Febre do Nilo Ocidental Flashcards
outro nome
Encefalomielite do Nilo Ocidental
Agente
arbovírus de RNA
com envelope lipídico
Pertence ao género Flavivírus, família Flaviviridae
Muito difícil conseguir dizer que especificamente é o vírus de West Nile.
Ocasionalmente pertence a um grupo de uma série de vírus, que causa sero-reações cruzadas (complexo encefalite-japonesa).
Hospedeiros
Hospedeiros definitivos: passeriformes.
Hospedeiros acidentais: equídeos, humanos
Transmissão
Sem os vetores dificilmente há transmissão.
− Dípteros da Família Culicidae: mosquitos grandes (até 10 mm), que apresentam sazonalidade (Out /Nov-Mar/Abr) Prim./Verão/Outono.
Os ovos são colocados em ambientes húmidos. As larvas têm o sifão, que lhes permite ficar à superfície. Evoluem para pupas e, adultos. Só as fêmeas são hematófagas. Sempre que haja cursos de água, ou águas
estacionadas, existe fator de risco. Principal vetor de transmissão são os pneus com água no seu interior. Existem armadilhas para a sua captura
(adultos, larvas) – armadilhas luminosas; pode-se adicionar gelo seco
Os mosquitos quando se alimentam em animais
infetados (p.ex. passeriformes), ficam infetados. O vírus chega às glândulas salivares, permitindo que estes insetos infetem outros hospedeiros definitivos.
Existem dois ciclos: urbano (equinos e humanos) e
silvático.
Transmissão intra-vetorial do Vírus FNO
VERTICAL
– Transovárica
HORIZONTAL
– Transtadial
– Fêmea a fêmea (co alimentação)
– Venérea
Os vetores são poiquilotérmicos, por isso a temperatura tem uma grande influência. A temperaturas mais altas
temos uma maior eficiência do Culex pipiens, sendo que esta taxa de transmissão diminui consideravelmente quando a temperatura diminui. Contrariamente, o Culex univittatus, consegue ter uma taxa de transmissão elevada a diferentes temperaturas.
PI
Período de incubação= 1-3d
Sinais e mortalidade
Formas Clínicas em equinos
− Sem sintomas
− Sintomas moderados: febre, debilidade, mialgia, ataxia
− Sinais neurológicos: encefalomielite
Taxa de casos fatais: 20-57%
Diagnóstico
Serologia de Equídeos
* ELISA (Flavivirus)
Captura IgM (6-8 sem)
IgG (meses)
* Seroneutralização (VNT)
− Tecido nervoso
* Imunohistoquímica (60-80% S+)
* RT-PCR
* Cultura viral (20-30% S+)
Tratamento
CAVALOS: não há tratamento específico, mas sim um tratamento paliativo, que envolve fluidoterapia,
tranquilizantes e antibióticos (infeções secundárias)
Controlo e prevenção
Plano de vigilância português para WN
Nível 1 - vigilância em aves
-Vigilância passiva: análise laboratorial de aves mortas, corvídeos e aves migratórias do norte de áfrica
-Ativa: amostras colhidas em aves silvestres
-Vigilância entomológica: armadilhas, isolamento viral de mosquitos
Nível 2 - vigilância em equinos
-Passiva: divulgação de informação, exame a todos os suspeitos
-Ativa: amostragem de equinos, testes de soro
Nível II
Medidas em caso de suspeita clínica em equinos
− Notificação imediata dos Serviços Veterinários das Regiões da Direção Geral de Alimentação e Veterinária
− Colheita de material para diagnóstico em vida:
Sangue: tubo de sangue para soro + tubo de sangue com EDTA
− Colheita de material para diagnóstico pós-mortem:
Colheita de tronco cerebral e cérebro refrigerados (com gelo)
Colheita de líquido cefalorraquidiano
− Reforço da desinsectização
Medidas em caso de confirmação da doença
− Acompanhamento clínico dos animais
− Reforço da desinsectização
nos animais da exploração afetada nos animais das explorações que se situam num raio de 20 km em redor do foco.
− Reforço de vigilância clínica num raio de 20 km em redor do foco.
Luta contra os Vetores de West Nile
Controlo integrado
− Meios Físicos (modificar habitats)
− Meios Químicos
− Meios Biológicos
Luta contra as fases larvares
Luta contra os adultos
Repelentes
Proteção dos animais nas horas de maior atividade dos vetores
Avaliação de Risco
− Prever a distribuição dos vetores, utilizando modelos a partir de imagens de satélite
− Utilização de mapas de risco, em tempo real
Vacina
A vacinação é uma boa ajuda. Apesar de haver 3 vacinas, a única que está comercializada em Portugal é a da MERIAL – vacina recombinante. É relativamente cara, 100 euros, duas doses. Pode ser usada como requisito
para competições.