ISTs Flashcards

1
Q

1- Corrimento Uretral > Definição Uretrites

A
  • ISTs caracterizadas por inflamação da uretra acompanhada de corrimento uretral
  • Agentes microbianos podem ser transmitidos por relação sexual via anal, vaginal, oral
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2
Q

1- Corrimento Uretral > Características e sintomas associados

A
  • Aspecto varia de mucoide a purulento
  • Volume variável
  • Associado à dor ureteral (independente da micção)/ Disúria/ Estrangúria (micção lenta e dolorosa)/ Prurido uretral/ Eritema do meato uretral
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3
Q

1- Corrimento Uretral > Agentes Etiológicos

A
  • Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis;
  • Outros Menos frequentes > Trichomonas vaginalis/ Ureaplasma urealyticum/ Enterobactérias (nas relações anais insertivas)/ Mycoplasma genitalium/ vírus do herpes simples (HSV)/ adenovírus/ Candida sp.
  • Causas traumáticas (produtos e objetos utilizados na prática sexual)
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4
Q

1- Corrimento Uretral > Tipos de Uretrites

A
  • Uretrite Gonocócica
  • Uretrite Não-Gonocócica
  • Uretrite persistente
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5
Q

1- Corrimento Uretral > Uretrite GONOCÓCICA

A
  • Processo infeccioso/ inflamatório da mucosa uretral causado pela Neisseria gonorrhoeae (diplococo Gram negativo intracelular).
  • Risco de transmissão entre infectado > não infectado de 50% por ato sexual
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6
Q

1- Corrimento Uretral > Uretrite GONOCÓCICA > Sinais e sintomas

A
  • Determinados pelos locais primários de infecção (membranas mucosas da uretra/ endocérvice/ reto/ faringe/ conjuntiva)
  • Frequentemente assintomática em mulheres e quando ocorre na faringe/reto
  • No homem > 80% com corrimento uretral e/ou disúria (50%)
  • Corrimento purulento ou mucopurulento
  • Raramente queixa de sensibilidade aumentada no epidídimo e queixas compatíveis com balanite (dor, prurido, hiperemia da região prepucial, descamação da mucosa e, em alguns casos, material purulento e de odor desagradável no prepúcio)
  • Período de incubação de 2 a 5 dias
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7
Q

1- Corrimento Uretral > Uretrite GONOCÓCICA > Complicações e outros sítios de infecção

A
  • No homem, à partir de infecção ascendente à partir da uretra (orqui-epididimite e prostatite)
  • Infecção gonocócica disseminada é rara (1%) e acomete mais mulheres (disseminação hemática à partir das membranas mucosas infectadas) > febre, lesões cutâneas, artralgia, artrite e tenossinovite sépticas/ endocardite aguda, pericardite, meningite e peri–hepatite.
  • Infecção retal é usualmente assintomática mas pode causar corrimento retal (10%) ou dor/desconforto perianal ou anal (7%)
  • Infecção da faringe (em ambos sexos) é usualmente assintomáticas
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8
Q

1- Corrimento Uretral > Uretrite NÃO GONOCÓCICA >

A
  • É a Uretrite sintomática cuja bacterioscopia é negativa para o gonococo
  • Etiologias > Chlamydia trachomatis/ Ureaplasma urealyticum/ Mycoplasma hominis/ Trichomonas vaginalis;
  • Uretrite não gonocócica é a principal manifestação da infecção por Chlamydia no homem (Chlamydia responsável por 50% dessas uretrites)
  • Transmissão via sexual (risco de 20% por ato)
  • Período de incubação, no homem, de 14 a 21d
  • 2/3 das parceiras estáveis de homens com uretrite não gonocócica hospedam a Chlamydia > podem reinfectar seu parceiro e desenvolver quadro de DIP.
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9
Q

1- Corrimento Uretral > Uretrite NÃO GONOCÓCICA > Sintomatologia / complicações

A
  • Corrimentos mucoides, discretos, com disúria leve e
    intermitente.
  • Uretrite subaguda é forma de apresentação de 50% dos pctes com uretrite por Chlamydia;
  • Em alguns casos o corrimento da não gonocócica pode simular, clinicamente, o da gonorreia;
  • Complicações > prostatite, epididimite, balanite, conjuntivite (por autoinoculação) e síndrome uretro-conjuntivo-sinovial ou síndrome de Reiter.
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10
Q

1- Corrimento Uretral > Uretrite PERSISTENTES

A
  • Pctes diagnosticados com uretrites devem retornar após instituição do tratamento com 7 dias;
  • Se sintomas persistentes ou recorrentes de uretrite, estamos diante de uma Uretrite Persistente; podem resultam de:
    > Resistência bacteriana
    > Não adesão ao tratamento
    > Reinfecção
    > Agentes não abordados no tratamento anterior (Trichomonas vaginalis, Mycoplasma genitalium e Ureaplasma urealyticum)
    > Causas não-infecciosas de uretrites (trauma, instrumentalização, inserção de corpos estranhos intrauretrais ou parauretrais, irritação química)
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11
Q

1- Corrimento Uretral > DIAGNÓSTICO

A
  • Pode ser confirmado pela presença de pelo menos um dos seguintes:

> Drenagem purulenta ou mucopurulenta ao ex físico
Bacterioscopia pela coloraçãod e Gram da secreção uretral evidenciando > 5 PMN / Infecção gonocócica confirmada se diplococos gram neg intracel no interior dos PMN (obs: em mulheres apenas 30-60% são positivas)
Teste de esterase leucocitária positiva em urina de primeiro jato ou exame microscópico de sedimento urinário de primeiro jato com > 10 PMN;

outros métodos > NAAT (biologia molecular)/ captura híbrida/ etc

obs: Se resultado mostrar infecção > Tratamento e acompanhar e, se necessário, tratar as parceiras

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12
Q

1- Corrimento Uretral > TRATAMENTO > Por etiologia

A

1) URETRITE GONOCÓCICA E POR CLAMÍDIA NÃO COMPLICADA (Uretrite e proctite)
1- Ciprofloxacina + Azitromicina
1- Ceftriaxona + Azitromicina (para menores de 18 e gestantes)
2- Ceftriaxona + Azitromicina OU Cefotaxima

2) URETRITE POR CLAMÍDIA
1- Azitromicina (em menores de 18 ou gestantes = azitromicina ou amoxicilina)
2- Amoxicilina

3) URETRITE POR MYCOPLASMA GENITALIUM
1- Azitromicina

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13
Q

2- Ulcera genital > Definição/sintomatologia da síndrome

A
  • Sd clínica produzida por agentes infecciosos sexualmente transmissíveis;
  • Se manifestam como lesões ulcerativas erosivas, precedida ou não por pústulas e/ou vesículas; acompanhada ou não de dor, ardor, prurido, drenagem de material mucopurulento, sangramento e linfadenopatia regional
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14
Q

2- Ulcera genital > Etiologias mais comuns

A
  • Treponema pallidum (Sífilis primária ou secundária)
  • HSV- 1 e HSV-2
  • Haemophilus ducreyi (Cancroide
  • Chlamydia trachomatis sorotipo L1, L2 e L3 (LGV
  • Klebsiella granulomatis (Donovanose)

obs: podem ser encontrados isoladamente ou associados em uma mesma lesão;
- prevalência sofre múltiplas influências (ambiental, populacional, socioeconômicos, gêneros, etc)

obs: presença de úlceras associada a risco elevado de transmissão/aquisição de HIV

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15
Q

2- Ulcera genital > Aspectos específicos

A
  • Os aspectos clínicos das ulceras genitais são bastante variados e têm baixa relação de sensibilidade/ especificidade com o agente etiológico
  • Diagnóstico com base na impressão clínica tem VPP muito baixo
  • 25% SEM qualquer diagnóstico etiológico
  • OBS: Embora esteja comumente relacionada a ISTs em populações sexualmente ativas, as ulceras genitais não são, exclusivamente ISTs. Podem ser infecções por FUNGOS, VÍRUS OU BACTÉRIAS (ex. dermatoses
    bolhosas, como o pênfigo, o eritema multiforme e a dermatite de contato; líquen plano erosivo; aftas; lesões traumáticas; erupção fixa por drogas e até mesmo lesões malignas, como o carcinoma espinocelular).
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16
Q

2- Ulcera genital > Sífilis Primária (cancro duro)

A
  • T.pallidum penetra em pele íntegra
  • processo patogênico é vasculite
  • Contato sexual com indivíduo infectado
  • Período de incubação de 10 a 90d (média de 3 s)
  • Primeira manifestação é ulcera, geralmente única, indolor, base endurecida, fundo limpo, sendo rica em treponemas ocorrendo no local de entrada da bact (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, etc)
  • Tal estágio pode durar de 2 a 6 semanas e desaparecer espontaneamente.
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17
Q

2- Ulcera genital > Sífilis Secundária

A
  • Surge, em média, após 6s a 6m da infecção

> Erupção cutânea em forma de máculas (roséola) e/ou pápulas princ no tronco;
Eritemato-escamosas palmo-plantares
Placas eritematosas branco-acinzentadas nas mucosas;
Lesões pápulo-hipertróficas nas mucosas ou pregas cutâneas
Alopécia em clareira ou madarose
Raramente - acometimento hepático, meníngeo e/ou até ocular

  • tende a desaparecer espontanemente em poucas semanas
18
Q

2- Ulcera Genital > Herpes Genital (família/ predomínio ds tipos/ tipos de manifestação)

A
  • HSV-1 e 2 pertencem a família Herpesviridae (da qual também fazem parte CMV, varicela zoster, Epstein-Barr)
  • HSV-1 costumar predominar em lesões periorais e HSV-2 em lesões genitais;
  • Manifestações da infecção pelo HSV podem ser divididas em:
    > Primoinfecção
    > Surtos recidivantes

obs: proporção das infecção sintomáticas variam entre 13 e 37% (maioria são assintomáticos)

19
Q

2- Ulcera Genital > Herpes Genital > PRIMOINFECÇÃO

A
  • Incubação média de 6 dias
  • Manifestações, em geral, mais severas/ quadro muito sintomático:> Lesões eritemato-papulosas, de 1 a 3mm que evoluem para vesículas sobre base eritematosas/ dolorosas/ localização variável na região genital
    Conteúdo das vesículas geralmente citrino, raramente turvo
    Sintomas gerais: febre/ mal-estar/ mialgia/ disúria com ou sem retenção urinária
    Linfonodomegalia inguinal dolorosa bilateral em 50%
    Nas mulheres pode simular ITU baixa/ Se acomete colo pode cursar com corrimento vaginal, podendo ser abundante;
    Nos homens o acometimento uretral pode provocar corrimento uretral/ raramente acompanhada de lesões extragenitais
    Quadro pode durar de 2 a 3 semanas
20
Q

2- Ulcera Genital > Herpes Genital > RECIDIVAS (etiopatogênese/ fatores de reativação)

A
  • Após infecção genital, o HSV ascende pelos nervos periféricos sensoriais e penetra nos núcleos das células dos gânglios sensitivos e entra em latência;
  • Recorrência mais frequente em HSV-2 (90% contra 60% de HSV-1 nos primeiros 12 meses)
- O que pode estimular recidiva:
 > quadros infecciosos
 > exposição a radiação UV
 > traumatismos locais
 > menstruação
 > estresse físico/emocional
 > antibioticoterapia prolongada
 > imunodeficiência
21
Q

2- Ulcera Genital > Herpes Genital > RECIDIVAS (sintomatologia)

A
  • Quadro da reativação menos intenso que na primoinfecção;
  • Pode haver prôdromo > prurido leve ou sensação de “queimação”, mialgias, “fisgadas” nas pernas, quadris e região anogenital
  • Recorrência tende a ser no mesmo local que a lesão inicial
  • Lesões podem ser cutâneas e/ou mucosas
  • Vesículas agrupadas sobre base eritematosa que evoluem para pequenas ulceras arredondadas ou policíclicas
  • Nas mucosas é incomum a visualização de vesículas, pois se rompem facilmente
  • Sintomas gerais são mais raros

obs: regressão espontânea em 7 a 10 dias/podendo ou não deixar cicatriz
obs: tendência natural é que os surtos tornem-se menos frequentes e menos intensos ao longo do tempo.

22
Q

2- Ulcera Genital > Herpes Genital > RECIDIVAS > Manifestações em Imunodeprimidos / DD

A
  • Cursam com manifestações atípicas:
    > Lesões ulceradas ou hipertróficas, de grandes dimensões e persistindo na ausência de tratamento local ou até mesmo sistêmico

> DD - Os diagnósticos diferenciais incluem o cancroide, a sífilis, o LGV, a donovanose e as ulcerações traumáticas.

23
Q

2- Ulcera Genital > Cancroide (cancro mole)

A
  • Haemophillus ducreyi (+ freq regiões tropicais)
  • Transmissão exclusivamente sexual
  • Mais freq em sexo masculino
  • Cancro mole/ cancro venéreo/ cancro de Ducrey
  • Incubação de 3 dias até 2 semanas
  • Risco de infecção por intercurso sexual de até 80%
24
Q

2- Ulcera Genital > Cancroide (cancro mole) > Sintomatologia

A
  • Lesões múltiplas (podendo ser única), habitualmente dolorosas e devido a autoinoculação;
  • Borda irregular/ Contornos eritemato-edematosos/ Fundo irregular recoberto por exsudato necrótico, ameralado, fétido (quando removido revela tecido de granulação de sangramento fácil)
  • Regiões mais cometidas no homem são frênulo e sulco bálano-prepucial / Na mulher: fúrcula e face interna dos pequenos e grandes lábios
  • Em 30% o bacilo atinge linfonodos inguino-crurais (bubão)/ Unilaterais em 2/3 dos casos/ observados quase que exclusivamente nos homens (início com tumefação sólida e dolorosa, evoluindo para liquefação e fistulização em 50% - por orifício único)
  • Raramente lesões extragenitais ou doença sistêmica
  • Pode haver drenagem pelo orifício único e a cicatrização tende a ser desfigurante
25
Q

2- Ulcera Genital > Cancroide (cancro mole) > DD

A
  • Cancro duro (sífilis primária), herpes genital, LGV, donovanose, erosões traumáticas infectadas.
26
Q

2- Ulcera Genital > Linfogranuloma Venéreo (LGV)

A
  • Etiologia: Chlamydia trachomatis, sorotipos L1, L2 e L3
  • Manifestação clínica mais comum > Linfonodopatia linguinal e/ou femoral
  • Evolução da doença em 3 fases: inoculação/ disseminação linfática regional/ sequelas
27
Q

2- Ulcera Genital > Linfogranuloma Venéreo (LGV) > Fase de Inoculação

A
  • Pápula, pústula ou exulceração indolor
  • Desaparece sem deixar sequelas;
  • Muitas vezes não é notada
  • No homem, localiza-se no prepúcio, sulco coronal e frênulo
  • Na mulher, localiza-se na parede vaginal posterior, colo uterino, fúrcula e outras partes da genitália ext
28
Q

2- Ulcera Genital > Linfogranuloma Venéreo (LGV) > Fase de disseminação linfática regional

A
  • Representa a principal queixa da consulta
  • No homem, a linfadenopatia inguinal costuma ser unilateral em 70%, desenvolvendo-se 1 a 6 semanas após lesão inicial
  • Na mulher, a localização da adenopatia depende do local da lesão de inoculação
29
Q

2- Ulcera Genital > Linfogranuloma Venéreo (LGV) > Fase de sequelas

A
  • Comprometimento ganglionar evolui com supuração e fistulização por orifícios múltiplos, que correspondem a fusão de linfonodos;
  • Lesão de região anal leva a proctite e proctocolite hemorrágica
  • Se contato orogenital > pode causar glossite ulcerativa difusa, com linfadenopatia regional;
  • Sintomas gerais > febre/ mal-estar/ anorexia/ emagrecimento/ artralgia/ sudorese noturna/ meningismo
  • Obstrução linfática crônica > elefantíase (em mulheres denominada estiomene)
  • Podem ocorrer fístulas retais, vaginais, vesicais e estenose retal
30
Q

2- Ulcera Genital > Linfogranuloma Venéreo (LGV) > Quando suspeitar/ considerar este diagnóstico

A
  • Recomenda-se pesquisar Em praticantes de sexo anal que apresentam ulceras anorretais
  • Mulheres podem apresentar proctocolite como manifestação inicial
  • Considerar diagnóstico em todos os casos de > adenite inguinal/ elefantíase genital/ estenose uretral ou retal
31
Q

2- Ulcera Genital > Donovanose

A
  • IST progressiva e crônica causada pela bacteria Klebsiella granulomatis
  • Preferencialmente acomete mucosa e pele das regiões genitais, perianais e inguinais;
  • Pouco frequente e associado a climas tropicais e subtropicais;
  • Frequentemente associada a transmissão sexual, embora seus mecanismos de transmissão não estejam completamente entendidos/ transmissibilidade baixa
32
Q

2- Ulcera Genital > Donovanose > Quadro Clínico

A
  • Ulceração de borda plana ou hipertrófica, bem delimitada, com fundo granuloso, de aspecto vermelho vivo e sangramento doloroso
  • Evolui lentamente podendo tornar-se vegetante ou ulcero-vegetante
  • Podem ser múltiplas, frequente a configuração “em espelho” em bordas cutâneas e/ou mucosas
  • Predileção pelas regiões de dobra e região perianal
  • Não ocorre adenite (raramente formam-se pseudobubões - granulações subcutâneas na região inguina)
  • Na mulher, forma elefantiásica é sequela tardia
  • Localização extragenital rara e, se existente, derivada desta
33
Q

2- Ulcera Genital > Donovanose > DD

A
  • sífilis, cancroide, tuberculose cutânea, amebíase

cutânea, neoplasias ulceradas, leishmaniose tegumentar americana e outras doenças cutâneas ulcerativas e granulomatosas.

34
Q

2- Ulcera Genital > TRATAMENTO

A
  • Se laboratório disponível > Faze-lo para atribuir ulcera genital a IST ou não
  • Se não disponível > assumir como ISTs e tratar

1) HERPES
> 1° episódio/ recidiva > Aciclovir
> obs: quando na recidiva, iniciar no prôdromo
> obs: se 6 ou mais ep/ano fazer tratamento de
> supressão e avaliar função hep e renal
> obs: higiene da lesões/ pomada com atb se infecção secundária/ analgésicos se necessário

2) CANCROIDE
1) azitromicina VO OU ceftriaxona IM
2) ciprofloxacina VO

3) LINFOGRANULOMA VENÉREO
1) doxicilina VO
2) azitromicina VO (gestantes)

4) DONOVAOSE
1) doxicilina VO
2) azitromicina VO OU ciprofloxacina VO OU Sfx-Tri VO

35
Q

ABORDAGEM SÍFILIS > Sífilis precoce x Tardia

A
  • Precoce > Sífilis primária e secundária/ Todos os eventos do 1° ano
  • Tardia > Sífilis terciária/ Todos os eventos após o 1° ano
36
Q

ABORDAGEM SÍFILIS > VDRL

A
  • Teste não treponêmico (Outro é RPR)
  • Deste para detectar Ac anti-fosfolipídeo
  • Obs: mistura-se soro do pcte e fosfolipídeos em iguais proporções, se houver aglutinação, assume-se que houve reação 1:1; Procede-se com tutulação > 1:2 / 1:4/ 1:8/ 1:16 etc (quanto maior a titulação, mais Ac)
  • VDRL é tão mais alto quanto mais precoce o quadro
  • Atentar para fenômeno pós-zona (a titulação reagente so aparece após algumas titulações > ex: 1:2 neg/ 1:4 neg/ 1:8 positivo)
37
Q

ABORDAGEM SÍFILIS > FTA-Abs

A
  • Teste treponêmico (Persistem atemporalmente)
  • Contra Ag específico do patógeno; Confirma infecção após VDRL positivo
  • Outro treponêmico > HTPA
38
Q

ABORDAGEM SÍFILIS APÓS VDRL Positivo

A
  • Correlacionar titulação com a clínica
  • Pedir FTA-Abs
  • Tratar Sífilis e outras DSTs
39
Q

TRATAMENTO SÍFILIS

A
  • Precoce
    > Penicilina Benzatina, 2.400.000 U, IM, dose única (1,2 em cada nádega)
  • Tardia
    > Penicilina Benzatina, 2.400.000 U, IM, 3 doses (intervalo de 7 dias) (1,2 em cada nádega)
40
Q

Como saber se pcte está em fase precoce ou tardia?:

A
  • Apresentações clínicas
  • Pctes que fazem sorologias frequentes (ex: profissionais do sexo)
  • Se não puder definir > Tratar como tardia
41
Q

Marco de Resposta Terapêutica

A
  • Queda de titulações de VDRL em 2 tutulações em 6 meses

1: 128 > 1:64 > 1:32