Fratura do Tálus Flashcards
Cite as características epidemiolígicas e gerais das fraturas do tálus:
- 2 osso mais fraturado do tálus (1° calcâneo)
- Representa 1% das fraturas do corpo
- Componente chave da articulação do tornozelo com o restante do pé
- Vascularização vulnarável
- Alta frequência de complicações com reusltados insatisfatórios
- Astrágalo do aviador: alta incidêcia em pilotos de avião após impactos por pouso forçado com a barriga do avião.
Características gerais da anatomia do tálus:
- 2° maior osso do tálus
- Dividido em cabeça, corpo e colo
- Possui 5 facetas articulares
- 2/3 da superfície é recoberta por cartilagem articular
- Possui 2 processos: Lateral e posterior
- Não é inserção ou origem de nenhum músculo
- O colo e o corpo não são colineares. No plano horizontal, o colo está voltado para medial e, no plano vertical, para plantar em relação ao corpo.
- Na superfície superior a tróclea é mais larga anteriormente, o que confere máxima congruência articular e estabilidade com o tornozelo em dorsiflexão.
O que é o Acetabulum pedis?
Acetabulum pedis: articulação talonavicular limitada lateralmente pelo componente calcâneonavicular do ligamento bifurcado e medialmente pelo ligamento mola e pelo tendão tibial posterior.
Quantos são os processos do tálus e cite suas características?
O que é o Os trigonum?
2 processos:
- Processo posterior: formado por 2 tubérculos (póstero medial e póstero lateral). Entre os 2 tubérculos existe um sulco que passa o flexor longo do hálux. Processo póstero lateral proeminente também é chamado de processo de Stieda.
- Processo lateral
Os trigonum: (3-8% da população) - osso acessório relacionado ao tubérculo póstero - lateral.
Quais são as 3 artérias responsáveis pela irrigação do tálus?
- Artéria tibial posterior
- Artéria tibial anterior
- Artéria fibular
Visão geral da artéria do canal do társo, artéria do seio do tarso e artéria deltóide:
Artéria do canal do tarso:
- Ramo da artéria tibial posterior
- Penetra no canal do tarso para se anastomosar com artéria do seio do tarso
Artéria do seio do tarso:
- Anastomose com a artéria do canal do tarso
Artéria deltóide
- Perfura o ligamento deltóide
- Cuidado caso seja necessário fazer osteotomia do maléolo medial
Quais são os mecanismos de trauma mais comuns nas fraturas do tálus?
Correlacione as principais localizações das fraturas do tálus com os mecanismos de trauma:
Traumas de alta energia: acidentes automobilisticos e quedas de altura
Fratura do colo e do corpo:
- Dorsiflexão + carga axial
Fratura da cabeça:
- Carga axial através do eixo do pé em extrema flexão plantar
Fratura do Processo lateral:
- Dorsiflexão + eversão ou rotação externa (snowboarder)
Fratura do tubérculo póstero medial
- Avulsão pelo ligamento deltóide
- Pronação + dorsiflexão vigorosa
Fratura do tubérculo póstero lateral
- Avulsão pelo ligamento talofibular posterior
- Compressão direta durante flexão plantar extrema
Quais são as principais lesões associadas as fraturas do tálus?
- Outras fraturas do pé e do tornozelo
- Fratura do maléolo medial (19%), fratura do calcâneo (10%)
- Fratura do pilão tibial
- Fratura da coluna lombar
O que é importânte avaliar no exame físico?
- Lesões de partes moles (são comuns): necrose de pele
- Luxação do tálus: redução urgente é mandatória para reduzir lesão de partes moles e diminuir a chance de lesão cartilaginosa
- Avaliar lesões neurovasculares: tendão flexor longo do hálux proporciona uma proteção relativa ao feixe
- Fraturas do processo lateral podem ser confundidas com entorse do tornozelo
Quais exames de imagem solicitar para as fraturas do tálus?
Rx AP P e oblíquo do pé
Rx AP + P + mortise to tornozelo
Incidência de Canale Kelly:
- Flexão plantar máxima, pronação 15°, raio inclinado cefalicamente, 75° á partir da horizontal
- Bom para avaliação do colo do tálus
Tomografia: bom para avaliar fraturas sem desvio, fraturas dos processos, fraturas por impacção e fraturas subcondrais
Ressonância magnética:
- Pode avaliar lesão condral do tálus que tenha passado despercebida
- Método mais sensível e específico para avaliar osteonecrose
Defina a classificação de Hawkins modificada por Canale Kelly para fraturas do colo:
*mais importante
Tipo 1: Fratura sem desvio
Tipo 2: Fraturas desviadas com luxação ou subluxação da articulação subtalar
Tipo 3: Fraturas desviadas com luxação ou subluxação da articulação subtalar + Luxação do tornozelo
Tipo 4: Fraturas desviadas com luxação ou subluxação da articulação subtalar + Luxação do tornozelo + Luxação talonavicular
Defina a classificação de Boyd e Knight para fraturas do corpo:
- Tipo I: Cisalhamento coronal ou sagital
- Tipo II: Cisalhamento horizontal
- Tipo III: Cominuta
Defina a classificação de Hawkins para fraturas do processo lateral:
- Tipo I: Traço simples e fragmento grande
- Tipo II: Cominuta
- Tipo III: Traço simples ápice do processo lateral
Como é realizado o tratamento das fraturas do colo do tálus do tipo I?
- Pode ser tentado tratamento conservador para as verdadeiramente sem desvio (confirmado por TC).
- Tratamento cirúrgico possui maior garantia da redução
- Desvios de 2mm já alteram a dinâmica subtalar
Realizado com bota gessada do tornozelo em neutro:
- Sem carga por 8 semanas
- Carga protegida por mais 4 semanas
Como pode ser realizado o tratamento das fraturas do colo do tálus do tipo II?
É descrito uma redução fechada (flexão plantar + inversão do calcâneo, para reduzir fraturas e subtalar).
Se redução bem sucedida, pode-se considerar fixação percutânea para estabilizar a fratura.
Críticas:
- Incapacidade de conseguir redução anatômica
- Pequenas subluxações tanto da fratura quanto da subtalar
- Perdas de redução no seguimento
- Longos períodos de imobilização em equino.