Lesão do mecanismo extensor Flashcards
Visão geral das lesões do mecanismo extensor:
Decorrente de:
- Fratura da patela
- Lesão do tendão quadriciptal
- Lesão do tendão patelar
Pelo que é composto o mecanismo extensor?
Como é realizado a vascularização da patela?
Mecanismo extensor é composto por:
- Patela: maior osso sesamóide
- Tendão e músculo do quadriceps
- Tendão patelar
- Retináculo patelar medial
- Retináculo patelar lateral
- LPFM, LPTM, LPFL
- Bursas e gordura patelar
Vascularização:
- Formação do arco pelas artérias geniculares
- Predomínio de irrigação de origem lateral. Por isso é preferível incisão medial - preserva irrigação.
- Irrigação é predominantemente de anterior para posterior e de distal para proximal.
Visão geral da biomecânica do joelho:
Quais são as funções da patela?
Angulo Q: formado pelas forças entre o quadriceps e o patelar.
- Q: Supero lateral
- P: Infero lateral
- Resultado: eixo da patela é em valgo
Como é realizado a prevenção do eixo em valgo da patela?
- Traking patelar adequado
- Côndilo lateral > medial
- Inserção mais distal do vasto medial
- Obliquidade das fibras do vasto medial
Funções da patela:
- Guiar o vetor da força muscular
- Aumenta o braço de alavanca do quadriceps
- Evita luxação anterior do fêmur.
- Patelectomia diminui o momento de força em até 15%.
Qual a apresentação clínica de um paciente com lesão do mecanismo extensor?
Hemartrose
Gap palpável
Lag extensão: pede para o paciente realizar extensão completa do joelho e o paciente mantém um grau de flexão. Ângulos 5° nesse teste já indicam lesão dos retinaculos patelares.
Como é realizada a avaliação radiográficas das lesões do mecanismo extensor?
Quando suspeitar de alteração da altura patelar?
Quais são os 3 índices mais utilizados para avaliação objetiva da altura patelar? Quais são seus valores de referência?
Radiografias:
- AP
- P
- Merchant/axial
RNM: melhora avaliação dos tendões e de fraturas ocultas da patela.
Suspeita de alteração da altura patelar:
- Polo inferior da patela não tangencia a linha de Blumansaat
- Polo inferior da patela está > 2cm da articulação
Índices para avaliação patelar:
- Insall Salvati: 0,8-1,2
- Caton Dechamps:0,8-1,3
- Blackburne Peel: 0,54-1,06
Retomando a fratura da patela
Características epidemiológicas:
Classificação:
Lesões associadas:
Diagnósticos diferenciais:
- Patela bipartida: visão geral
- Fratura osteocondral: visão geral
- Fratura por estresse da patela
Tratamento cirúrgico:
Técnicas cirúrgicas:
Epidemiologia:
- 1% de todas as lesões ósseas
- 50-60% dos casos de lesão do mecanismo extensor
- Em jovens é ocasionada por trauma
- Direto: moto ou painel do carro
- Indireto: contração excêntrica com o joelho semi fletido
- Mulheres idosas com osteoporose - queda
Classificação: descritiva
- Transversa: subtipo mais comum
- Maioria é desviada (65%): lesão do retináculo
- Maioria no terço médio
- Melhor visualizado no rx perfil
- Cominuta / estrelada:
- 65% não desviada
- Vertical:
- Retináculo preservado
- Melhor visto no Rx axial
- Retináculo preservado
Lesões associadas:
- Ocorrem em 15-28% dos casos - mais comum em fraturas expostas (80% dos casos)
- Fratura do mmii ipsilateral até 5-44%: mais comum em traumas de alta energia.
- Lesão do LCP em até 25% dos casos
- Lesão de partes moles.
- Teste de salinas para fratura exposta: aspirar conteudo da articulação e injetar 150ml de SF0,9% na articulação (associado ou não a azul de metileno). Estravasamento indica fx exposta.
Patela Bipartida:
- Assintomática e maioria bilateral
- Bordas bem definidas no rx
- Classificação:
- I: 5% - borda inferior
- II: 20% - borda lateral
- III: 75% - borda superolateral
- Tratamento:
- Conservador
- Cirúrgico: técnica de Ogata - para pacientes sintomáticos.
Fratura osteocondral:
- Associado a luxação da patela e fraturas cominutas da patela
- Melhor visto no Rx axial
- Faceta medial da patela ou condilo lateral do femur
Fratura por estresse da patela:
- Joelho do saltador
- Mais comum no polo inferior
- Alongamento da patela
Tratamento cirúrgico:
- Lag de extensão = lesão dos retináculos
- Fratura exposta
- Fragmento osteocondral livre
- Desvio > =3mm
- Degrau articular > =2mm
Técnicas Cirúrgicas:
- Banda de tensão modificada possui melhores resultados
- FK ou parafuso canulado
- Perpendicular e paralelos
- Distal para proximal
- 5mm posterior a superfície anterior da patela
- Parafuso canulado: diminui em 50% as queixa do paciente em relação ao implante se comparados com FK.
- Parafuso de tração
- Patelectomia
- Basket plate: fraturas cominutas do polo inferior.
Lesão do tendão quadriciptal:
Características epidemiológicas:
Quadro clínico
Rx e RNM
Tratamento
Epidemiologia:
- 2 lesão mais frequente do mecanismo extensor. 28% dos casos.
- Comum em homens acima dos 40 anos
- Trauma indireto com joelho em flexão 0-45°
- Pacientes com comorbidades:
- Aumenta risco de lesão bilateral
- DM, obesidade, uremia, LES, iperparatireoidismo
- Uso de corticóides ou quinolonas
- Alterações degenerativas em 64% dos casos.
- Em idosos: avulsão do polo superior
- Em jovens: intrasubstancial (meio do tendão) - relacionado a traumas de alta energia.
- Ruptura expontânea: ocorre entre 1-2cm do polo superior da patela
- Área avascular do tendão
- Risco de ruptura expontânea
QC:
- Déficit de extensão
- GAP
- Hemartrose
Rx:
- Tooth sign (sinal do dente)
- Patela baixa
RNM:
- Melhor exame para diagnóstico
- Lembrar que hipersinal do tendão quadriciptal é normal.
Tratamento:
- Lesão aguda: até 2 semanas
- Reparo primário com ou sem reforço
- Scuderi: reforço parcial do quadriceps
- Lesão crônica:
- Reparo quando possível
- Enxertos (fáscia lata ou alógenos)
- Alongamento do tendão
- Codvila em V invertido
Lesão do tendão patelar
Epidemiologia
Quadro clínico
Tratamento
Epidemiologia:
- Incidência 0,6% da população em 5 anos
- 12% das lesões do mecanismo extensor
- Homens com menos de 40 anos
- Trauma esportivo
- outros: complicações pós operatórias de ATJ ou HIM, acidente automobilistico.
- Dor prévia em geral
- Micro - traumas repetitivos
- Trauma indireto
- Contração com o joelho fletido a 60°
- Maioria ocorre por avulsão do polo inferior da patela
- Avulsão da TAT é mais rara.
QC:
- Lesão aguda (<2 semanas): hemartrose, GAP, déficit de extensão
- Lesão crônica (>2-6 semanas):
- Dificuldade para subir escada ou sair do carro
- Micragração proximal da patela
- Atrofia do quadriceps
- Osteoporose da patela
- Instabilidade articular ( = lesão LCA)
Tratamento:
- Lesões agudas:
- Melhores resultados quando realizado em até 7 dias
- Reparo primário
- Com ou sem reforço
- Cerclagem
- Ethibond
- Flexores
- Fascia lata
- Lesões crônicas:
- Reparo não é possível na maioria dos casos - tecido degenerativo
- Realizar correção da altura patelar:
- Release das aderências ou artrólise
- Alongamento quadriceps
- Cirurgia em 2 tempos
- Reconstrução do tendão com enxerto
- Flexores
- Patelar contralateral
- Aquiles de banco de tecidos
- Realizar reparo dos retináculos
Joelho do Saltador - Tendinite Patelar
Características epidemiológicas gerais:
Quadro clínico
Rx
Lesões associadas
Classificações
- Blazina
- Ferretti
Epidemiologia:
- Comum em atletas profissionais em esportes de salto
- Alterações degenerativas da inserção no polo inferior da patela
- por microtraumas repetitivos por longos períodos
QC: Dor a palpação que piora com a extensão do joelho
Rx: alongamento do polo inferior da patela
Lesões associadas:
- Alteração do tracking patelar
- Osgood Schlatter
- Alteração de alinhamento dos mmii
- Condromalácia
Classificações:
- Blazina
- Fase 1: dor após atividade física
- Fase 2: dor durante e após atividade física
- Fase 3: dor associada a diminuição da performance
- Fase 4: estágio final com fratura por estresse ou ruptura do tendão patelar.
- *Fase de 1 a 3: tratamento conservador
- **Fase 4: tratamento cirúrgico
- Desbridamento ou reparo das fraturas
- Ferretti
- Fase 0: sem dor
- Fase 1: dor após atividade física
- Fase 2: dor durante e após atividade física
- Fase 3: dor durante a prática esportiva associada a dificuldade de manter performance a um nível satisfatório
- Fase 4: dor durante a prática esportiva associada a impossibilidade de manter performance a um nível satisfatório
- Fase 5: Dor durante atividades diárias. Incapacidade de participar de esporte em qualquer nível