Habilidades Flashcards
Sexo masculino, 34 anos, piloto, encontrado desacordado durante prova de Rali, no deserto em El Nihiul.
Temperatura ambiente: 45° C
Dados Clínicos:
- Paciente inconsciente
- Temperatura central/interna: 42° C
1- Qual a hipótese diagnóstica?
2- Qual a definição desta entidade?
3- Quais os fatores de risco?
4- O que é IBUTG?
5- Fale sobre os mecanismos de termo regulação humana.
6- Conduza o caso.
7- Como você conduz o retorno deste atleta à prática esportiva?
1- Intermação/Choque hipertérmico
2- Aumento da temperatura acima 40,6° C, associada à disfunção de vários órgãos, particularmente do SNC
3- A temperatura ambiental elevada, associada à umidade relativa aumentada, ventilação diminuída
4- Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo
5- Para manter a temperatura corporal dentro de limites fisiológicos, o corpo humano utiliza vias termorregulatórias de troca de calor com o ambiente como radiação, condução, convecção, respiração e evaporação. A evaporação do suor destaca-se como a mais eficiente em relação às demais vias termorregulatórias devido ao fato de a evaporação permitir somente a perda de calor
6- Deve ser iniciado imediatamente o resfriamento do paciente através de recursos externos (com compressas de gelo, imersão em água fria, remoção para ambiente refrigerado) e recursos internos (com a lavagem gástrica com água fria), deve ser oferecido oxigênio suplementar através de cateter nasal ou máscara facial ,deve ser mantida a hidratação endovenosa, medicamentos para manter a pressão arterial podem ser necessários
7- Cerca de 20% dos sobreviventes têm lesão cerebral residual, independente da intervenção. Em alguns pacientes, a insuficiência renal persiste, insuficiencia hepatica, rabdomiolise, síndrome da angústia respiratória, lesão miocárdica, arritmias, isquemia ou infarto intestinal, lesão pancreática e complicações hemorrágicas, especialmente coagulação vascular disseminada, com plaquetopenia evidente. Retorno gradual as atividades físicas em aproximadamente 2/3meses.
Masculino, negro, 18 anos, jogador de rugby. Apresenta-se para avaliação médica pré-participação.
Na avaliação cardiovascular:
1- Como deve ser a anamnese?
2- Fale sobre o exame físico.
Anamnese: O atleta não apresenta doença diagnosticada ou sintomas sugestivos de doença cardiovascular.
História familiar: tio com morte súbita aos 25 anos, durante partida de futebol.
Exame físico:
Pulsos radiais e femorais presentes, simétricos.
PA: 115/ 82 mmHg (MSE).
Ausculta cardíaca: Sopro sistólico que aumenta com Valsalva e diminui quando o paciente agacha.
3- Comente o ECG
4- Qual o seu diagnóstico?
5-O paciente está liberado para praticar esportes?
1- Histórico pessoal/familiar de doenças cardiológicas.
2- Deve-se medir pulsos, PA, Frequência cardíaca, ECG, Ausculta
3- Sinais de hipertrofia ventricular esquerda, Ondas T invertidas
4- Miocardiopatia Hipertrófica
5- Não.
Existem 3 grandes grupos de métodos proibidos, comente sobre cada um deles:
1- Manipulação do sangue e seus componentes
2- Métodos baseados na manipulação farmacológica, química e física
3- Doping genético
4- O que são os agentes mascaradores? e por que são considerados doping? cite um exemplo de agente mascarador.
5- Sobre o controle antidoping, qual a diferenca entre: Controle em competição e Controle fora de competição
6- Como atuar na prevenção do uso de doping?
1- Pode ser realizado através da infusão de hemácias ou através da administração de eritropoietina com o objetivo de estimular artificialmente a formação de hemácias com a finalidade de aumentar a capacidade de um atleta para desempenhar exercícios de endurance de caráter submáximo e máximo. Além disso, pode ajudar a reduzir a sensação fisiológica de esforço durante exercícios em altas temperaturas e provavelmente em grandes altitudes.
2- Adulterar ou Tentar Adulterar, alterar a integridade ou validade das Amostras coletadas durante um Controle de Doping. Incluindo, mas não limitando a: Substituição da Amostra e/ou adulteração, por exemplo Adição de proteases à Amostra. 2. Infusões Intravenosas ou injeção de mais de 100ml num período de 12h, exceto se recebido legitimamente no curso de tratamentos hospitalares, procedimentos cirúrgicos ou de diagnóstico.
3- Uso de ácidos nucleicos ou seus análogos, que possam alterar a sequência genômica e/ou alterar a expressão genética por qualquer mecanismo. Isto inclui, mas não se limita a edição de genes, silenciamento de genes ou tecnologias de transferência genética. O uso de células normais ou geneticamente modificadas.
4- Os agentes mascarantes são substâncias que não têm efeitos dopantes, mas que são usadas para dissimular o consumo de produtos manipulam de forma significativa o desempenho desporto, como os anabolizantes ou a dopagem sanguínea. Diuréticos, epitestosterona, probenecid, expansores do plasma (dextrano, hidroxietilamido).
5- O controle em competição é realizado logo após a competição. Nesses estudos incluem-se todas as substâncias e métodos que se encontram na lista oficial.
O controle fora de competição pode ser efetuado a qualquer momento, seja durante o treinamento do atleta antes de uma competição ou na própria residência do esportista.
6- Trabalho educativo desde a infância, incentivar conferências, preparar mesas-redondas participativas, posts em rede social, publicar revistas, oferecer cursos gratuitos, utilizar meios de comunicação
Paciente masculino, 32 anos, praticante de corrida 3x/semana e musculação 2x/semana.
Q.P.: avaliação pré-participação periódica.
H.M.A.: deseja manter acompanhamento anual para continuar a prática de corrida. Sem queixas relacionadas à parte clínica ou musculoesquelética.
A.M. + A.F.: N.D.N.
Na avaliação da composição corporal apresenta os seguintes gráficos de dobras cutâneas e perimetria:
1- Que análise pode ser feita em relação ao desenvolvimento muscular de braço e coxa do paciente em questão considerando os respectivos perímetros e a medida de dobras cutâneas de tríceps, bíceps e coxa anterior?
2- Utilizando equações com 3 dobras p/ estimar o percentual de gordura corporal quais seriam as mais comumente usadas neste tipo de paciente?
3- Que recomendação de exercícios você daria para diminuir a gordura abdominal que neste caso se encontra acima da média?
4- Considerando os perímetros, qual deles é o melhor preditor de gordura visceral?
1- Ocorreu ganho de massa muscular e perda de gordura em ambos os segmentos.
2- tríceps, supra-ilíaca e coxa.
3- Exercício resistindo + aerobio e ajuste dietetico.
4- Perímetro da Cintura
Sexo masculino, 30 anos, com traumatismo crânio-encefálico durante partida de futebol americano.
1- Qual a definição de concussão cerebral?
2- Como classificar essas lesões?
3- Como é feita, neste caso, a avaliação do atleta no campo?
a. Sinais e sintomas agudos
b. Exame do Estado Mental
c. Exame Neurológico
4- Após a avaliação, a concussão do atleta em questão foi classificada como Grau II. Conduza o Caso.
5- Quais os critérios para o retorno ao esporte, após o primeiro episódio de concussão cerebral?
1- Concussão é uma lesão cerebral traumática induzida por forças biomecânicas.
2- Grau 1: Confusão transitória, sem perda da consciência, com sintomas ou alterações do estado mental que permanecem por menos de 15minutos.
Grau 2: Confusão transitória, sem perda da consciência com sintomas ou alterações do estado mental que permanecem por mais de 15 minutos.
Grau 3: Qualquer perda da consciência por qualquer período de tempo.
3- Devemos seguir o ATLS, valiação da via aérea, bem como estabilização da coluna cervical, avaliação da respiração e circulação, e uma avaliação neurológica seguindo o SCAT5. Sendo comprovada a concussão cerebral, o atleta deve ser retirado da prática esportiva e reavaliado.
a) Perda da consciência, Cefaléia intensa, Tontura, Vômitos, Desorientação,
b) testes de atenção, memória e velocidade de processamento de informações
c) Zumbidos, Sensibilidade aos ruídos, Sensibilidade à luminosidade, Visão turva, Diplopia, Convergência insatisfatória, Alterações no sentido do gosto e do olfato
4- Retirada imediata do atleta de campo ou quadra. Observação neurologica por 24h e repouso absoluto até que os sintomas cessem.
5- Grau 1 - Se os sintomas passaram dentro de 15 minutos pode retornar às suas atividades.
Grau 2 - Somente se permanecer assintomático por, no mínimo, uma semana.
Grau 3 - Se a perda de consciência foi breve e o indivíduo permaneceu assintomático por, no mínimo, uma semana, pode retornar às suas atividades.
Se a perda de consciência foi mais prolongada e o indivíduo permaneceu assintomático por, no mínimo, duas semanas, pode retornar às suas atividades.
Atleta amador de futebol refere dor de início súbito ao tentar “cortar” uma bola “esticando” demasiadamente a perna.
1- Comente o exame físico.
2- Comente as características do exame
3- Comente o exame
Qual diagnóstico ?
4- O que é o protocolo P.R.I.C.E. ?
5- Uso de AINHs ?
6- Como deve ser a prescrição fisioterápica ?
7- Qual o tempo de recuperação média para cada tipo de lesão de acordo com a classificação leve, moderada e grave ?
1- Extenso hematoma na fossa polítea e posterior de coxa. A palpação pode revelar a presença de GAP (buracos) na musculatura.
2- Exame Ultrassonografia apresentando uma provável avulsão da cortical osséa na tuberosidade isquiotibial.
3- RNM apresentando hipersinal em T2, compatível com extenso hematoma e avulsão dos isquiotibiais.
4- Proteção, Repouso, Gelo, Compressão e Elevação
5- A indicação da medicação anti-inflamatória é para modular à resposta inflamatória, bem como controlar a dor, permitindo o início precoce da reabilitação. Os anti-inflamatórios não esteroidais são os mais usados e estão indicados até as primeiras 48-72 horas da lesão para não interferir no reparo tissular. Após essa fase, os analgésicos são empregados para o manejo antálgico.
6- Laser de Baixa Intensidade, Exercícios terapêuticos, como o fortalecimento isométrico e movimentos ativos controlados de baixa intensidade livres de dor em uma fase inicial.
Fase intermediária permite-se o aumento da intensidade dos exercícios com treinamento neuromuscular em maiores amplitudes e o início do treinamento de resistência excêntrica.
Nase final da reabilitação é recomendada a progressão do treinamento excêntrico e do treinamento neuromuscular de alta velocidade específico do gesto esportivo do atleta, em preparação para o retorno ao esporte.
7- Lesões Grau I: 1 a 2 semanas;
Lesões Grau II: 4 a 6 semanas;
Lesões Grau III: 2 a 3 meses.
Os seguintes gráficos foram retirados de um teste cardiopulmonar (ergoespirometria) com carga incremental até o esforço máximo.
Os setas A e B correspondem a momentos fisiológicos importantes do teste:
1 - Defina os pontos A, B (nome e uma breve explicação)
2 - Em relação aos pontos A e B qual deles se correlaciona mais fortemente com o desempenho aeróbico de atletas das seguintes modalidades:
a) Corredor 1500 m
b) Natação 1500 m
c) Corrida 10 km
d) Natação 400 m
Atleta profissional de futebol, 26 anos, chega ao clube e você, como médico do esporte, é um dos responsáveis por assinar o contrato do jogador.
Como rotina do departamento médico são solicitados além da sua avaliação clínica, exames laboratoriais, teste ergométrico com eletrocardiograma de repouso e ecocardiograma doppler.
Os exames laboratoriais estão normais, assim como o exame físico e a história clínica, exceto por um tio paterno falecido aos 45 anos sem causa aparente.
Os outros exames solicitados na rotina do clube serão apresentados a seguir:
Eletrocardiograma de repouso:
1- Descreva brevemente as alterações e a(s) hipótese(s) diagnóstica(s)
2- Após essa primeira avaliação quais suas hipóteses diagnósticas:
3- Qual sua conduta?
Liberar o atleta ou solicitar mais exames? Se solicitar exames faça uma breve justificativa para cada exame solicitado.
Na condução do caso foi solicitada uma ressonância magnética cardíaca
RMC - Conclusões do Laudo:
Achados compatíveis com cardiomiopatia hipertrófica forma apical (16mm).
Ventrículo Esquerdo com discreto aumento de volumes, com função global preservada.
Ausência de cicatrizes miocárdicas no ventrículo esquerdo.
Queixa: dor medial e instabilidade leve pós pós entorse no backhand.
1- Qual a sua primeira conduta como médico do FOP ?
2- Qual seu critério para deixar o atleta permanecer na competição?
3- Qual protocolo de remoção e imobilização você utiliza?
EXAME FÍSICO: dor medial, instabilidade lateral leve, Escoriação leve
4 - Quais testes você faz na fase aguda?
5 - Segundo os critérios de Ottawa quais os pontos de palpação óssea que você faria no tornozelo para suspeitar de fratura e solicitar o RX?
6 - Quais exames complementares você solicita?
7 - Descreva o que viu nas imagens
8 - Inicie o tratamento
9 - Qual o prazo de recuperação esperado?
DOPING
1 - Quais os três fatores que caracterizam doping?
2 - Por que Canabis Sativa é considerado doping se não apresenta ganho em performance?
3 - O que são os agentes mascaradores?
4 - Por que são considerados doping?
5 - Cite um exemplo de agente mascarador.
Sobre o controle antidoping, qual a diferença entre:
6 - Controle em competição
7 - Controle fora de competição
1- Substância proibida detectada em amostra fornecida pelo atleta.
Uso ou tentativa de uso de uma substância ou método proibido.
Recusa em fornecer amostra para exame antidoping.
2- A partir de 2021 será necessário descobrir que horas foi usada a substância, quando ocorreu a partida, saber melhor o histórico do atleta e tentar entender onde e por que ele consumiu a droga. Caso tenha consumido sem o intuito de ganho de performance, sofrerá apenas uma advertência.
3- Os agentes mascarantes são substâncias que não têm efeitos dopantes, mas que são usadas para mascarar o consumo de produtos manipulam de forma significativa o desempenho desporto, como os anabolizantes ou a dopagem sanguínea.
4- Pois mascaram o uso de substancias proibidas e em alguns casos como diureticos, auxiliam na perda de peso.
5- Diureticos.
6- É realizado logo após a competição. Nesses estudos incluem-se todas as substâncias e métodos que se encontram na lista oficial.
7- pode ser efetuado a qualquer momento, seja durante o treinamento do atleta antes de uma competição ou na própria residência do esportista.
São controlados somente agentes anabolizantes, hormônios peptídicos, beta-2-agonistas (clembuterol e salbutamol, quando sua concentração na urina é maior que 1.000 ng/mL), além de possíveis agentes mascarados.
Não são controlados fora de competição estimulantes, narcóticos, analgésicos e drogas sociais.
Feminino, 23 anos, Jogadora profissional de Futebol, sofreu torção do joelho direito durante partida de futebol há 01 semana
1 - Qual o nome deste teste? Qual a função deste teste?
2 - Qual o nome deste teste? Qual a função deste teste?
3 – Qual o nome deste exame?
4 – Descreva as alterações deste exame
5 – Qual o diagnóstico?
6 – Pensando em se tratar de uma atleta profissional, qual o tratamento desta lesão? Por que?
7 – O que são as estruturas A e B?
8 – Para que estas estruturas são usadas?
9 – Existe diferenças na escolha de uma ou outra?
10 – Descreva resumidamente a reabilitação e os critérios para retorno ao esporte
1- Manobra de Lachman - identificar a integridade do ligamento cruzado anterior
2- Teste gaveta posterior – Avaliar integridade do ligamento cruzado posterior
3- RNM Joelho
4- Indefinição da fibras do ligamento cruzado anterior, com heterogeneidade difusa de sinal na região. Pequeno derrame articular. Corte sagital T2 com identificação de ruptura total do ligamento cruzado anterior e derrame articular.
5- Ruptura total do ligamento cruzado anterior
6- Cirurgico, para reestabelecer a função e proporcionar retorno ao esporte.
7- Tendão dos músculos flexores e patelar
Paciente COVID deseja retornar a pratica esportiva.
1- Classificação quadro clínico COVID:
2- Como deve ser feita a avaliação pré participação cardiológica em esportistas recreativos e esportistas/atletas?
3- Quais achados no ECG.
4- Triagem em atletas de alta performance.
5- Ressonancia magnética Cardiaca
1-
Leve: Assintomaticos, Sintomas autolimitados (até 14 dias): febre, mialgia, cefaleia, fadiga, sintomas respiratórios sem dispnéia persistente pneumonia ou necessidade de O2.
Moderado: Dispneia persistente após resolução do quadro inicial. Dispneia em repouso. Necessidade de suplementar O2. SatO2 <92%. Internação hospitalar. Evidencia radiologica de acometimento pulmonar pelo COVID19.
Grave: Internação UTI. VNI. Acometimento cardioco na internação. Elevação de troponinas. Alterações no ECO. Arritmias ventriculares sustentadas.
2- QC Leve:
- Recreativos*: avaliação médica, anamnese, exame físico e ECG. Se normal, liverados para reiniciar atividades físicas leves com progressão gradual de intensidade e treinamento.
- Esportistas/Atletas*: Igual recreativo porém dosagem de troponina. Se normal TE ou TCPE se normal retomar em baixo volume e intensidade.
QC Moderado:
- Recreativos:* Avaliação médica, anamnese, exame físico, ECG, ECO Troponina, Teste ergometrico ou TCPE. Eco primeiro. Se normais, liberados para reiniciar atividade física. Porém reavaliação em 60 dias. Caso anormalidade RMC e se sinais anormais, holter 24h.
- Esportistas/Atletas:* Anamnese, exame físico, ECG, Troponina, ECO, TE preferencialmente TCPE. Havendo alteração dos níveis de Tnt, mesmo em vigencia de ECO normal: RMC. Caso haja sinais sugestivos de miocardite, inclui Holter 24h. Se normal: reiniciar atividade física em gradual a intensidade maior e treinamento específico. Reavaliação médica após 30 dias.
QC Grave:
- Recreativos:* Igual moderado porém com RMC. Se alterado, Holter 24h. Se normal aguardar 2 semanas assintomático para reiniciar atividades físicas. Reavaliação em 60 dias. Talvez haja necessidade de retorno gradativo e até reabilitação cardíaca.
- Esportistas/Atletas*: APP Abrangente com inclusão de RMC mesmo com demais exames normais. Se tiveram diagnóstico de miocardite confirmado durante fase aguda, devem e manter afastados de atividades físicas por um período mínimo de 3 meses antes de serem submetidos a APP inicial. Se todos exames normais: Retorno gradual a intensidade e treinamento específico. Nova avaliação médica com ECG em 30 dias da APP inicial.
3- Alterações no segmento ST (Depressão), Inversão onda T, disturbio de condução (Bloqueio completo do ramo esquerdo e atrioventricular avançado), Arritmias supraventriculares e ventriculares complexas.
4- Deve ser realizado ECO em todos atletas e em pacientes com quadros moderados ou graves.
5- Padrão ouro em pacientes com suspeita de miocardite.
Atleta de 53 anos, da modalidade Tiro Esportivo, hipertenso e diabético tipo II, é internado por Síndrome Coronariana Aguda com Supradesnível do Segmento ST. Submetido a Cineangiocoronariografia (CAT) de urgência (Delta T de 3 horas) e Angioplastia primária da artéria coronária descendente anterior. Apresenta ainda lesões de 60% na artéria coronária direita e 40% no ramo marginal esquerdo, não abordadas. Recebeu alta em uso de: Valsartana 320mg/dia; Anlodipino 5mg/dia; Bisoprolol 10mg 1x/dia; AAS 100mg/dia; Prasugrel 10mg/dia; Rosuvastatina 20mg/dia; Empaglifozina 25mg 1x/dia; Metformina XR 1.000mg/dia; Pantoprazol 20mg/dia.
Considerando-se a possibilidade de controle antidopagem, pergunta-se:
a) Qual(is) dos medicamentos acima faz(em) parte da Lista de Substâncias Proibidas da WADA atualmente em vigor? Qual(is) é(são) a(s) categoria(s)?
b) Para qual(is) medicamento(s) você solicitaria uma AUT e qual seria a justificativa?
c) Após 3 meses e observando uma HbA1c de 8,0%, qual seria a sua opção para ajuste do tratamento? Associar inibidor de DPP-4 e Pioglitazona ou iniciar Insulina Glargina? Justifique.
d) Após 6 meses, é realizada uma Cintilografia de perfusão miocárdica de esforço, que mostra isquemia de parede inferior. Novo CAT não mostra lesões obstrutivas passíveis de tratamento intervencionista. Você decide associar Trimetazidina MR 35mg 12/12h. Qual é a sua providência, como médico assistente do atleta? Justifique.
a) Bisoprolol – P1 Betabloqueador
b) Bisoprolol – proibido para a modalidade Tiro; justificativa: reduz mortalidade pós-IAM, não havendo outra classe terapêutica alternativa para obter este resultado
c) São possíveis duas respostas: associar Inibidor DPP-4 e glitazona, pois a Insulina é substância proibida; ou optar pela Insulina, mas tendo que solicitar AUT e justificar essa opção (em princípio infactível, pois não foram esgotadas outras opções terapêuticas – há possibilidades remotas da Comissão de AUT da ABCD autorizar)
d) Solicitar AUT para Trimetazidina, pois é substância proibida – Categoria S4
Um atleta de futebol de 23 anos, previamente assintomático, após um episódio de síncope durante um treino, realiza o ECG em anexo. Pergunta-se:
a) Qual é a sua principal hipótese diagnóstica?
b) Que exames cardiológicos adicionais você solicitaria na investigação?
c) Que alterações patológicas esperaria encontrar nesses exames?
d) Em se confirmando a sua hipótese diagnóstica principal, qual seria a sua conduta quanto ao retorno do atleta à prática de esportes?
a) Cardiomiopatia hipertrófica
b) Ecodopplercardiograma e RM cardíaca. Opcionais: Holter; Teste de Esforço
c) Eco – hipertrofia septal assimétrica importante; RM cardíaca – presença de realce tardio com padrão não coronariano (fibrose); Holter: arritmias ventriculares frequentes; Teste de Esforço: idem
d) Afastamento da modalidade futebol, eventualmente redirecionando o atleta para as modalidades da categoria I-A (Conferência de Bethesda)
Um paciente de 76 anos, fisicamente ativo, hipertenso e coronariopata, previamente submetido a cirurgia de revascularização miocárdica, cujo último CAT (há um ano) mostra DAC grave e difusa e sem possibilidade de tratamento intervencionista, é submetido a Cintilografia de perfusão miocárdica de esforço, com angina ao esforço (a partir de 7 METs, com FC de 125bpm), sem arritmias e com defeito de perfusão reversível de parede anterior de leve intensidade, com CF de 9 METs. O tratamento clínico está plenamente otimizado, não havendo margem para ajustes. Pergunta-se:
a) Como você planejaria a sessão de exercícios aeróbicos, quanto à intensidade?
b) Associaria ou não exercícios de fortalecimento muscular? Justifique.
c) Estimularia e/ou prescreveria atividade física extra-muros ou somente sob supervisão médica?
d) O treinamento em zona isquêmica poderia trazer benefícios adicionais com segurança?
a) Treinamento aeróbico abaixo da frequência de 125bpm – menos 10 a 15 batimentos ou 10 a 20% a menos. A princípio o treinamento deve ser contínuo pela aptidão física e idade, mas podendo também ser intervalado.
O treinamento em zona isquêmica é uma ótima opção, mas depende de supervisão médica, e de um grupo com experiência nessa ação.
b) Sim. Prepara o indivíduo para executar melhor as atividades aeróbicas, diminui o risco de lesões mio-osteoarticulares, parece ter efeito na vasculatura periférica, melhorando a reatividade vascular
c) O pior dos cenários é não praticar atividade. Se não tiver acesso a uma Reabilitação Cardíaca formal prescreveria exercícios extramuros sem problemas. Geralmente é o que ocorre, pois a disponibilidade de Serviços de RC supervisionados é muito pequena. Se puder fazer em um centro supervisionado seria melhor, pois seria possível fazer também treinamento em zona isquêmica.
Muito importante no caso de fazer exercícios extramuros, receber orientações sobre medidas de segurança (piora da dor, cansaço desproporcional entre outros), e procurar seu MA nesse caso.
d) Sim, desde que seja orientado por uma equipe treinada e experiente, com supervisão médica.
Pode trazer mudanças estruturais no coração como: melhora da circulação colateral, diminuição da apoptose, formação de neovascularização, estabilidade da doença aterosclerótica, remodelamento ventricular positivo, incremento da reatividade vascular. Consegue-se aumentar o limiar isquêmico.
É seguro desde que seja realizado em ambiente controlado, por pessoas experientes, mantendo dor fraca. O treinamento deve ser feito com monitor de ECG durante as atividades aeróbicas.
É seguro, não aumentando o risco de arritmias, disfunção ventricular, parada cardíaca, ou outra complicação grave. A prova funcional realizada antes do ingresso no programa pode ajudar a identificar os casos especiais de maior risco, como por exemplo, arritmia complexa durante a dor anginosa.
Atleta de esporte de contato tem trauma craniano (choque de “cabeça com cabeça”) e permanece desorientado por aproximadamente 30 segundos. Em seguida, encontra-se orientado e com dor no pescoço, acompanhada por queixa de parestesia nos pés. Pergunta-se:
a) Qual é a conduta inicial de atendimento?
b) Se estiver de capacete, tira ou não?
c) Como será a sua avaliação neurológica?
d) Considerando pleno acesso a qualquer forma de investigação, qual exame de imagem será o mais adequado?
a) Avaliar a necessidade e aplicar o A, B, C, D, E – A (air); B (breath); C (circulação); D
(disability); E (exposure)
Avaliar o grau de orientação do atleta com as perguntas de orientação no espaço e no tempo.
Importante a imobilização da cervical e a forma de colocar o colar. É importante a colocação do colar porque sempre que atendemos um TCE e existe dor cervical, há uma fratura cervical até prova em contrário.
b) Sim. Retirar o capacete com a técnica da “pegada do colar”.
c) Pode-se aplicar o SCAT5
Avaliação neurológica de acordo com os dermátomos (pedir para movimentar os dedos das mãos e o polegar, os dedos dos pés e o hálux). Realizar testes mesmo com o atleta imobilizado de sensibilidade nos membros inferiores e superiores (mesmo não sabendo os dermátomos deve saber que a comparação com o lado contralateral pode indicar lesão medular)
d) Pode ser um RX porém uma TC de coluna cervical é o ideal. A RM cerebral é necessária.
Você é o médico responsável pelos atendimentos de uma prova de maratona aquática. Os Bombeiros foram acionados para fazer o resgate de um dos competidores em alto mar. Checaram o Nível de Consciência (no momento está consciente) e trouxeram até a “Área seca”, onde você já estava esperando o competidor para realizar o atendimento. Pergunta-se:
a) Quais são as suas providências iniciais?
b) Após as medidas iniciais, você classificou o competidor como “Afogamento grau 4”. Descreva objetivamente a situação encontrada quanto à responsividade; quanto à presença ou não de tosse; de espuma saindo pelo nariz e boca; e de pulso radial.
c) Com base na classificação do grau de afogamento, quais seriam as próximas providências?
d) Após os procedimentos anteriores, qual é o próximo passo?
a) Posicione a cabeça do competidor no mesmo nível do tronco, não tente retirar a água do pulmão; isto aumenta a ocorrência de vômitos e retarda o início da ventilação e oxigenação. Se posicione de costas para o mar, com a cabeça do competidor voltada para o lado esquerdo, facilitando as manobras de primeiros socorros.
b) Paciente segue responsivo (ainda consciente); Paciente não tosse; com grande quantidade de espuma saindo pela boca e nariz; pulso radial ausente
c) Ofertar oxigênio via máscara facial de alto fluxo, a 15 litros/min; observe a respiração, pois pode ocorrer parada respiratória; coloque-o em decúbito lateral, sobre o lado direito.
d) Remoção de Ambulância até o Hospital e internação em UTI.