Infecções Respiratórias agudas Flashcards
Fatores de risco para óbito por Infecções respiratórias em pediatria:
- Baixo peso ao nascer
- Baixo indice sócio-econômico
- Baixa cobertura vacinal
- Desmame precoce de aleitamento materno
- Dificuldade de acesso ao serviço de saúde
Principal etiologia do resfriado comum:
Rinovirus
Quais as duas principais complicações de resfriado comum?
- Otite média aguda (OMA)
- Sinusite Bacteriana
Paciente de 2 anos comparece em consultório de PS infantil com coriza, tosse, febre e nariz entupido.
HD:
CD:
Resfriado comum
Conduta:
- Analgésicos (Dipirona, paracetamol ou ibuprofeno)
- Lavagem nasal frequente
AAS e IVAS em crianças: o que lembrar?
Proibido AAS em criança por risco de Síndrome de Reye!
- Encefalopatia + Disfunção hepática
Pode-se oferecer mel como anti-tussígeno em criança menor de 1 ano com resfriado comum?
Não! Risco de botulismo em crianças menores de 1 ano.
Principais agentes etiológicos de Otite média aguda:
1) Streptococcus pneumoniae
2) Hamophilus influenzae não tipável
3) Moraxella catarrhalis
O que a Otite média aguda por moraxella catarrhalis tem de especial?
Otite associada com conjuntivite
Paciente criança de 8 meses chega em PS com queixa de irritabilidade e febre. Mãe conta que estava tossindo e com o nariz escorrendo há alguns dias atrás.
EF: Membrana timpânica opaca, hiperemiada e abaulada.
HD e CD:
HD: Otite média aguda
CD: Como paciente entre 6 meses e 2 anos, avaliar se é bilateral ou unilateral. Se for bilateral, indicar Amoxilina.
Paciente com Otite média aguda: tratamento
Antibiótico (Amoxilina) se:
- <6 meses
- entre 6m-24m: OMA se bilateral
- Se grave (dor extrema, otorréia, T >39ºC, >48h de queixa)
- Malformação cranio ou sd.down ou imunodef.
Quando progredir ATB da Otite média aguda de amoxilina para clavulin?
Quando pensar em moraxella catarrhalis:
- OMA + Conjuntivite
- Uso recente de ATB
Paciente teve OMA há 1 mês e mantém queixa de secreção pelo ouvido de líquido. Nega dor, nega inflamação e febre.
HD:
CD:
HD: Otite média secretora
CD: Expectante e orientar que vai passar em menos de 3 meses.
Paciente criança comparece com queixa de dor de ouvido, vermelhidão e edema atrás da orelha. Teve consulta há 5 dias sendo optado por tratamento conservador de OMA
HD:
CD:
HD: Mastoidite aguda
CD: Internar + ATB IV + TC de mastóideo
Principais agentes etiológicos da Sinusite Bacteriana aguda:
1) Pneumococo
2) H.influenzae
3) M.catarrhalis
Paciente criança comparece em consulta de puericultura com queixa arrastada de tosse, nariz escorrendo e febre. Traz história de mais de 1 semana de sintomas. Quadro começou leve mas piorou com aumento de temperatura e piora da tosse e coriza.
HD:
CD:
HD: Sinusite Bacteriana aguda
CD: Amoxilina (manter por mais 7 dias desde remissão de sintomas usando ATB)
Principal agente etiológico de Faringite bacteriana aguda de crianças:
Steptococcus pneumoniae Beta-hemolítico do grupo A
(S.pyogenes)
Idade mais comum de acometimento de Faringite streptococcica em crianças:
entre 5 e 15 anos
Paciente de 8 anos de idade chega em PS acompanhado da mãe com queixa de dor de garganta, febre, e rebaixamento do estado geral.
EF: Faringe hiperemiada com petéquias em palato. Sem exsudato amigdaliano.
HD:
CD:
HD: Faringite estreptocócica
CD:
- Realizar Teste rápido para S.pyogenes
- se TR negativo: pedir cultura de swab de orofaringe
- Se positivar um dos dois exames: Penicilina Benzatina Dose única
A bezetacil impede a febre reumática em crianças com Faringite estreptocócica? E glomerulonefrite pós-estrepto?
Febre reumática: Protege se feita em <9 dias de doença
GNPE: não protege!!!!
Tratamento de Faringite bacteriana:
1ª opção:
2ª opção:
alérgicos à beta-lactâmicos:
1ª opção: Penicilina Benzatina Dose única
2ª opção: Amoxilina por 10 dias VO
Alérgicos: Azitromicina e outros macrolídeos.
Conduta no caso de Abscesso retrofaríngeo em crianças
HD: Abscesso retrofaríngeo
CD: Internar + ATB IV +/- cirurgia se refratário
Paciente criança com história recente de faringite, volta ao PS com queixa de piora da dor, disfagia, não consegue abrir a boca e tem sialorréia.
EF: Desvio de úvula e aumento de volume periamigdaliano
HD e CD:
Abscesso periamigdaliano
CD: ATB + Aspiração e drenagem
Paciente criança, com queixa de dor de garganta e vermelhidão de olho.
Qual o principal agente etiológico da condição mais prevalente referente ao caso:
Adenovirus (Faringoconjuntivite viral)
Principal agente etiológico de Epiglotite na pediatria:
Haemophilus influenzae do tipo B (o da vacina)
Paciente criança chega ao PS com queixa há 2 horas de febre alta, diminuição do estado geral, dificuldade respiratória, dor de garganta e sialorréia.
Tem Estridor ao exame físico (chiado)
RX: “sinal do polegar”
HD:
CD:
HD: Epiglotite
CD: Internação + IOT + ATB IV
obs: Não fazer corticóide nem adrenalina
Laringotraqueíte viral (CRUPE).
Agente etiológico:
Parainfluenza (tipo 1,2,3)
Laringotraqueíte viral (CRUPE).
Idades de maior incidência:
Entre 3 meses e 5 anos
Laringotraqueíte viral (CRUPE).
Quando pensar em CRUPE?
Tosse Ladrante/Metálica
Sintomas de resfriado comum
Rouquidão
Estridor inspiratório
RX: “Sinal da torre” - afunilamento da hipofaringe
Laringotraqueíte viral (CRUPE).
Tratamento:
Depende do grau de obstrução:
a) quadro grave (estridor no repouso)
- Nebulização com adrenalina
- Dexametasona IV ou VO
- Observação em sala de emergência
b) quadro leve/moderado
- Corticóide VO ou IM