Glomerulopatias secundárias Flashcards
As glomerulopatias (glomerulonefrites) secundárias
não têm origem nos rins, pois são decorrentes de outras doenças.
Glomerulopatias secundárias causas
Lúpus eritematoso
GLOMERULOPATIA PÓS-ESTREPTOCÓCICA
SÍNDROME DE GOODPASTURE
NEOPLASIAS
DOENÇAS HEPÁTICAS
DOENÇAS INFECCIOSAS
Os exames laboratoriais para o diagnóstico de lúpus são:
urina I (proteinúria e hematúria), creatinina sérica (elevada), potássio (elevado ou não), C3 e C4 (reduzidos – complemento é consumido com o lúpus) e anti-DNA (positivo).
GLOMERULOPATIA PÓS-ESTREPTOCÓCICA
Mais comum no sexo masculino (7-10 anos), de 7-21 após infecção de vias aéreas superiores ou piodermite (estreptococos grupo A). Síndrome nefrítica, sem espaço urinário no glomérulo (glomerulopatia proliferativa – filtração reduzida).
Ocorre aumento da ASLO (anti-estreptolisina O) e consumo do complemento (pós-infecciosa). Raramente deixa sequelas. Imunofluorescência com padrão granular.
Tratamento inespecífico (dieta hipossódica, Furosemida, hipotensores).
SÍNDROME DE GOODPASTURE
Glomerulopatia proliferativa por resposta cruzada de anticorpo após infecção, que agride a membrana basal. Imunofluorescência com padrão linear. Ocorrem
crescentes epiteliais. Apresenta-se como síndrome nefrítica, com hematúria microscópica, insuficiência renal, hemorragia pulmonar (membrana basal do endotélio pulmonar agredida – pneumonite).
Tratamento: plasmaférese (para tentar tirar fator circulante), Prednisona, Ciclofosfamida e pulsoterapia (Metilprednisolona).
NEOPLASIAS
Hodgkin (glomerulopatia de lesões mínimas), leucemia linfoide crônica, carcinoma broncogênico, câncer de cólon, mama e estômago. Ocorre glomerulopatia membranosa em 3⁄4 dos pacientes – síndrome nefrótica.
DOENÇAS HEPÁTICAS
A Hepatite B fica crônica em 10% dos casos, e gera glomerulopatia membranosa que se apresenta como síndrome nefrótica – crianças do sexo masculino.
A Hepatite C fica crônica em 50% dos casos, e gera glomerulopatia membranoproliferativa (espessamento da membrana basal + proliferação celular), que se apresenta como síndrome nefrótica – insuficiência renal moderada, artrite, crioglobulinemia (vírus tem a capacidade de mudar a sensibilidade da globulina, que precipita quando diminui a temperatura – vasculite nas extremidades, mais frias).
DOENÇAS INFECCIOSAS
A endocardite bacteriana (comum após procedimentos odontológicos) gera glomerulopatia proliferativa, com consumo do complemento.
Apresenta-se como síndrome nefrítica. Presença de febre. Tratamento com antibiótico por 40 dias.
O HIV gera a nefropatia associada ao HIV (HIVAN) – GESF ou glomerulopatia proliferativa. Apresenta-se como síndrome nefrótica, com déficit da função renal.
Tratamento por antirretroviral e bloqueio duplo (IECA + BRA).
A esquistossomose (paciente com anasarca proveniente de região endêmica como o Nordeste) gera glomerulopatia membranoproliferativa ou proliferativa mesangial. Apresenta-se como síndrome nefrótica, com hipertensão portal, hepatoesplenomegalia e insuficiência renal.