Bacilos Gram- (sistema respiratório) Flashcards
Bordetella pertussis
1) Cocobacilo
2) Gram-
3) Aeróbio obrigatório
4) Catalase+
5) Não fermentador
6) Bordetella pertussis, ao contrário de outras espécies como parapertussis e bronchiseptica, não cresce nos meios laboratoriais comuns -> meio de Bordet-Gengou
7) Fastidioso
8) Patogenicidade: liga-se ao epitélio respiratório através de pili (hemaglutinina filamentosa) e liberta toxinas: toxina pertussi inibi Gi, aumentando o AMPc; toxina adenilato ciclase ou hemolisina é ativada pela calmodulina e converte ATP em AMPc; citotoxina traqueal é um monómero de peptidoglicano que provoca a ciliostase e até a extrusão de células ciliadas; toxina demonecrótica causa vasoconstrição, podendo conduzir a isquémia localizada, migração de leucócitos p/ espaços extra-vasculares e hemorragia
9) Epidemiologia: transmissão por via respiratória; humano é o único reservatório
10) Síndromes clínicas: é o agente responsável pela tosse convulsa:
10. 1) Estádio catarral: intensa rinorreia, espirros, mal-estar e febre baixa
10. 2) Estádio paroxístico: expulsão das células ciliadas do trato respiratório através da tosse característica
10. 3) Fase de convalescença: tosse crónica
11) Diagnóstico: a colheita deve ser feita por aspirado naso-faríngeo, mas se se tiver que utilizar zaragatoa esta deve ser de fibras sintéticas; microscopia por técnica de imunofluorescência; PCR; cultura no meio de Bordet-Gengou
12) Terapêutica: macrólidos (eritromicina); vacina acelular multivalente
Haemophilus influenzae
1) Cocobacilo
2) Gram-
3) Catalase+
4) Oxidase+
5) Imóvel
6) Não forma esporos
7) Anaeróbio facultativo
8) Fermentador de glicose
9) Patogenicidade: tipo B tem cápsula; colonização é mediada por pilis e adesinas, sendo que os componentes da parede celular comprometem a função dos cílios do epitélio respiratório; podem atravessar células epiteliais e alcançar a corrente sanguínea
10) Epidemiologia: transmitido por via respiratória (aerossóis)
11) Síndromes clínicas: meningite (tipo B é responsável por meningite pediátrica), epiglotite (-> faringite, febre, dificuldade respiratória, completa obstrução da via aérea), celulite, pneumonia, artrite (+ comum em doentes sem baço ou com anemia falciforme), otite média, sinusite, conjuntivite, cancroide
12) Diagnóstico: cultura em ágar de chocolate (com fator V e X), pode haver satelismo c/ S. aureus; deteção de antigénio
13) Terapêutica: infeções + graves dá-se ceftriaxone; infeções - graves dá-se co-amoxiclav, azitromicina ou uma quinolona; profilaxia com rifampicina; existe vacina para tipo B
Legionella
1) Bacilo
2) Gram- (cora fracamente c/ gram, é necessário usar coloração de prata)
3) Oxidase+
4) Parasita intracelular facultativo (em amibas e macrófagos)
5) Fastidioso, mas o seu crescimento é acelerado c/ sais de ferro e L-cisteína
6) Patogenicidade: proliferam nos vacúolos celulares e produzem enzimas proteolíticas, fosfatases, lipases e nucleases; destroem a célula hospedeira quando o vacúolo sofre lise
7) Epidemiologia: transmissão por via respiratória (aerossóis); tem como reservatório natural os lagos e os rios, sistemas de refrigeração e humidificadores, e ainda sistemas de água das cidades
8) Síndromes clínicas: febre de Pontiac (auto-limitada; febre baixa, cefaleias, mialgia, mal-estar), doença dos Legionários (morbilidade considerável; sinais são sistémicos e surgem de forma abrupta; febre alta, calafrios, tosse seca e improdutiva, cefaleias; pneumonia c/ raio-x algodonoso e consolidação de um lobo, acompanhada de hiponatrémia, sintomas neurológicos e diarreia)
9) Diagnóstico: cultura em meio de gelose c/ extrato de levedura-carvão tamponada (BCYE); testes de imunofluorescência indireta; testes de deteção de antigénio na urina (+ rápidos)
10) Terapêutica: beta lactâmicos são ineficazes; doença grave usa-se azitromicina ou levofloxacina; doença ligeira usa-se eritromicina ou tetraciclina
