infeccoes do SNC Flashcards
Definicao de infeccoes do SNC
São infecções envolvendo o encéfalo (cérebro e cerebelo), medula espinhal, nervos ópticos e suas membranas de cobertura.
ENCEFALITE HERPÉTICA
- epidemiologia
- virus
- clinica
- Causa mais comum de encefalite em todo mundo
- Herpes vírus tipo 1
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
- alterações mentais e do nível de consciência por mais de 24 horas
- febre
- cefaléia
- início de novas convulsões e / ou déficits neurológicos focais
- Rápida evolução: febre, cefaléia, convulsões, sinais neurológicos focais.
ENCEFALITE HERPÉTICA - diagnóstico (3)
- Líquor
- Ressonância magnética com ou sem contraste é o estudo DE ESCOLHA para avaliar a encefalite por HSV-1 e, na maioria dos casos, é anormal
- Tomografia computadorizada (TC) craniana do cérebro
ENCEFALITE HERPÉTICA - achados no líquor (3)
- Pleocitose linfocítica com contagens variando de 10 a 400 células/microL
- Proteína elevada
- Número aumentado de eritrócitos
ENCEFALITE HERPÉTICA - achados na ressonância magnética
- lesões HIPERINTENSAS assimétricas em sequências ponderadas em T2 correspondentes a áreas de edema nos lobos mesiotemporal e orbitofrontal e no córtex insular.
ENCEFALITE HERPÉTICA - Tomografia computadorizada (TC) craniana do cérebro
- apenas 50% de sensibilidade no início da doença
- a presença de anormalidades geralmente está associada a danos graves e prognóstico desfavorável
ENCEFALITE HERPÉTICA - tratamento
Aciclovir – 14 a 21 dias (30mg/Kg/ dia) 10mg/kg a cada 8 horas
É mais efetivo quando
* Iniciado antes da perda de consciência
* Dentro das 24 horas do início dos sintomas
* Glasgow entre 9 e 15
ENCEFALITE HERPÉTICA - prognóstico
- Se não tratada mortalidade 70%
- Sequelas graves
MENINGITE TUBERCULOSA - epidemiologia
se desenvolve mais comumente como uma COMPLICAÇÃO DE INFECÇÃO PRIMÁRIA progressiva em lactentes e crianças pequenas
Bacilemia de REATIVAÇÃO CRÔNICA em adultos com deficiência imunológica causada: pelo envelhecimento, alcoolismo, desnutrição, malignidade, infecção pelo HIV, drogas (como como inibidores do fator de necrose tumoral alfa)
MENINGITE TUBERCULOSA - diagnóstico (4)
- Dados epidemiológicos
- Análise do Líquor: PCR
- Cultura para Mycobacterium tuberculosis
- Pesquisa de BAAR (30 a 60%)
MENINGITE TUBERCULOSA - tratamento
Esquema para meningoencefalite por TB (EM) (adultos e adolescentes)
Associar corticosteroide: Prednisona (1 a 2 mg/kg/dia) por 4 semanas ou, nos casos graves de TB meningoencefálica, dexametasona injetável (0,3 a 0,4 mg/kg/dia), por 4 a 8 semanas, com redução gradual da dose nas 4 semanas subsequentes.
MENINGITE TUBERCULOSA - meningite TB
cronica
Clínica da apresentação típica: cefaleia, febre, vômitos e alteração do sensório + alteração da personalidade + paralisia de nervos cranianos. Tem uma apresentação subaguda e evolução para coma.
MENINGITE TUBERCULOSA - tuberculoma, clínica
quadro clínico é o de um processo expansivo intracraniano de crescimento lento, com sinais e sintomas de hipertensão intracraniana, sendo que a febre pode não estar presente.
Meningite asséptica – definição
- São infecções onde existem EVIDENCIAS CLINICA E LABORATORIAL de inflamação meníngea mas as CULTURAS bacterianas são NEGATIVAS
- Tem várias etiologias
- A presença de 10 células no liquor é meningite.
Meningite asséptica – clínica
doença febril aguda com sinais de irritação meníngea, SEM DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA (o paciente pode ficar sonolento, prostrado, mas as funções cerebrais funcionam normalmente), sem evidência de infecção bacteriana e também não tem uso prévio de antibióticos (porque se a pessoa tiver tomando ATB pode influenciar a cultura para vir negativa).
- Febre
- Cefaleia
- Alteração do estado mental (mas sem disfunção neurológica)
- Rigidez de nuca
- Sinais de irritação meníngea
- Fotofobia
- Curso limitado (com ou apesar do médico o paciente evolui com melhora, não tem muito o que fazer
por esse paciente)
Meningite asséptica – etiologias (7)
- Vírus
- Bactérias
- Fungos
- Parasitas
- Medicamentos
- Malignidades
- Autoimunes
MENINGITE ASSÉPTICA - agentes etiologicos mais comuns (5)
- enterovírus
- herpes tipo 2
- HIV
- coriomeningite linfocítica
- caxumba
Meningite asséptica – liquor
- nº de células
- predominio celular
- glicose
- antígeno pelo latex
- nº de células: elevado (10 a 500 células)
- predominio de linfocitos/ monolitos
- glicose: normal ou discretamente diminuida
- antígeno pelo latex: ausente
Qual é a meningite asséptica mais comum?
Qual a clinica dela?
Por enterovírus
- Tem início dos sintomas abrupto (doença aguda)
- Paciente tem cefaleia, febre, náuseas, vômitos, mal-estar, fotofobia e meningismo
- Pista é a DIARREIA e exantema (maculopapular)
- Também pode ter sintomas de vias aéreas superiores.
Meningite asséptica – herpes tipo 2: quadro clinico
- Causa lesões genitais em 85% dos pacientes, precedendo o quadro neurológico em 7 dias.
- Normalmente estão associadas a meningite de REPETIÇÃO
- Meningite de Mollaret é meningite recorrente causada por Herpes simples tipo 2.
Meningite asséptica – HIV: quadro clinico
- Normalmente tem a síndrome MONOLIKE e gera um quadro de MENINGOENCEFALITE.
- Paciente tem dor de cabeça, confusão, convulsões e paralisia do nervo craniano.
- Ocorre na FASE AGUDA DO HIV.
Meningite asséptica – caxumba: clínica
- inicio (em relação a infecção por caxumba)
- É a complicação extra salivar mais frequente de infecção pelo vírus da caxumba.
- O início da meningite é variável e pode ocorrer antes, durante, ou após um episódio de parotidite epidêmica.
TTO da meningite viral aguda - asséptica
SINTOMÁTICO
Tratamento da meningite por herpes (aciclovir, 10 mg/kg/dose, 8/8 horas, por 10-14 dias), não sendo obrigatório usar, apenas se quadro importante. Não precisa internar todo mundo.
Definição de infeccoes do SNC
São infecções envolvendo o encéfalo (cérebro e cerebelo), medula espinhal, nervos ópticos e suas membranas de cobertura.
Toxoplasmose cerebral
- Tratamento (4)
Sulfadiazina (4-6 gramas, 6/6 horas) + Pirimetamina (75 mg/dia por 3 dias e 25-50 mg/dia a partir do 4o dia) + ácido folinico (10-15 mg/dia) + corticoide (prednisona ou dexametasona).
Encefalite viral - classificação (2)
- Primária ➜invasão viral do SNC (vírus no tecido cerebral)
- Pós-infecciosa (ADEM) ➜ um vírus não pode ser detectado e os neurônios são poupados, tendo predominantemente inflamação perivascular e desmielinização sendo uma doença imunomediada.
ADEM
- inicio
- idade predominante
- agentes etiológicos + comuns
É uma doença desmielinizante autoimune do SNC, pós-viral
- idade predominante: crianças
- o início da encefalopatia e dos déficits neurológicos multifocais é AGUDO e frequentemente PROGRESSIVO
- Agentes etiológicos + comuns: Rubéola, caxumba, varicela, sarampo, varíola, Epstein-barr, herpes simples, herpes humano-6, influenza, HIV, mycoplasma pneumoniae, sars-cov-2.
CLÍNICA: após dias a 2 meses (média de 26 dias) aparece os sintomas neurológicos multifocais com encefalopatia (início agudo), muitas vezes com rápida deterioração.
A maioria dos pacientes apresenta
- Déficits MOTORES (1 único membro ou resultar em paraparesia ou quadriparesia) na maioria
- Déficits SENSORIAIS são comuns ➜ tronco cerebral comumente envolvido ➜ déficits oculomotores e disartria.
- Cefaleia
- Mal-estar
- Meningismo
- Ataxia e afasia
- Distúrbios do movimento extrapiramidal
- Convulsões
- HIC
- Retenção urinaria
- Neurite optica (bilateral)
- Nistagmo
Diagnóstico ADEM (2)
- RM do encéfalo, coluna cervical e torácica (é o que vai dar o diagnóstico)
- Punção lombar (encontra Ig no liquor)
TTO ADEM
sequência vai indo por ordem, faz uma e se não funcionar faz a outra + tratamento da hipertensão intracraniana.
Metilprednisolona 1000 mg, por 3-5 dias (diminuição gradativa) → Imunoglobulina IV → plasmaférese → ciclofosfamida.