COVID-19 Flashcards
Vírus, modo de transmissão, viremia, período de incubação, suscetibilidade e imunidade:
- Vírus: Sars-Cov2.
- Modo de transmissão: contato direto, gotículas (quando uma pessoa tosse/espirra), aerossóis (partículas menores que podem permanecer no ar). Em situações especiais, quando uma pessoa produz gotículas respiratórias por um maior período de tempo em um espaço fechado, pode haver a infecção de pessoas a uma distância maior que 1 metro.
- Viremia: varia de 48 horas antes do início dos sintomas até o fim dos sintomas.
- Período de incubação: 1 a 14 dias (média de 5 a 6 dias).
- Suscetibilidade e imunidade: suscetibilidade é geral e há o risco de reinfecção, normalmente, após 90 dias da primoinfecção.
Manifestações clínicas:
- Casos assintomáticos: laboratório positivo e ausência de sintomas.
- Casos leves: sintomas não específicos, como tosse, dor de garganta ou coriza, seguido ou não de anosmia, ageusia, diarreia, dor abdominal, febre, calafrios, mialgia, fadiga, cefaleia.
- Casos moderados: sintomas de doença leve + sinais de piora progressiva, além de pneumonia sem sinais de gravidade.
- Casos graves: síndrome respiratória aguda grave (síndrome gripal + dispneia, desconforto torácico ou pressão persistente no tórax ou Sat O2 <95%). Lembrando que a taquipneia em uma criança menor de 1 ano = >70 bpm e nas maiores de 1 ano = > 50 bpm.
- Casos críticos: sepse, choque séptico, disfunção múltipla de órgãos, pneumonia grave —> paciente que precisa de suporte ventilatório e internação em UTI.
SIMP:
As manifestações do COVID são geralmente mais leves na população pediátrica —> normalmente uma criança que evolui para um quadro grave já tinha alguma comorbidade prévia.
- A simp é uma resposta inflamatória tardia e exarcebada que ocorre, geralmente, 4-6 semanas após o contato com o vírus. Essa condição tem grandes chances de evoluir para quadros graves!
- Caso suspeito: indivíduo de até 19 anos, com febre alta e persistente a mais de 3 dias com parâmetros de atividade inflamatória elevados (PCR, VHS ou outros) associados a dois ou mais dos seguintes sintomas —> rash, edema de mãos e pés, dor abdominal, vômito, diarreia, conjuntivite bilateral não purulenta, hepatoesplenomegalia, taquicardia TJP, estertores pulmonares, ritmo de galope.
Para se confirmar o diagnóstico deve-se —>
- Afastar diagnósticos diferenciais como Kawasaki, choque tóxico, choque séptico.
- Ter evidências de COVID-19 (PCR/sorologia) ou história de contato com alguém que teve COVID.
Condições pós-covid:
- Manifestações persistentes mesmo após a fase aguda da doença e recuperação inicial dos sintomas.
- Entre eles: fadiga, dispneia, mal estar, comprometimento cognitivo, anosmia, ageusia, tosse, DM transitória, queda de cabelo, ansiedade, depressão.
Diagnóstico:
SG: Quadro respiratório agudo + 2 sinais/sintomas: febre, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, distúrbios olfativos ou gustativos.
SRAG: SG + sat O2 menor que 95%, dispneia, cianose.
- Caso confirmado por critérios clínicos: SG ou SRAG associada à anosmia ou ageusia.
- Caso confirmado por critérios clínico-epidemiológico: SG ou SRAG com histórico de contato nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sintomas.
- Caso confirmado por clínico-imagem: SG ou SRAG + sinal de opacidade em vidro fosco na TC ou sinal do hall reverso na TC.
- Caso confirmado por critério laboratorial em não vacinados: SG ou SRAG + PCR positivo (utilizado até o 7 dia de sintomas) ou sorologia (a partir do 8 dia). Em vacinados —> lembrar que o IgG vai dar positivo, então pesquisar com PCR ou antígeno.
Prevenção:
- Distanciamento físico: 1,83 metros. Garantir local com boa ventilação.
- Higienização das mãos.
- Etiqueta respiratória —> cobrir nariz e boca ao tossir, evitar tocar olhos, nariz, mucosas com as mãos não lavadas, evitar contato físico, higienizar celular e brinquedos de crianças.
- Uso de máscaras —> população geral (qualquer uma), trabalhadores da área da saúde (cirurgia ou N95), pacientes com suspeita de síndrome gripal (cirúrgica).
Isolamento:
- Casos leves a moderados —> 10 dias a partir do início dos sintomas.
- Casos graves —> 20 dias a partir do início dos sintomas.
- O isolamento pode ser suspenso se o indivíduo apresentar 24 horas sem febre e sem o uso de antitérmicos, além de melhora dos sintomas.
Paciente imunossuprimido:
No 10 dia (do início dos sintomas ou do exame positivo), paciente afebril nas últimas 24 horas, sem uso de antitérmicos e melhora dos sintomas respiratórios.
- Exame negativo —> suspender precaução quando paciente apresentar 2 PCRs negativos em um intervalo de 24 horas.
- Exame positivo —> recoletar exame após 7 dias.
Tratamento:
- Antibioticoterapia indicada em pacientes com PCR elevado + procalcitonina elevada + leucocitose —> Ceftriaxone + Claritomicina.
- Pacientes na fase 1 (quadro leve) —> sintomáticos e antiviral - rendesevir, paxlovid - nos pacientes de alto risco (asma, câncer, doença cerebrovascular, DRC, doenças pulmonares, doenças hepáticas crônicas, DM, extremidades de idade, fibrose cística, HIV, obesidade, tabagismo, sedentarismo, tuberculose, doença cardíaca.
- Paciente na fase 2 (moderado e moderado com comorbidades prévias): pessoas com a sat O2 menor que 94% e internados —> Corticoides - só em paciente que necessita de O2 suplementar- e antiviral em pacientes com alto risco.
- Paciente na fase 3 (crítico): Imunossupressores —>tocilizumabe + rendesevir + dexametasona.
Realizar anticoagulação no paciente com COVID e com risco de tromboembolismo venoso.
Tuberculose/COVID:
- Suspeita de COVID com exames laboratoriais negativos —> investigar TB —> testa rápido molecular/baciloscopia.
- A infecção concorrente ou anterior de tuberculose facilita o desenvolvimento de quadros graves de pneumonia, atrasos na recuperação, sequelas.
- Além disso, a COVID pode aumentar as chances de ativação de TB em pessoas com a infecção latente.
Fisiopatogenia:
- Sars Cov2 infecta as células que apresentam o receptor ECA 2 —> replicação ativa e liberação do vírus —> células do hospedeiro sofrem piroptose —> geração de citocinas pró-inflamatórias e quimiocinas —> atração de monócitos, macrófagos e células T —> mais inflamação.
Resposta imune normal:
- Células T específicas atraídas para o local da infecção —> eliminação de células infectadas antes que o vírus se espalhe + anticorpos neutralizante e macrófagos podem bloquear a infecção viral.
Casos graves:
- maior acúmulo de células imunológicas no pulmão —> superprodução de citocinas pró-inflamatórias (tempestade citocinas) —> dano endotelial vascular —> aumento da permeabilidade e formação de trombo inflamatório —> degradação de fibrina (D-dímero).
Vacina:
- Astrazeneca e Jansen —> vetor viral.
- Coronavac —> vírus inativado.
- Pfizer —> mRNA —> produção da proteína spike.
As vacinas de de RNAm são melhores por serem mais eficazes, além de serem mais seguras por não utilizarem o vírus de fato (se imunossupressão—> vacina atenuado pode provocar doença).