colonoscopia em diverticulite aguda?

A

4-6 semanas após tratamento, para excluir neoplasias.

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107
Q

Qual classificação é usada para a diverticulite aguda?

A

Classificação de Hinchey.

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108
Q

Como é a classificação de Hinchey?

A

Classe I: Abscesso pericólico < 4 cm
Classe II: Abscesso >= 4 cm
Classe III e IV: Peritonite

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109
Q

Quais classes de Hinchey contêm diverticulite complicada?

A

Classes II, III e IV.

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110
Q

Qual o tratamento para a diverticulite não complicada?

A

Suporte + ATB
Repouso intestinal
Cirurgia eletiva para certos casos

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111
Q

Qual a antibioticoterapia geralmente usada em diverticulite?

A

Ciprofloxacino + Metronidazol

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112
Q

Qual o tratamento para a diverticulite complicada?

A

Hinchey II: ATB + Drenagem + Cirurgia semi-eletiva/eletiva

Hinchey III/IV: Cirurgia de urgência (sigmoidectomia à Hartmann)

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113
Q

A maioria das diverticulites é complicada ou não complicada? Qual classe de Hinchey?

A

Não complicada.

Hinchey I.

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114
Q

Quais os dois tipos de trauma abdominal, de acordo com a natureza da lesão?

A

Contuso/Fechado

Penetrante

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115
Q

A maioria dos traumas abdominais é de natureza…

A

Contuso/Fechado.

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116
Q

Quais fatores indicam gravidade de um acidente automobilístico?

A

Vítimas ejetadas
Óbitos
Deformidade do veículo

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117
Q

Quais as duas principais estruturas lesionadas em traumas abdominais penetrantes por arma de fogo?

A

Intestino delgado, seguido por cólon.

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118
Q

Quais as duas principais estruturas lesionadas em traumas abdominais penetrantes por arma branca?

A

Fígado, seguido por intestino delgado.

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119
Q

Quais as três principais estruturas lesionadas em traumas abdominais contusos?

A

Baço, seguido de fígado, e em terceiro lugar, vísceras ocas.

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120
Q

O “sinal do cinto de segurança” indica…

A

Lesão do intestino delgado e mesentério.

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121
Q

Qual o melhor exame para avaliar trauma abdominal? Qual o porém?

A

TC.

Porém, exige estabilidade hemodinâmica.

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122
Q

O USG-FAST é um exame bom ou ruim na avaliação do trauma abdominal?
É rápido ou lento?
Exige estabilidade hemodinâmica?
Exige treinamento do operador?

A

O USG-FAST é muito bom na avaliação do trauma abdominal.
É rápido.
Exige estabilidade hemodinâmica.
Exige treinamento do operador.

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123
Q

No que consiste o lavado peritoneal diagnóstico? É bom para trauma abdominal?

A

É um exame no qual se coloca um tubo no peritônio e aspira qualquer conteúdo que esteja nele.
É bom para trauma abdominal.

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124
Q

Rx de abdome é bom para trauma abdominal?

A

Não é tão útil.

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125
Q

A videolaparoscopia é útil em trauma abdominal?

A

É boa para lesões penetrantes toracoabdominais.

Porém, exige estabilidade hemodinâmica.

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126
Q

Qual a conduta em trauma abdominal penetrante por arma de fogo?

A

Investigar violação do peritônio (clínica, USG-FAST, TC).
Se sim, laparotomia exploradora.
Se não, estabilização e observação.

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127
Q

Qual a conduta em trauma abdominal penetrante por arma branca?

A

Se choque, peritonite, evisceração ou violação do peritônio (pode investigar com dedo), realizar laparotomia exploradora.

Se não, estabilizar e observar.

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128
Q

Qual a conduta inicial em trauma abdominal fechado?

A

Primeiramente, ABCDE.

Segundamente, anamnese, exame físico e exames complementares.

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129
Q

O exame físico no trauma abdominal fechado…

A

Não é muito sensível.

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130
Q

Qual a conduta em trauma abdominal fechado com peritonite, pneumoperitônio ou ruptura diafragmática?

A

Laparotomia exploradora.

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131
Q

Qual a conduta em trauma abdominal fechado SEM peritonite, pneumoperitônio ou ruptura diafragmática, em paciente ESTÁVEL?

A

Avaliar risco de lesão abdominal. Se não houver risco, estabilizar e observar. Se houver risco, realizar TC com contraste.

Se houver lesão de víscera oca, laparotomia exploratória. Se houver lesão de víscera maciça isolada, tratar sem operar.

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132
Q

Qual a conduta em trauma abdominal fechado SEM peritonite, pneumoperitônio ou ruptura diafragmática, em paciente INSTÁVEL?

A

Reposição volêmica.

Avaliar politrauma;

Se politraumatizado, realizar FAST e considerar laparotomia exploratória.
Se não politraumatizado, laparotomia exploratória.

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133
Q

Prostaglandinas ______ a produção ácida gástrica.
COX ______ as prostaglandinas.
AINEs ______ as COX.

A

Prostaglandinas inibem a produção ácida gástrica.
COX estimulam as prostaglandinas.
AINEs inibem as COX.

Logo, AINEs estimulam a produção ácida gástrica.

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134
Q

Onde está a maior concentração de bombas de H+ no estômago?

A

Nas células parietais do fundo gástrico.

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135
Q

H. pylori no antro faz o quê?

H. pylori disseminada faz o quê?

A

No antro, inibe célula D -> aumenta gastrina -> hipercloridria.

Disseminada, inibe células gástricas -> hipocloridria.

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136
Q

Como é o grau I da classificação de Johnson de úlcera péptica?

A

Localizada na pequena curvatura, junto à incisura angular.

Normo/hipocloridria.

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137
Q

Como é o grau II da classificação de Johnson de úlcera péptica?

A

Associada a úlcera duodenal.

Hipercloridria.

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138
Q

Como é o grau III da classificação de Johnson de úlcera péptica?

A

Pré-pilórica.

Hipercloridria.

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139
Q

Como é o grau IV da classificação de Johnson de úlcera péptica?

A

Proximal/justaesofágica.

Normo/hipocloridria.

140
Q

Como se trata a úlcera péptica classe I de Johnson?

A

Antrectomia + B1 ou B2

141
Q

Como se trata a úlcera péptica classe II de Johnson?

A

Antrectomia + Vagotomia + B1 ou B2

142
Q

Como se trata a úlcera péptica classe III de Johnson?

A

Antrectomia + Vagotomia + B1 ou B2

143
Q

Como se trata a úlcera péptica classe IV de Johnson?

A

Gastrectomia subtotal + Y de Roux

144
Q

Em cirurgia para úlcera péptica, sempre deve-se…

A

Retirar a úlcera, pois há risco de haver células cancerosas.

145
Q

Como se diminui a acidez na úlcera péptica por meio de cirurgia?

A

Antrectomia, vagotomia e/ou gastrectomia.

Se duodenal: antrectomia + vagotomia.
Se gástrica: gastrectomia.

146
Q

Quais as principais síndromes pós-gastrectomia?

A

Dumping
Gastrite alcalina
Síndrome da alça aferente

147
Q

Como é a síndrome pós-gastrectomia de Dumping?

A

Passagem rápida de gorduras/carboidratos do estômago para o intestino. Ocorre em ausência do piloro (B1, B2 e Y de Roux).

Inicialmente: Náuseas, vômitos, distensão, diarreia.
Tardiamente: Hipoglicemia.

148
Q

Como é a síndrome pós gastrectomia de gastrite alcalina?

A

Ocorre pela ausência de piloro, com refluxo biliar.

Dor epigástrica contínua, aliviada pela alimentação.

149
Q

Como é a síndrome pós-gastrectomia da alça aferente?

A

Suboclusão de alça aferente em B2 e Y de Roux.

Dor epigástrica contínua que piora com a alimentação. Tratamento cirúrgico.

150
Q

Qual um possível quadro de abdome agudo em úlcera péptica?

A

Úlcera péptica perfurada (abdome agudo perfurativo).

151
Q

A hemorragia na úlcera péptica, geralmente, é…

A

Autolimitada.

152
Q

Como é a conduta em hemorragia da úlcera péptica?

A

Inicialmente com IBP. Se instável hemodinâmicamente, reanimação precoce/intensiva.

Depois, fazer EDA para localização e diagnóstico. Se possível, tratar com EDA. Avaliar necessidade de cirurgia (classificação Forrest).

153
Q

Como é a classificação de hemorragia de úlceras de Forrest?

A

I: sangramento ativo
II: sangramento recente
III: base limpa

154
Q

Quando é indicada a cirurgia em hemorragias de úlceras pépticas?

A

Quando é refratária ao tratamento clínico/EDA ou é impossível fazer EDA.
Para Forrest I, IIa e IIb também, com úlceras > 2 cm também.

155
Q

Como é a cirurgia de correção de hemorragia de úlceras pépticas?

A

Rafia da úlcera

EDA após 6 semanas

156
Q

Como é o quadro de úlcera perfurada?

A

Dor súbita e intensa em epigástrio, que rapidamente se difunde pelo abdome e piora com a movimentação.
Há abdome em tábua.
Pode ocorrer pneumoperitônio.

157
Q

Como tratar úlcera péptica perfurada?

A

Hidratação
ATB
IBP
Cirurgia emergencial

158
Q

Qual o tratamento cirúrgico emergencial da úlcera péptica perfurada?

A

Laparotomia com rafia da perfuração;
Cobertura com retalho do omento maior;
Aspiração de secreção livre;
Tratar H. pylori, se presente.

159
Q

Como pode ocorrer obstrução mecânica do esvaziamento gástrico em úlcera péptica?

A

Por edema/inflamação (agudo), ou por fibrose (crônico).

160
Q

Quais as opções de tratamento para obstrução mecânica do esvaziamento gástrico em úlcera péptica?

A

Dilatação endoscópica (pode recidivar);

Cirurgia (é o melhor): piloroplastia, gastrojejunostomia, vagotomia.

161
Q

Quais os diagnósticos diferenciais da obstrução mecânica do esvaziamento gástrico em úlcera péptica?

A

Neoplasia (!!!)
Não adesão ao tratamento
Síndrome de Zollinger-Ellison

162
Q

Acima da cicatriz umbilical, as aponeuroses dos músculos abdominais se unem…

A

Anteriormente e posteriormente ao músculo reto abdominal.

163
Q

Abaixo da cicatriz umbilical, as aponeuroses dos músculos abdominais se unem…

A

Apenas anteriormente ao músculo reto abdominal.

164
Q

O que passa pela parte inguinal do peritônio?

A

Sexo masculino: cordão espermático

Sexo feminino: lig. redondo do útero

165
Q

As hérnias de parede abdominal são de resolução essencialmente…

A

Cirúrgica.

166
Q

O local onde mais acontece hérnias é o…

A

Abdome.

167
Q

Qual o local mais acometido nas hérnias abdominais?

A

A região inguinal/inguinoescrotal.

168
Q

Dentre os intestinos, qual o mais frequentemente herniado?

A

Intestino delgado.

169
Q

Quais os tipos de hérnias inguinais/inguinoescrotais?

A
  • Diretas (dentro do funículo espermático; podem ser congênitas)
  • Indiretas (fora do funículo espermático; só são adquiridas)
170
Q

Em homens, há necessidade cirúrgica imediata para hernias inguinais/inguinoescrotais?

A

Sem necessidade cirúrgica imediata.

171
Q

Em mulheres, há necessidade cirúrgica imediata para hernias inguinais/inguinoescrotais?

A

Cirurgia é indicada no diagnóstico.

172
Q

Em RN a termo, há necessidade cirúrgica imediata para hernias inguinais/inguinoescrotais?

A

Cirurgia o quanto antes.

173
Q

Em RN pré-termo, há necessidade cirúrgica imediata para hernias inguinais/inguinoescrotais?

A

Cirurgia na internação do nascimento.

174
Q

Quais os fatores de risco para o surgimento de hernias?

A
  • Prematuridade
  • Doença sistêmica do tecido conjuntivo (tabagismo, envelhecimento…)
  • Gestação
  • Obesidade
  • Constipação
  • Contribuidores ao insucesso do tratamento
175
Q

Como é a clínica da hérnia sem complicações?

A

Abaulamento redutível
Com ou sem dor
Relação com pressão abdominal (Valsalva)

176
Q

Quais os quadros da hérnia com complicações?

A
  • Encarceramento (crônico, pode evoluir para estrangulamento)
  • Estrangulamento (isquemia, necrose, perfuração)
  • Aumento de volume
177
Q

Qual a classificação usada para hérnias inguinais?

A

Classificação de Nyhus.

178
Q

A hérnia _____ tem maior número de complicações no sexo feminino.
A hérnia _____ tem maior número de complicações em qualquer sexo.

A

Inguinal complica mais no sexo feminino.

Femoral complica mais em qualquer sexo.

179
Q

Qual a classificação clínica das hérnias?

A
Assintomática
Minimamente sintomática
Sintomática
Não-redutível (URGÊNCIA)
Estrangulada (URGÊNCIA)
180
Q

Quais as principais técnicas cirúrgicas para as hérnias abdominais?

A

Lichtenstein
Nyhus
Stoppa

181
Q

Qual a principal técnica cirúrgica para hérnias abdominais cotidianas, uni ou bilaterais?

A

Lichtenstein.

182
Q

Quais as principais técnicas cirúrgicas para hérnias abdominais de grande volume?

A

Nyhus para as unilaterais

Stoppa para as bilaterais

183
Q

As hérnias do forame obturador ocorrem mais em _________. Nessas hérnias, pode haver o sinal de _________. Geralmente, se diagnostica essas hérnias quando _________.

A

As hérnias do forame obturador ocorrem mais em mulheres idosas. Nessas hérnias, pode haver o sinal de Howship-Romberg. Geralmente, se diagnostica essas hérnias quando há complicações.

184
Q

No que consiste a doença pilonidal sacrococcígea (DPS)?

A

Um abscesso crônico subcutâneo, que drena pus ou pelos na linha média sacrococcígea.

185
Q

Quais os grupos mais acometidos pela doença pilonidal sacrococcígea (DPS)?

A

Brancos
15-50 anos
Obesos
Hirsutos

186
Q

Quais os DDs da doença pilonidal sacrococcígea (DPS)?

A

Abscessos perianais

Fístulas perianais

187
Q

A clínica da doença pilonidal sacrococcígea (DPS) assintomática apresenta o quê?

A

Pequenos orifícios com pelos, na linha média sacrococcígea.

188
Q

A clínica da doença pilonidal sacrococcígea (DPS) sintomática se baseia em quê?

A

Complicações, como infecção aguda/crônica e transformação maligna.

189
Q

Como se dá o tratamento da doença pilonidal sacrococcígea (DPS)?

A

Higiene frequente, remoção dos pelos dos orifícios e tricotomia da região.
E/OU
Infusão repetida de fenol 80% no orifício cutâneo.
E/OU
Cirurgia.

190
Q

Como se dá o tratamento da infecção aguda (abscesso pilonidal) da doença pilonidal sacrococcígea (DPS)?

A
Cirurgia emergencial
\+
Drenagem
\+
Curativos
\+
Cirurgia definitiva

Considerar ATB

191
Q

Qual o tratamento para a infecção crônica na doença pilonidal sacrococcígea (DPS)?

A

Cirurgia eletiva (excisão em bloco OU incisão e curetagem).

192
Q

Quais os cuidados pós-operatórios no tratamento da doença pilonidal sacrococcígea (DPS)?

A

Se técnica aberta: curativo deve remover pelos da ferida
+
Tricotomia quinzenal até cicatrização/definitiva

193
Q

Ao serem diagnosticados, a maioria dos pacientes com CA de esôfago está com…

A

Tumor irressecável ou metástase.

194
Q

Quais os tipos histológicos de câncer de esôfago? Quais grupos são mais afetados por cada um?

A
  • Carcinoma escamoso: homem, negro, idoso, tabagista, ingesta de cáusticos, HPV, acalásia
  • Adenocarcinoma: homem, branco, idoso, obeso, DRGE, esôfago de Barrett
195
Q

Qual o local mais acometido por cada tipo histológico de CA esofágico?

A

Escamoso: esôfago torácico médio
Adenocarcinoma: esôfago distal

196
Q

Ao Rx, como é diferenciada a estenose esofagiana benigna da maligna?

A

Benigna tem afunilação gradual.

Maligna tem afunilação repentina (maçã mordida).

197
Q

A letalidade para os tipos histológicos de CA esofagiano é…

A

Igualmente alta (cerca de 90%).

198
Q

Como é a penetração tecidual dos tipos histológicos de CA esofagiano?

A

Escamoso/epidermoide: linear na submucosa, transversal na parede

Adenocarcinoma: transversal na parede

199
Q

Qual o tipo de disfagia no CA esofagiano?

A

Disfagia mecânica.

200
Q

Quais as manifestações clínicas do CA esofagiano?

A
  • Disfagia progressiva (evolução de meses)
  • Perda ponderal alta
  • Tosse após ingestão de líquidos
  • Rouquidão
201
Q

Quando se fala de comprometimento esofagiano, quando a disfagia ocorre com líquidos, pode-se dizer que…

A

Há maior comprometimento luminal.

202
Q

Quais exames são usados para diagnóstico de CA esofagiano?

A

EDA (biópsia!!!)
Rx/Esofagograma
Histopatologia (diagnóstico definitivo)

203
Q

Quais os locais mais comuns de metástase a partir de CA esofagiano?

A

Fígado
Pulmão
Peritônio
Linfonodos distantes

204
Q

Quais exames complementares são bons para o estadiamento “TNM” do CA esofagiano?

A
  • TC multi-slice (bom para avaliação à distância)

- USG endoscópica (penetração local e acometimento linfonodal)

205
Q

Quais as condições para poder curar um CA esofagiano?

A

Não pode ser T4b
Não pode haver metástase (deve ser M0)
Boas condições clínicas

206
Q

Como é o tratamento curativo para CA esofagiano?

A
  • Se T1a e N0: considerar ressecção endoscópica
  • Se T1b ou mais e M0: esofagectomia com margem de 8 cm e linfadenectomia de 15 linfonodos; reconstrução com estômago; considerar RT/QT neoadjuvante.
207
Q

O esôfago é um órgão ____. Não é possível retirar um segmento e…

A

É um órgão fixo.

Não é possível retirar segmento e aproximar partes restantes.

208
Q

Quando se faz tratamento paliativo em CA esofagiano?

A

Quando é T4b e/ou M1.

209
Q

Quais são as cirurgias para esofagectomia em CA de esôfago?

A
Toracotomia direita (transtorácica)
Trans-hiatal
210
Q

Quais as vantagens/desvantagens de cada cirurgia de esofagectomia no CA esofagiano?

A

Transtorácica: complicações no PO, deiscência da anastomose

Trans-hiatal: menor tempo cirúrgico, menos traumatismo, menos mortalidade, mas não permite ressecção linfonodal adequada.

211
Q

Por que a cirurgia de esofagectomia para CA de esôfago é realizada _____?

A

É realizada à direita (toracotomia à direita), porque à esquerda, a aorta anda ao lado do esôfago.

212
Q

Após a esofagectomia por CA de esôfago, pode ser que não seja possível reconstruir com _________. Nesses casos, pode-se tentar…

A

Pode ser que não seja possível reconstruir com o estômago, por atrofia gástrica ou outros motivos.

Nesses casos, pode-se tentar reconstruir com o cólon.

213
Q

As neoplasias pancreáticas têm altas chances de cura, ou baixas chances de cura?

A

Baixas chances de cura.

214
Q

A única forma de curar neoplasias pancreáticas é com…

A

Ressecção cirúrgica.

215
Q

90% dos casos de nódulos pancreáticos é por…

A

Adenocarcinoma ductal.

216
Q

Quais os grupos de risco para o surgimento de adenocarcinoma ductal pancreático?

A

Idade avançada
Negros
Tabagistas

217
Q

Como é o quadro de adenocarcinoma ductal pancreático?

A
Icterícia progressiva
Vesícula biliar palpável e indolor
Perda ponderal
Dor abdominal
Gânglio de Virchow
218
Q

A maioria dos adenocarcinomas ductais de pâncreas ocorre na…

A

Cabeça do pâncreas.

219
Q

Como os adenocarcinomas ductais do pâncreas se apresentam à imaginologia?

A

Nódulos pancreáticos;

Dilatação ductal.

220
Q

Quais os principais tipos de nódulos pancreáticos?

A
  • Adenocarcinoma ductal
  • Neoplasias neuroendócrinas funcionantes (insulinoma; gastrinoma)
  • Neoplasias neuroendócrinas não-funcionantes)
221
Q

Quais os métodos de imagem usados para nódulos pancreáticos?

A

US (convencional e endoscópica)
TC
RNM (colangiopancreatografia)

222
Q

Nos nódulos pancreáticos, deve-se realizar biópsia para iniciar tratamento cirúrgico?

A

Não. Pode fazer cirurgia antes.

Realizar biópsia em lesões irressecáveis.

223
Q

Parte do ducto colédoco é _______. Por isso, doenças pancreáticas expansivas podem…

A

Parte do ducto colédoco é intrapancreático. Doenças pancreáticas expansivas podem afetar a bile (icterícia).

224
Q

No estadiamento TNM dos nódulos pancreáticos, como se estadia o “T”?

A
  • T1: < 2 cm, confinado ao pâncreas
  • T2: > 2 cm, confinado ao pâncreas
  • T3: invasão de estruturas adjacentes não-arteriais
  • T4: invasão de artérias
225
Q

No estadiamento TNM dos nódulos pancreáticos, quais graus são contraindicados para ressecção?

A

T4 e/ou M1.

N1 NÃO contraindica.

226
Q

A cirurgia para nódulos pancreáticos na cabeça do pâncreas é qual?

A
  • Com dilatação ductal: duodenopancreatectomia (Whipple)
  • Sem dilatação ductal (insulinoma): ressecção local (enucleação)
  • Sem dilatação ductal (outros): Whipple
227
Q

A cirurgia para nódulos pancreáticos do corpo/cauda do pâncreas é qual?

A
  • Com dilatação ductal: Pancreatectomia distal com esplenectomia (Child)
  • Sem dilatação ductal: Ressecção segmentar/pancreatectomia distal com preservação do baço (Child)
228
Q

Como se trata os nódulos pancreáticos irressecáveis em pacientes sem condição cirúrgica?

A

Stent em colédoco e/ou duodeno (alívio sintomático; alta taxa de insucesso)

229
Q

Como se trata os nódulos pancreáticos irressecáveis em pacientes com condição cirúrgica?

A
  • Coledocojejunostomia (para icterícia)

- Gastrojejunostomia (para obstrução duodenal)

230
Q

A cirurgia de Whipple remove…

A

Duodeno
Cabeça do pâncreas
Vesícula biliar
Antro do estômago

231
Q

Câncer gástrico precoce corresponde a ____ dos diagnósticos, com ____ de taxa de cura.
Câncer gástrico tardio corresponde a ____ dos diagnósticos, com ____ de taxa de cura.

A

Câncer gástrico precoce corresponde a 20% dos diagnósticos, com 80% de taxa de cura.
Câncer gástrico tardio corresponde a 80% dos diagnósticos, com 20% de taxa de cura.

232
Q

Quais os dois tipos histológicos de câncer gástrico, pela classificação de Lauren?

A
  • Intestinal (90%): diferenciado, idosos e mulheres, melhor prognóstico. Alimentos mal conservados/defumados, H. pylori, anemia perniciosa, poucas frutas/vegetais.
  • Difuso (10%): indiferenciado, < 50 anos, grupo sanguíneo A e histórico familiar, metástase precoce. Tabagismo/etilismo.
233
Q

Quais as condições precursoras do câncer gástrico (especialmente o subtipo intestinal; por que ele?)?

A

Pangastrite atrófica (H. pylori)
Gastrite corporal atrófica (anemia perniciosa)
Pós-gastrectomia parcial

Subtipo intestinal tem estágio pré-canceroso longo e bem definido.

234
Q

Em câncer gástrico, a história familiar é significante?

A

Sim.

235
Q

Qual a classificação macroscópica de Borrmann para câncer gástrico?

A

É geralmente pra casos avançados.
Classe I: protruso e bem demarcado.
Classe II: ulcerado, bem demarcado e sem infiltração.
Classe III: ulcerado, infiltrado e raso.
Classe IV: infiltrado, difuso, em todas as camadas e direções.

236
Q

Qual a classificação macroscópica de câncer gástrico superficial?

A

Tipo 1: protruso (até 0,5 cm)
Tipo 2: superficial (elevado, plano ou deprimido)
Tipo 3: escavado (quase uma úlcera)

237
Q

Em câncer gástrico, lesão superficial é o mesmo que lesão precoce?

A

Não. Superficial pode ser avançado.

238
Q

Como é a clínica do paciente com câncer gástrico em estágio precoce?

A

Assintomático ou com sintomas dispépticos inespecíficos.

239
Q

Como é a clínica do paciente com câncer gástrico em estágio avançado?

A
  • Perda ponderal, epigastralgia, náusea, saciedade precoce, anemia.
  • Sinais de obstrução.
  • Sinais e sintomas de metástase.
  • Massas, ascite e linfonodomegalia à distância.
240
Q

Como se diagnostica o câncer gástrico superficial, o Borrmann I, o II e o III?

A

EDA.

241
Q

Como se diagnostica o câncer gástrico Borrmann IV?

A

Rx.

242
Q

Como se estadia (TNM) o câncer gástrico?

A
  • TC para metástases viscerais e linfonodos à distância;
  • USG endoscópica para o “T”, para metástase peritoneal e para linfonodos regionais;
  • Videolaparoscopia para outros achados
243
Q

Qual o plano terapêutico para câncer gástrico M0?

A

Curativo: ressecção com margens de segurança, linfadenectomia e reconstrução com jejuno.

Se acometimento linfonodal/órgãos adjacentes, QT adjuvante.

Se limitado à mucosa, sem úlceras, diferenciado, L0, < 2cm: ressecção endoscópica (mucosectomia).

244
Q

Como é feita a ressecção da lesão no câncer gástrico M0?

A

Com gastrectomia subtotal ou total (e margens de segurança).

245
Q

Quais técnicas são usadas na reconstrução do trânsito em ressecção no câncer gástrico?

A

B2 ou Y de Roux.

246
Q

Como é o plano terapêutico do câncer gástrico com metástase à distância?

A

Paliativo.
Se risco cirúrgico baixo, gastrectomia paliativa.
Se risco cirúrgico alto, QT paliativa, RT, stents e dilatadores pneumáticos.

247
Q

QT paliativa não se faz para…

A

Hemorragia, perfuração ou obstrução.

248
Q

Os nódulos hepáticos podem ser…

A

Primários (benignos ou malignos) ou metastáticos.

249
Q

Os nódulos hepáticos primários benignos geralmente causam sintomas? São frequentes? Acometem mais qual grupo?

A

Geralmente assintomáticos. São muito frequentes. Acomete mais mulheres jovens.

250
Q

O que se deve descartar ao pensar em nódulo hepático primário benigno?

A

Tumor metastático

CHC

251
Q

Qual a origem mais comum do nódulo hepático metastático?

A

CA colorretal.

252
Q

O diagnóstico clínico dos nódulos hepáticos se dá de que forma?

A

Por sintomas, história de hepatopatia prévia/atual, cirurgia prévia, MEU/prévios, etilismo.
No exame físico, por estigmas de cirrose, linfonodomegalias, VMGs.

253
Q

O diagnóstico imagiológico dos nódulos hepáticos se dá de que forma?

A

Inicialmente, USG abdominal.

TC e RNM abdominais para complementar USG.

254
Q

Os cistos simples do fígado (biliares) são benignos ou malignos? São congênitos ou adquiridos?

A

São benignos, congênitos.

255
Q

Quais as características dos cistos simples do fígado?

A

Têm líquido seroso, não comunicam com árvore biliar.

USG: anecoico, demarcado.
TC: hipodenso, não capta contraste.

256
Q

O tratamento para cistos simples do fígado é…

A

Conservador.

257
Q

Quando houver cisto hepático, deve-se sempre pensar em…

A

Cistoadenoma/cistoadenocarcinoma.

São 5% dos cistos hepáticos.

258
Q

Como os cistoadenomas/cistoadenocarcinomas hepáticos se apresentam à USG/TC?

A
  • Multiloculares
  • Captação capsular de contraste
  • Vegetações internas
  • Septos
259
Q

O tratamento para cistoadenomas/cistoadenocarcinomas hepáticos é…

A

Cirúrgico, sem biópsia.

260
Q

Qual o nódulo hepático benigno mais comum?

A

Hemangioma.

261
Q

A maioria dos hemangiomas hepáticos é…

A

De pequeno volume.

262
Q

Qual o público mais acometido pelos hemangiomas hepáticos?

A

Mulheres de 30 a 50 anos.

263
Q

Como são as características da maioria dos hemangiomas hepáticos?

A

Assintomático;
Lobo direito;
Único.

264
Q

Como se apresentam os hemangiomas hepáticos à USG/TC?

A

USG: hiperecoico
TC: captação periférica/centrípeta

265
Q

Deve-se realizar biópsia em hemangiomas hepáticos?

A

Não, pois são lesões hipervasculares com risco de sangramento.

266
Q

O tratamento para hemangioma hepático é…

A

Conservador.

267
Q

A hiperplasia nodular focal do fígado acomete mais…

A

Mulheres de 20 a 50 anos.

268
Q

Geralmente, a lesão da hiperplasia nodular focal do fígado se apresenta de que forma?

A

Lesão única, < 5 cm, com aspecto de “roda de carruagem”.

269
Q

A hiperplasia nodular focal hepática se apresenta como à USG/TC?

A

Hipercaptação de contraste

Cicatriz central

270
Q

Deve-se fazer biópsia de hiperplasia nodular focal hepática?

A

Não. É uma lesão hipervascular, que pode sangrar.

271
Q

O tratamento para hiperplasia nodular focal hepática é…

A

Conservador.

272
Q

O cistoadenoma hepático (benigno) pode virar…

A

Cistoadenocarcinoma (maligno).

273
Q

O adenoma hepático é comum?

A

Não. É incomum.

274
Q

Qual o público mais acometido por adenoma hepático?

A

Mulheres em idade fértil

Uso de estrogênios

275
Q

Uso de ____ aumenta a incidência, crescimento e hemorragias dos adenomas hepáticos.

A

ACO.

276
Q

Em adenomas hepáticos com _____, há maior risco de hemorragias e malignização.

A

Em adenomas hepáticos com mais que 5 cm, há maior risco de hemorragias e malignização.

277
Q

Como os adenomas hepáticos se apresentam à USG/TC?

A
  • Hipercaptação heterogênea de contraste na fase arterial

- Wash out venoso

278
Q

Quando se deve realizar cirurgia em adenomas hepáticos?

A

Em homens e em tumores > 5 cm.

279
Q

Se adenoma hepático não for ressecado, deve-se…

A

Evitar gravidez
Evitar ACO
Evitar estrogênios anabolizantes

280
Q

O CHC é uma neoplasia maligna primária que tem como principais fatores de risco…

A

Cirrose e hepatite B.

281
Q

Qual o marcador diagnóstico/prognóstico/de acompanhamento relacionado ao CHC?

A

Alfa-fetoproteína (elevada em CHC).

282
Q

Além da USG e da TC, o CHC pode ser identificado também na…

A

RNM.

283
Q

Como está o CHC nos exames de imagem?

A
  • TC: Hipercaptante em fase arterial, wash out venoso

- RNM: nódulos menores

284
Q

Deve-se realizar biópsia de CHC?

A

Não, é lesão hipervascular. Pode haver sangramento.

285
Q

A doença nodular hepática metastática geralmente é sintomática ou assintomática?

A

Assintomática.

286
Q

Como está a doença nodular metastática em USG/TC?

A

USG: nódulos hipoecoicos
TC: hipocaptação

287
Q

Como é o tratamento para doença nodular hepática metastática?

A

Ressecamento.

Se for irressecável, fazer QT e ressecar (QT de conversão).

288
Q

Como se classifica um hemangioma hepático como “gigante”?

A

> 10 cm.

289
Q

A imaginologia para nódulos hepáticos está cada vez mais avançada. Com isso, há aumento de…

A

Há aumento de achados incidentais em assintomáticos.

290
Q

Quais as fases da TC?

A
  1. Pré-contraste (ossos)
  2. Arterial (ossos e artérias)
  3. Portal/Venosa (ossos, veias e sistema porta)
  4. Excretora (ossos, rins e bexiga)
291
Q

O que são pólipos?

A

Qualquer estrutura que protrui para dentro do intestino.

292
Q

Quais os tipos de pólipos?

A

Não-neoplásicos: hiperplásicos, hamartomatosos, inflamatórios.

Neoplásicos: adenomas e adenocarcinomas.

293
Q

Qual o tipo de pólipo mais frequente?

A

Adenomas (neoplásicos).

294
Q

A incidência e a mortalidade de tumores malignos colorretais aumenta com…

A

A idade.

295
Q

Muitas vezes, a polipectomia _____ a neoplasia. Mas apenas se…

A

Muitas vezes, a polipectomia cura a neoplasia. Mas apenas se não tiver havido invasão.

296
Q

Qual a característica do pólipo que o identifica como adenocarcinoma (maligno)?

A

> 2 cm
Viloso
Displásico

297
Q

Quais as principais síndromes de polipose intestinal?

A
  • Polipose adenomatosa familiar
  • Peutz-Jeghers
  • Cowden
298
Q

Como é a polipose adenomatosa familiar?

A

Pólipos adenomatosos em todo TGI (>100), com altas chances de malignização.

Variante Gardner (dentes extra, lipoma, osteoma, cistos sebáceos)
Variante Turcot (tumores do SNC)
299
Q

Como é o tratamento da síndrome de polipose adenomatosa familiar?

A

Proctocolectomia profilática.

300
Q

Como é a síndrome de Peutz-Jeghers?

A
  • Benigno
  • Pólipos hamartomatosos, principalmente em intestino delgado (intussuscepção, melena, anemia).
  • Manchas melânicas em pele e mucosas.
301
Q

Como é a síndrome de Cowden?

A
  • Pólipos hamartomatosos
  • Ceratose palmoplantar
  • Nódulos verrucosos (triquilemomas)
302
Q

Qual tipo de dieta favorece o surgimento de câncer colorretal, e por quê?

A

Dieta ricas em carboidratos e gorduras.

Porque favorecem produção bacteriana carcinogênica.

303
Q

Além da idade, da história familiar e pessoal, da dieta e dos hábitos de vida, quais fatores são de risco para surgimento de câncer colorretal?

A
  • Resistência insulínica

- Doença inflamatória intestinal

304
Q

O câncer colorretal pode ou não ter associação com…

A

Pode ou não ter associação com pólipos.

305
Q

Quais os fatores de risco para surgimento de câncer colorretal hereditário associado a pólipos?

A

Polipose adenomatosa familiar (PAF) e suas variantes.

306
Q

Quais os fatores de risco para surgimento de câncer colorretal hereditário não-associado a pólipos?

A
  • Síndrome de Lynch (CCHNP) em 3 ou mais familiares de até 2 gerações;
  • CA < 50 anos, sem associação com polipose hereditária.
307
Q

O câncer colorretal é mais frequente em quais porções?

A

No reto e no sigmoide.

308
Q

O câncer colorretal geralmente se inicia com…

A

Pólipos adenomatosos.

309
Q

A disseminação do câncer colorretal pode ocorrer por 3 vias. Quais são elas?

A
  • Invasão do peritônio e de outros órgãos adjacentes
  • Drenagem para linfonodos a partir da submucosa
  • Drenagem pela veia porta até o fígado (a partir da submucosa)
310
Q

No câncer colorretal, geralmente há manifestações clínicas apenas em _______, e dependem do _______.

A

No câncer colorretal, geralmente há manifestações clínicas apenas em estágios avançados, e dependem do local acometido.

311
Q

Quais as manifestações típicas de câncer colorretal em cólon direito?

A

Anemia, massa palpável

312
Q

Quais as manifestações típicas de câncer colorretal em cólon esquerdo?

A

Alterações de hábitos intestinais.

313
Q

Quais as manifestações típicas de câncer colorretal em reto?

A

Hematoquezia, tenesmo

314
Q

Quais as manifestações típicas de câncer colorretal em metástase?

A
  • Ascite
  • Hepatomegalia dolorosa
  • Sintomas urogenitais
  • Sintomas pulmonares
315
Q

Qual o principal exame complementar para diagnóstico de câncer colorretal em pacientes assintomáticos? E quais outros exames podem ser usados?

A

Colonoscopia.

Outros: retossigmoidoscopia, colonografia por TC, enema opaco, sangue oculto nas fezes.

316
Q

Quais casos geralmente se indica colonoscopia para diagnóstico de câncer colorretal esporádico em pacientes assintomáticos?

A
  • Sem história familiar com > 50 anos
  • Com história familiar com > 40 anos
  • Doença inflamatória intestinal com > 15 anos de doença
  • Após ressecção de pólipo adenomatoso esporádico
317
Q

Quando geralmente se indica colonoscopia para diagnóstico de câncer colorretal não-esporádico em pacientes assintomáticos?

A
  • Polipose adenomatosa familiar e variantes por mais de 10 anos
  • Sd. de Lynch por mais de 20 anos
318
Q

O que é a síndrome de Lynch?

A

Mutação genética com fator hereditário, que predispõe à formação de câncer colorretal. Suspeitar quando há muitos casos de CA colorretal na família.

319
Q

Qual o padrão-ouro para diagnóstico de CA colorretal?

A

Colonoscopia + Biópsia

320
Q

O caso de câncer colorretal em que não se indica colonoscopia é…

A

Em TU causador de abdome agudo obstrutivo.

321
Q

O que se deve procurar no exame físico do paciente com CA colorretal sintomático?

A

Sinais da variante Gardner da PAF.

Sinais da Sd. de Peutz-Jeghers.

322
Q

Além da anamnese e do exame físico, quais exames fazer em paciente sintomático com suspeita de CA colorretal?

A
  • Colonoscopia + Biópsia
  • Hemograma
  • Toque retal
  • CEA
  • Transaminases
323
Q

Geralmente, o paciente com CA colorretal sintomático se apresenta como…

A

Emergência de abdome agudo/ambulatorial.

324
Q

Para estadiamento TNM do CA colorretal em cólon e reto proximal, qual exame pedir?

A

TC.

325
Q

Para estadiamento TNM do CA colorretal em retos médio e distal, quais exames pedir?

A
  • USG endoscópica/RNM (para T e N)
  • TC (para M)
  • Retoscopia rígida
326
Q

O exame CEA em CA colorretal é bom para…

A

Prognóstico e marcador de cura.

327
Q

Para tratamento de CA colorretal, deve-se considerar, mesmo em estágios avançados…

A

Ressecção do TU primário.

328
Q

O tratamento para CA colorretal pode ser…

A

Endoscópico e/ou cirúrgico.

329
Q

O tratamento endoscópico do CA colorretal se baseia na…

A

Polipectomia ou mucosectomia.

330
Q

A cirurgia no tratamento do CA colorretal em cólon é feita como?

A
  • Colectomia segmentar com margens de 5 cm
  • Linfadenectomia (16 linfonodos)
  • Se possível, reconstrução primária do trânsito
  • Se N1, com QT adjuvante
331
Q

A cirurgia no tratamento do CA colorretal em reto é feita como?

A
  • Se T0/T1 e N0: excisão local (cirúrgica ou endoscópica)

- Se T2 ou maior OU N1: QT + RT neoadjuvante + Cirurgia + QT adjuvante

332
Q

A cirurgia no tratamento do CA colorretal > 5 cm da margem anal é feita com qual técnica?

A

RAB (ressecção abdominal baixa): excisão total do mesorreto com margens; anastomose colorretal/coloanal.

333
Q

A cirurgia no tratamento do CA colorretal <= 5 cm da margem anal é feita com qual técnica?

A

MILES: ressecção abdominoperineal com excisão total do mesorreto.

334
Q

Heller é pra…

A

Megaesôfago.

335
Q

Nissen é pra…

A

DRGE.

336
Q

Fistulotomia em livro aberto e cirurgia em dois tempos são pra…

A

Fístulas anais.

337
Q

Esfincterotomia anal interna lateral é pra…

A

Fissura anal.

338
Q

Duhamel é pra…

A

Megacólon.

339
Q

Scopinaro é uma das cirurgias…

A

Bariátricas.

340
Q

A classificação de Hinchey ajuda a classificar…

A

Diverticulites.

341
Q

A classificação de Johnson é para…

A

Úlceras pépticas.

342
Q

A classificação de Nyhus é para…

A

Hérnias inguinais.

343
Q

Lichtenstein é cirurgia para…

A

Hérnias simples cotidianas.

344
Q

Nyhus e Stoppa são cirurgias para…

A

Hérnias de grande volume.

345
Q

Cirurgia de Whipple e cirurgia de Child são para…

A

Nódulos pancreáticos.

346
Q

Classificação de Borrmann é para…

A

Macroscopia de CA gástrico.

347
Q

A técnica de Milligan-Morgan é para…

A

Hemorroidectomia.