Gurma Flashcards

1
Q

Caracterização, zoonose?

A

Doença muito contagiosa, sobretudo dos poldros, caracterizada por inflamação catarral das vias respiratórias
superiores e por adenites supurantes. Não é uma zoonose. Presença de corrimentos purulentos. Doença do pus e abcessos nos poldros

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Agente

A

Streptococcus equi var. equi
Gram +, β-hemolítico, aero-anaeróbio, patogénica.
É sensível à luz solar, aos
desinfetantes e à dissecação.
Em condições favoráveis sobrevive 3 - 6 semanas no meio ambiente.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Hospedeiros

A

Cavalo, burro e póneis

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Trasmissão

A

DIRETA
Inalação de aerossóis infetantes;
cobrição natural
INDIRETA
Forragem e água de bebida
conspurcadas por aerossóis/pus;
pensos/utensílios/tratadores

Produtos virulentos
Pus e corrimento nasal. Sangue (septicémia) e, por vezes, as fezes.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

importância económica

A

Os cavalos afetados não podem trabalhar.
Os cavalos de desporto têm que suspender os treinos e competições.
Elevados custos de enfermaria.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Fatores predisponentes

A

Dieta desequilibrada ou
insuficiente
fadiga
castração
resfriados
infeções concomitantes (especialmente das vias
respiratórias)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

PI

A

3 - 10 dias

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Patogenia

A

Após inalação, o Streptococcus equi var. equi adere (em resultado das adesinas) às paredes da mucosa do trato
respiratório superior, invade a circulação linfática e sanguínea, e depois os linfonodos satélites
(submandibulares e retrofaríngeos). A infiltração de polimorfonucleares forma pus, o que origina os abcessos
característicos da doença. Por metástases, surgem adenites em linfonodos mais distantes e mesmo no cérebro, na cavidade abdominal, torácica, etc. → emaciação.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Sinais

A

Febre muito elevada (40 - 41° C) anorexia
corrimento nasal purulento
linfonodos (garganta) edemaciados, quentes e duros, com a presença de
abcessos (em 3-14 dias).
A pele acaba por se romper, libertando-se um pus
espesso, abundante e amarelo, rico em Streptococcus equi var. equi. Pode aparecer tosse por compressão ganglionar ou já por compromisso pulmonar.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Prognóstico

A

Bom quando se providencia bons cuidados de
enfermaria e - nalguns casos – antibióticos (penicilina e
estreptomicina)
* Mau quando há abcessos no cérebro, na cavidade
abdominal e/ou no toráx, o desfecho pode ser fatal:
encefalite, choque séptico, asfixia por compressão da
faringe ou da laringe por linfonodos edemaciados, etc

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

morbilidade e mortalidade

A

Taxa Morbilidade: até 100% . Taxa Mortalidade: 1 - 5%

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

duração e recuperação

A

Duração da doença: 10-14 dias.
Os cavalos que recuperam clinicamente, demoram 1-2 meses a eliminar a bactéria. Os portadores sãos, são responsáveis pelo
reaparecimento de focos de gurma.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

lesões

A

Abcessos nos linfonodos satélites das vias respiratórias e do mediastino.
− Congestão pulmonar, edema agudo do pulmão, pneumonia catarral e pleurisia,
numerosos focos purulentos no parênquima pulmonar.
− Lesões de septicémia nos mais diversos tecidos e órgãos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Diagnóstico

A

Clínico: Diagnóstico diferencial com o MORMO que além de adenite intermaxilar exibe úlceras nasais na forma crónica da doença.
* Laboratorial
Isolamento e identificação bacteriológica do Streptococcus equi, a partir de zaragatoas (pus de abcessos ou corrimento nasal) e/ou aspiração direta. Colher 3 zaragatoas, 1 por semana pois a excreção da bactéria é intermitente. Se forem todas negativas, a confiança na ausência de infeção é elevada [≈ 85%].
O ELISA é excelente para identificar formas atípicas de Gurma e em estudos retrospetivos de focos, mas não é uma alternativa à bacteriologia. Níveis elevados de anticorpos sugerem que não é
necessário vacinar e, pode até ser contraproducente, devido ao perigo de reações locais ou de vasculite mediada pela resposta imunitária.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

tratamento

A

-Quando ainda não se formaram abcessos nos linfonodos: Penicilina- procaína: 15.000 - 20.000 UI/kg (15 - 20 mg/kg), via IM, até 7 dias depois do desaparecimento dos sintomas. Contribui para impedir a formação de abcessos em cavalos já infetados e para prevenir a infeção em cavalos expostos recentemente.
− Se já há abcessos, a administração de antibióticos pode prolongar a duração da doença [controverso] e só é recomendada quando há infeções secundárias ou em casos crónicos.
− Traqueotomia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

vacina

A

Vacina opcional: Gurma.
Administração IM no centro da tábua do pescoço.
Induz, frequentemente, um edema ligeiro no local
da injeção. É crucial que as revacinações sejam
feitas antes dos períodos de maior risco: cobrição e
época desportiva.
Em Portugal não é comercializada vacina contra a gurma. Nos Estados Unidos e na Austrália há já alguns anos que se recorre a uma vacina administrada por instilação intranasal que previne/reduz a severidade dos sinais clínicos durante um surto epidémico de gurma. Porém, a duração de proteção conferida é pouco duradoura, exigindo revacinações frequentes.
No Reino Unido, Holanda e França, foi recentemente introduzida no mercado uma vacina contra a gurma, administrada por injeção intradérmica na mucosa do lábio superior, que tem de ser repetida todos os três meses para garantir imunidade.
Mesmo nos países onde as vacinas são usadas com regularidade, a gurma permanece endémica pois a
imunidade induzida é parcial e de curta duração. 25% dos cavalos infetados não desenvolvem imunidade.
Resumo: existem várias vacinas capazes de reduzirem a severidade dos sintomas, de encurtar a duração dos
episódios de doença e de reduzir em mais ou menos 50% a possibilidade de infeção em caso de foco.

17
Q

profilaxia sanitária

A

Isolamento dos doentes, até 4 - 6 semanas, depois do desaparecimento dos sintomas. Escrupulosa desinfeção de materiais, equipamentos e instalações.
3 meses de repouso. Quarentena dos cavalos recém-introduzidos na exploração (2 - 3 semanas)

18
Q

controlo

A

A vacina deve ser incluída no programa de vacinação. Em caso de foco, separar a manada em 3 grupos:
1. Doentes: Tratar e não vacinar!
2. Cavalos não expostos à bactéria: Vacinar imediatamente!
3. Cavalos expostos à bactéria: Observação durante 7-10 dias e vaciná-los, caso não tenham febre nem sinais clínicos de gurma.