Fratura da Patela Flashcards
Características gerais das fraturas da patela:
- 1% de todas as fraturas musculo esqueléticas
- Suceptível a lesões diretas devido a sua localização anterior a fino tecido subcutâneo de cobertura.
Características gerais anatômicas da patela:
Cite a classificação de Wiberg:
- Mecanismos extensor: tendão quadriciptal -> patela -> tendão patelar
- Retináculos mediais e laterais são extensores secundários
- Trato iliotibial: extensor secundário do joelho
- É o maior osso sesamóide do corpo - sujeito a forças de tensão
- Cartilagem:
- 3/4 proximais: cartilagem espessa até 1cm
- 1/4 distal: sem cartilagem (é extra articular)
- Fluxo artérial:
- Plexo: artéria genicular suprema
- Artérias geniculares
- Lateral superior
- Lateral inferior
- Medial superior
- Medial inferior
- Fluxo artérial intraósseo:
- Terço médio na face anterior
- Polo inferior (fluxo retrógrado - risco de osteonecrose fraturas transversas)
- Função da patela: aumentar o braço de alavanca do mecanismo extensor.
- Biomecânica:
- 0-20° não existe contato da patela com a tróclea
- >20° inicia contato da patela com a tróclea
- 90° é o contato máximo com a tróclea
- >90° contato da patela é com os côndilos
Classificação anatômica de Wiberg
- Tipo I: facetas são côncavas e do mesmo tamanho
- Tipo II: faceta medial é côncava e menor
- Tipo III: faceta medial é convexa e menor
Mecanismos de trauma nas fraturas da patela:
Direto:
- Baixa energia: queda da própria altura
- Alta energia: colisão contra painel do carro
Indireto:
- Grandes forças no mecanismo extensor com o joelho fletido - excêntrica
- Maior lesão do retináculo e maior comprometimento do mecanismo extensor.
- Lesão transversa: maior desvio e maior grau de lesão de partes moles
Como é feita a classificação das fraturas da patela?
Cite os subtipos da classificação da patela:
Desviadas e não desviadas
- Desvio:
- Separação dos fragmentos > 3mm
- Incongruência articular > 2mm
E é realizada a descrição da lesão. É uma classificação descritiva
Classificação das fraturas da patela:
- Transversa sem desvio:
- Menor dano ao retináculo
- Possibilidade de mecanismo extensor competente
- Fratura transversa sugere mecanismo indireto
- 35% transversa sem desvio
- Transversa com desvio:
- Quanto maior a lesão maior o risco de acometimento do mecanismo extensor.
- Fratura avulsão:
- Em geral por mecanismo de trauma indireto
- Não menosprezar fratura avulsão do polo distal o proximal
- Indicativo de lesão do tendão patelar ou tendão quadriceptal
- Mecanismo extensor geralmente lesado
- Fraturas verticais
- Menos comuns
- Trauma direto com o joelho fletido
- Raramentoe existe desvio ou ruptura do retináculo
- 12% das fraturas, normalmente na faceta lateral
- Osteocondral:
- Normalmente associado a luxação da patela ou traumas de alta energia.
- Lesão avulsão:
- Mais comum na faixa pediátrica
- Em geral polo inferior
- Fraturas cominutas:
- Traumas diretos
- Impacção contra os côndilos femorais
- Pode levar a dano importante condral
- 65% são sem desvio
- 80% são expostas
- 26% associado a fraturas do femur distal ou tíbia proximal
- 44% possuem fraturas ipsilateral no membro
Qual o quadro clínico das fraturas da patela?
Como avaliar a competência do mecanismo extensor?
QC: dor anterior no joelho, edema, dificuldade para deambular.
Mecanismo Extensor:
- Solicitar que o paciente realize extensão da perna contra a gravidade (Straight leg raise).
- Se apresentar dificuldade pode ser realizado injeção de anestésico intra articular.
- Se paciente conseguir extender o joelho, não exclui fratura mas indica que o retináculo está íntegro.
Quais exames radiológicos solicitar as fraturas da patela?
O que é a patela bipartida?
Como avaliar a altura patelar?
O que é a incidência de Merchant?
Indicações de Tc da patela?
Indicações de RNM da patela?
Rx joelho AP + P + Axial
Achado não patológico de uma patela bipartida. Em geral é bilateral - se gerar dúvida solicitar rx contralateral.
Avaliação da altura patelar:
- Utilizar o indice Insall-Salvati: consiste na razão B/A, onde B é o comprimento do tendão patelar medido na sua superfície posterior ou profunda desde sua origem no pólo inferior da patela até sua inserção no tubérculo tibial e A é o maior comprimento diagonal da patela. Valores >1.2 indicam patela alta.
- Com o joelho fletido 30°: polo inferior da patela passa a nível da Blumensaat
- Com joelho fletido 90°: polo inferior deve estar tangenciando a cortical anterior do femur.
- No Rx AP a patela deve estar até 2cm da interlinha
Incidência de Merchant: Axial da patelofemoral.
Indicações de TC da patela:
- Não união
- Fratura por estresse
- Consolidação viciosa
Indicações de RNM da patela:
- Suspeita de lesão do mecanismo extensor
- Lesão osteocondral
Indicações do tratamento conservador:
Como é feito o tratamento conservador?
Presença de 3 critérios:
- Mecanismo extensor preservado
- <3mm de desvio dos fragmentos
- <2mm de incongruência articular
Indicações relativas mesmo com desvios não aceitáveis:
- Contraindicação anestésica
- Pacientes debilitados + osteoporose severa
Tratamento conservador:
- Brace ou gesso ingnomaleolar
- Ganho de ADM após formação de calo mole
- Carga parcial com muletas
- Tempo médio de 4-6 semanas
Indicações de tratamento cirúrgico:
Como usualmente é realizado o tratamento das fraturas transversas?
Como usualmente é realizado o tratamento das fraturas cominutas?
Indicações Tratamento cirúrgico:
- Desvio >3mm
- Incongruência articular >2mm
- Fratura osteocondral + corpo livre
- Incompetência do mecanismo extensor
Fraturas transversas: tratamento com banda de tensão.
*Na imagem, A é a banda de tensão clássica. I é a mais resistente de todas.
Fraturas cominutas:
- Em geral tratamento emgloba uma associação de parafusos canulados e banda de tensão. Pode ser utilizado também placa mini micro.
- Fratura do polo distal cominuto: pode ser utilizado placa tipo sexta.
- Hemipatalectomia
- Patelectomia: não é mais utilizada.
Quais são as principais complicações das fraturas da patela?
- Falha da osteossíntese
- Consolidação viciosa
- Irirtação do material de síntese / falha
- Infecção