Micoses Pulmonares + Candidíase Flashcards

1
Q

Qual a etiologia da paracoccidioidomicose (PCM)? Quais os aspectos microbiológicos?

A

Paracoco brasiliensis, estando presente no solo e restos vegetais de ÁREAS RURAIS.

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2
Q

Como é a transmissão e qual a epidemiologia da PCM?

A

Transmissão: via respiratória como porta de entrada, se contaminando pela inalação do fungo durante atividades agrícolas. NÃO É CONTAGIOSA!!!
Epidemiologia: homens (14:1).

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3
Q

Qual a fisiopatologia da PCM?

A

É muito semelhante à TB: atinge os pulmões, forma o complexo primário (foco pulmonar + adenopatia satélite), sofre disseminação linfo-hematogênica e pode acometer qualquer órgão, sendo os principais os linfonodos, mucosas (p labial, oral, faríngea, laríngea e traqueal), pele, fígado e baço.

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4
Q

Qual o QC da PCM?

A

São 2 formas:

1) Aguda (juvenil): manifestações do sistema reticuloendotelial (adenopatia, hepatoespleno) com febre, adinamia e perda de peso. A adenopatia pode fistulizar e liberar pus. Pode haver ACOMETIMENTO DE ADRENAIS (hiperpig cutânea, anorexia, GI, hipotensão, hipoglicemia e DHE)!!!
2) Crônica (adulto - 90% dos casos de PCM): história arrastada (meses) de tosse, expectoração, dispneia aos esforços. Há uma dissociação clinicoradiológica importante (EF pulmonar ~normal com alterações de rx importantes). Sâo comuns lesões cuteanomucosas variadas. Também pode haver adenopatia. Pode acometer SNC como uma lesão expansiva.

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5
Q

Quais consequências raras porém possíveis da adenopatia por PCM?

A

Pode comprimir o hilo hepático fazendo icterícia obstrutiva e acometer o mesentério produzindo perda de ptn e ascite quilosa.

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6
Q

Quais os achados laboratoriais e de imagem da PCM?

A

Labs: “doença crônica” = anemia e aumento do VHS.
Rx tórax (quase sempre alterado): infiltrado pulmonar bilateral simétrico peri-hilar, acometendo predominantemente os terços médios (padrão de “asa de morcego”).

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7
Q

Como dx a PCM?

A

Avaliação do escarro, raspado das lesões cutâneas e biópsia (achado patognomônico - roda de leme).
*Sorologia: S e E de 90%.

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8
Q

Qual o tto da PCM?

A

Itraconazol (escolha - outras opções: cetoconazol, bactrim) e anfo B para casos mais graves.
*Duração: melhora clínica e sorológica do paciente, mas geralmente 6-12m.

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9
Q

Qual o agente etiológico da histoplasmose? Onde ele habita?

A

O fungo Histoplasma capsulatum. Se localiza no solo, principalmente úmido e quente (CAVERNAS com AVES/MORCEGOS!!!).

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10
Q

Como é a transmissão da histoplasmose?

A

Inalação do fungo proveniente do ambiente.

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11
Q

Qual a fisiopatologia da histoplasmose?

A

Muito semelhante à TB: pulmões > disseminação linfo-hematogênica (SRE, adrenais, pele) > desenvolvimento da forma aguda OU contenção em granulomas CASEOSOS > infecção latente > queda na imunidade > formas agudas pulmonares ou disseminadas OU forma crônica pulmonar (se defeito estrutural no pulmão).

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12
Q

Qual o QC da histoplasmose?

A

1) Aguda: semelhante a uma sd gripal (febre, cefaleia, calafrios, mialgia, mal-estar), sendo comuns tosse, dor torácica e dispneia. Menos comum: SRE, eritema nodoso, artralgia.
2) Crônica: igual à TB (inclusive no RX - porém cavitação é menos frequente). É mais comum em pneumopatas e DPOC (lesão estrutural facilita ocorrência).

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13
Q

O que é e qual a importância da histoplasmose disseminada? Explique.

A

É a forma disseminada da histoplasmose, tendo sido rara no passado porém hoje é DOENÇA DEFINIDORA DE AIDS!!! Quadro de febre, calafrios, adenopatias, lesões cutâneas (grande marca da subaguda), podendo ter citopenias (aguda > subaguda).

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14
Q

Quais os labs, Rx e dx da histoplasmose?

A

Labs: citopenias, aumento da ECA, aumento de FA e brb.
Rx: idem TB (primária ou miliar).
Dx: cultura do sg, escarro ou LBA, biópsia pulmonar ou sorologia.

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15
Q

Qual o tto da histoplasmose?

A

Casos leves com itraconazol ou voriconazol e casos graves com anfo B.

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16
Q

Qual o QC da criptococose?

A

Semelhante à TB e histoplasmose, com quadro gripal e dispneia (forma aguda) ou respiratório insidioso (crônica).

17
Q

Como dx a criptococose? Qual o rx?

A

Rx: infiltrado intersticial, uni ou bi, podendo ter imagens nodulares com ou sem adenopatia e/ou DP.
Dx: exame direto com tinta de Nanquim, cultura ou sorologia.

18
Q

Qual o tto da criptococose pulmonar?

A

Fluconazol se leve e anfo B se grave.

19
Q

Quais as principais espécies de fungos Cândida?

A

Albicans, tropicalis, krusei e glabrata. São encontradas nos alimentos, na pele, colonizando o TGI e TGU, etc.

20
Q

Quais os FR para candidíases?

A

ATB amplo espectro, IMSP (DM, QT, GC, HIV com baixa contagem de CD4) e quebra de barreica (acessos vensos, sondas vesicais, cirurgia do TGI ou tórax, drogas EV e grandes queimados).

21
Q

Qual o QC da candidíase oral? Está relacionada a que?

A

Finas placas brancas indolores e facilmente removíveis, estando muito relacionada ao uso de GC inalatórios ou evidenciando doenças graves e debilitantes.

22
Q

Qual o QC da candidíase esofagiana?

A

É a candidíase oral que progrediu para o esôfago, com as mesmas placas, porém é mais comum no HIV+ com IMSP e promove odinofagia e/ou pirose.

23
Q

Qual o QC da vulvovaginite por cândida?

A

Prurido vulvar, leucorreia (com ou sem placas semelhantes às orais) e desconforto local. Acomete principalmente usuárias de ACOs.

24
Q

Qual o QC da candidíase cutânea?

A

Lesões eritematosas e pruriginosas, frequentemente com pus, em áreas de dobras. Quase sempre apresentam lesões satélite menores.

25
Q

Quais as formas de candidíase sistêmica?

A

Invasivafocal, invasiva disseminada e disseminada crônica.

26
Q

Qual o QC e quando ocorre a candidíase sistêmica invasivafocal?

A

Ocorre pela invasão de um tecido, com QC idêntico a uma infecção bacteriana. Ex: peritonite por manipulação de TGI em cirurgias ou ITU por cateter vesical.

27
Q

Qual o QC e quando ocorre a candidíase sistêmica invasiva disseminada?

A

Ocorre pela fungo no sangue e consequente disseminação para outros órgãos (HMC geralmente positivas). O QC é de SIRS. As lesões cutâneas e/ou retinianas (exsudatos algodonosos) são altamente preditivas de lesões de órgãos internos, como rins, SNC, coração, etc.

28
Q

Qual o QC e quando ocorre a candidíase sistêmica disseminada crônica?

A

Ocorre em pcte com leucemia que acabaram de se recuperar de uma neutropenia. O QC é de febre, hepatoesplenomegalia e outras manifestações sistêmicas. A bx mostra microabcesso de Candida.

29
Q

Como dx as várias formas de candidíase?

A

1) Mucocutânea: clínico.

2) Invasiva: HCM e/ou bx.

30
Q

Qual o tto das diversas formas de candidíase?

A

1) Mucocutânea:
a) Cutânea ou balanite: cetoconazol (ou outro azol) tópico. Alternativa: nistatina tópica.
b) Vulvovaginite: fluconazol 150 mg VO dose única (ou nistatina tópica).
c) Oral: nistatina oral (bochecho + engolir 5x/dia).
2) Invasiva:
a) Estável: fluconazol.
b) Instável: voriconazol ou caspofungina.