HEMATOLOGIA Flashcards

1
Q

Crise de sequestro esplênico

Anemia falciforme - crises anemicas

USP SP 2021

A
  • ↓Hb ≥ 2 pontos
  • Trombocitopenia
  • RETICULOCITOSE COMPENSATÓRIA
  • Mais comum: primeiros dois anos de vida (quando os episódios vaso-oclusivos de repetição não foram ainda suficientes para fibrose esplênica)
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2
Q

Crise Megaloblástica - o que é? Qual característica laboratorial?

Anemia falciforme - crises anemicas

USP SP 2021

A
  • A hemólise crônica da anemia falciforme força hiperplasia eritróide medular aumentando consumo de folato.
  • Em países subdesenvolvidos ou quando há queda de consumo de folato os pacientes podem apresentar reticulopenia e piora importante de hematimetria;
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3
Q

Crise hiper hemolitica - o que é? Está associada ao quê? Qual tratamento?

Anemia falciforme - crises anemicas

USP SP 2021

A
  • Refere-se à exacerbação súbita da hemólise com piora da anemia apesar da produção contínua de reticulócitos.
  • Mais associada às reações hemolíticas tardias ou à hemólise induzida por drogas.
  • São bem descritas associações também com esferocitose hereditária e infecções por mycoplasma;
  • Tto: imunoglobulina EV
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4
Q

Crise aplástica - causa infecciosa viral mais comum e tratamento.

Anemia falciforme - crises anemicas

USP SP 2021

A
  • Causa: parvovírus B19
  • Tratamento: suporte transfusional.
  • Plaquetas e série granulocítica não são alteradas;

Parvovirus infecta e causa efeito citopatico sobre o proeritroblasto (precursor eritroide), causando pausa na maturação. Na maioria dos individuos, passa despercebido. Porem, como AF e esferocitose, dependem de uma medula hiperproliferativa, leva a uma crise anemica

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5
Q

O que é a síndrome mão-pé na doença falciforme?

Anemia falciforme - síndromes vaso-oclusivas

USP SP 2021

A

É muitas vezes a primeira manifestação da doença, ocorre geralmente em crianças até 3 anos de idade, com dor por isquemia periosteal e dactilite. Raio X normal.

A síndrome mão-pé é uma crise vaso-oclusiva aguda.

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6
Q

Qual é a crise óssea na doença falciforme?

Anemia falciforme - síndromes vaso-oclusivas

USP SP 2021

A

É uma crise álgica/osteoarticular, a segunda mais comum, ocorre geralmente em crianças maiores de 3 anos, acomete mais ossos longos, com dor por isquemia sem dactilite. Raio X normal.

A crise óssea é caracterizada pela dor isquêmica sem inflamação visível.

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7
Q

Como se caracteriza a crise abdominal na doença falciforme?

Anemia falciforme - síndromes vaso-oclusivas

USP SP 2021

A

Dor abdominal por isquemia mesentérica, com dor intensa e abdome relativamente inocente e peristalse normal.

Diferente de quadros de obstrução intestinal, apendicite aguda, ou diverticulite.

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8
Q

O que é a síndrome torácica aguda?

Anemia falciforme - síndromes vaso-oclusivas

USP SP 2021

A

É mais comum durante hospitalizações, mais comum em crianças e mais grave em adultos, caracterizada por infiltrado pulmonar novo e febre, tosse, dor torácica, expectoração purulenta, dispneia e/ou hipoxemia.

É a principal causa de morte geral em anemia falciforme.

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9
Q

Quais são os principais componentes do tratamento agudo da síndrome torácica aguda?

Anemia falciforme - síndromes vaso-oclusivas

USP SP 2021

A
  • Hidratação
  • Oxigênio se Sa02 < 92%
  • Analgesia
  • Antibiótico (febre > 38,5°C, hipotensão, Hb < 5, leucócitos > 30.000)

O tratamento é crucial devido à gravidade da condição.

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10
Q

Qual a diferença entre AVE isquêmico e hemorrágico na doença falciforme?

Anemia falciforme - síndromes vaso-oclusivas

USP SP 2021

A

AVE isquêmico ocorre em crianças e AVE hemorrágico em adultos, devido a lesão endotelial das hemácias falcemizadas.

A hemorragia é mais comum em adultos devido a complicações crônicas.

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11
Q

Como se caracteriza o priapismo na doença falciforme?

Anemia falciforme - síndromes vaso-oclusivas

USP SP 2021

A

Mais comumente ocorre à noite, dura mais de 3h, é doloroso e pode levar a disfunção erétil.

O tratamento inclui hidroxiureia.

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12
Q

Qual é a função da hidroxiureia no tratamento da doença falciforme?

Anemia falciforme - síndromes vaso-oclusivas

USP SP 2021

A

Reduz a dor e outras complicações vaso-oclusivas, diminui a hospitalização e melhora a sobrevida.

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13
Q

Quando são indicadas transfusões de sangue na doença falciforme?

Anemia falciforme - síndromes vaso-oclusivas

USP SP 2021

A
  • Hb < 5,5 (crianças)
  • Hb < 6 (adultos)
  • Crise álgica aguda que não melhorou

As transfusões são essenciais para tratar a anemia sintomática e prevenir complicações.

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14
Q

Quando é indicada a exsanguíneo-transfusão na doença falciforme?

Anemia falciforme - síndromes vaso-oclusivas

USP SP 2021

A
  • Fase aguda do AVE (frequente em provas)
  • Priapismo
  • Síndrome torácica aguda

A exsanguíneo-transfusão é uma transfusão de troca utilizada em situações críticas.

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15
Q

Quem devo considerar testar trombofilias?

Trombofilias

USP SP 2021

A
  • Pacientes jovens
  • Fatores de baixo risco
  • Historia familiar forte
  • Ou TEV recorrente
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16
Q

Quanto tempo aguardar testar trombofilia em pacientes em uso de anticoagulantes? (Varfarina / DOAC / HBPM ou HNF)

Trombofilias

USP SP 2021

A

Varfarina: 2 semanas
DOAC: 2 dias
HBPM ou HNF: 24h

17
Q

Quanto tempo aguardar para testar trombofilia após evento?

Trombofilias

USP SP 2021

A

TEV provocado: após completar o tempo recomendado de anticoagulação
TEV não provocado: após terminar o tratamento do evento agudo e se houver planos de suspender a anticoagulação para definir estratégia

18
Q

Quando não testar trombofilias?

Trombofilias

USP SP2021

A
  • No momento do evento
  • Em uso de anticoagulantes
  • Se provocado por um forte fator de risco
19
Q

Quais as trombofilias existentes?

Trombofilias

USP SP 2021

A

Fator V de Leiden

Deficiência de Antitrombina III

Deficiência de Proteína C

Deficiência da proteína S

Hiper-Homocisteinemia

20
Q

Caracterize fator V de Leiden

Trombofilias

USP SP 2021

A

Fator V de Leiden:
- Caracteriza-se por mutação no gene que codifica o fator V, tornando-o resistente à ação da proteína C e S.
- Herança autossômica dominante
- Trombofilia hereditaria mais comum
- Presente inclusive em pacientes sem trombose

21
Q

Caracterize Deficiência de Antitrombina III

Trombofilias

USP SP 2021

A

Deficiência de Antitrombina III:
- É um dos mais importantes inibidores da trombina na formação do coágulo;
- A mais trombogênica das trombofilias hereditárias

22
Q

Caracterize deficiência de Proteína C e S

Trombofilias

USP SP 2021

A

Deficiência de Proteína C:
- Sua função é inativar os fatores Va e VIla, inibindo a formação de trombina.
- Múltiplas mutações transmitidas por traço autossômico dominante de penetrância incompleta.

Deficiência da proteína S:
- A proteína S, também vitamina K dependente, é o cofator necessário para a atividade anticoagulante da proteína C.
- Sua deficiência é motivada por múltiplas mutações autossômicas recessivas.

23
Q

Caracterize hiper-homocisteinemia

Trombofilias

USP SP 2021

A

Hiper-Homocisteinemia:
- Mecanismos: alterações endoteliais, de função plaquetária e de fibrinólise.
- A homocisteína é um produto intermediário na conversão de metionina em cisteína, que depende da enzima metielnotetraidrofolato redutase (MTHFR). Quando a MTHFR está deficiente, há acúmulo de homocisteína.

24
Q

Quais são as causas de deficiência de vitamina B12?

Anemias Macrocíticas

USP SP 2021

A
  • Alimentação vegetariana
  • Anemia perniciosa
  • Gastrectomia
  • Pancreatite crônica
  • Doença ileal
  • Diphyllobothrium latum
25
Q

Como a gastrectomia afeta a absorção de vitamina B12?

Anemias Macrocíticas

USP SP 2021

A

Especialmente a gastrectomia total, que não produz fator intrínseco.

O fator intrínseco é crucial para a absorção de vitamina B12 no intestino delgado.

26
Q

Quais doenças podem causar deficiência de vitamina B12?

Anemias Macrocíticas

USP SP 2021

A
  • Doença ileal (Crohn, BK, Linfoma ileal)
  • Pancreatite crônica

Essas condições afetam a capacidade do corpo de liberar ou absorver a vitamina B12.

27
Q

Quais condições podem aumentar a necessidade de ácido fólico?

Anemias Macrocíticas

USP SP 2021

A
  • Gestação
  • Anemia hemolítica crônica

Durante a gestação, a necessidade de ácido fólico aumenta para apoiar o desenvolvimento fetal.

28
Q

Quais condições podem reduzir a absorção de ácido fólico?

Anemias Macrocíticas

USP SP 2021

A
  • Doença celíaca
  • Uso de fenitoína

A doença celíaca afeta a mucosa intestinal, enquanto a fenitoína pode interferir no metabolismo do folato.

29
Q

Quais medicamentos reduzem a absorção de folato?

Anemias Macrocíticas

USP SP 2021

A
  • Alopurinol
  • Ácido aminossalicílico
  • Antiácidos
  • Ampicilina e outras penicilinas
  • Azatioprina
  • Estrogênios ou contraceptivos hormonais
  • Inibidores da bomba de prótons

Esses medicamentos podem afetar a absorção de folato, levando a possíveis deficiências.

30
Q

Sindrome Mielodisplasica - Fisiopatologia

Anemias Macrocíticas

USP SP 2021

A

Resultado de mutações envolvendo a célula tronco hematopoiética > medula óssea passa a ter dificuldades na produção de células sanguíneas.

31
Q

Sindrome Mielodisplasica - Clínica

Anemias Macrocíticas

USP SP 2021

A

Citopenias (especialmente anemia macrocítica e plaquetopenia) e pode também, apresentar organomegalia (esplenomegalia especialmente pela hematopoese extramedular).

32
Q

Sindrome Mielodisplasica - Exposiçoes de risco

Anemias Macrocíticas

USP SP 2021

A

Quimioterapia, radiação, tabaco, benzeno, etilismo crônico, possuem um risco maior de desenvolver esta doença.

33
Q

Sindrome Mielodisplasica - Tratamento (alto risco e paciente com boa performance)

Anemias Macrocíticas

USP SP 2021

A

Se alto risco e boa performance => TMO alogênico + terapia associada com agentes hipometilantes (azaitidina / decitabina)

34
Q

Critérios diagnósticos Síndrome Mielodisplásica

Anemias Macrocíticas

USP SP 2021

A

1) Citopenias:
- Hb < 10
- Neutrofilos segmentares < 1800
- PQT < 100.00

2) Displasia ≥ 10% de qualquer precursor
3) Alteração citogenética