Habilidades Flashcards

1
Q

Sexo masculino, 34 anos, piloto, encontrado desacordado durante prova de Rali, no deserto em El Nihiul.

Temperatura ambiente: 45° C

Dados Clínicos:

  • Paciente inconsciente
  • Temperatura central/interna: 42° C

1- Qual a hipótese diagnóstica?
2- Qual a definição desta entidade?
3- Quais os fatores de risco?
4- O que é IBUTG?
5- Fale sobre os mecanismos de termo regulação humana.
6- Conduza o caso.
7- Como você conduz o retorno deste atleta à prática esportiva?

A

1- Intermação/Choque hipertérmico

2- Aumento da temperatura acima 40,6° C, associada à disfunção de vários órgãos, particularmente do SNC

3- A temperatura ambiental elevada, associada à umidade relativa aumentada, ventilação diminuída

4- Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo

5- Para manter a temperatura corporal dentro de limites fisiológicos, o corpo humano utiliza vias termorregulatórias de troca de calor com o ambiente como radiação, condução, convecção, respiração e evaporação. A evaporação do suor destaca-se como a mais eficiente em relação às demais vias termorregulatórias devido ao fato de a evaporação permitir somente a perda de calor

6- Deve ser iniciado imediatamente o resfria­mento do paciente através de recursos externos (com compressas de gelo, imersão em água fria, remoção para ambiente refrigerado) e recursos internos (com a lavagem gástrica com água fria), deve ser oferecido oxigênio suplementar através de cateter nasal ou máscara facial ,deve ser mantida a hidratação endovenosa, medicamentos para manter a pressão arterial podem ser necessários

7- Cerca de 20% dos sobreviventes têm lesão cerebral residual, independente da intervenção. Em alguns pacientes, a insuficiência renal persiste, insuficiencia hepatica, rabdomiolise, síndrome da angústia respiratória, lesão miocárdica, arritmias, isquemia ou infarto intestinal, lesão pancreática e complicações hemorrágicas, especialmente coagulação vascular disseminada, com plaquetopenia evidente. Retorno gradual as atividades físicas em aproximadamente 2/3meses.

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2
Q

Masculino, negro, 18 anos, jogador de rugby. Apresenta-se para avaliação médica pré-participação.

Na avaliação cardiovascular:

1- Como deve ser a anamnese?

2- Fale sobre o exame físico.

Anamnese: O atleta não apresenta doença diagnosticada ou sintomas sugestivos de doença cardiovascular.

História familiar: tio com morte súbita aos 25 anos, durante partida de futebol.

Exame físico:

Pulsos radiais e femorais presentes, simétricos.

PA: 115/ 82 mmHg (MSE).

Ausculta cardíaca: Sopro sistólico que aumenta com Valsalva e diminui quando o paciente agacha.

3- Comente o ECG

4- Qual o seu diagnóstico?

5-O paciente está liberado para praticar esportes?

A

1- Histórico pessoal/familiar de doenças cardiológicas.

2- Deve-se medir pulsos, PA, Frequência cardíaca, ECG, Ausculta

3- Sinais de hipertrofia ventricular esquerda, Ondas T invertidas

4- Miocardiopatia Hipertrófica

5- Não.

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3
Q

Existem 3 grandes grupos de métodos proibidos, comente sobre cada um deles:

1- Manipulação do sangue e seus componentes

2- Métodos baseados na manipulação farmacológica, química e física

3- Doping genético

4- O que são os agentes mascaradores? e por que são considerados doping? cite um exemplo de agente mascarador.

5- Sobre o controle antidoping, qual a diferenca entre: Controle em competição e Controle fora de competição

6- Como atuar na prevenção do uso de doping?

A

1- Pode ser realizado através da infusão de hemácias ou através da administração de eritropoietina com o objetivo de estimular artificialmente a formação de hemácias com a finalidade de aumentar a capacidade de um atleta para desempenhar exercícios de endurance de caráter submáximo e máximo. Além disso, pode ajudar a reduzir a sensação fisiológica de esforço durante exercícios em altas temperaturas e provavelmente em grandes altitudes.

2- Adulterar ou Tentar Adulterar, alterar a integridade ou validade das Amostras coletadas durante um Controle de Doping. Incluindo, mas não limitando a: Substituição da Amostra e/ou adulteração, por exemplo Adição de proteases à Amostra. 2. Infusões Intravenosas ou injeção de mais de 100ml num período de 12h, exceto se recebido legitimamente no curso de tratamentos hospitalares, procedimentos cirúrgicos ou de diagnóstico.

3- Uso de ácidos nucleicos ou seus análogos, que possam alterar a sequência genômica e/ou alterar a expressão genética por qualquer mecanismo. Isto inclui, mas não se limita a edição de genes, silenciamento de genes ou tecnologias de transferência genética. O uso de células normais ou geneticamente modificadas.

4- Os agentes mascarantes são substâncias que não têm efeitos dopantes, mas que são usadas para dissimular o consumo de produtos manipulam de forma significativa o desempenho desporto, como os anabolizantes ou a dopagem sanguínea. Diuréticos, epitestosterona, probenecid, expansores do plasma (dextrano, hidroxietilamido).

5- O controle em competição é realizado logo após a competição. Nesses estudos incluem-se todas as substâncias e métodos que se encontram na lista oficial.

O controle fora de competição pode ser efetuado a qualquer momento, seja durante o treinamento do atleta antes de uma competição ou na própria residência do esportista.

6- Trabalho educativo desde a infância, incentivar conferências, preparar mesas-redondas participativas, posts em rede social, publicar revistas, oferecer cursos gratuitos, utilizar meios de comunicação

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4
Q

Paciente masculino, 32 anos, praticante de corrida 3x/semana e musculação 2x/semana.

Q.P.: avaliação pré-participação periódica.

H.M.A.: deseja manter acompanhamento anual para continuar a prática de corrida. Sem queixas relacionadas à parte clínica ou musculoesquelética.

A.M. + A.F.: N.D.N.

Na avaliação da composição corporal apresenta os seguintes gráficos de dobras cutâneas e perimetria:

1- Que análise pode ser feita em relação ao desenvolvimento muscular de braço e coxa do paciente em questão considerando os respectivos perímetros e a medida de dobras cutâneas de tríceps, bíceps e coxa anterior?

2- Utilizando equações com 3 dobras p/ estimar o percentual de gordura corporal quais seriam as mais comumente usadas neste tipo de paciente?

3- Que recomendação de exercícios você daria para diminuir a gordura abdominal que neste caso se encontra acima da média?

4- Considerando os perímetros, qual deles é o melhor preditor de gordura visceral?

A

1- Ocorreu ganho de massa muscular e perda de gordura em ambos os segmentos.
2- tríceps, supra-ilíaca e coxa.
3- Exercício resistindo + aerobio e ajuste dietetico.
4- Perímetro da Cintura

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5
Q

Sexo masculino, 30 anos, com traumatismo crânio-encefálico durante partida de futebol americano.

1- Qual a definição de concussão cerebral?

2- Como classificar essas lesões?

3- Como é feita, neste caso, a avaliação do atleta no campo?

a. Sinais e sintomas agudos
b. Exame do Estado Mental
c. Exame Neurológico

4- Após a avaliação, a concussão do atleta em questão foi classificada como Grau II. Conduza o Caso.

5- Quais os critérios para o retorno ao esporte, após o primeiro episódio de concussão cerebral?

A

1- Concussão é uma lesão cerebral traumática induzida por forças biomecânicas.

2- Grau 1: Confusão transitória, sem perda da consciência, com sintomas ou alterações do estado mental que permanecem por menos de 15minutos.

Grau 2: Confusão transitória, sem perda da consciência com sintomas ou alterações do estado mental que permanecem por mais de 15 minutos.

Grau 3: Qualquer perda da consciência por qualquer período de tempo.

3- Devemos seguir o ATLS, valiação da via aérea, bem como estabilização da coluna cervical, avaliação da respiração e circulação, e uma avaliação neurológica seguindo o SCAT5. Sendo comprovada a concussão cerebral, o atleta deve ser retirado da prática esportiva e reavaliado.

a) Perda da consciência, Cefaléia intensa, Tontura, Vômitos, Desorientação,
b) testes de atenção, memória e velocidade de processamento de informações
c) Zumbidos, Sensibilidade aos ruídos, Sensibilidade à luminosidade, Visão turva, Diplopia, Convergência insatisfatória, Alterações no sentido do gosto e do olfato

4- Retirada imediata do atleta de campo ou quadra. Observação neurologica por 24h e repouso absoluto até que os sintomas cessem.

5- Grau 1 - Se os sintomas passaram dentro de 15 minutos pode retornar às suas atividades.

Grau 2 - Somente se permanecer assintomático por, no mínimo, uma semana.

Grau 3 - Se a perda de consciência foi breve e o indivíduo permaneceu assintomático por, no mínimo, uma semana, pode retornar às suas atividades.

Se a perda de consciência foi mais prolongada e o indivíduo permaneceu assintomático por, no mínimo, duas semanas, pode retornar às suas atividades.

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6
Q

Atleta amador de futebol refere dor de início súbito ao tentar “cortar” uma bola “esticando” demasiadamente a perna.

1- Comente o exame físico.
2- Comente as características do exame
3- Comente o exame
Qual diagnóstico ?
4- O que é o protocolo P.R.I.C.E. ?
5- Uso de AINHs ?
6- Como deve ser a prescrição fisioterápica ?
7- Qual o tempo de recuperação média para cada tipo de lesão de acordo com a classificação leve, moderada e grave ?

A

1- Extenso hematoma na fossa polítea e posterior de coxa. A palpação pode revelar a presença de GAP (buracos) na musculatura.

2- Exame Ultrassonografia apresentando uma provável avulsão da cortical osséa na tuberosidade isquiotibial.

3- RNM apresentando hipersinal em T2, compatível com extenso hematoma e avulsão dos isquiotibiais.

4- Proteção, Repouso, Gelo, Compressão e Elevação

5- A indicação da medicação anti-inflamatória é para modular à resposta inflamatória, bem como controlar a dor, permitindo o início precoce da reabilitação. Os anti-inflamatórios não esteroidais são os mais usados e estão indicados até as primeiras 48-72 horas da lesão para não interferir no reparo tissular. Após essa fase, os analgésicos são empregados para o manejo antálgico.

6- Laser de Baixa Intensidade, Exercícios terapêuticos, como o fortalecimento isométrico e movimentos ativos controlados de baixa intensidade livres de dor em uma fase inicial.

Fase intermediária permite-se o aumento da intensidade dos exercícios com treinamento neuromuscular em maiores amplitudes e o início do treinamento de resistência excêntrica.

Nase final da reabilitação é recomendada a progressão do treinamento excêntrico e do treinamento neuromuscular de alta velocidade específico do gesto esportivo do atleta, em preparação para o retorno ao esporte.

7- Lesões Grau I: 1 a 2 semanas;

Lesões Grau II: 4 a 6 semanas;

Lesões Grau III: 2 a 3 meses.

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7
Q

Os seguintes gráficos foram retirados de um teste cardiopulmonar (ergoespirometria) com carga incremental até o esforço máximo.

Os setas A e B correspondem a momentos fisiológicos importantes do teste:

1 - Defina os pontos A, B (nome e uma breve explicação)
2 - Em relação aos pontos A e B qual deles se correlaciona mais fortemente com o desempenho aeróbico de atletas das seguintes modalidades:

a) Corredor 1500 m
b) Natação 1500 m
c) Corrida 10 km
d) Natação 400 m

A
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8
Q

Atleta profissional de futebol, 26 anos, chega ao clube e você, como médico do esporte, é um dos responsáveis por assinar o contrato do jogador.

Como rotina do departamento médico são solicitados além da sua avaliação clínica, exames laboratoriais, teste ergométrico com eletrocardiograma de repouso e ecocardiograma doppler.

Os exames laboratoriais estão normais, assim como o exame físico e a história clínica, exceto por um tio paterno falecido aos 45 anos sem causa aparente.

Os outros exames solicitados na rotina do clube serão apresentados a seguir:

Eletrocardiograma de repouso:

1- Descreva brevemente as alterações e a(s) hipótese(s) diagnóstica(s)

2- Após essa primeira avaliação quais suas hipóteses diagnósticas:

3- Qual sua conduta?
Liberar o atleta ou solicitar mais exames? Se solicitar exames faça uma breve justificativa para cada exame solicitado.

Na condução do caso foi solicitada uma ressonância magnética cardíaca

RMC - Conclusões do Laudo:

Achados compatíveis com cardiomiopatia hipertrófica forma apical (16mm).
Ventrículo Esquerdo com discreto aumento de volumes, com função global preservada.
Ausência de cicatrizes miocárdicas no ventrículo esquerdo.

A
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9
Q

Queixa: dor medial e instabilidade leve pós pós entorse no backhand.

1- Qual a sua primeira conduta como médico do FOP ?

2- Qual seu critério para deixar o atleta permanecer na competição?

3- Qual protocolo de remoção e imobilização você utiliza?

EXAME FÍSICO: dor medial, instabilidade lateral leve, Escoriação leve

4 - Quais testes você faz na fase aguda?

5 - Segundo os critérios de Ottawa quais os pontos de palpação óssea que você faria no tornozelo para suspeitar de fratura e solicitar o RX?

6 - Quais exames complementares você solicita?

7 - Descreva o que viu nas imagens

8 - Inicie o tratamento

9 - Qual o prazo de recuperação esperado?

A
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10
Q

DOPING

1 - Quais os três fatores que caracterizam doping?

2 - Por que Canabis Sativa é considerado doping se não apresenta ganho em performance?

3 - O que são os agentes mascaradores?

4 - Por que são considerados doping?

5 - Cite um exemplo de agente mascarador.

Sobre o controle antidoping, qual a diferença entre:

6 - Controle em competição

7 - Controle fora de competição

A

1- Substância proibida detectada em amostra fornecida pelo atleta.

Uso ou tentativa de uso de uma substância ou método proibido.

Recusa em fornecer amostra para exame antidoping.

2- A partir de 2021 será necessário descobrir que horas foi usada a substância, quando ocorreu a partida, saber melhor o histórico do atleta e tentar entender onde e por que ele consumiu a droga. Caso tenha consumido sem o intuito de ganho de performance, sofrerá apenas uma advertência.

3- Os agentes mascarantes são substâncias que não têm efeitos dopantes, mas que são usadas para mascarar o consumo de produtos manipulam de forma significativa o desempenho desporto, como os anabolizantes ou a dopagem sanguínea.

4- Pois mascaram o uso de substancias proibidas e em alguns casos como diureticos, auxiliam na perda de peso.

5- Diureticos.

6- É realizado logo após a competição. Nesses estudos incluem-se todas as substâncias e métodos que se encontram na lista oficial.

7- pode ser efetuado a qualquer momento, seja durante o treinamento do atleta antes de uma competição ou na própria residência do esportista.

São controlados somente agentes anabolizantes, hormônios peptídicos, beta-2-agonistas (clembuterol e salbutamol, quando sua concentração na urina é maior que 1.000 ng/mL), além de possíveis agentes mascarados.

Não são controlados fora de competição estimulantes, narcóticos, analgésicos e drogas sociais.

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11
Q

Feminino, 23 anos, Jogadora profissional de Futebol, sofreu torção do joelho direito durante partida de futebol há 01 semana

1 - Qual o nome deste teste? Qual a função deste teste?

2 - Qual o nome deste teste? Qual a função deste teste?

3 – Qual o nome deste exame?

4 – Descreva as alterações deste exame

5 – Qual o diagnóstico?

6 – Pensando em se tratar de uma atleta profissional, qual o tratamento desta lesão? Por que?

7 – O que são as estruturas A e B?

8 – Para que estas estruturas são usadas?

9 – Existe diferenças na escolha de uma ou outra?

10 – Descreva resumidamente a reabilitação e os critérios para retorno ao esporte

A

1- Manobra de Lachman - identificar a integridade do ligamento cruzado anterior

2- Teste gaveta posterior – Avaliar integridade do ligamento cruzado posterior

3- RNM Joelho

4- Indefinição da fibras do ligamento cruzado anterior, com heterogeneidade difusa de sinal na região. Pequeno derrame articular. Corte sagital T2 com identificação de ruptura total do ligamento cruzado anterior e derrame articular.

5- Ruptura total do ligamento cruzado anterior

6- Cirurgico, para reestabelecer a função e proporcionar retorno ao esporte.

7- Tendão dos músculos flexores e patelar

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12
Q

Paciente COVID deseja retornar a pratica esportiva.

1- Classificação quadro clínico COVID:

2- Como deve ser feita a avaliação pré participação cardiológica em esportistas recreativos e esportistas/atletas?

3- Quais achados no ECG.

4- Triagem em atletas de alta performance.

5- Ressonancia magnética Cardiaca

A

1-

Leve: Assintomaticos, Sintomas autolimitados (até 14 dias): febre, mialgia, cefaleia, fadiga, sintomas respiratórios sem dispnéia persistente pneumonia ou necessidade de O2.

Moderado: Dispneia persistente após resolução do quadro inicial. Dispneia em repouso. Necessidade de suplementar O2. SatO2 <92%. Internação hospitalar. Evidencia radiologica de acometimento pulmonar pelo COVID19.

Grave: Internação UTI. VNI. Acometimento cardioco na internação. Elevação de troponinas. Alterações no ECO. Arritmias ventriculares sustentadas.

2- QC Leve:

  • Recreativos*: avaliação médica, anamnese, exame físico e ECG. Se normal, liverados para reiniciar atividades físicas leves com progressão gradual de intensidade e treinamento.
  • Esportistas/Atletas*: Igual recreativo porém dosagem de troponina. Se normal TE ou TCPE se normal retomar em baixo volume e intensidade.

QC Moderado:

  • Recreativos:* Avaliação médica, anamnese, exame físico, ECG, ECO Troponina, Teste ergometrico ou TCPE. Eco primeiro. Se normais, liberados para reiniciar atividade física. Porém reavaliação em 60 dias. Caso anormalidade RMC e se sinais anormais, holter 24h.
  • Esportistas/Atletas:* Anamnese, exame físico, ECG, Troponina, ECO, TE preferencialmente TCPE. Havendo alteração dos níveis de Tnt, mesmo em vigencia de ECO normal: RMC. Caso haja sinais sugestivos de miocardite, inclui Holter 24h. Se normal: reiniciar atividade física em gradual a intensidade maior e treinamento específico. Reavaliação médica após 30 dias.

QC Grave:

  • Recreativos:* Igual moderado porém com RMC. Se alterado, Holter 24h. Se normal aguardar 2 semanas assintomático para reiniciar atividades físicas. Reavaliação em 60 dias. Talvez haja necessidade de retorno gradativo e até reabilitação cardíaca.
  • Esportistas/Atletas*: APP Abrangente com inclusão de RMC mesmo com demais exames normais. Se tiveram diagnóstico de miocardite confirmado durante fase aguda, devem e manter afastados de atividades físicas por um período mínimo de 3 meses antes de serem submetidos a APP inicial. Se todos exames normais: Retorno gradual a intensidade e treinamento específico. Nova avaliação médica com ECG em 30 dias da APP inicial.

3- Alterações no segmento ST (Depressão), Inversão onda T, disturbio de condução (Bloqueio completo do ramo esquerdo e atrioventricular avançado), Arritmias supraventriculares e ventriculares complexas.

4- Deve ser realizado ECO em todos atletas e em pacientes com quadros moderados ou graves.

5- Padrão ouro em pacientes com suspeita de miocardite.

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13
Q

Atleta de 53 anos, da modalidade Tiro Esportivo, hipertenso e diabético tipo II, é internado por Síndrome Coronariana Aguda com Supradesnível do Segmento ST. Submetido a Cineangiocoronariografia (CAT) de urgência (Delta T de 3 horas) e Angioplastia primária da artéria coronária descendente anterior. Apresenta ainda lesões de 60% na artéria coronária direita e 40% no ramo marginal esquerdo, não abordadas. Recebeu alta em uso de: Valsartana 320mg/dia; Anlodipino 5mg/dia; Bisoprolol 10mg 1x/dia; AAS 100mg/dia; Prasugrel 10mg/dia; Rosuvastatina 20mg/dia; Empaglifozina 25mg 1x/dia; Metformina XR 1.000mg/dia; Pantoprazol 20mg/dia.
Considerando-se a possibilidade de controle antidopagem, pergunta-se:

a) Qual(is) dos medicamentos acima faz(em) parte da Lista de Substâncias Proibidas da WADA atualmente em vigor? Qual(is) é(são) a(s) categoria(s)?
b) Para qual(is) medicamento(s) você solicitaria uma AUT e qual seria a justificativa?
c) Após 3 meses e observando uma HbA1c de 8,0%, qual seria a sua opção para ajuste do tratamento? Associar inibidor de DPP-4 e Pioglitazona ou iniciar Insulina Glargina? Justifique.
d) Após 6 meses, é realizada uma Cintilografia de perfusão miocárdica de esforço, que mostra isquemia de parede inferior. Novo CAT não mostra lesões obstrutivas passíveis de tratamento intervencionista. Você decide associar Trimetazidina MR 35mg 12/12h. Qual é a sua providência, como médico assistente do atleta? Justifique.

A

a) Bisoprolol – P1 Betabloqueador
b) Bisoprolol – proibido para a modalidade Tiro; justificativa: reduz mortalidade pós-IAM, não havendo outra classe terapêutica alternativa para obter este resultado
c) São possíveis duas respostas: associar Inibidor DPP-4 e glitazona, pois a Insulina é substância proibida; ou optar pela Insulina, mas tendo que solicitar AUT e justificar essa opção (em princípio infactível, pois não foram esgotadas outras opções terapêuticas – há possibilidades remotas da Comissão de AUT da ABCD autorizar)
d) Solicitar AUT para Trimetazidina, pois é substância proibida – Categoria S4

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14
Q

Um atleta de futebol de 23 anos, previamente assintomático, após um episódio de síncope durante um treino, realiza o ECG em anexo. Pergunta-se:

a) Qual é a sua principal hipótese diagnóstica?
b) Que exames cardiológicos adicionais você solicitaria na investigação?
c) Que alterações patológicas esperaria encontrar nesses exames?
d) Em se confirmando a sua hipótese diagnóstica principal, qual seria a sua conduta quanto ao retorno do atleta à prática de esportes?

A

a) Cardiomiopatia hipertrófica
b) Ecodopplercardiograma e RM cardíaca. Opcionais: Holter; Teste de Esforço
c) Eco – hipertrofia septal assimétrica importante; RM cardíaca – presença de realce tardio com padrão não coronariano (fibrose); Holter: arritmias ventriculares frequentes; Teste de Esforço: idem
d) Afastamento da modalidade futebol, eventualmente redirecionando o atleta para as modalidades da categoria I-A (Conferência de Bethesda)

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15
Q

Um paciente de 76 anos, fisicamente ativo, hipertenso e coronariopata, previamente submetido a cirurgia de revascularização miocárdica, cujo último CAT (há um ano) mostra DAC grave e difusa e sem possibilidade de tratamento intervencionista, é submetido a Cintilografia de perfusão miocárdica de esforço, com angina ao esforço (a partir de 7 METs, com FC de 125bpm), sem arritmias e com defeito de perfusão reversível de parede anterior de leve intensidade, com CF de 9 METs. O tratamento clínico está plenamente otimizado, não havendo margem para ajustes. Pergunta-se:

a) Como você planejaria a sessão de exercícios aeróbicos, quanto à intensidade?
b) Associaria ou não exercícios de fortalecimento muscular? Justifique.
c) Estimularia e/ou prescreveria atividade física extra-muros ou somente sob supervisão médica?
d) O treinamento em zona isquêmica poderia trazer benefícios adicionais com segurança?

A

a) Treinamento aeróbico abaixo da frequência de 125bpm – menos 10 a 15 batimentos ou 10 a 20% a menos. A princípio o treinamento deve ser contínuo pela aptidão física e idade, mas podendo também ser intervalado.
O treinamento em zona isquêmica é uma ótima opção, mas depende de supervisão médica, e de um grupo com experiência nessa ação.

b) Sim. Prepara o indivíduo para executar melhor as atividades aeróbicas, diminui o risco de lesões mio-osteoarticulares, parece ter efeito na vasculatura periférica, melhorando a reatividade vascular

c) O pior dos cenários é não praticar atividade. Se não tiver acesso a uma Reabilitação Cardíaca formal prescreveria exercícios extramuros sem problemas. Geralmente é o que ocorre, pois a disponibilidade de Serviços de RC supervisionados é muito pequena. Se puder fazer em um centro supervisionado seria melhor, pois seria possível fazer também treinamento em zona isquêmica.
Muito importante no caso de fazer exercícios extramuros, receber orientações sobre medidas de segurança (piora da dor, cansaço desproporcional entre outros), e procurar seu MA nesse caso.

d) Sim, desde que seja orientado por uma equipe treinada e experiente, com supervisão médica.
Pode trazer mudanças estruturais no coração como: melhora da circulação colateral, diminuição da apoptose, formação de neovascularização, estabilidade da doença aterosclerótica, remodelamento ventricular positivo, incremento da reatividade vascular. Consegue-se aumentar o limiar isquêmico.
É seguro desde que seja realizado em ambiente controlado, por pessoas experientes, mantendo dor fraca. O treinamento deve ser feito com monitor de ECG durante as atividades aeróbicas.
É seguro, não aumentando o risco de arritmias, disfunção ventricular, parada cardíaca, ou outra complicação grave. A prova funcional realizada antes do ingresso no programa pode ajudar a identificar os casos especiais de maior risco, como por exemplo, arritmia complexa durante a dor anginosa.

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16
Q

Atleta de esporte de contato tem trauma craniano (choque de “cabeça com cabeça”) e permanece desorientado por aproximadamente 30 segundos. Em seguida, encontra-se orientado e com dor no pescoço, acompanhada por queixa de parestesia nos pés. Pergunta-se:

a) Qual é a conduta inicial de atendimento?
b) Se estiver de capacete, tira ou não?
c) Como será a sua avaliação neurológica?
d) Considerando pleno acesso a qualquer forma de investigação, qual exame de imagem será o mais adequado?

A

a) Avaliar a necessidade e aplicar o A, B, C, D, E – A (air); B (breath); C (circulação); D
(disability); E (exposure)
Avaliar o grau de orientação do atleta com as perguntas de orientação no espaço e no tempo.
Importante a imobilização da cervical e a forma de colocar o colar. É importante a colocação do colar porque sempre que atendemos um TCE e existe dor cervical, há uma fratura cervical até prova em contrário.

b) Sim. Retirar o capacete com a técnica da “pegada do colar”.

c) Pode-se aplicar o SCAT5
Avaliação neurológica de acordo com os dermátomos (pedir para movimentar os dedos das mãos e o polegar, os dedos dos pés e o hálux). Realizar testes mesmo com o atleta imobilizado de sensibilidade nos membros inferiores e superiores (mesmo não sabendo os dermátomos deve saber que a comparação com o lado contralateral pode indicar lesão medular)

d) Pode ser um RX porém uma TC de coluna cervical é o ideal. A RM cerebral é necessária.

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17
Q

Você é o médico responsável pelos atendimentos de uma prova de maratona aquática. Os Bombeiros foram acionados para fazer o resgate de um dos competidores em alto mar. Checaram o Nível de Consciência (no momento está consciente) e trouxeram até a “Área seca”, onde você já estava esperando o competidor para realizar o atendimento. Pergunta-se:

a) Quais são as suas providências iniciais?
b) Após as medidas iniciais, você classificou o competidor como “Afogamento grau 4”. Descreva objetivamente a situação encontrada quanto à responsividade; quanto à presença ou não de tosse; de espuma saindo pelo nariz e boca; e de pulso radial.
c) Com base na classificação do grau de afogamento, quais seriam as próximas providências?
d) Após os procedimentos anteriores, qual é o próximo passo?

A

a) Posicione a cabeça do competidor no mesmo nível do tronco, não tente retirar a água do pulmão; isto aumenta a ocorrência de vômitos e retarda o início da ventilação e oxigenação. Se posicione de costas para o mar, com a cabeça do competidor voltada para o lado esquerdo, facilitando as manobras de primeiros socorros.
b) Paciente segue responsivo (ainda consciente); Paciente não tosse; com grande quantidade de espuma saindo pela boca e nariz; pulso radial ausente
c) Ofertar oxigênio via máscara facial de alto fluxo, a 15 litros/min; observe a respiração, pois pode ocorrer parada respiratória; coloque-o em decúbito lateral, sobre o lado direito.
d) Remoção de Ambulância até o Hospital e internação em UTI.

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5
Perfectly
18
Q

Considerando os benefícios clínicos da prática regular do exercício físico, estabeleça e explique sucintamente a relação entre:

a) VO2 máximo e mortalidade geral
b) Gasto energético semanal acumulado e mortalidade geral
c) Prática regular de exercícios aeróbicos e função endotelial
d) Prática regular de exercícios aeróbicos e modulação do sistema nervoso autônomo sobre o coração

A

a) Estudos epidemiológicos mostram uma associação entre o aumento do VO2 máximo e a redução da mortalidade geral
b) Estudos epidemiológicos mostram uma associação entre um gasto energético semanal igual ou superior a 2.000kcal (pode-se citar o exemplo do estudo clássico do Prof. Paffenbarger, mas basta estabelecer a associação) e a redução da mortalidade geral
c) A prática regular de exercícios aeróbicos aumenta a produção de óxido nítrico, melhorando a função endotelial
d) A prática regular de exercícios aeróbicos aumenta o tônus vagal cardíaco e reduz o tônus simpático, com efeito anti-arrítmico

19
Q

LPRA, 65 anos, tenista. Joga 90 minutos (simples e duplas) 5 vezes por semana. Procurou Serviço de Medicina do Exercício e do Esporte para APP. Assintomático. Apresentou exame físico sem particularidades, PA: 130x94mmHg,
LDL 168, Glicemia de jejum 88, HbA1c 5,1.
Foi submetido a um Teste Cardiopulmonar de Exercício em cicloergômetro, com ECG em repouso e ao esforço normais. Os gráficos de outras respostas ao esforço são apresentados em anexo.
Baseado na análise destes resultados, responda:

a) As respostas de Pulso de O2 e Delta VO2/Delta W estão normais?
b) Em função do ECG ser normal, o atleta está liberado para continuar sua prática esportiva?
c) Baseado nas curvas abaixo, qual seria sua hipótese diagnóstica?
d) Se este teste fosse realizado em esteira ergométrica, qual das curvas abaixo não estaria disponível para a interpretação do teste?

A

a) Estão anormais. Curva de pulso descendente e Delta VO2/Delta W com platô.
b) O atleta necessita de investigação adicional antes de ser liberado.
c) Hipótese - isquemia miocárdica induzida por esforço. Falso negativo eletrocardiográfico.
d) Delta VO2/Delta W.

20
Q

Você está como médico em um evento de basquetebol e se depara com a seguinte situação:
Um dos atletas, em um contato com um atleta do time oponente, sofreu queda ao solo queixando-se de fortes dores na perna esquerda, sendo que, deitado no chão, grita para ninguém tocar em sua perna.
No atendimento, você nota deformidade e aumento brusco do volume da perna.
Na mobilização da perna, há crepitação no 1/3 médio.
Os pulsos periféricos (a. tibial posterior e a. dorsal do pé) não estão palpáveis e o enchimento capilar está lento quando comparado com o outro pé. Diante desta situação:

a) Qual é o diagnóstico?
b) É necessário imobilizar? Em caso afirmativo, como?
c) Qual é a urgência em levar o atleta para atendimento hospitalar?
d) Que exames você consideraria fundamentais na avaliação hospitalar do atleta?

A

a) Diagnóstico: fratura da tibia, possivelmente da fibula também, com lesão vascular.
b) Sim, deve-se fazer imobilizacão, principalmente para não agravar a lesão vascular no transporte. De preferência com brace pela praticidade na colocação, ou com tala gessada. É importante deixar os dedos de fora da imobilização para controle periódico da perfusão periférica.
c) Fraturas com lesão vascular SEMPRE são emergências. Para evitar necrose tecidual e minimizar a perda de volume do paciente.
d) Um RX sempre é necessário em caso de fratura ou suspeita desta. Doppler arterial ou arteriografia são mandatórios neste caso.

21
Q

Quanto às vias de ressíntese de ATP (Anaeróbia alática, anaeróbia lática
[glicolítica] e aeróbia):

a) Compare-as em termos de velocidade de produção de energia (moles de ATP / minuto)
b) Comente sobre o fator limitador principal para cada uma dessas vias
c) Dê o tempo aproximado de duração de um esforço máximo, no qual haja o predomínio de cada uma dessas vias em relação às demais
d) Dê dois exemplos de provas olímpicas nas quais haja o predomínio de cada uma dessas vias

A

a) Da mais rápida para a mais lenta: Anaeróbia alática (AA), Anaeróbia lática (AL) e Aeróbia (A)
b) AA: quantidade de substrato (ATP-Fosfocreatina); AL: queda do pH no interior da fibra muscular, o que reduz a atividade da Fosfofrutoquinase, enzima-chave na glicólise; A: capacidade oxidativa
c) AA: 10 a 15 segundos; AL: 30 segundos a 2 minutos; A: > 2 a 3 minutos
d) AA: exemplos – 100m no atletismo, saltos e arremessos, qualquer outra prova com duração de até 10 a 15 segundos;

AL: exemplos – 400 e 800m no atletismo, 100 e 200m na natação, quilômetro contra o relógio (ciclismo), qualquer outra prova intensa com duração entre 30 segundos e 2 a 3 minutos;

A: exemplos – 5.000 e 10.000 no atletismo, 800 e 1.500m na natação; triatlo e ciclismo de estrada, ou qualquer outro exemplo compatível

22
Q

Em relação às variáveis clínicas e metabólicas analisadas em um Teste de potência aeróbica máxima, realizado em esteira rolante:

a) Defina consumo de oxigênio de pico (VO2 de pico)
b) Defina equivalente metabólico (MET)
c) Explique as relações esperadas (previstas) do consumo máximo de oxigênio conforme o sexo e a idade do avaliado
d) Explique metabolicamente o fator mais importante responsável pelo comportamento exponencial (alinear) da ventilação acima do primeiro Limiar de Lactato (e, por consequência, do aumento do VE/VO2)

A

a) É a taxa máxima na qual o O2 pode ser captado e consumido pelo organismo durante o Teste. Depende da interação entre o sistema respiratório, circulatório e os músculos esqueléticos

b) Um MET equivale ao consumo de oxigênio em repouso, correspondendo a
3,5ml-kg-1min-1

c) O consumo máximo de oxigênio varia inversamente com a idade, sendo maior nos homens do que nas mulheres
d) É porque é produzido CO2 extra, “metabólico”, como resultado do sistema de tamponamento do Ácido lático pelo bicarbonato de sódio, gerando lactato de sódio e ácido carbônico, que por sua vez gera CO2 + H2O

23
Q

Você atende um atleta da modalidade Tiro com Arco de 56 anos, de nível nacional, hipertenso, diabético e coronariopata (história de infarto agudo do miocárdio há 15 anos, na época submetido a Angioplastia de dois vasos), que chega a você estável do ponto de vista clínico. Há um ano, Cintilografia de perfusão miocárdica de esforço mostrou isquemia de parede anterior e Cineangiocoronariografia mostrou DAC multivascular grave e difusa, sem possibilidade de tratamento intervencionista, tendo sido otimizada medicação anti-isquêmica na ocasião.

Prescrição atual em anexo:
Pergunta-se:
a) Para qual(is) medicamento(s) esse atleta necessitará de uma AUT?
b) Considerando o padrão internacional para concessão de uma AUT, qual(is) medicamento(s) você considera que terá(ão) que ser substituído(s)? E por quê?
c) E, considerando o mesmo padrão, qual(is) medicamento(s) você considera que terá(ão) que ser mantido(s)? E qual será o seu argumento para convencer a Comissão de AUT (CAUT/ABCD) para conceder a AUT?

A

a) Indapamida – categoria S5 (Diuréticos) Bisoprolol – categoria P1 (Betabloqueadores)
Trimetazidina – categoria S4 (Moduladores metabólicos) Insulina – categoria S4 (Moduladores metabólicos)

b) Indapamida – utilizada aqui como anti-hipertensivo; há outras classes terapêuticas de anti-hipertensivos com substâncias permitidas – por exemplo, os Bloqueadores dos Canais de Cálcio

c) Bisoprolol – reduz mortalidade no pós-Infarto Agudo do Miocárdio Trimetazidina – medicamento anti-isquêmico importante em função de
alterações isquêmicas na Cintilografia há um ano (“otimização de tratamento anti-isquêmico”);
Insulina – o paciente/atleta já faz uso de Metformina, Inibidor de DPP-4, inibidor de SGLT-2 e glitazona, todos em dose máxima, provavelmente já estando na fase de exaustão pancreática e necessitando manter Insulina Glargina como insulina basal.

24
Q

Um atleta foi vítima de trauma, durante a prática de sua modalidade esportiva. No atendimento médico imediato, o mesmo estava consciente e responsivo, reclamando de “dor na nuca” e “nas costas”. Assumindo que a sequência dessa avaliação pré-hospitalar foi feita em cinco etapas, conforme protocolos internacionalmente recomendados, responda as questões abaixo:

a) Qual é a 1ª etapa e os procedimentos nela realizados, de forma sucinta
b) Qual é a 2ª etapa e os procedimentos nela realizados, de forma sucinta
c) Qual é a 3ª etapa e os procedimentos nela realizados, de forma sucinta
d) Qual é a 4ª etapa e os procedimentos nela realizados, de forma sucinta
e) Qual é a 5ª etapa e os procedimentos nela realizados, de forma sucinta

A

a) Etapa “A” – “Via aérea”.
Procedimentos: CHECAR ESTADO (permeabilidade) DAS VIAS AÉREAS (com CONTROLE CERVICAL – Manual ou Colar Cervical); CHECAR CAVIDADE ORAL (presença de sangue, corpo estranho (fragmento de dente) etc.); MANOBRA DE LIBERAÇÃO DE VIAS AÉREAS (“JAW THRUST”, quantodo há acometimento cervical; ou “CHIN LIFT”, quando não há acometimento cervical) – desnecessária neste caso (consciente e responsivo).

b) Etapa “B” – “Ventilação”
Procedimentos: FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA (Taqui, bradi ou eupneico); INSPECIONAR O TÓRAX E AVALIAR ESFORÇO/AMPLITUDE/RITMO; OFERTAR OXIGÊNIO (SE NECESSÁRIO).

c) Etapa “C” – “Circulação”
Procedimentos: IDENTIFICAR HEMORRAGIAS (VISÍVEIS E OCULTAS); AVALIAÇÃO DA PERFUSÃO CAPILAR E COMPARAR PULSOS (PRESENÇA, QUALIDADE E REGULARIDADE; CENTRAL E PERIFÉRICO); AVALIAÇÃO DA PELE (COR, TEMPERATURA E UMIDADE).

d) Etapa “D” – “Disfunção neurológica”
Procedimentos: NÍVEL DE CONSCIÊNCIA (ESCALA DE GLASGOW,
preferencialmente); AVALIAÇÃO PUPILAR (tamanho, simetria e reação à luz); AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO MOTORA E SENSITIVA (todos os membros)

e) Etapa “E” – “Exposição” / Ambiente
Procedimentos: RETIRAR ROUPAS E/OU ACESSÓRIOS PARA EXPOSIÇÃO CORPORAL E POSSIBILITAR O EXAME DE PARTES DO CORPO COBERTAS E COM EVENTUAIS LESÕES OU SANGRAMENTOS; CONTROLE DE HIPOTERMIA

25
Q

Um ciclista amador, praticante de ciclismo de estrada, realizou Teste Ergoespirométrico, em cicloergômetro de membros inferiores, interrompido por exaustão. Obteve os seguintes resultados, para os Limiares Ventilatórios I e II (LV I e LV II) e Esforço Máximo (Max):
Resultados em anexo:

Levando-se em conta estes dados, responda às seguintes questões:
a) Caso este avaliado venha a realizar treinos usando o mesmo cicloergômetro do teste, tendo frequencímetro disponível, e com prescrição para se manter em seu L II, você preferiria usar, como controle da intensidade destes treinos, a Carga (250 w) ou a FC (165 bpm) obtidas no teste? Ou seria totalmente indiferente, deixando que o praticante escolhesse qual dos dois parâmetros usar? Justifique objetiva e sucintamente.
b) Caso esse ciclista tivesse feito este teste em um Cicloergômetro de membros superiores, sendo também encerrado por exaustão, você esperaria resultado diferente de VO2 relativo e de Carga, no esforço máximo? Justifique objetiva e sucintamente.
c) Ainda comparando-se os testes acima citados (com cicloergômetro de membros inferiores e cicloergômetro de membros superiores), o que seria esperado como valores de VO2 relativo e de FC para ambos, numa mesma carga submáxima? Justifique objetiva e sucintamente.
d) Após seis meses de treino aeróbio regular e adequado, em bicicleta ergométrica, qual seria a tendência esperada para os valores de VO2 relativo e de FC, em LV II e Esforço Máximo, num reteste com protocolo semelhante ao anterior?

A

a) A preferência é pela FC, já que esta reflete melhor a sobrecarga fisiológica da sessão de treino, que tem outros fatores de interferência, que não apenas a Carga (como temperatura e umidade ambiente; nível de sobrecarga física acumulada e de recuperação etc.), além das Cargas de limiares, obtidas no teste, poderem diferir para um mesmo avaliado, por serem protocolo- dependentes.

b) Espera-se que, no esforço máximo, a Carga e o VO2 relativo sejam menores no cicloergômetro de membros superiores, pelo envolvimento de menor massa muscular total do que a utilizada no cicloergômetro de membros inferiores.

c) Espera-se que, no cicloergômetro de membros superiores, o VO2 relativo e a FC sejam maiores, refletindo uma maior sobrecarga fisiológica, especialmente pela menor massa muscular envolvida ter uma eficiência mecânica mais baixa, na realização de uma mesma carga.

d) Espera-se que o VO2 relativo seja maior em LV II e Max (por aumento da Carga, para ambos); a FC tenderia a manter níveis semelhantes, em ambos, não apresentando alterações significativas.

26
Q

Em relação a um teste ergoespirométrico máximo, em esteira rolante, feito por um corredor de rua amador, responda as perguntas a seguir:

a) Qual o comportamento esperado da curva de Ventilação neste teste, quando se atinge e depois se ultrapassa o Limiar Ventilatório (LV) I, até chegar ao LV II? Justifique objetiva e sucintamente.
b) A carga onde se estabeleceu o LV II pode ser denominada como “Ponto de Compensação Respiratória”? Justifique objetiva e sucintamente.
c) Em treinos realizados por este avaliado, no mesmo tipo de ergômetro em que fez este teste, com carga submáxima constante, situada acima do seu LV II, qual situação metabólica é esperada, com relação ao equilíbrio ácido-base? Justifique objetiva e sucintamente.
d) Sendo a frequência cardíaca em LV II, neste teste, de 165 bpm, e o avaliado venha a fazer treino em cicloergômetro de membros inferiores, numa carga em que se mantenha nesse mesmo nível de batimentos, qual situação metabólica é esperada, com relação ao equilíbrio ácido-base? Justifique objetiva e sucintamente.

A

a) Acima de LV I haverá quebra de linearidade da curva de ventilação, com significativo incremento, por estímulo do excesso de CO2 produzido pelo tamponamento de ácido que começa a acumular depois de LV I, mantendo esse padrão até a carga de LV II.

b) Sim. No LV II, temos a última (e maior) carga do teste onde o tamponamento da acidose provocada pelo esforço progressivo se mostra eficiente, com o nível de ventilação sendo adequado para eliminação do excesso de CO2 produzido nesse processo, mantendo o equilíbrio ácido-base e o avaliado compensado metabolicamente.

c) Espera-se que o indivíduo faça acidose progressiva, pois acima do LV II ocorre falência dos sistemas de tamponamento.

d) Espera-se que o indivíduo entre em acidose progressiva, porque o desempenho de um corredor, numa bicicleta ergométrica, é menor e, portanto, tenda a apresentar nível de FC mais baixo de LV II do que em esteira. Por isso, ao treinar com a FC de LV II da esteira, estará acima deste limiar quando o fizer em bicicleta ergométrica, onde haverá falha de tamponamento e consequente acidose.

27
Q

Um atleta, em uma competição de basquete, sofre uma queda, com impacto na cabeça. Está consciente, porém com muita dor no pescoço. Você suspeita de uma fratura na coluna cervical.

a) Como você faria o atendimento?
b) Você consegue determinar, no exame físico, se o atleta tem lesão neurológica periférica? Como?
c) Faça o exame físico de uma lesão a nível de C5-C6?
d) Há a necessidade de colocar um colar cervical se o atleta está acordado e lúcido? Por quê?
e) Em caso afirmativo, como você colocaria o colar?

A

a) O candidato deve relatar que o atendimento segue os protocolos de concussão, mesmo o atleta estando orientado, pois, aparentemente, esse foi o mecanismo.

b) Sim, através da pesquisa da sensibilidade periférica dos membros superiores e inferiores, além dos dedos das mãos e dos pés.
Também com testes motores como movimento dos dedos, dos punhos e pés (pedir para fechar a mão, fazer “sinal de positivo”, fazer a extensão dos dedos das mãos, a extensão do hálux, flexão ou extensão dos dedos dos pés, etc, sempre comparando com o lado contralateral.

c) Nervo musculocutâneo. Palpar os processos espinhosos da coluna cervidal e anotar pontos de dor (neste caso, nos processos espinhosos de C5 e C6). Pesquisar principalmente a raiz de C5 (C5-C6), que é a função do músculo bíceps braquial (flexão do cotovelo e reflexo bicipital), pesquisando ainda perda sensitiva na face lateral do antebraço (Nervo cutâneo lateral do antebraço – ramo do nervo musculocutâneo).

d) Sim, porque nas concussões há uma incidência relatamente alta de lesões da coluna cervical, como fraturas, ainda mais com a queixa do atleta, que refere dor na região cervical.

e) Um dos atendentes imobiliza a cabeça, que vai colocar o colar, abre o colar ao máximo possível e passa por baixo do pescoço, fechando em seguida.

28
Q

O jogo estava sendo disputado do seu lado esquerdo da quadra e alguém grita que há um jogador caído e desacordado, no seu lado direito da quadra. Ninguém viu como foi a queda, pois todos estavam prestando atenção à jogada.
Conduza o atendimento a este atleta.

A

Aqui, o candidato deverá relatar o atendimento de parada cardiorrespiratória. Já que a queda do paciente não foi testemunhada, deve-se considerar como uma PCR, até prova em contrário.
O profissional deve chamar o atleta pelo nome, observar se há movimentos respiratórios, movimento do tórax, checar pulso carotídeo, solicitar a disponibilidade de um Desfibrilador Externo Automático (DEA) e atendimento de UTI móvel. Na ausência de pulso, deve-se iniciar as manobras de Ressuscitação Cardiopulmonar (ATENÇÃO: explicar os passos da RCP básica).

29
Q

Atleta de patinação sofre uma queda em uma competição e é evidenciada uma fratura no terço médio da perna direita. Fratura fechada.
Conduza o atendimento a este atleta.

A

O candidato deve observar as deformidades na perna do atleta (são muito evidentes, porque a crista anterior da tíbia é subcutânea).
Deve solicitar o afastamento das pessoas que não estejam envolvidas no atendimento.
Deve palpar os pulsos periféricos distais à fratura e pesquisar a perfusão dos dedos.
Deve imobilizar o membro inferior acima do joelho e abaixo do tornozelo (de preferência, se houver imobilizadores disponíveis); caso não haja, imobilizar no mínimo a perna.
Providenciar remoção imediata para uma unidade hospitalar, para realização de exames complementares de imagem e estabelecimento de conduta subsequente.

30
Q

FCT, masculino, 59 anos. Hipertensão e Dislipidemia.
Em 12/2015 teve um IAM inferior -> Cineangiocoronariografia que mostrou uma oclusão proximal da artéria Coronária Direita -> Angioplastia com implante de stent farmacológico, com sucesso.
Vinha apresentando, antes do evento agudo, dor torácica típica aos médios esforços, permanecendo assintomático após a Angioplastia.
Uso regular de: Bisoprolol 5mg 1x; AAS 100mg 1x; Clopidogrel 75mg 1x; Rosuvastatina 20mg 1x.
Procurou o Serviço de Reabilitação Cardíaca (RC) para iniciar o programa de exercícios.
Dados de exame físico e exames complementares em anexo. Pergunta-se:

a) Quais são os modelos de treinamento aeróbio que podem ser propostos durante o Programa de RC.
b) Como usar as variáveis das figuras acima para prescrever esses exercícios.
c) Vamos supor que ele apresentasse dor no peito durante o exame entre os limiares I e II, estivesse plenamente medicado, e não fosse possível nenhuma abordagem invasiva para resolver essa questão. Seria possível algum tipo de estratégia de treinamento diferente nesse caso?

A

a) Dissertar sobre treinamento contínuo e intervalado de alta intensidade.
b) Usar as FC entre LI-LII para o treinamento contínuo e acima do LII para o intervalado.
c) Treinamento em isquemia – dor no peito. Pré-condicionamento isquêmico.

31
Q

DAK, 69 anos, masculino, hígido. Joga vôlei 90 minutos 4 X por semana. Procurou serviço de Medicina do Exercício e do Esporte para APP e para melhorar seu condicionamento aeróbio.
Sem queixas.
Apresentou exame físico sem particularidades, PA 130/94, LDL 168, Glicemia de jejum 88, HbA1C 5,1.
Foi submetido a um Teste Cardiopulmonar de Exercício em esteira ergométrica, com traçado eletrocardiográfico em repouso e ao esforço normais. Os gráficos de respostas ao esforço são apresentados em anexo. Baseado na análise destes resultados, responda:

a) A resposta de Pulso de O2 (figura 1) está normal?
b) Em função do eletrocardiograma ser normal, o atleta está liberado para continuar sua prática esportiva?
c) Nas figuras 2, 3 e 4, foram marcados 2 pontos (A e B) nas curvas de: ventilação, equivalentes ventilatórios de O2 e CO2 e PetO2 e PetCO2. Como são denominados estes dois pontos (A e B)?
d) Que outro gráfico poderia auxiliar na identificação do ponto A?
e) Em qual faixa de intensidade (velocidade e FC você prescreveria exercícios de caminhada/corrida para este paciente?

A

a) Não está normal. Há um achatamento na curva de Pulso de O2, que pode estar associada a disfunção ventricular esquerda desencadeada pelo esforço.
b) Não está liberado. Podemos estar diante de um falso negativo eletrocardiográfico, com isquemia identificada pelo platô do pulso de O2. Faz-se necessária investigação adicional para descartar isquemia miocárdica induzida por exercício.
c) Ponto A: Limiar ventilatório 1 ou Limiar anaeróbio; ponto B: Limiar ventilatório 2 ou ponto de compensação respiratória.
d) VCO2 x VO2. Método do V slope.
e) Entre os Limiares ventilatórios 1 e 2 (pontos A e B).

32
Q

A quantidade de ATP no organismo de um atleta, em um dado momento, é suficiente para não mais do que alguns poucos segundos de exercício de alta intensidade. Desta forma, é necessário que haja vias metabólicas para ressíntese do ATP. Estabeleça, para cada uma das provas ou atos esportivos abaixo, a via de ressíntese de ATP predominante:

a) Atletismo – corrida de 100 metros
b) Natação – prova de 200 metros borboleta
c) Ciclismo – quilômetro contra o relógio
d) Moutain-bike – prova de cross-country
e) Atletismo – salto triplo
f) Natação – “tiro” de 25 metros estilo livre
g) Atletismo – prova de 800 metros
h) Patinação de velocidade (gelo) – prova de 1.000 metros
i) Remo – single skiff
j) Canoagem – C-1 prova 200 de metros

A

a) Anaeróbia alática
b) Anaeróbia lática
c) Anaeróbia lática
d) Aeróbia
e) Anaeróbia alática
f) Anaeróbia alática
g) Anaeróbia lática
h) Anaeróbia lática
i) Aeróbia
j) Anaeróbia lática

33
Q

Você atende um atleta da modalidade Tiro Esportivo de 45 anos, de nível nacional, diabético tipo I (insulino-dependente) há 30 anos, hipertenso há 15 anos e coronariopata (história de infarto agudo do miocárdio há 3 anos, com Angioplastia primária de ACDA), que chega a você estável do ponto de vista clínico. Há um ano, Cintilografia de perfusão miocárdica de esforço mostrou isquemia de parede inferior e Cineangiocoronariografia mostrou ramo DP fino com obstrução grave no óstio, sem possibilidade de tratamento intervencionista, tendo sido otimizada medicação anti-isquêmica na ocasião.
Prescrição atual em anexo:
Pergunta-se:

a) Para qual(is) medicamento(s) esse atleta necessitará de uma AUT?
b) Considerando o padrão internacional para concessão de uma AUT, qual(is) medicamento(s) você considera que terá(ão) que ser substituído(s)? E por quê?
c) E, considerando o mesmo padrão, qual(is) medicamento(s) você considera que terá(ão) que ser mantido(s)? E qual será o seu argumento para convencer a Comissão de AUT da ABCD, para conceder a AUT?

A

a) Indapamida – categoria S5 (Diuréticos) Bisoprolol – categoria P1 (Betabloqueadores)
Trimetazidina – categoria S4 (Moduladores metabólicos) Insulina – categoria S4 (Moduladores metabólicos)
b) Indapamida – utilizada aqui como anti-hipertensivo; há outras classes terapêuticas de anti-hipertensivos com substâncias permitidas – por exemplo, os Bloqueadores dos Canais de Cálcio
c) Bisoprolol – reduz mortalidade no pós-Infarto Agudo do Miocárdio
Trimetazidina – medicamento anti-isquêmico importante em função de alterações isquêmicas na Cintilografia há um ano (“otimização de tratamento anti-isquêmico”);
Insulina – o paciente/atleta é Diabético tipo I (insulino-dependente) e não há alternativa terapêutica à Insulina.

34
Q

Você atende um paciente de 72 anos, fisicamente ativo, hipertenso e coronariopata, previamente submetido a cirurgia de revascularização miocárdica. A última Cineangiocoronariografia (há um ano) mostrou DAC grave e difusa e sem possibilidade de tratamento intervencionista. Cintilografia de perfusão miocárdica de esforço recente desencadeou dor precordial típica ao esforço (a partir de 7 METs, com FC de 125bpm), sem arritmias e com defeito de perfusão reversível de parede anterior de leve intensidade, com CF de 9 METs. O tratamento clínico está plenamente otimizado, não havendo margem para ajustes. Pergunta-se:

a) Como você planejaria a sessão de exercícios aeróbicos, quanto à intensidade? Treinaria em zona isquêmica?
b) Associaria ou não exercícios de fortalecimento muscular? Justifique.
c) Estimularia e/ou prescreveria atividade física extra-muros ou somente sob supervisão médica?

A

a) Treinamento aeróbico abaixo da frequência de 125bpm – menos 10 a 15 batimentos ou 10 a 20% a menos. A princípio o treinamento deve ser contínuo pela aptidão física e idade, mas podendo também ser intervalado.
O treinamento em zona isquêmica é uma ótima opção, mas depende de supervisão médica, e de um grupo com experiência nessa ação.

b) Sim. Prepara o indivíduo para executar melhor as atividades aeróbicas, diminui o risco de lesões mio-osteoarticulares, parece ter efeito na vasculatura periférica, melhorando a reatividade vascular

c) O pior dos cenários é não praticar atividade. Se não tiver acesso a uma Reabilitação Cardíaca formal prescreveria exercícios extramuros sem problemas. Geralmente é o que ocorre, pois a disponibilidade de Serviços de RC supervisionados é muito pequena. Se puder fazer em um centro supervisionado seria melhor, pois seria possível fazer também treinamento em zona isquêmica.
Muito importante no caso de fazer exercícios extramuros, receber orientações sobre medidas de segurança (piora da dor, cansaço desproporcional entre outros), e procurar seu MA nesse caso.

35
Q

3) DCGG, 43 anos, sexo masculino, advogado, joga tênis (simples) e futebol competitivo. Assintomático. Procura especialista em Medicina do Exercício e do Esporte para fazer uma APP. Exame físico sem particularidades. Exames laboratoriais dignos de nota, apenas LDL colesterol 140 mg/dl e Triglicérides 239 mg/dl.
É submetido a um Teste de Esforço Cardiopulmonar (Ergoespirometria) e no traçado eletrocardiográfico apresenta infra- desnivelamento de segmento ST de 2,0 mm em derivação CM5.
No anexo X estão algumas curvas obtidas neste mesmo exame. Pergunta-se:

a) Qual ou quais destas curvas podem auxiliar no diagnóstico deste indivíduo?
b) De acordo com sua resposta no ítem “a”, estes achados o fariam pensar num verdadeiro ou num falso positivo eletrocardiográfico?
c) Qual sua conduta adicional neste caso?

A

a) Curva de pulso de O2 (VO2/FC)
b) Como a curva de PuO2 apresenta um platô precoce, isto reforça o diagnóstico de isquemia miocárdica induzida por esforço, fazendo pensar num verdadeiro positivo eletrocardiográfico.
c) Submeteria o indivíduo a uma investigação adicional para avaliação de coronariopatia obstrutiva, solicitando um destes exames: ecocardiograma de estresse, cintilografia de perfusão miocárdica, angiotomografia de coronárias, cateterismo cardíaco.

36
Q

No anexo 3 você encontrará 5 traçados eletrocardiográficos. Nomine a característica/alteração encontrada em cada um deles e, de acordo com as características do atleta, diga se é necessário ou não solicitar investigação adicional.

a) Maratonista masculino, caucasiano, de 28 anos.
b) Triatleta feminina, afrodescendente, de 34 anos.
c) Ciclista feminina, caucasiana, de 45 anos.
d) Nadador, masculino, afrodescendente, de 16 anos.
e) Jogador de basquete, afrodescendente, de 26 anos.

A

a) Bradicardia sinusal, não necessita investigação adicional
b) Bloqueio átrio-ventricular de primeiro grau (BAVI), não necessita de investigação adicional
c) Bloqueio átrio-ventricular de segundo grau Mobitz I (Wenckebach), não necessita investigação adicional
d) Sobrecarga ventricular esquerda, com critérios de voltagem e alterações adicionais (infra de ST e inversão de ondas T em algumas derivações)
e) Supra de ST em “domo” e inversão de ondas T até V4, considerada característica normal se isolada em indivíduos afrodescendentes

37
Q

Atleta de basquete, sofreu queda na quadra batendo a cabeça, com uma consequente concussão.
Não ficou desacordado, mas desorientado por aproximadamente 30 segundos.
No atendimento em quadra, o atleta pediu para não mobilizarem o pescoço porque sentia muita dor, dor e “dormência” na escápula direita, dor e parestesia no dedo médio da mão direita.
a) Como você conduziria o caso?
b) Com a queixa de parestesia do atleta, que raiz cervical pode ter sofrido o trauma?
c) Chegando no serviço de emergência, quais exames de imagem você considera serem mais importantes?
d) Você considera que o diagnóstico de concussão já está resolvido, uma vez que o atleta já está orientado por ocasião da chegada ao serviço de emergência?

A

a) Não mobilizar o pescoço, colocar colar cervical e colocar em prancha rígida em bloco.

b) C7

c) TC

d) não, ainda existem sintomas que podem estar presentes e o atleta ainda deve ficar em observação quanto à concussão)

38
Q

FCT, 72 anos, praticante de corrida de rua, com volume de 10KM a cada dois dias, começou a ter dor medial no joelho esquerdo, após aumentar o volume para 15Km em 4 episódios.
A dor se manifesta também na deambulação nas atividades diárias de dia e melhora quando está sentado.
Eventualmente sente dores à noite.
Não relata patologias orgânicas e não faz uso de medicação continuada.

Exame físico:
No exame físico os testes McMurray e Apley são negativos para lesão meniscal. Não tem derrame articular e nem deformidades aparentes, os testes ligamentares são negativos para rupturas, não há crepitação patelar, o alinhamento dos membros inferiores não demonstra anormalidade significativas. Não há dor no tendão patelar e no tendão do quadríceps.
A ADM é normal
Existe dor a palpação na linha articular medial e logo abaixo, principalmente sobre a pata de ganso.

Exames complementares:
O RX feito na emergência é o que segue abaixo: (normal)

1) Qual o seu diagnóstico?
2) Você acha que os AINES podem curar o problema e seriam melhor indicação?
3) Você indicaria fisioterapia para a resolução do problema?
4) Você pensa que, em a suplementação com vitamina D pode ser um dos tratamentos?
5) Qual o tratamento inicial e que pode curar o problema?
6) Você pensa que uma artroscopia é o tratamento cirúrgico mais indicado neste caso?

A

1) fratura por insuficiência do platô medial
2) Não
3)
4)Sim
5)Parar com a corrida, pode fazer natação e talvez bicicleta – depende dos sintomas, em casos de dor significativa = usar muletas por um período, para alívio dos sintomas
6)Não, se necessitar tratamento cirúrgico, a subcondroplastia seria a indicação

39
Q

Descreva o padrão de mudança na inclinação (se a inclinação aumenta, não se altera ou diminui) das curvas de um Teste de Esforço Cardiopulmonar (Ergoespirometria), com carga progressiva em protocolo de rampa, nos limiares ventilatórios I e II:

a) Ventilação pulmonar (VE)
b) Consumo de oxigênio (VO2)
c) Produção de gás carbônico (VCO2)
d) Equivalente ventilatório de gás carbônico (VE/VCO2)
e) Pressão expiratória final de CO2 (PETCO2)
f) Equivalente ventilatório de oxigênio (VE/VO2)
g) Pressão expiratória final de O2 (PETO2)
h) Pulso de oxigênio (PuO2)

A

a) Aumenta e aumenta
b) Inalterada e inalterada
c) Aumenta e inalterada
d) Inalterada e aumenta
e) Inalterada e reduz
f) Aumenta e aumenta
g) Aumenta e aumenta
h) Inalterada e inalterada

40
Q

A quantidade de Adenosina Trifosfato (ATP) precisa ser constantemente renovada no organismo, pois a sua capacidade de armazenamento é muito pequena, se esgotando em poucos segundos de exercício. Por isso, necessitamos de vias metabólicas chamadas de “sistemas de ressíntese de ATP”. Seu conhecimento é importante, por exemplo, para direcionar protocolos de avaliação da aptidão física e de prescrição de tipos diferentes de treinamento, assim como orientar uma eventual reposição de substratos utilizados nestes sistemas em treinos ou competições. Sobre estes sistemas, pergunta-se:

a) Quais são estes sistemas e os substratos utilizados em cada um deles?
b) Descreva, suscinta e comparativamente, as características desses sistemas, com relação à sua capacidade de produção de ATP.
c) Descreva, suscinta e comparativamente, as características desses sistemas, com relação à sua potência de produção de ATP.
d) Dê exemplos de provas esportivas onde se espera que cada um desses sistemas tenha predominância (2 exemplos para cada sistema).

A

a) - Sistema aeróbio (oxidativo) / substrato: carboidrato; gordura; proteína.
- Sistema anaeróbio (glicolítico) láctico / substrato: carboidrato.
- Sistema anaeróbio aláctico (do fosfagênio; ATP-PC ou ATP-CP) / substrato: fosfocreatina.

b) - Aeróbio: alta capacidade (significativamente maior entre os 3 sistemas); predominância em ações de resistência (“endurance”).
- Anaeróbio láctico: baixa capacidade (maior capacidade que o sistema aláctico).
- Anaeróbio aláctico: baixa capacidade (menor entre os 3 sistemas).

c) - Aeróbio: velocidade de produção lenta (menor potência entre os 3 sistemas).
- Anaeróbio láctico: velocidade de produção rápida (menor potência que o sistema aláctico).
- Anaeróbio aláctico: velocidade de produção rápida (maior potência entre os 3 sistemas); predominância em ações musculares “explosivas”.

d) - Aeróbio: maratona (atletismo); maratona aquática (ou corrida de 5, 10 ou 15 km; mountain bike – cross country; etc.).
- Anaeróbio láctico: corrida 800 metros rasos; quilômetro contra o relógio (ciclismo) (ou corrida de 400 metros rasos; 200 metros borboleta (natação); 200 metros C-1 (canoagem); etc.).
- Anaeróbio aláctico: arremesso de peso; salto em altura (ou salto em distância; salto triplo; arremesso de martelo ou de dardo; etc.).

41
Q

Durante um evento esportivo, o médico responsável pelos atendimentos dos atletas é chamado para atender um competidor, que se encontra caído ao solo, inerte. É diagnosticada, de forma correta, uma parada cardiorrespiratória (PCR). Pergunta-se:
a) Quais os sinais clínicos que devem ter sido considerados pelo médico para chegar a este diagnóstico?
b) Feito o diagnóstico,
b1. Estando um desfibrilador externo automático (DEA) disponível, qual a providência preconizada para ser tomada pelo profissional, como passo anterior ao início dos procedimentos de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) no atleta?
b2. Tomada a providência do item anterior, o médico iniciou as manobras de RCP no atleta, conforme as atuais indicações por instituições que regem os respectivos protocolos dentro dessa área, como o International Liaison Committee on Resuscitation (ILCOR). Obedecendo a ordem de etapas a ser corretamente adotada, qual a sigla usada para designar esta sequência, e o que cada letra dessa sigla representa?
c) Descreva, resumida e objetivamente, a 1ª etapa dessa sequência de RCP mencionada no item anterior.
d) Descreva, resumida e objetivamente, a 2ª etapa dessa sequência de RCP mencionada no item anterior.
e) Descreva, resumida e objetivamente, a 3ª etapa dessa sequência de RCP mencionada no item anterior.

A

a) - Principalmente, inconsciência (não responsivo), ausência de respiração (ou respiração anormal – “gasping”) e de pulso.

b)
b1- Acionar serviço médico de urgência/emergência.
b2- CAB.
C = “circulation” (compressões torácicas); A = “airway” (abertura de via aérea); B = “breath” (respiração; ventilação).

c) Compressões torácicas em torno de 5 cm de profundidade, com retorno do tórax a cada compressão, num ritmo de 100-120/minuto; havendo possibilidade, trocar de socorrista a cada 2 minutos (ou antes, se cansado), para tentar manter a quantidade/qualidade das compressões.

d) A: abertura da via aérea, que pode ser feita com a inclinação da cabeça para trás e elevação do queixo (manobra de Chin-Lift) ou com a anteriorização da mandíbula (manobra de Jaw-Thrust).

e) - B: ventilação, que pode ser feita utilizando um dispositivo bolsa- válvula-máscara (ambu) ou uma máscara de bolso (pocket-mask), na frequência de 2 ventilações a cada 30 compressões. Importante observar se durante a ventilação existem sinais de permeabilidade

aérea, como a expansibilidade torácica ou abdominal durante a ventilação.

41
Q

Durante um evento esportivo, o médico responsável pelos atendimentos dos atletas é chamado para atender um competidor, que se encontra caído ao solo, inerte. É diagnosticada, de forma correta, uma parada cardiorrespiratória (PCR). Pergunta-se:
a) Quais os sinais clínicos que devem ter sido considerados pelo médico para chegar a este diagnóstico?
b) Feito o diagnóstico,
b1. Estando um desfibrilador externo automático (DEA) disponível, qual a providência preconizada para ser tomada pelo profissional, como passo anterior ao início dos procedimentos de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) no atleta?
b2. Tomada a providência do item anterior, o médico iniciou as manobras de RCP no atleta, conforme as atuais indicações por instituições que regem os respectivos protocolos dentro dessa área, como o International Liaison Committee on Resuscitation (ILCOR). Obedecendo a ordem de etapas a ser corretamente adotada, qual a sigla usada para designar esta sequência, e o que cada letra dessa sigla representa?
c) Descreva, resumida e objetivamente, a 1ª etapa dessa sequência de RCP mencionada no item anterior.
d) Descreva, resumida e objetivamente, a 2ª etapa dessa sequência de RCP mencionada no item anterior.
e) Descreva, resumida e objetivamente, a 3ª etapa dessa sequência de RCP mencionada no item anterior.

A

a) - Principalmente, inconsciência (não responsivo), ausência de respiração (ou respiração anormal – “gasping”) e de pulso.

b)
b1- Acionar serviço médico de urgência/emergência.
b2- CAB.
C = “circulation” (compressões torácicas); A = “airway” (abertura de via aérea); B = “breath” (respiração; ventilação).

c) Compressões torácicas em torno de 5 cm de profundidade, com retorno do tórax a cada compressão, num ritmo de 100-120/minuto; havendo possibilidade, trocar de socorrista a cada 2 minutos (ou antes, se cansado), para tentar manter a quantidade/qualidade das compressões.

d) A: abertura da via aérea, que pode ser feita com a inclinação da cabeça para trás e elevação do queixo (manobra de Chin-Lift) ou com a anteriorização da mandíbula (manobra de Jaw-Thrust).

e) - B: ventilação, que pode ser feita utilizando um dispositivo bolsa- válvula-máscara (ambu) ou uma máscara de bolso (pocket-mask), na frequência de 2 ventilações a cada 30 compressões. Importante observar se durante a ventilação existem sinais de permeabilidade

aérea, como a expansibilidade torácica ou abdominal durante a ventilação.

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Q

Durante um evento esportivo, o médico responsável pelos atendimentos dos atletas é chamado para atender um competidor, que se encontra caído ao solo, inerte. É diagnosticada, de forma correta, uma parada cardiorrespiratória (PCR). Pergunta-se:
a) Quais os sinais clínicos que devem ter sido considerados pelo médico para chegar a este diagnóstico?
b) Feito o diagnóstico,
b1. Estando um desfibrilador externo automático (DEA) disponível, qual a providência preconizada para ser tomada pelo profissional, como passo anterior ao início dos procedimentos de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) no atleta?
b2. Tomada a providência do item anterior, o médico iniciou as manobras de RCP no atleta, conforme as atuais indicações por instituições que regem os respectivos protocolos dentro dessa área, como o International Liaison Committee on Resuscitation (ILCOR). Obedecendo a ordem de etapas a ser corretamente adotada, qual a sigla usada para designar esta sequência, e o que cada letra dessa sigla representa?
c) Descreva, resumida e objetivamente, a 1ª etapa dessa sequência de RCP mencionada no item anterior.
d) Descreva, resumida e objetivamente, a 2ª etapa dessa sequência de RCP mencionada no item anterior.
e) Descreva, resumida e objetivamente, a 3ª etapa dessa sequência de RCP mencionada no item anterior.

A

a) - Principalmente, inconsciência (não responsivo), ausência de respiração (ou respiração anormal – “gasping”) e de pulso.

b)
b1- Acionar serviço médico de urgência/emergência.
b2- CAB.
C = “circulation” (compressões torácicas); A = “airway” (abertura de via aérea); B = “breath” (respiração; ventilação).

c) Compressões torácicas em torno de 5 cm de profundidade, com retorno do tórax a cada compressão, num ritmo de 100-120/minuto; havendo possibilidade, trocar de socorrista a cada 2 minutos (ou antes, se cansado), para tentar manter a quantidade/qualidade das compressões.

d) A: abertura da via aérea, que pode ser feita com a inclinação da cabeça para trás e elevação do queixo (manobra de Chin-Lift) ou com a anteriorização da mandíbula (manobra de Jaw-Thrust).

e) - B: ventilação, que pode ser feita utilizando um dispositivo bolsa- válvula-máscara (ambu) ou uma máscara de bolso (pocket-mask), na frequência de 2 ventilações a cada 30 compressões. Importante observar se durante a ventilação existem sinais de permeabilidade aérea, como a expansibilidade torácica ou abdominal durante a ventilação.

43
Q

Numa avaliação da composição corporal de um indivíduo, por bioimpedância elétrica, cuidados devem ser tomados com relação ao avaliado, para que as estimativas de “massa gorda” e de “massa magra” não apresentem distorções importantes nos resultados obtidos. Quanto a isso, responda as seguintes questões:

a) Há a orientação de se pedir ao avaliado esvaziar a bexiga antes do exame. Que interferência no resultado a presença de uma bexiga cheia provocaria?
b) A ingestão de uma grande refeição próxima ao exame também é contraindicada. Que alteração isso traria nos resultados? Explique.
c) Outra orientação é para que não seja feito exercício físico em período próximo ao exame. Que alteração isso traria nos resultados? Explique.
d) Mulher com prótese de silicone nos seios teria interferência nos resultados? Explique.

A

a) Lembrando que a musculatura tem um percentual de água próximo de 70%, facilitando a passagem da corrente elétrica emitida pelo aparelho (redução de impedância), a presença de uma região com muito líquido (bexiga cheia) também altera (reduz) a impedância à corrente, fazendo com que a leitura do equipamento “interprete” esta situação como uma região se comportando de forma mais próxima ao de tecidos com muito líquido, como o músculo, tendendo, por isso, a superestimar a massa magra deste avaliado.

b) Grandes refeições, geralmente com componentes sólidos predominantes, causam aumento da impedância à corrente elétrica do equipamento, “simulando” tecidos com esse mesmo comportamento diante da corrente elétrica, como a massa gorda (que tem percentual baixo de água), tendendo, por isso, a superestimar a mesma.

c) Exercício físico, de forma geral, seguindo as orientações adequadas de realização, tende a provocar perda líquida (pela sudorese) sem uma significativa e concomitante perda proporcional de eletrólitos. Esta situação de maior concentração eletrolítica facilita a passagem da corrente, reduzindo a impedância, efeito também provocado pela musculatura, o que pode levar a uma leitura de superestimativa da massa magra do avaliado.

d) O silicone é um mau condutor elétrico, com consequente aumento da impedância, comportamento que também ocorre com tecidos como a massa gorda, fazendo com que a leitura do equipamento tenda a superestimar a mesma, naquele avaliado.