Leishmaniose Tegumentar Flashcards

1
Q

Espécies no Brasil, vetor, transmissão, formas da leishmania, período de incubação:

A
  • Principais espécies: Leishmania amazonensis, leishmania guyanensi, leishmania braziliensis (mais importante na América Latina).
  • Vetor: Flebotomíneos/mosquito-palha (Lutzomyia).
  • Transmissão: picada do mosquito infectado.
    Formas:
  • Dentro do vetor: Flagelada/promastigota.
  • Dentro do hospedeiro: Aflagelada/amastigota.
  • Período de incubação: 2-3 meses, podendo se estender para anos.
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2
Q

Fisiopatogenia:

A

Promastigota —> promastigota metacíclica —> vetor inocula no hospedeiro o promastigota —> parasita adere-se à superfície celular do macrófago e células de langerhans —> passam para o meio intracelular por meio de fagocitose —> se transforma em amastigota —> processo inflamatório por causa dos antígenos dos parasitas —> rompimento dos macrófagos pela multiplicação do parasita e há liberação de partículas inflamatórias.
- Com a evolução do quadro, ocorre uma resposta granulomatosa com cada vez mais linfócitos, cada vez menos parasita e com necrose de pele —> ulceração.
- A resposta Th1 tende a predominar —> lesão evolui para cura, com cicatriz atrófica.

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3
Q

Manifestações clínicas:

A
  • Leishmaniose cutânea localizada: Pápula eritematosa no local da inoculação —> lesão nodular —> úlcera. Podem lesões úmidas recoberta por exsudato e bordas elevadas ou lesões secas com uma crosta central com leishmaníades na vizinhança.
  • Leishmaniose cutânea disseminada: Aparece lesões ulceradas pequenas distribuídas por todo o corpo (disseminação via hematogênica).
  • Leishmaniose cutânea difusa: Inicia-se como mácula, pápula ou nódulo no local da inoculação. Diferentemente da cutânea, não evolui para úlcera —> evolui com o aparecimento de outras lesões na vizinhança e ocorre disseminação hematogênica podendo aparecer lesões em outras partes do corpo. Áreas mais afetadas —> face, poupando couro cabeludo, axilas, palma das mãos. (As infiltrações na face confere um aspecto leonino x diagnóstico diferencial com hanseníase virchowiana).
  • Leishmaniose recidivante: Cicatrização da lesão primária —> microorganismos persistentes causam novas pápulas ao redor da cicatriz. Sendo que essas pápulas podem —> ulcerar, cicatrizar ou reaparecer ao longo das décadas.
  • Leishmaniose mucosa: Ocorre pelo L.braziliensis —> lesões no nariz, faringe, laringe meses após a úlcera cutânea cicatrizar. Lesões vão ser caracterizadas por uma resposta granulomatose crônica que destrói a mucosa e cartilagem subjacente ao septo nasal ou palato (diagnóstico diferencia: neoplasias, sífilis terciária).
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4
Q

Coinfecção com HIV:

A
  • Aspecto tegumentar variado. Em pacientes com imunossupressão grave as lesões podem ser encontradas em regiões não expostas, como a região genital.
  • Deve-se oferecer a sorologia para o HIV a todos os pacientes com LT.
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5
Q

Diagnóstico:

A

Caso suspeito de LC: pessoa com lesão de pele ulcerada ou não com mais de 3 semanas de duração e exposição prévia a área de transmissão.
- Exame direto (esfregaço) —> positivo —> diagnóstico confirmado —> tratar.
- Exame direto —> negativo —> encaminhar para os centros de referência.
- IDRM —> positivo —> considerar prova terapêutica —> se houver cura —> diagnóstico confirmado —> se não houver —> encaminhar para centro de referência.
- IDRM —> negativo —> encaminhar para o centro de referência.

Caso suspeito de LM: lesão de vias aéreas e exposição prévia em área de transmissão.
- Encaminhar para o centro de referência.
- IDRM —> positivo —> considerar prova terapêutica —> se sim —> houve cura e confirmar diagnóstico —> se não —> constituir a investigar LT e realizar diagnósticos diferenciais.
- Cultura, PCR, Histopatologia —> positivo —> tratar —> se negativo —> continuar a investigar LT e realizar diagnósticos diferenciais.

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6
Q

Tratamento:

A

Tratar quando —> lesões cutâneas grandes, áreas que comprometam a estética ou aquelas relacionadas a L.braziliensis.
Em lesões pequenas, quase curadas, causadas por espécies que não estão associadas à forma mucosa —> conduta expectante.

  • Na cutânea localizada —> administração intralesional ou parenteral de antimonial pentavalente (braziliensis) —> caso a leishmania seja da espécie guyanensis —> isentionato de pentamidina.
  • Cutânea disseminada —> antimonial pentavalente.
  • Mucosa —> lembrando que deve ser manejada em centros de referência —> antimonial pentavalente + pentoxifilina.
  • Pacientes menores de 1 ano, superiores a 50 anos, insuficiência renal, cardíaca, hepática, transplantados renais, gestantes (quando não for possível adiar o tratamento após o parto) —> anfotericina B lipossomal.
  • Paciente coinfectado com HIV —> dexocolato de anfotericina B.

Cuidado com as lesões:
- Minimizar o risco de infecção secundária —> limpeza frequente com água e sabão, realizar compressas com permanganato de potássio se possível.

O paciente deve retornar mensalmente à consulta durante 3 meses consecutivos após o término do esquema terapêutico —> pacientes coinfectados com HIV devem fazer acompanhamento por 6 meses.

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