Manejo do paciente grave Flashcards
Indicativos de paciente grave
Alteração no nível de consciência: queda de 2 pontos na ECG
Alterações de sinais vitais: FR , FC, SAT, PA, TEC
Sinais/sintomas de gravidade: precordialgia, febre+neutropenia, obstrução de via aérea, alterações neurológicas, intoxicações, sangramentos, dor intensa
Avaliação inicial
1° chamar ajuda
2° checar pulso → se presente
3° MOV + HGT
4° anamnese e exame físico objetivo (geral, neuro, cardiovascular, respiratório, abdome, mmii)
Três grandes síndromes do paciente grave
Choque
Insuficiência respiratória aguda
Rebaixamento do nível de consciência
Achados do Choque
Choque = baixa perfusão tecidual = TEC > 3 seg, extremidades frias
Neuro: RNC, delírio
ACV: hipotensão, taquicardia, acidosose metabólica com lactatemia
AR: insuficiência respiratória
ABD: aumento de bilirrubinas (colestase transinfecciosa), íleo paralítico, oligúria, IRA
Hematológico: CIVD
Ins. cardíaca: FC ↑, PA ↓, estase jugular, B3 → sempre descartar SCA
Cronotropismo: bradiarritmias, taquiarritimias
Tipos de choque
Hipovolêmico
Distributivo
Cardiogênico
Obstrutivo
Tipos de Insuficiência respiratória
Tipo 1 (hipoxêmica): paO2 < 60 mmHg
Tipo 2 (hipercápnica): paCO2 > 50 e pH < 7,3
Causas de Ventilação
Defeito central -distúrbios metabólicos graves, lesões cerebrais (bulbo), intoxicação por opioide
Defeito de musculatura respiratória: fadiga muscular
Progressão do uso da musculatura acessória
Fadiga de diafragma → tiragem subcostal e intercostal → tiragem de fúrcula → batimento de asa nasal → respiração paradoxal abdominal → parada respitatória
Causas de aumento do trabalho da musculatura acessória
Diminuição da complacência muscular: pneumonias extensas, SDRA, fibrose pulmonar, EAP
Aumento da necessidade ventilatória: sepse, acidose metabólica
Dificuldade para gerar gradiente de pressão: auto-PEEP (broncoespasmo grave)
Diminuição da força muscular: desnutrição, doenças crônicas, ventilação mecânica prolongada, senilidade
Gradiente alvéolo-arterial: o que é e como calcular
Diferencia se hipoxemia é decorrente da diminuição da ventilação alveolar ou da oxigenação do sangue.
G (A-a) = 130 - (paO² + paCO²)
< 20 (normal) → hipoxemia com pressão alveolar normal de O² → decorrente exclusivamente de hipoventilação
> 20 → há defeito no processo de oxigenação (pode ser inclusive de hipoventilação)
Conduta inicial diante do paciente com Insuficiência Respiratória
Monitorização multiparamétrica
IOT se: ECG < 9 | instabilidade hemodinâmica | risco de PCR
Toracocentese de alívio se suspeita de pneumotórax hipertensivo
Drogas de IOT sequência rápida
Fentanil: 2-3 mcg/kg em 1-2 min (2-3ml sem diluição ou 6ml + 4ml abd fazer 1ml/10kg) - faz hipotensão, iniciar nora antes se PA limítrofe
Etomidato: 0,15-0,3 mg/kg (7ml a 01 amp ou 10ml + 10ml abd fazer 3ml/10kg)
Quetamina 2mg/kg (4ml + 3ml ABD fazer 1ml/10kg)
Succinilcolina: 1,5 mg/kg (100mg em 10ml de ABD e fazer toda diluição ou diluir pó em 10ml ABD fazer 1ml/10kg)
Rocurônio 0,6-1,2mg/kg
Evitar succinil em pacientes com suspeita de obstrução de vias aéreas, hipercalemia ou miopatia
Pós-IOT:
- fentanil 2 amp + SF 0,9% 80ml em BIC
- midazolam 3 amp + SF 0,9% 120ml em BIC
S/n:
Pancuronio 1 amp + SF 0,9% 90ml em BIC
Precedex 1 amp (200mcg/2ml) + SF 0,9% 48ml = 4mcg/ml fazer 1-3,5ml/20kg/h - bom para desmame