Micobactérias Flashcards
Mycobacterium tuberculosis
1) Bacilo
2) Ácido-álcool resistente (dada a elevada concentração de ácido micólico na parede celular) -> coloração roxa ao microscópio
3) Aeróbio obrigatório
4) Não esporulado
5) Fastidioso (4-8 semanas em cultura)
6) Alto teor de guanosina (G) e citosina (C) no DNA
7) Patogenia: transmissão por via respiratória; os bacilos fagocitados inibem a acidificação do fagossoma, inibindo a fusão do fagossoma com o lisossoma, o que lhes permite replicarem-se livremente -> células de Langhans; pode haver necrose tecidual, caso a carga antigénica seja elevada no momento em que os macrófagos são estimulados; a disseminação de bacilos é impedida pela formação de granulomas (estes organismos podem permanecer inativos neste estádio, ou podem ser reativados mais tarde numa situação de imunosupressão, dada a diminuição do TNF alfa)
8) Epidemiologia: em geral, afeta os pulmões (lobos médio e inferior numa infeção primária, e lobo superior numa reinfeção); causa mal-estar, perda de peso, sudorese noturna, tosse c/ possível hemoptise
9) Diagnóstico: é confirmado pela evidência radiológica de doença pulmonar, reatividade ao teste cutâneo da tuberculina e deteção de micobactérias ao microscópio (com coloração de Ziehl-Neelsen) ou em cultura (no meio de Lowenstein-Jensen)
10) Terapêutica: longo (6-9 meses) para evitar resistências; isoniazida, rifampicina, pirazinamida e etambutol; profilaxia c/ rifampicina e isoniazida
Mycobacterium leprae
1) Bacilo
2) Ácido-álcool resistente (dada a elevada concentração de ácido micólico na parede celular) -> coloração roxa ao microscópio
3) Não esporulado
4) Fastidioso
5) Alto teor de guanosina (G) e citosina (C) no DNA
6) Epidemiologia: contacto pessoa-a-pessoa, no entanto a via de transmição é desconhecida, mas pensa-se que seja por via respiratória; reservatório: armadilo
7) Patogenicidade/Síndromes clínicas: as manifestações da doença dependem do estado imunológico do indivíduo, podendo ser lepra tuberculoide ou lepromatosa; a tuberculoide é marcada por imunidade celular mediada por Th1, apresentando sintomas leves; a lepromatosa é marcada por imunidade humoral, apresentando lesões cutâneas desfigurantes (c/ facies de leão) e neuropatia (dada a presença de bacilos nas células de Shawn dos nervos periféricos); o bacilo prefere temperaturas mais baixas, daí os sintomas se manifestarem com mais frequência nas extremidades e na pele
8) Diagnóstico: o microrganismo não consegue crescer em culturas livres de células, por isso a confirmação laboratorial exige evidência histopatológicas compatíveis com a doença clínica e a reatividade ao teste cutâneo a lepromina ou a deteção de bacilos ácido-resistentes nas lesões
9) Terapêutica: forma tuberculoide - dapsona ou dapsona e rifampicina; forma lepramatosa - dapsona, rifampicina e clofazimina