Clamidiose Ovina Flashcards
Agente
Chlamydophyla abortus (Chlamidia psitacci serotipo 1)
Chlamidia abortus (abortos, artrite e conjuntive)
Parasita intracelular, ciclo de multiplicação no citoplasma
Afinidade para as células epiteliais das mucosas
Apresentações do agente
- Corpos reticulares - no início da infeção nos macrófagos do baço e nas células epiteliais do fígado, pulmão, intestino e rim
-Corpos elementares - rompem as células e são libertados quando já estão completamente formados
Hospedeiros
Principal: ovinos e caprinos
Bovinos, suínos, equinos e veados
Humanos raro
Transmissão
Contaminação direta: consumo de água e alimentos
Produtos de aborto, urina, fezes e leite
Transmissão venérea pelo carneiro (hipótese)
Patogenia
Portas de entrada: sistema respiratório e digestivo
Transporte por via sanguínea para a placenta, multiplicação, causa separação das vilosidades coriónicas dos septos maternos interferindo com as trocas de substâncias
Transmissão no último mês de gestação não causa aborto (PI longo), pode resultar numa infeção latente dos tecidos somáticos e aborto na gravidez seguinte
Clamídeos mantêm-se no intestino como infeção latente assintomática e na gravidez seguinte dirigem-se para a placenta por via sanguínea
Ovelha só aborta 1x, após fica solidamente imunizada
Período de incubação
45-60 dias
Sinais
-Aborto tardio, perda de apetite, cólicas, corrimentos vulvares
-Aborto logo após a morte do feto, corrimento moderado, cor de chocolate (dias), fetos com aspeto normal
-Aborto muito tempo após a morte do feto, mumificados, ovelha visivelmente doente, abatimento, hipertermia, anorexia, corrimento purulento, retenção de secundinas - metrite - infertilidade
Borregos de partos prematuros: fracos, perturbações respiratórias, artrites, diarreia, sinais nervosos, morrem em poucos dias
Partos gemelares, 1 morto 1 vivo
Carneiros não têm, se tiverem é epididimites e orquites
Lesões
Útero: não é atingido, salvo quando há metrites
Invólucros fetais edemaciados, placentite (aspeto de pergaminho), fortemente aderentes ao feto
Cotilédones necrosados, hemorrágicos, inflamados, exsudado espesso e acastanhado nos espaços entre os cotilédones
Feto abortado: edema do tecido conjuntivo subcutâneo, hepatopatie, ascite, congestão vascular, petéquias na traqueia, derrames sero-hemorrágicos nas grandes cavidades
Diagnóstico
Clínico: difícil, abortos, nados-mortos no último mês de gestação, Dd brucella, salmonella, campilobacter, listeria, coxiella (febre q), toxoplasma
Laboratorial: PCR, isolamento em ovos e células, coloração de stamp, ziehl-nielsen ou giemsa e IF permitem observar os corpos elementares/reticulares
Serológico: ELISA, IFI, HA, microaglutinação
Post mortem: placentite
Tratamento
Na altura do aborto não se justifica, lesões irreversíveis
Oxitetraciclina em situações de emergência, reduz o aborto, 2 aplicações com intervalor de 2-4 semanas antes do parto
Eritromicina, tetraciclinas
Resistência: penicilina e sulfamidas
Profilaxia
Desinfeção, destruição dos abortos e resíduos
Isolamento das fêmeas que abortam, vazio sanitário
Vacinas
Vacina viva atenuada, não se pode vacinar gestantes, nem em AB, risco para operador, só ovinos, protege 3 a 4 anos
Primovacinação a partir dos 5 meses, 4 semanas antes da cobrição
Vacina inativada, só com autorização, ovinos, caprinos e bovinos, protege 1 ano, pode-se vacinar na gestação, evitar a última fase
Outro nome
Aborto enzoótico ovino